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Festas e Rodeios

‘Ensaio Sobre a Cegueira’, ‘A Condição Humana’, ‘Irmã Outsider’: os livros favoritos dos ministros de Lula

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Nas últimas semanas, g1 procurou 11 dos 38 titulares do primeiro escalão do governo e perguntou a eles quais são os livros preferidos e o que estão lendo no momento. Biblioteca no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República
Divulgação/PR
Livros como “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago; “A Condição Humana”, de Hannah Arendt; e “Irmã Outsider”, de Audre Lorde, são citados como preferidos por ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas últimas semanas, o g1 procurou 11 ministros deste terceiro mandato do petista e perguntou a eles quais livros são os favoritos e quais os titulares do primeiro escalão estão lendo neste momento.
A obra-prima do português Saramago – vencedor do Nobel de Literatura em 1998 – foi apontada como preferida pelo ministro da Educação, Camilo Santana, por exemplo.
Já a titular do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que tem como livro predileto “A Condição Humana” – um dos principais trabalhos da filósofa alemã Hannah Arendt.
Anielle Franco (Igualdade Racial), que teve a irmã Marielle assassinada em uma emboscada no ano de 2018, disse que a obra de Audre Lorde a ajudou a lidar com a perda da familiar.
Nesta reportagem, além de indicações e alguns comentários feitos pelos ministros, são apresentadas sinopses dos livros – ou seja, breves relatos sobre o que os autores abordam nas publicações.
Veja na arte abaixo quais obras foram citadas pelos titulares das 11 pastas procuradas pelo g1:
Os livros preferidos dos ministros e o que eles estão lendo no momento
Clique no nome dos ministros para saber mais sobre seus livros favoritos e suas leituras de momento:
Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços)
Fernando Haddad (Fazenda)
Marina Silva (Meio Ambiente)
Simone Tebet (Planejamento e Orçamento)
Anielle Franco (Igualdade Racial)
Cida Gonçalves (Mulheres)
Camilo Santana (Educação)
Sônia Guajajara (Povos Indígenas)
Margareth Menezes (Cultura)
André Fufuca (Esporte)
Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública)
O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse estar lendo ‘Brasil: Uma Biografia’
Cadu Gomes/Vice-Presidência da República
Geraldo Alckmin
Livro favorito: diz não ter um livro preferido.
Está lendo agora: “Brasil: uma Biografia”, de Lilia Schwarcz e Heloisa Starling.
Do que trata: a obra das historiadoras Lilia Schwarcz – que recentemente foi eleita para a Academia Brasileira de Letras – e Heloisa Starling narra a formação social do Brasil, desde a chegada dos portugueses, passando pelo massacre dos povos indígenas e pela escravidão, até fatos mais recentes da política do país. No livro, as autoras fazem um contraposição a ideias lançadas por escritores clássicos da sociologia brasileira, como a da cordialidade das elites.
“Um trabalho que consegue o feito de levar a história brasileira em suas dimensões políticas, sociais e econômicas para um público amplo, interessado em conhecer as raízes de nosso país, por meio de uma linguagem fluida, mas com rigor típico das grandes pesquisas acadêmicas”, afirmou o ministro e vice-presidente da República.
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O ministro Fernando Haddad (Fazenda) declarou que está lendo obra sobre a escravidão
Diogo Zacarias/MF
Fernando Haddad
Livro favorito: diz não ter livro preferido.
Está lendo agora: “O Problema da Escravidão na Cultura Ocidental”, de David Brion Davis.
Do que trata: nesta obra, publicada pela primeira vez em 1967, o historiador norte-americano David Brion Davis analisa os aspectos sociais e políticos da escravização de negros no mundo ocidental. E busca identificar em que momento histórico, e em quais circunstâncias, a escravidão passou a ser considerada pela sociedade como algo incompatível com valores civilizados. O autor destaca que o tratamento imposto a homens e mulheres negros, definidos como propriedades de escravocratas, gerou tensões em diferentes épocas. O problema, para o historiador, é que essas tensões não geraram um pensamento antiescravista significativo nas sociedades, nem nas mais modernas.
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Obra da filósofa Hannah Arendt é a favorita de Marina Silva (Meio Ambiente)
Felipe Werneck/MMA
Marina Silva
Livro favorito: “A Condição Humana”, da Hannah Arendt.
Está lendo agora: “O Decrescimento: Entropia, Ecologia e Economia”, de Nicholas Georgescu-Roegen.
