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Festas e Rodeios

Por que estreia de Kelly Key antecipou pop de divas no Brasil com empoderamento dançante?

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Ao g1, cantora fala do início da carreira com luta contra assédio, preconceito e machismo: ‘Hoje eu entendo que eu marquei uma geração. Minha maturidade me permite me dar esse crédito’. “Baba”, “Cachorrinho” e “Anjo” estão no álbum de estreia da Kelly Key. Lançado no segundo semestre de 2001, o disco vendeu mais de um milhão de cópias, mas foi muito além disso. O álbum antecipou o pop brasileiro de divas que depois foi dar em Anitta, Iza, Ludmilla, Luísa Sonza e tantas outras.
Kelly tem sete álbuns lançados em 20 anos de carreira. Hoje, aos 38 anos, ela se dedica menos à música e mais à carreira como influenciadora fitness e lifestyle, com mais de 8 milhões de seguidores no Instagram.
Ouvindo as letras das músicas fica muito claro que Kelly tinha um discurso empoderado, antes de essa palavra ser tão usada.
Ela tinha 17 anos e falou tudo que queria: dizia que só queria ficar ou que queria tratar o parceiro dela como um cachorrinho. Queria fazer babar o homem mais velho que a esnobou. Kelly podia sair “escondida” para beijar na boca e “fazer amor” ou querer um namoro angelical. Enfim, ela era dona de si.
Em entrevista ao g1 (ouça no podcast acima), a cantora relembrou o assédio e preconceito que sofreu no início da carreira e refletiu sobre a arte de fazer pop. Para ela, “Baba” não perdeu o sentido. “A arte ela não pode ser engessada, senão você nunca vai criar nada. A gente precisa ter liberdade de criação”, diz ela. Leia os principais trechos da entrevista.
Kelly Key no clipe de ‘Montanha-russa’, de 2020
Reprodução
g1 – Você tem essas temporadas que você se dedica à música, você faz as pausas tanto pela vida pessoal quanto por outros trabalhos. Como você define quando você investe mais ou menos na carreira de cantora?
Kelly Key – É engraçado isso, porque eu comecei como apresentadora, depois eu comecei a cantar. E é onde eu tive maior repercussão. Foi onde as pessoas passaram a me reconhecer mais e as coisas de fato se tornaram grandiosas. Isso se tornou um negócio na minha vida, naquele primeiro momento. Como qualquer pessoa que vem de uma família já investidora, que fica pensando em futuro, aquele meu dinheiro todo foi investido em outras coisas além da música.
Eu tinha 17 anos quando minha primeira música tocou, eu era muito nova, então a gente conseguiu fazer negócios muito bons até os meus 20 anos, sabe? Fora a música… Então, a partir dos meus 25 eu já não vivia mais de música. A gente começou a investir e eu me casei [com o empresário angolano Mico Freitas], meu marido já veio com um conceito de investimento diferente, do que a gente estava habituado. Eu abri meus horizontes, a gente começou a fazer investimentos.
E aí outras foram surgindo na minha vida e eu comecei a fazer música por prazer. Só que a música exige muito da nossa presença física e tudo mais. Eu sempre fui mãe, né? A Suzanna está com 20 anos… Eu tive no meio desse trabalho a gravidez do Tur, do Vitor. E eu gosto de exercer a função mãe na sua plenitude, no máximo que eu puder. Eu não delego muitas coisas. Aí isso exige tempo, dedicação, a gente tem que saber escolher. Não adianta fazer um milhão de coisas e fazer tudo malfeito. Eu fui para a televisão, porque supostamente me daria mais rotina, coisa que a música nunca me deu. Porque não tinha horário de gravação, não tinha horário de voltar para casa.
“Se tem show, você não sabe se vai passar um fim de ano, sei lá, na neve ou se vai passar o fim de ano trabalhando. Aí a família está toda projetando um fim de ano e você de repente não pode se comprometer com aquilo. Porque existe uma empresa toda por trás, uma gravadora… Então, isso tudo sempre me travou muito na vida.”
Quando eu hitei: Aqua relembra ‘Barbie Girl’ e elogia Kelly Key
g1 – Fazendo música pop há quase 20 anos, o que você vê que mudou, trabalhando com produtores mais antigos e produtores de agora?
