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Festas e Rodeios

Ludmilla canta vitórias, amores e sofrências no álbum ‘Numanice #3’

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Artista lança disco ao vivo autoral com músicas inéditas, gravadas com a fluência de pagode que se afina com o discurso atual do universo pop. Capa do álbum ‘Numanice #3 ao vivo’, de Ludmilla
Steff Lima
Resenha de álbum
Título: Numanice #3 ao vivo
Artista: Ludmilla
Edição: Edição independente da artista
Cotação: ★ ★ ★
♪ “A Preta venceu / Do funk ao pagode, dominando tudo / Aceita que a Lud é mundo / Foi de Caxias pro mundo”, canta vitória Ludmilla nos versos finais do pagode autorreferente A Preta venceu (Ludmilla, Cleitinho Persona e Elizeu Henrique), uma das músicas inéditas do álbum Numanice #3 ao vivo, lançado na noite de ontem, 20 de fevereiro.
Sim, Ludmilla Oliveira da Silva – cantora, compositora, instrumentista e atriz nascida em abril de 1995 em Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense – venceu na vida e na carreira.
A dois meses de completar 29 anos, a artista contabiliza uma década de sucesso. Desde que ganhou projeção nacional em 2014, Ludmilla veio se tornando uma potência que já começa a extrapolar as fronteiras do Brasil.
Terceiro registro audiovisual do projeto de pagode da artista, iniciado em abril de 2020 em plena pandemia de covid-19, o álbum Numanice #3 ao vivo alinha 20 músicas nos 18 números de show restrito a convidados e captado em 15 de janeiro no Mirante Dona Marta, cartão postal da cidade do Rio de Janeiro (RJ).
No disco, Ludmilla canta vitórias amores e sofrências – matéria-prima da música desde que o samba é samba – na fluência pop de pagode influenciado pela geração de sambistas que emergiu em São Paulo (SP) a partir dos anos 1990. Não por acaso, Belo e Thiaguinho estão entre os cantores nominalmente citados na letra de Se não chorar com pagode (Ludmilla, Jefferson Junior e Umberto Tavares), outra novidade do repertório majoritariamente inédito do disco.
Belo, aliás, integra o time de convidados da gravação ao vivo do álbum Numanice #3, dividindo com Ludmilla o canto de 26 de dezembro (Ludmilla, Jefferson Junior e Umberto Tavares), pagode escrito sob a ótica de amante que se apaixonou e que sofre pela ausência do ser amado.
Além de Belo, entram em cena no mirante carioca Caio Luccas, Carol Biazin, Mari Fernandez, Menos é Mais, Veigh e Vitinho.
Com Vitinho, cantor e compositor fluminense também mencionado na letra de Se não chorar com pagode, Ludmilla dá voz a 1% (Ludmilla, Vitinho e Felipe), pagode que exemplifica a habilidade da artista para cair no samba com linguagem atual que pouco difere do discurso do sertanejo, do forró e até mesmo do funk, para citar três gêneros musicais que dominam a preferência nacional.
Nesse sentido, o pagode Você não sabe o que é amor (Ludmilla, Vitinho e Felipe) tem potencial para se tornar mais um hit de Ludmilla.
Anunciado oficialmente em 18 de janeiro com Maliciosa, single que apresentou composição inédita de Dan Ferrera e Jpê Souto, o álbum Numanice #3 ao vivo evoca a origem funkeira da cantora com o pagode Baile charme (Ludmilla, Lary, Dan Ferrera e Castilhol) e cai no suingue da black music em Pique Djavan (Ludmilla e Castilhol), cuja letra explicita o amor de uma mulher por outra, com verso alusivo à música Eu te devoro (Djavan, 1998), sucesso do cantor e compositor alagoano.
No mesmo clima sensual, Ludmilla saboreia Destilado (Lary, Dan Ferrera, Daniel Ferrera, Guilherme Ferraz e Guga Meyra) com o grupo Menos é Mais e faz Espelho (Umberto Tavares, Jefferson Junior e Toninho Aguiar, 2016) – música do segundo álbum da cantora, A danada sou eu (2016) – refletir a cadência pop do pagode do projeto Numanice.
A ênfase em repertório inédito e autoral valoriza o disco, que inclui regravações de músicas dos grupos Exaltasamba, NX Zero (o rock Cedo ou tarde vira samba) e Sorriso Maroto sem se transformar em bailão de pagode.
Há sambas e sambas. Para quem gosta do samba pop de Ludmilla, o álbum Numanice #3 ao vivo é outro atestado da vitória da artista.
Ludmilla celebra a vitória na carreira nos versos autobiográficos de ‘A Preta venceu’, uma das 20 músicas alinhadas nas 18 faixas do álbum ‘Numanice #3 ao vivo’
Steff Lima / Divulgação