Do que tratam: em “A Condição Humana”, a filósofa alemã Hannah Arendt promove um debate sobre “o que estamos fazendo” enquanto civilização. Na obra, publicada pela primeira vez em 1958, a autora se desobriga da tentativa de dar respostas teóricas às incertezas do mundo moderno, e faz considerações sobre a condição de homens e mulheres sob a perspectiva de novas experiências e dos temores da sociedade. No livro “O Decrescimento: Entropia, Ecologia e Economia”, o economista romeno Nicholas Georgescu-Roegen aplica conceitos da física, como o da termodinâmica, da matemática e da economia às relações da sociedade com o meio ambiente. Considerado o fundador da bioeconomia, o autor lança preocupações sobre o crescimento econômico baseado no desgaste de recursos naturais, como combustíveis fósseis altamente poluentes. E estimula o debate sobre o desenvolvimento sustentável.
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Simone Tebet (Planejamento) apontou conjunto da obra de Manoel de Barros como favorito
Washington Costa/MPO
Simone Tebet
Livros favoritos: coletânea da obra de Manoel de Barros.
Está lendo agora: não informou.
De quem se trata: “A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Nesse ponto, sou abastado”, diz Manoel de Barros no poema “Retrato do Artista Quando Coisa”. Nascido em Cuiabá (MT), em 1916, o poeta mato-grossense se notabilizou por abordar com simplicidade questões profundas do ser humano. Falecido em 2014, na cidade de Campo Grande (MS), Manoel de Barros também se destacou pela habilidade com as palavras e a capacidade de criar neologismos. Entre seus principais livros, estão “Poemas Concebidos Sem Pecado”, “Compêndio para Uso dos Pássaros” e “Memórias Inventadas”.
“É o poeta que vê que a essência da vida está nas pequenas coisas. O belo é simples”, avalia Simone Tebet.
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Livro que ajudou Anielle a lidar com a perda da irmã é o favorito da ministra da Igualdade Racial
Rithyele Dantas/MIR
Anielle Franco
Livro favorito: “Irmã Outsider”, de Audre Lorde.
Está lendo agora: “Políticas da Inimizade”, de Achille Mbembe.
Do que tratam: publicado em 1984, o livro “Irmã Outsider” reúne ensaios da professora, ativista e escritora estadunidense Audre Lorde sobre as lutas feminista, antirracista e da comunidade LGBTQIA+. Com linguagem acessível e poética, a autora tece críticas à lesbofobia, ao racismo, ao machismo e a outras formas de opressão. Mulher, negra e homossexual, Audre Lorde lança um olhar “estrangeiro” sobre as questões abordadas, uma vez que ela se coloca fora do que chama de “norma mítica”, composta por pessoas brancas e heterossexuais. Já o livro “Políticas da Inimizade”, escrito pelo filósofo e historiador camaronês Achille Mbembe, foi publicado em 2017. A obra aponta a violência dos regimes coloniais escravagistas como geradora de inimizades no mundo contemporâneo. E também discute a ressurgência dessa violência em recentes movimentos nacionalistas ao redor do mundo, sob a perspectiva de um pensador do continente africano.
“‘Irmã Outsider’ me acompanhou após a morte da Marielle. O livro me ajudou a entender, externalizar e organizar meus pensamentos após a perda dela”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, sobre o seu livro favorito.
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Ministra das Mulheres lê obra sobre discriminação contra pessoas do sexo feminino na internet
Patrick Grosner/Presidência da República
Cida Gonçalves
Livro favorito: não informou.
Está lendo agora: “Misoginia na Internet: Uma Década de Disputas por Direitos” de Mariana Valente.
Do que trata: resultado de mais de dez anos de pesquisa sobre direito, gênero e tecnologia, o livro da advogada Mariana Valente propõe reflexões sobre a violência de gênero nas redes sociais. A autora de “Misoginia na Internet: Uma Década de Disputas por Direitos” (2023) promove um debate sobre políticas públicas, regulamentação de plataformas e outras ações que podem ser adotadas para além da criminalização condutas misóginas na internet.
“[Me interessa] entender cada vez mais como nós, agentes de transformação, podemos ajudar a construir políticas públicas e uma legislação que ofereça proteção às mulheres em qualquer ambiente, seja online ou off-line”, afirmou a ministra Cida Gonçalves.
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Obra-prima de Saramago é a predileta de Camilo Santana (Educação)
Angelo Miguel/MEC
Camilo Santana
Livro preferido: “Ensaio Sobre a Cegueira”, de José Saramago
Está lendo agora: não informou.
Do que se trata: neste romance distópico, o escritor português José Saramago versa sobre o avanço de uma epidemia de cegueira em uma cidade não especificada. Na tentativa de conter a situação, as autoridades colocam as pessoas afetadas em um sanatório, onde ficam praticamente abandonadas. No local, destacam-se uma mulher imune ao contágio que leva à deficiência visual e um homem que já era cego antes da epidemia. Em “Ensaio Sobre a Cegueira” (1995), Saramago provoca uma reflexão sobre a conduta humana em uma situação extrema, de confinamento em condições precárias, em que afloram diferentes instintos, como os de sobrevivência e o sexual.
