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Festas e Rodeios

Em ‘Amor, sublime amor’, Spielberg buscou representatividade latina: ‘Mais do que eu já tive em qualquer um dos meus filmes’

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Ao g1, diretor fala sobre produção que estreia nesta quinta-feira (9), nova versão de um clássico que ganhou dez Oscars em 1962. Steven Spielberg e Rachel Zegler falam sobre a nova versão de ‘Amor, sublime amor’
Ganhador de dez Oscars, é difícil dizer que o “Amor, sublime amor” de 1961 não é um clássico – por mais que algumas coisas consideradas normais na época sejam inaceitáveis atualmente.
Com isso em mente, para o diretor Steven Spielberg era fundamental que sua nova versão do musical, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (9), apresentasse uma representatividade legítima de latinos.
E a mudança não fica apenas do lado visível, com a escalação de um elenco formado por descendentes de porto-riquenhos, colombianos e cubanos. Apesar do roteirista, Tony Kushner, e do próprio diretor serem brancos, o cineasta garante que atrás das câmeras também buscou diversidade.
“Mais do que eu já tive em qualquer um dos meus filmes antes. Havia um bom número de membros da equipe que vieram direto de San Juan, no Porto Rico”, diz Spielberg em entrevista ao g1. Assista ao vídeo acima.
“Em termos de cor, de gênero, em termos de todo o espectro de latinos e hispânicos. Nos sentimos muito representados em ‘Amor, sublime amor’. Mas sempre precisa haver um esforço conjunto focado em trazer isso para dentro de todas as produções. E não só porque a história em si é latina.”
Rachel Zegler e Ansel Elgort em cena de ‘Amor, sublime amor’
Divulgação
Uma nova versão para uma velha história de amor
A regravação muda muito pouco da história original, uma adaptação do musical que estreou na Broadway em 1957 e que já passou por inúmeras montagens e turnês pelos Estados Unidos e na Inglaterra.
Baseado no romance trágico de “Romeu e Julieta”, o enredo acompanha as repercussões de um amor avassalador e proibido em um bairro que passa por processo de gentrificação na Nova York dos anos 1950.
Ele, ex-membro e melhor amigo do líder de uma gangue de jovens brancos, os Jets. Ela, irmã do principal representante dos seus rivais, os porto-riquenhos Sharks.
“Acho que é muito interessante que os quatro gênios que criaram ‘Amor, sublime amor’ em 1957 – Jerome Robbins, que teve a ideia, Leonard Bernstein, que escreveu a música, Stephen Sondheim, um letrista brilhante, e Arthur Laurents, que escreveu o livro – eram quatro homens judeus gays”, conta o cineasta.
“Já estavam do lado de fora da sociedade majoritária. Eles sabiam do que estavam falando quando contaram a história dos porto-riquenhos e dos imigrantes, e dos imigrantes brancos de quarta geração que foram à guerra uns com os outros nas ruas de Nova York.”
Ariana DeBose e David Alvarez em cena de ‘Amor, sublime amor’
Divulgação
A garota chamada Maria
Entre as mudanças em relação ao clássico escolhido pela Academia como o melhor filme de 1961 está principalmente a escolha de atores latinos para dar vida aos Sharks e demais moradores do bairro.
A maior delas é a escalação de Rachel Zegler para a protagonista Maria.
Descendente de colombianos, a atriz de 20 anos pega o papel que havia sido de Natalie Wood, filha de imigrantes russos que usou maquiagem para escurecer a pele no original e que precisou ser dublada por Marni Nixon nos momentos musicais.
Algo que definitivamente não foi necessário para a jovem que faz sua estreia em Hollywood. Afinal, Zegler foi escolhida a partir de um vídeo no qual interpretava canções do musical, enviado por ela mesma após ter visto um tuíte convocando artistas latinos para a produção.
Para a atriz, ter representantes legítimos da minoria retratada na história ajudou os atores a se conectarem com os personagens.
Rachel Zegler e Ansel Elgort em cena de ‘Amor, sublime amor’
Divulgação
“A melhor arte vem de diferentes estilos de vida e experiências. E isso foi realmente abraçado no nosso set. As conversas constantes sobre o contexto histórico do nosso filme é incomparável com muitas produções”, diz Zegler.
“Todos nós já passamos por algum tipo de sentimento que os Sharks têm ao longo de todo o filme. Então, mais do que a representatividade que você vê na tela, houve muito cuidado tomado antes mesmo das câmeras serem ligadas.”
Ela é acompanhada por Ansel Elgort (“Em ritmo de fuga”) e outros jovens com experiência no gênero. Mas é Rita Moreno quem deve atrair a atenção dos fãs do primeiro filme.
Rita Moreno em cena de ‘Amor, sublime amor’
Divulgação
Ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante em 1962 por sua atuação como Anita (e de todos os outros principais prêmios das artes americanas ao longo de sua carreira, como o Emmy, o Grammy e o Tony) e uma das poucas porto-riquenhas do elenco original, a veterana de 89 anos assume um novo personagem na regravação.
Steve quer mais musicais
O cineasta conhecido por revolucionar o cinema americano repetidas vezes em filmes como “Tubarão” (1975), “E.T.: O Extraterrestre” (1982) e “Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros” (1993) nunca tinha dirigido um musical, mas há anos expressa seu desejo por explorar o gênero.
Tanto que o desenvolvimento de sua versão de “Amor, sublime amor” acontece desde pelo menos 2014, quando ele começou a conversar com o estúdio sobre o interesse.
Cena de “Amor Sublime Amor”
Divulgação
Por coincidência – e uma pandemia no meio do caminho, que atrasou o lançamento de diversas produções –, a regravação chega em um ano rico para fãs de musicais.
Além de “Em um bairro de Nova York”, de junho, ainda são grandes as chances de que Spielberg dispute o Oscar de melhor filme em 2022 com “Tick, tick… Boom!”, outra adaptação dos palcos.
Dirigida por Lin-Manuel Miranda (criador de “Hamilton” e, olha só, da peça que gerou “Em um bairro de Nova York”), a cinebiografia de Jonathan Larson (outro famoso autor de musicais) conta até com participação de Stephen Sondheim, mentor de Larson e responsável pelas letras das canções de “Amor, sublime amor”, que morreu em novembro.
“Esta não pode ser a noite que tanto antecipamos, por causa da ausência de Stephen Sondheim”, afirmou Spielberg para o público na estreia da regravação, três dias depois da morte da lenda da Broadway, aos 91 anos.
“Suas letras incríveis para ‘Amor, sublime amor’ primeiro o colocaram no mapa e lançaram uma carreira que iria redesenhar completamente o mesmo mapa, reinventar os musicais e o teatro, e criar um currículo que, acima de qualquer dúvida, é tão imortal quanto qualquer coisa feita por um mortal pode ser.”
E se o número de grandes obras do gênero parecem celebrar a vida de Sondheim, Spielberg quer ainda mais.
“Não há tantos musicais com atores e de vez em quando alguns surgem em um ano, e então há quatro ou cinco anos nos quais não há nenhum. E então saem alguns, e no ano seguinte, e mais cinco anos, não tem nada. Eu adoraria ver mais musicais sendo feitos para a telona.”
Cena de ‘Amor, sublime amor’
Divulgação

