Connect with us

Festas e Rodeios

Beyoncé cantando sertanejo? Entenda o que significa a nova ‘era country’ da cantora

Published

on

Cantora anunciou ‘2º ato’ do projeto ‘Renaissance’. Novo trabalho deve celebrar raízes negras do country, depois de artistas acusados de racismo dominarem paradas dos EUA. g1 Ouviu – Lançamentos de Beyoncé
Depois de uma visita ao Brasil em 2023, Beyoncé decidiu cantar sertanejo.
Não que as duas coisas estejam exatamente relacionadas, mas o prenúncio de uma suposta era country da cantora abriu margem para todo tipo de piada incluindo a superestrela americana no gênero mais ouvido pelos brasileiros.
Entre memes com chapéu de boiadeira e a Festa do Peão de Barretos, o que é fato:
No último dia 11, Beyoncé anunciou nas redes sociais o “Act 2” do álbum “Renaissance”, que será lançado no dia 29 de março.
Duas faixas do novo trabalho foram divulgadas: “Texas Hold ‘Em” e “16 Carriages”, ambas com forte influência country, a música sertaneja dos Estados Unidos — por lá, ela também é uma das mais populares.
‘Act 2’, de Beyoncé, será lançado em 29 de março
Reprodução
Por que ela escolheu o country?
O “Act 2” será o oitavo álbum de estúdio de Beyoncé. O “Renaissance” terá, ao todo, três partes. A primeira, lançada em julho de 2022, foi indicada na categoria Álbum do Ano do Grammy de 2023.
No primeiro ato, Beyoncé foi á pista de dança para reivindicar a origem negra do house, estilo de música eletrônica nascido no início dos anos 1980, numa cena underground feita por e para pessoas negras e LGBT+ de Chicago (EUA).
O resultado é um repertório festivo, que celebra a diversão como resistência. As referências vão do soul ao afrobeats e até uma influência de funk carioca aparece em “America Has a Problem”.
Beyoncé na estreia turnê de ‘Renaissance’ em Estocolmo, na Suécia
Reprodução/Instagram
Detalhes sobre o “Act 2” ainda não foram revelados. Mas, seguindo o mesmo raciocínio, o álbum deve desmentir o mito do country como única música popular “branca” dos Estados Unidos.
Na década de 20 no Sul e no Sudoeste dos EUA, o country moderno nasceu do cruzamento entre instrumentos europeus (como o violino e a gaita) e o banjo africano. A influência do blues afro-americano também foi fundamental para a construção da sonoridade do estilo.
Ao longo do tempo, porém, a participação negra foi apagada da história do country. O próprio Velho Oeste americano, onde o estilo se consolidou, foi embranquecido por livros e filmes de faroeste, que excluíram do passado milhares de caubóis negros.
Initial plugin text
O vídeo em que Beyoncé anuncia o lançamento do disco faz referência a “Paris, Texas”, filme de 1984 dirigido por Wim Wenders, e às estações de rádio AM que propagaram o country pelos EUA nos anos 50.
Visualmente, a cantora também incorporou elementos da estética faroeste: na cerimônia do Grammy 2024, neste mês, ela apareceu usando um chapéu Stetson, um dos mais fortes símbolos do‎ Velho Oeste americano.
A exaltação de Beyoncé às raízes negras do country surge logo após um ano em que músicas do gênero, lançadas por artistas brancos acusados de racismo, dominaram as paradas americanas.
“Try That In A Small Town”, de Jason Aldean, é o caso mais emblemático. A música entrou para a lista das mais ouvidas logo após se tornar alvo de uma enxurrada de críticas raciais, em julho. O videoclipe da faixa, que foi editado e excluído do canal do YouTube da Country Music Television, trazia imagens reais do movimento Black Lives Matter e, ao mesmo tempo, cenas de bandidos em ação.
Beyoncé durante desfile da marca Luar, em Nova York, em 13 de fevereiro de 2024 na cidade de Nova York
Michael Loccisano/Getty Images North America/Getty Images via AFP
Como são as novas músicas?
“Texas Hold ‘Em”, primeiro single do “Act 2”, é um country dançante, que tem o banjo como estrela principal.
A música conta com a participação de Rhiannon Giddens, musicista americana de folk, conhecida por projetos que abrangem a história da música negra. Em 2023, ela ganhou o Prêmio Pulitzer ao participar da composição da ópera Omar, baseada no livro de memórias de um homem que foi escravizado nos Estados Unidos.
A musicista americana Rhiannon Giddens, que colabora com Beyoncé na música ‘Texas Hold ‘Em’
Creative Commons
Já “16 Carriages” é uma balada épica em que Beyoncé reflete sobre a própria carreira, desde a adolescência.
Pelo que já deu para ouvir até agora, o novo trabalho da cantora se mostra elegante, com conceito diferente de tudo que ela já fez, mas ainda com muito da identidade que Beyoncé construiu ao longo de quase três décadas de carreira.
Artista mais indicada da história do Grammy, ela nunca ganhou o cobiçado troféu de Álbum do Ano. A julgar pelas quatro vitórias de Taylor Swift na categoria, a premiação gosta de um artista com histórico country.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Silva soa redundante ao reciclar na ‘Encantado session’ músicas do álbum que lançou há apenas quatro meses