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Inclusão é tema de livro que a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, diz estar lendo no momento
Mré Gavião/MPI
Sonia Guajajara
Livro preferido: “Ninguém Mais Vai Ser Bonzinho na Sociedade Inclusiva” de Cláudia Werneck
Está lendo agora: não informou
Do que se trata: nesta publicação, a jornalista e ativista Cláudia Werneck defende a democratização dos debates sobre inclusão nos diferentes ambientes da sociedade. O objetivo é difundir a temática a fim de que as pessoas se tornem “cúmplices” da sociedade inclusiva. A obra apresenta formas com as quais escolas, famílias, mídias, entre outros segmentos, podem colaborar para a inclusão, por exemplo, de idosos, negros, mulheres, pessoas com deficiência e com transtorno do espectro autista. A autora sustenta que, na sociedade inclusiva, não há “bonzinhos”, mas sim pessoas responsáveis pela qualidade de vida de todos.
“Em uma sociedade inclusiva, não basta você incluir, é necessário aceitar os diferentes, respeitar as diferenças e ter um lugar para todos”, disse a ministra Sônia Guajajara.
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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, contou que está lendo o best-seller ‘Torto Arado’, do baiano Itamar Vieira Junior
Victor Vec/MinC
Margareth Menezes
Livro favorito: não informou
Está lendo: “Torto Arado” (2019), de Itamar Vieira Junior
Do que se trata: neste romance, o escritor soteropolitano Itamar Vieira Junior narra a história de duas irmãs que vivem no sertão baiano – região pouco conhecida pelos próprios brasileiros. Descendentes de escravos, Bibiana e Belonísia encaram, mesmo após a abolição da escravidão, uma vida de trabalho duro no campo em busca de sobrevivência. Permeada por tradições religiosas afro-brasileiras, a obra retrata o processo de conscientização de uma das protagonistas, que passa a lutar pela emancipação dos trabalhadores rurais e pelo direito à terra.
“Acho que a literatura brasileira tem se mostrado interessante, porque estamos começando a contemplar novos talentos e novas visões de vida. Uma literatura cada vez mais inclusiva”, declarou Margareth Menezes.
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O ministro do Esporte, André Fufuca, está lendo biografia de Napoleão Bonaparte
Divulgação/Ministério do Esporte
André Fufuca
Livro preferido: não informou
Está lendo: “Napoleão: Uma vida”, de Vincent Cronin
Do que trata: o livro “Napoleão: Uma vida”, do historiador e escritor biográfico britânico Vincent Cronin, conta a história de Napoleão Bonaparte, com destaque para questões particulares e detalhes pessoais da vida do imperador francês. Isso sem deixar de lado os feitos históricos do homem que liderou as tropas francesas por quase uma década, com um projeto de dominação da Europa. Após uma pesquisa extensa sobre a vida e morte do francês, Vincent Cronin busca apresentar aos leitores, nesta biografia, um Napoleão de “carne e osso”.
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Ricardo Lewandowski (Justiça) citou obra do filósofo Sêneca como favorita
Jamile Ferraris/MJSP
Ricardo Lewandowski
Livro favorito: “Moral and Political Essays” (Ensaios sobre Moral e Política) – Sêneca
Está lendo agora: “The Coming Wave” (A Próxima Onda) – Mustafa Suleyman
Do que tratam: o livro “Moral and Political Essays” (Ensaios sobre Moral e Política) reúne trabalhos do filósofo do império romano Lúcio Sêneca sobre ira, clemência e vida privada. Nos ensaios, o filósofo estoico trata da relação humana com a natureza, e sobre a forma com que o homem deve lidar com situações que não estão sob seu controle. Para o autor, os homens têm consciência do bem e do mal e a forma como agem depende de suas vontades. Em “The Coming Wave” (A Próxima Onda), o empresário britânico Mustafa Suleyman faz considerações sobre a tecnologia no século 21, principalmente em relação ao desenvolvimento da inteligência artificial, que, cada vez mais, permeará diversos aspectos da vida em sociedade. O autor sustenta que, em breve, ferramentas de IA vão realizar tarefas complexas no mundo empresarial, na produção de conteúdo digital, e nos serviços governamentais. Para Suleyman, é necessário pensar sobre o que pode ser feito para que a IA funcione para todos, e refletir sobre as inovações e riscos dessa tecnologia.
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*Estagiário sob a supervisão de Gustavo Garcia
Saiba a importância da leitura para o desenvolvimento das crianças e jovens