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Silva soa redundante ao reciclar na ‘Encantado session’ músicas do álbum que lançou há apenas quatro meses

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A única novidade do registro audiovisual é o cover cool de ‘Fim de sonho’, canção de João Donato. O cantor Silva posa para o irmão, Lucas Silva, na sessão gravada no Estúdio Rocinante com os músicos do show da turnê ‘Encantado’
Lucas Silva / Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Ok, o sexto álbum gravado por Silva em estúdio com repertório autoral, Encantado, lançado em 23 de maio, é excelente e merecia ter obtido maior repercussão. Mas nada justifica a reciclagem de seis das 16 músicas do disco em gravação audiovisual intitulada Encantado session e apresentada nesta terça-feira, 24 de setembro, no canal oficial de Silva no YouTube. Afinal, o álbum Encantado foi lançado há apenas quatro meses.
Mas o fato é que o cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba arregimentou os quatro músicos que tocam com Silva no show da corrente turnê Encantado – Bruno Buarque (bateria), Gabriel Ruy (guitarra e percussão), Hugo Maciel (baixo e sintetizador) e Rômulo Quinelato (guitarra, violão e sintetizador) – e entrou no estúdio da gravadora Rocinante em Petrópólis (RJ), cidade da região serrana do estado do Rio de Janeiro, para regravar canções como Copo d’ água, Girassóis, Gosto de você, Já era e Risquei você.
Feitos sob a direção musical do próprio Silva (piano, violão e sintetizador), os takes foram captados ao vivo e, de acordo com o artista, chegam hoje ao mundo sem retoques. A questão é que registros como o da balada Vou falar de novo, calcada no piano de Silva, soam redundantes.
Fora do repertório do álbum Encantado, composto por Silva em parceria com o irmão Lucas Silva, entraram no roteiro da Encantado session o sucesso Fica tudo bem (2018) e um cover cool de Fim de sonho (1973), parceria de João Donato (1934 – 2023) com João Carlos Pádua apresentada por Donato no álbum Quem é quem (1973).
Única novidade da gravação, a abordagem da canção se justifica na sessão de estúdio porque Silva dedicou a Donato o álbum Encantado. De todo modo, volta a questão: Silva e o mundo precisavam mesmo dessa Encantado session?
Silva lança hoje, 24 de setembro, o registro audiovisual intitulado ‘Encantado session’ com takes ao vivo de oito músicas gravadas em Petrópolis (RJ)
Lucas Silva / Divulgação

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Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper Sean ‘Diddy’ Combs em estúdio

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Denúncia aponta que caso aconteceu em 2001, quando a vítima tinha 25 anos. Estupro foi filmado e mostrado para outros homens, segundo a acusação. Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Uma mulher acusou formalmente nesta terça-feira (24) o rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, por tê-la drogado e estuprado em 2001, quando ela tinha 25 anos, informou a Agência France-Presse (AFP). A nova denúncia se soma a outras por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição que o artista enfrenta.
Segundo o documento, apresentado em um tribunal de Nova York, a vítima contou que foi levada ao estúdio de Combs, na mesma cidade, para uma reunião. Ela perdeu a consciência após receber do rapper e de um segurança dele uma taça de vinho.
“Ela acordou e se viu nua e amarrada”, descreve a denúncia. Combs e Joseph Sherman “passaram a abusar dela brutalmente e a estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade”.
O rapper está preso em Nova York e aguarda julgamento por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente das acusações.
Segundo a agência, Thalia Graves, que autorizou ter seu nome divulgado, afirmou que permaneceu em silêncio sob ameaças por mais de duas décadas, e que descobriu no ano passado que os dois haviam gravado o estupro “e mostrado para vários homens”.
“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras”, disse Thalia nesta terça, em entrevista coletiva. “Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, acrescentou, chorando.
A advogada da vítima, Gloria Allred, disse que o objetivo do processo é destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de buscar uma indenização por danos físicos e emocionais.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs era um nome poderoso do mercado do hip-hop e foi produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G.
Esta reportagem está em atualização.

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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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