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A caminho do Rock in Rio, MC Livinho invade reportagem ao vivo sobre tragédia na Dutra, faz dancinha e recebe críticas na web

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Funkeiro foi escalado para o Espaço Favela neste sábado (21). Depois, pediu desculpas. MC Livinho invade reportagem ao vivo sobre tragédia em rodovia para dancinha e recebe críticas na web
MC Livinho foi alvo de críticas neste sábado (21) depois que invadiu uma reportagem ao vivo sobre o acidente de ônibus na Dutra para fazer dancinhas. Pelo menos 3 pessoas morreram na tragédia. Depois, o cantor pediu desculpas.
A repórter Isabela Campos falava para o RJ1 sobre o atendimento aos feridos quando o funkeiro apareceu no vídeo, se aproximou da câmera, hesitou por alguns segundos e começou a dançar. A imagem foi tirada do ar, e, no lugar, entraram cenas do veículo acidentado, enquanto Isabela terminava de dar as informações.
Ônibus de turismo tomba na descida da Serra das Araras, em Piraí
Reprodução
A tragédia
O coletivo tombou na descida da Serra das Araras, em Piraí, no Sul Fluminense, por volta das 10h, com atletas do time de futebol americano Coritiba Crocodiles. A equipe vinha de Curitiba ao Rio de Janeiro para jogar contra o Flamengo Imperadores pelo Brasileirão de Futebol Americano. A partida foi cancelada.
De acordo com a CCR RioSP, concessionária que administra a rodovia, o ônibus transportava 43 passageiros e 2 motoristas.
As vítimas que morreram são:
Daniel Santos, 44 anos
Lucas de Castro Rodrigues Barros, 19 anos
Lucas Padilha, 42 anos
Veja mais sobre os jogadores que perderam a vida.
Sete pessoas foram socorridas, 1 delas com ferimentos graves, e encaminhadas aos hospitais Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e São João Batista, em Volta Redonda.
De acordo com a concessionária, 35 pessoas não se feriram. Um ônibus foi enviado ao local para buscá-las.
As críticas
Antes mesmo de o funkeiro se pronunciar, internautas foram a postagens antigas dele para criticar a invasão.
“Atitude de moleque. Fazendo palhaçada durante transmissão de notícia de acidente”, disse um.
“3 mortos, e você dançando durante a notícia do acidente”, escreveu outro.
“Tem pessoas medíocres que pagam pra ir no show desse cara? Como pode fazer dancinha em uma tragédia? Atitude de homem, rapaz!”, postou mais um.
“Não precisa ser muito inteligente pra saber que se tem uma equipe de reportagem e congestionamento na estrada, e provavelmente ambulância e viaturas passando pelo caminho, é porque algo sério aconteceu. Completamente sem noção”, falou outro.
“Parabéns, fazendo dancinha enquanto pessoas sofriam o luto. Quer aparecer a todo custo, né? Tudo pela fama, tudo pela mídia! Sem noção”, disse uma.
“Ah, coitado, ele não percebeu um acidente com veículo batido na rua, ambulância e polícia. Coitado, só quis biscoitar e aparecer”, ironizou outra.
“Você se considera um ser humano?”, indagou um.
As desculpas
MC Livinho pede desculpas após invadir reportagem ao vivo sobre tragédia na Dutra