Published

on

By

A única novidade do registro audiovisual é o cover cool de ‘Fim de sonho’, canção de João Donato. O cantor Silva posa para o irmão, Lucas Silva, na sessão gravada no Estúdio Rocinante com os músicos do show da turnê ‘Encantado’
Lucas Silva / Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Ok, o sexto álbum gravado por Silva em estúdio com repertório autoral, Encantado, lançado em 23 de maio, é excelente e merecia ter obtido maior repercussão. Mas nada justifica a reciclagem de seis das 16 músicas do disco em gravação audiovisual intitulada Encantado session e apresentada nesta terça-feira, 24 de setembro, no canal oficial de Silva no YouTube. Afinal, o álbum Encantado foi lançado há apenas quatro meses.
Mas o fato é que o cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba arregimentou os quatro músicos que tocam com Silva no show da corrente turnê Encantado – Bruno Buarque (bateria), Gabriel Ruy (guitarra e percussão), Hugo Maciel (baixo e sintetizador) e Rômulo Quinelato (guitarra, violão e sintetizador) – e entrou no estúdio da gravadora Rocinante em Petrópólis (RJ), cidade da região serrana do estado do Rio de Janeiro, para regravar canções como Copo d’ água, Girassóis, Gosto de você, Já era e Risquei você.
Feitos sob a direção musical do próprio Silva (piano, violão e sintetizador), os takes foram captados ao vivo e, de acordo com o artista, chegam hoje ao mundo sem retoques. A questão é que registros como o da balada Vou falar de novo, calcada no piano de Silva, soam redundantes.
Fora do repertório do álbum Encantado, composto por Silva em parceria com o irmão Lucas Silva, entraram no roteiro da Encantado session o sucesso Fica tudo bem (2018) e um cover cool de Fim de sonho (1973), parceria de João Donato (1934 – 2023) com João Carlos Pádua apresentada por Donato no álbum Quem é quem (1973).
Única novidade da gravação, a abordagem da canção se justifica na sessão de estúdio porque Silva dedicou a Donato o álbum Encantado. De todo modo, volta a questão: Silva e o mundo precisavam mesmo dessa Encantado session?
Silva lança hoje, 24 de setembro, o registro audiovisual intitulado ‘Encantado session’ com takes ao vivo de oito músicas gravadas em Petrópolis (RJ)
Lucas Silva / Divulgação

Continue Reading

Festas e Rodeios

Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper Sean ‘Diddy’ Combs em estúdio

Published

on

By

Denúncia aponta que caso aconteceu em 2001, quando a vítima tinha 25 anos. Estupro foi filmado e mostrado para outros homens, segundo a acusação. Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Uma mulher acusou formalmente nesta terça-feira (24) o rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, por tê-la drogado e estuprado em 2001, quando ela tinha 25 anos, informou a Agência France-Presse (AFP). A nova denúncia se soma a outras por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição que o artista enfrenta.
Segundo o documento, apresentado em um tribunal de Nova York, a vítima contou que foi levada ao estúdio de Combs, na mesma cidade, para uma reunião. Ela perdeu a consciência após receber do rapper e de um segurança dele uma taça de vinho.
“Ela acordou e se viu nua e amarrada”, descreve a denúncia. Combs e Joseph Sherman “passaram a abusar dela brutalmente e a estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade”.
O rapper está preso em Nova York e aguarda julgamento por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente das acusações.
Segundo a agência, Thalia Graves, que autorizou ter seu nome divulgado, afirmou que permaneceu em silêncio sob ameaças por mais de duas décadas, e que descobriu no ano passado que os dois haviam gravado o estupro “e mostrado para vários homens”.
“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras”, disse Thalia nesta terça, em entrevista coletiva. “Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, acrescentou, chorando.
A advogada da vítima, Gloria Allred, disse que o objetivo do processo é destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de buscar uma indenização por danos físicos e emocionais.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs era um nome poderoso do mercado do hip-hop e foi produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G.
Esta reportagem está em atualização.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

Published

on

By

♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.