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Festas e Rodeios

Margareth Menezes faz a alegria da cidade do Rio de Janeiro em vibrante show regido por axé e ‘força boa’

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Artista eletriza o público do Circo Voador ao mesclar o repertório afro-baiano com músicas de Djavan e Xande de Pilares na primeira apresentação solo em palcos cariocas desde que virou Ministra da Cultura. Margareth Menezes se apresenta em ‘ambiente gostoso’ no palco do Circo Voador
Reprodução / Instagram Circo Voador
Resenha de show
Título: Margareth Menezes
Artista: Margareth Menezes
Local: Circo Voador (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 8 de março de 2024
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Ainda faltavam 15 minutos para terminar o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, quando Margareth Menezes pisou ontem no palco do Circo Voador para fazer o primeiro show solo na cidade do Rio de Janeiro desde que assumiu o cargo de Ministra da Cultura do terceiro mandato de Lula como presidente do Brasil.
“Ministra! Ministra!”, saudou o público após a cantora baiana ter feito o público da pista e da arquibancada do Circo Voador pular ao som do samba-reggae Faraó (Divindade do Egito) (Luciano Gomes, 1987), “obra de arte” do repertório afro-pop-brasileiro – como a artista caracterizou em cena a música que gravou em 1987 e que nunca mais deixou de cantar desde então.
Faraó foi cantada logo no terceiro número do show, após o reggae Alegria da cidade (Lazzo Matumbi e Jorge Portugal, 1988). Mas o refrão contagiante, inebriante, foi repetido no bis, quando a artista deu voz a Uma história de Ifá (Elegibô) (Ythamar Tropicália e Rey Zulu, 1987) – outro samba-reggae que constitui pedra fundamental na discografia de Margareth Menezes e no cancioneiro da música afro-pop-baiana rotulada no mercado e na mídia como axé music.
Na sequência do bis, Maga cantou de improviso sambas-reggaes como Alfabeto do negão (Ythamar Tropicália e Rey Zulu, 1987) e Madagascar Olodum (Rey Zulu, 1987), petardo disparado pelo grupo afro Olodum e amplificado pela Banda Reflexu’s no mesmo ano de 1987 em que a cantora gravou Faraó com Djalma Oliveira.
Desde que decidiu se lançar como cantora em 1986, Margareth Menezes alternou altos e baixos na trajetória artística, mas se impôs como a voz mais calorosa do universo da axé music, música que a artista caracteriza como afro pop.
A fervura do canto foi reiterada no show do Circo Voador entre os recorrentes coros de “Ministra! Ministra!”, ouvidos ao longo da apresentação de cerca de uma hora e meia.
Havia aura especial sob a lona pop carioca. Afinal, embora Margareth Menezes já tivesse participado de show do grupo Awurê em março do ano passado e tivesse dividido o palco com Luedji Luna em agosto no festival carioca Doce maravilha, a apresentação no Circo foi o primeiro show solo da cantora na cidade do Rio de Janeiro (RJ) desde que foi empossada Ministra da Cultura em janeiro de 2023 (o anúncio do nome da artista para o cargo político foi feito em 22 de dezembro de 2022).
De muleta, por conta de problema de locomoção que vem sendo tratado com fisioterapia, a cantora transitou por músicas emblemáticas da obra fonográfica e fez boas incursões por repertórios alheios.
Margareth Menezes tomou Banho de folhas (Luedji Luna, 2017) para si, fez brotar Capim Guiné (Russo Passapusso, Seko Bass e Titica, 2017) na velocidade da gravação feita pela cantora há seis anos com a banda BaianaSystem, botou pressão na cadência pop do ijexá Toda menina baiana (Gilberto Gil, 1979), navegou nas águas de É d’Oxum (Gerônimo e Vevé Calazans, 1985) – pérola do cancioneiro afro-pop revivida por Maga com a vocalista Karyne Rosselle – e encarou Sina (Djavan, 1982) na pulsação do reggae.
Um solo da guitarra de Raoni Maciel sobressaiu no hit tribalista Passe em casa (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Marisa Monte e Margareth Menezes, 2002). Contudo, a pressão do show veio mesmo da percussão de Elber Mário, da bateria de Tito Oliveira (diretor musical e arranjador da cantora) e dos efeitos, beats e programações de Caio Oliveira.
Margareth Menezes comanda a massa em caloroso show no palco do Circo Voador na noite de ontem, 8 de março
Reprodução / Instagram Circo Voador
Sem querer impressionar, Margareth Menezes comandou a massa com show simples e eficiente, dando o recado político de Marmelada (Bas moin laia) (George Decimmus em versão em português de Vilator Valakia, 1990) – “Marmelada / Tô comendo nada”, macetou no refrão – entre uma ou outra surpresa, como Vou mandar (Fôca, 1993), música que abriu o quarto álbum da artista, Luz dourada (1993), disco que encerrou a passagem da cantora pela gravadora Polydor / PolyGram no potente início da carreira fonográfica.
Momentaneamente fora do trilho afro-pop-baiano, Margareth passou a mensagem positivista do samba Tá escrito (Xande de Pilares, Carlinhos Madureira e Gilson Bernini, 2009) em número que surtiu efeito.
De toda forma, o Circo Voador foi o lugar onde o Rio foi mais baiano no início da madrugada deste sábado, 9 de março. a cantora estava em casa quando espalhou Vento sã (Margareth Menezes, 2019), saudou Iansã com Oyá por nós (Daniela Mercury e Margareth Menezes, 2019) e eletrizou o público ao reviver Dandalunda (Carlinhos Brown, 2001) e Toté de Maiangá (Saul Barbosa e Gerônimo, 2003) como se estivesse puxando um trio na Praça Castro Alves, no centro histórico de Salvador (BA).
A propósito, medley folião com quatro frevos – Frevo mulher (Zé Ramalho, 1979), Cometa mambembe (Carlos Pitta e Edmundo Carôso, 1983), Banho de cheiro (Carlos Fernando, 1983) e Chame gente (Moraes Moreira e Armandinho Macedo, 1985) – fez a pista do Circo Voador parecer o chão da praça.
Momentos antes, até quem não acredita na força da música afro-baiana deve ter se convertido quando a cantora propagou Milagres do povo (Caetano Veloso, 1985) com a habitual energia e calor.
E foi assim, em “ambiente gostoso” regido por “força boa”, como a cantora celebrou em cena, que Margareth Menezes desceu a rampa como Ministra da Cultura – vinda de voo de Brasília (DF) para pousar direto no Rio de Janeiro (RJ) a tempo de apresentar o show – e subiu como cantora ao palco do Circo Voador para fazer a alegria da cidade com o som da Bahia preta.