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Fã de Luan Santana acampa na fila do Rock in Rio para ver 49º show do cantor: ‘Maior loucura que já fiz por ele’

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Professora é fã do Luan Santana há 17 anos e divide tempo com rotina de shows, fã clube e paixão pela pedagogia após enfrentar depressão. Thayane Basseto dormiu na fila para garantir lugar na apresentação de Luan Santana no Rock in Rio.
Acervo pessoal
O 6° dia de Rock in Rio, neste sábado (21), tem somente atrações brasileiras e a estreia do sertanejo no festival. O evento começou com uma fila pequena em comparação com os outros dias, mas Thayane Basseto, de 28 anos, fez questão de garantir o primeiro lugar.
A professora é de Campinas, São Paulo, e não mede esforços para assistir a shows do Luan Santana. Segundo ela, a maior loucura que já fez pelo cantor foi vir ao Rock in Rio.
Ela chegou na cidade por volta de 18h desta sexta (20) e, em seguida, veio direto para os portões da Cidade do Rock. Às 20h, ela estava preparada com seu colchão para dormir enquanto aguardava o dia clarear para assistir seu 49º show do artista. A jovem já rodou em diversos estados acompanhando a agenda do cantor, e o último foi há duas semanas.
“Estar aqui é a maior loucura que já fiz por ele. Fui em outros estados, mas isso aqui é o maior, ainda mais acampar sozinha. Fiz tudo sozinha. Peguei moto Uber cheia de sacola, BRT sem saber andar aqui. Na hora que o Luan curtiu minha foto, comecei a pular e chorar que nem maluca aqui. Nosso sonho só se torna realidade porque a gente é real e faz acontecer”, conta.
Para enfrentar a madrugada, ela conta que teve ajuda dos policiais que estavam patrulhando a região, que trouxeram até lanche e suco para ela. A produção do cantor também providenciou um lanche para a jovem, que disse não ter sentido medo.
Apaixonada pelo Luan, ela fundou o fã clube “Coisas de Luanete” e se dedica à página enquanto divide seu tempo com a pedagogia.
A professora Thayane Basseto é fã de Luan Santana e foi a primeira a chegar na fila do Rock in Rio neste sábado (21).
Acervo pessoal
No entanto, entre posts apaixonados e dedicações para acompanhar o ídolo, a professora afirma receber hate pelas loucuras que faz pelo cantor.
“Tem gente que reclama até do calor que a gente paga em ingresso, manda mensagem para nossos familiares, invade nossas vidas”, relata.
Segundo Thayane, ela encontra forças nas letras do cantor para enfrentar as adversidades da vida.
“Eu costumo dizer que eu tenho 2 anos de vida, porque há dois anos eu tentei suicídio. Foi muito difícil passar pela depressão e eu cheguei em um momento que eu não queria mais estar viva. Luto muito para não voltar para esse lugar, porque doeu perder um filho, doeu saber que eu fui fruto de um abuso sexual, muita coisa doeu e foi nele que encontrei essa força para sair da depressão”.
“Meu psicólogo disse: ‘você precisa encontrar algo que te faça mais forte do que sua depressão’, e é isso que eu faço. A gente precisa se agarrar ao que nos faz feliz”, declara a jovem.
A professora Thayane Basseto é fã de Luan Santana e foi a primeira a chegar na fila do Rock in Rio neste sábado (21).
Thaís Espírito Santo/g1 Rio

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Rock in Rio anuncia evento em prol da Amazônia e show em balsa no Pará

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Campanha unirá o Rock in Rio e o The Town e encerrará com a apresentação de um artista internacional no meio da Floresta Amazônica. O nome não foi revelado pela direção do evento. Rock in Rio anuncia ação em prol da Amazônia
A Amazônia será a protagonista do próximo The Town, em São Paulo, em 2025, e do Rock in Rio de 2026.
A direção do Rock World anunciou, neste sábado (21), que a floresta estará presente nos festivais como forma de chamar a atenção para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP30 — prevista para acontecer em novembro de 2025, em Belém, no Pará.
Roberta Medina, vice-presidente da Rock World, antecipou que haverá um show numa balsa no Pará.
“É falar da importância da Amazônia para a biodiversidade, para a vida do planeta. A gente vai fazer uma jornada que começa no Rock in Rio e vai até o The Town, falando de Amazônia e culminando com um grande concerto de um artista internacional no meio da floresta, flutuante, no Rio Guamá. E não é só isso, é documentário, transmissão nacional e internacional para gente mostrar essa Amazônia potente, de pé como ela pode fazer tão bem para gente”, contou Roberta Medina.
O nome não foi revelado pela direção do evento.

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