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Vitor Ramil ergue ‘Mantra concreto’, álbum com 13 músicas criadas a partir de versos do poeta Paulo Leminski

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♫ NOTÍCIA
♪ Vitor Ramil segue em trilho poético no 13º álbum do artista gaúcho nascido em Pelotas (RS), cidade renomeada como Satolep na geografia artística da obra do cantor, compositor e músico. Dois anos após transitar por Avenida Angélica (2022) em álbum lançado com músicas compostas a partir de poemas da conterrânea Angélica Freitas, Ramil apresenta em 10 de outubro o álbum Mantra concreto.
Com produção musical orquestrada pelo próprio Vitor Ramil com Alexandre Fonseca e Edu Martins, o álbum Mantra concreto alinha 13 músicas inéditas compostas por Ramil a partir de poemas do escritor, músico e poeta curitibano Paulo Leminski (24 de agosto de 1944 – 7 de junho de 1989).
Gravado por Lauro Maia, mixado por Moogie Canazio e masterizado de André Dias, o álbum Mantra concreto reúne músicas como Amar você e celebra os 80 anos que Leminski teria completado há um mês.
A ideia do disco surgiu em 2021, durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19. “Justamente por estar isolado em casa, fui contaminado pela poesia de Paulo Leminski. Certo dia, enquanto lia o poema ‘Sujeito Indireto’, passei a mão no violão e minha imunidade baixou. ‘Quem dera eu achasse um jeito de fazer tudo perfeito’ logo virou canção. Nos dias subsequentes, a cena se repetiu com outros poemas. Em três semanas, treze poemas, treze canções”, recorda Vitor Ramil.
A capa do álbum Mantra concreto foi criada pelo designer Felipe Taborda.
Capa do álbum ‘Mantra concreto’, de Vitor Ramil
Arte de Felipe Taborda

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Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido; VÍDEO

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A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro. Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido
O cantor Gusttavo Lima, que teve prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta segunda-feira (23), esteve no Rock in Rio na noite do último domingo (22).
Em vídeos compartilhados em suas redes sociais, o sertanejo aparece visitando o “Vipão”, camarote do evento, e acompanhando o show do Akon. Ele também teve um encontro com Roberto Medina, fundador do festival.
Gusttavo ainda mostra uma maquete do The Town, gerando comentários de que poderia ser um dos nomes do festival de São Paulo em 2025. Ao final do passeio, ele comentou: “Foi sensacional”.
Gusttavo Lima conversa com Roberto Medina no Rock in Rio e mostra maquete do The Town
Reprodução/Instagram
Antes de ir à Cidade do Rock, Gusttavo Lima se apresentou no Rodeio de Jaguariúna na madrugada de domingo (22) e fez dueto “surpresa” com Zezé di Camargo.
Mandado de prisão
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram
A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro pelo qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão foi publicada depois que o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil, pedindo a realização de novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares.
Akon no Rock in Rio
Além de Gusttavo Lima, uma multidão se espremeu para assistir ao show de Akon no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
Entre as diversas gafes que marcaram o show do cantor, estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido (veja no vídeo abaixo).
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sertanejo no Rock in Rio
Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O Rock in Rio 2024 ficará marcado na história do festival como a edição em que o sertanejo subiu ao palco pela primeira vez. Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país — enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, no último sábado (21), com programação exclusivamente brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, subiram ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho e Xororó.
Uma das atrações esperadas para o dia, o sertanejo Luan Santana cancelou sua participação por causa do atraso de mais de uma hora nos shows do festival.
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram