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Paolla Oliveira participa da Semana de Moda de Paris, após recuperar o passaporte

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Atriz chegou a ficar ‘presa’ no Aeroporto Charles de Gaulle durante algumas horas até conseguir encontrar o documento. Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris
Paolla Oliveira conseguiu chegar ao seu destino final na França: a Semana de Moda de Paris. No domingo (22), a atriz relatou que ficou algumas horas “presa no aeroporto de Paris” depois de ter perdido o passaporte.
“Perdi o passaporte. Estou presa no aeroporto de Paris, suando de nervoso”, disse. “Tem uma polícia que não me deixa passar para lá. E ali tem outra polícia que não me deixa voltar de onde eu vim”, relatou. Em uma publicação na rede social, Paolla explicou que encontrou o documento no chão do avião.
Além da atriz, a apresentadora Maya Massafera também esteve presente em um evento da marca Jean Paul Gaultier.
Maya Massafera e Paolla Oliveira na Semana de Moda de Paris
Agnews
Paolla Olveira e Maya Massafera na Semana de Moda de Paris
Agnews
Paolla encontrou o passaporte no chão do avião
Reprodução/Instagram

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Lady Gaga anuncia ‘Harlequin’, álbum que acompanha ‘Coringa: Delírio a dois’

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Filme estreia no Brasil no dia 3 de outubro. Além de ‘Harlequin’, Gaga lançará seu sétimo álbum de estúdio em fevereiro de 2025. Lady Gaga anuncia ‘Harlequin’, disco que acompanha ‘Coringa: Delírio a Dois’.
Divulgação
Após muita especulação, Lady Gaga anunciou “Harlequin”, álbum “que acompanha” o filme “Coringa: Delírio a Dois”. O disco será lançado no próximo dia 27.
“Coringa: Delírio a Dois” conta com o retorno do diretor Todd Phillips e do ator Joaquin Phoenix, como o vilão dos quadrinhos da DC, e tem estreia prevista no Brasil em 3 de outubro. A dupla já tinha trabalhado junta no grande sucesso de 2019, que bateu recordes ao arrecadar cerca de US$ 1,08 bilhão nas bilheterias mundiais. Agora, Gaga se junta ao elenco no papel de Arlequina (Lee), par romântico do Coringa.
LEIA TAMBÉM: ‘Coringa: Delírio a dois’ recebe críticas negativas no Festival de Veneza
Assista ao trailer de “Coringa: Delírio a Dois”
Além de “Harlequin”, Gaga afirmou à revista “Vogue” que lançará seu sétimo álbum de estúdio em fevereiro de 2025, e o primeiro single será divulgado em outubro.

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Ivete Sangalo fez melhor show do Rock in Rio 2024, para leitores do g1; Evanescence, Cyndi Lauper, Avenged e Mariah ficam no top 5

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Veja quais foram os artistas preferidos dos fãs, segundo enquete do g1. Ivete Sangalo voa sob plateia do Palco Mundo no Rock in Rio
Ivete Sangalo foi eleita dona do melhor show do Rock in Rio, segundo os leitores e leitoras do g1. A cantora ficou com 35,69% dos votos, seguida por Evanescence e Cyndi Lauper.
RANKING DO G1: Os melhores e os piores shows…
Veja o top 10 de melhores shows do Rock in Rio na enquete do g1
Ivete Sangalo: 35,69%
Evanescence: 28,00%
Cyndi Lauper: 8,60%
Avenged Sevenfold: 6,34%
Mariah Carey: 5,26%
Imagine Dragons: 3,98%
Katy Perry: 3,38%
Deep Purple: 1,47%
Travis Scott: 1,02%
Shawn Mendes: 0,90%

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