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Após 400 shows usando bolhas sobre público, Sorocaba dá dicas para Akon depois de cantor não conseguir usar artifício no Rock in Rio

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‘Pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, eu achei que a bolha era muito pequena. Teria que ter um diâmetro quase que dobrado’, analisa o sertanejo em entrevista ao g1. Akon em seu show no Rock in Rio, segundos antes de a bolha inflável murchar, e Sorocaba durante show em 2013
Reprodução/Instagram
Entre as diversas gafes que marcaram o show do Akon na noite de encerramento do Rock in Rio, neste domingo (22), estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido.
O artifício é usado pela dupla Fernando e Sorocaba há mais de dez anos. Os artistas sertanejos já passaram sobre o público usando a bolha em ao menos 400 shows, segundo Sorocaba. E, ainda de acordo com o cantor, ele só passou por incidente semelhante ao do Akon uma vez.
“A gente teve um contratempo uma vez na vida, porque tem uma alcinha do zíper que sempre tem que ser travada pra ninguém puxar. Eu tava me deslocando num show lá atrás e, no meio do caminho, um sujeito abriu”, afirmou o cantor em entrevista ao g1.
“Não aconteceu nada demais, simplesmente a bolha murchou e eu acabei caindo no meio do público. As pessoas ficaram ouriçadas, aquela história toda, mas ninguém se machucou. Não considero um acidente.”
Sorocaba afirmou que assistiu ao incidente com Akon. E acredita que a falha tenha acontecido por causa do zíper, que é bastante frágil.
“Quando você desce uma escada e dá o azar de pisar exatamente onde vai o zíper, a chance de abrir a bolha é grande. É o que deve ter acontecido ali com o Akon.”
O cantor também aponta que a bolha usada pelo artista senegalês era pequena demais.
“Eu achei que a bolha dele, pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, era muito pequena. Ela teria que ter um diâmetro quase que dobrado dessa daí.”
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sorocaba ainda afirmou que, se pudesse dar um conselho para o artista, diria para ele inflar a bolha já na altura do público, evitando, assim, passar por obstáculos, como a escada.
“Pode ser feito uma base que suba uma cortina, da forma como a gente faz. Esconde, as pessoas ficam curiosas para saber o que está acontecendo lá dentro, e na hora que abre essa cortina, ele já vai estar inflado na bolha. Eu acho que surpreenderia muito mais.”
Ainda assim, Sorocaba elogiou a tentativa de Akon de colocar o artifício no show.
“Eu acho uma operação incrível, um efeito especial no show incrível. É algo que realmente gera uma interatividade única do fã com o artista. É meio que quase tocar o artista.”
“É algo muito legal para se fazer num show, uma grande sacada.”
Leia crítica: Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Funcionamento da bolha
Sorocaba, que faz uso da bolha inflável em seus shows desde 2013, explicou que ela é feita de um material plástico bastante resistente.
“O artista entra, a gente enche de ar, e a ideia é dividir o peso da pessoa que está dentro da bolha na mão de dezenas de pessoas que estão embaixo.”
O cantor explicou que é preciso usá-la quando o show está com bastante público. Era o caso de Akon no Rock in Rio.
“Imagina dezenas de mãos levantadas. Aquilo vira praticamente uma no chão e você vai se deslocando sobre a galera.”
Por segurança, Sorocaba costuma colocar seguranças à paisana pelo caminho que vai percorrer entre o público.
Eles ficam ali para indicar se tem alguma pessoa debilitada no caminho ou até para socorrer o artista em caso de qualquer acidente.
Fernando e Sorocaba evento “Isso é Churrasco On Fire”
Divulgação
Bolhas para artistas e público
Em 2021, durante a pandemia, quando os shows tiveram uma pausa, a banda de rock americana Flaming Lips colocou, não somente os músicos, mas também o público dentro de bolhas infláveis para que pudessem manter o distanciamento social contra o risco do coronavírus.
O grupo realizou dois shows e contou com 100 balões, cada um com capacidade para até três pessoas. As apresentações aconteceram no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos.
A engenhosa ideia partiu do líder da banda, Wayne Coyne, que já usava bolhas antes da pandemia para “rolar” dentro da cápsula pelo público em muitos de seus shows, assim como faz Sorocaba – e Akon tentou fazer.
Apresentação do Flaming Lips teve bolhas para o público e para os músicos
Flaming Lips/Divulgação via BBC

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