Kelly Key- Ah, muita coisa mudou, né? E outras não mudaram nada. [Risos] É engraçado, é complexo. Porque a gente vê muitas mudanças no óbvio, na questão do digital, na questão das entregas. Mas o tempo de produção mudou pra caramba, porque a gente tinha um CD que a gente trabalhava o ano inteiro. A música durava seis meses de trabalho. A música não dura um mês hoje. Está muito difícil assim, sabe? Tem uma rotatividade muito grande.
g1 – Por causa do streaming?
Kelly Key- Exatamente, isso tudo está muito acelerado. Eu ainda estou reaprendendo muitas coisas.
g1 – Os ciclos são mais rápidos.
“Muita gente que pensa que isso tornou o álbum descartável. Tem gente que coloca dessa forma. Muito triste pensar nisso. Mas eu fico reflexiva, quando me falam esse tipo de coisa, porque eu termino de trabalhar em um álbum e eu já tenho que pensar em outro. Isso se torna muito mecânico e assustador. Porque a gente está falando de arte. Arte é criação e leva um tempo.”
Então, esse é o meu medo, sabe? Eu acho que tudo tem que levar um tempo específico. Criação não é do nada, ela não brota. Ela aparece, ela vai surgindo e você tem que ter tempo para produzir as coisas. Então, acho que essa foi uma mudança grande que eu vi no mercado. E bem assustadora.
Agora, outras coisas que não mudam… é o preconceito com o pop nacional, é uma pena. A gente vê que mesmo hoje o movimento se tornando um movimento real, onde a gente tem muitas meninas em ascensão mostrando cada uma seu estilo, cada uma sua qualidade. A gente ainda vê que elas sofrem muito preconceito, não só por serem mulheres ou por serem do pop. Porque mulher também sofre muito preconceito em vários momentos.
Kelly Key no clipe de ‘Baba’, lançado em 2001
Reprodução/Youtube
g1 – Você falou de preconceito, de machismo… Como era ser uma cantora tão jovem, quando você começou? Quão complicado foi lidar com machismo, com assédio? Você já teve que passar, acredito, por situações absurdas.
“Eu já passei por muita coisa, sem dúvida nenhuma. Assédio, então, nem se fala, né? E sempre fiquei muito triste, porque às vezes eu via boas oportunidades de trabalho, mas aí eu percebia para onde as coisas estavam caminhando… E eu já dizia ‘putz, que saco, vou ter que perder o trabalho, porque esse cara é um babaca’. Sabe? Várias vezes, eu passei por isso como mulher.”
O que foi interessante foi que como eu construí minha família muito cedo, isso aí também não durou muito tempo, né? E eu sempre tive uma postura muito, muito firme. Eu sempre tive uma postura muito boa e nunca fui frouxa em relação a isso. Sempre fui muito firme. Então, essas coisas não permaneceram muito tempo.
Graças a Deus, eu cheguei a um tamanho muito rápido. Então, as pessoas também não abusaram por muito tempo. Porque a gente que vive nesse universo, a gente sabe que quanto maior você é, menos as pessoas abusam de você. Porque você começa a ter muita opinião. Começam a ter um certo tipo de medo, de respeito. As coisas vão meio que mudando de cenário. Mas até chegar ali, por mais que tivessem sido seis meses, foram seis meses de ralação, de ouvir muita humilhação. Por ser mulher, por ser cantora, por ser bonita, por, sei lá, por ter uma bunda grande, seja lá o que for, não interessa, por rebolar, porque dança. Então, assim, ouvi muita coisa.
Mas é impressionante. Hoje, quando eu entrego o meu trabalho, as pessoas falam comigo com um carinho muito grande e eu fico bem surpresa. Porque eu não fui aceita assim dessa forma lá atrás, sabe? É surpreendente para mim. Por isso eu falo que eu não sabia que as pessoas gostavam tanto de mim. Eu não tenho hater na minha rede social. Você vai entrar ali nos comentários e eu não perco nem meu tempo excluindo ninguém. Pode ter uma foto que eu poste que a outra não tem a mesma opinião, mas não existe um hater que vem “sua flopada, sua ridícula”.
Datalhe da capa do DVD ‘Kelly Key ao vivo’, de 2004
Reprodução
g1 – O primeiro álbum foi feito em parceria com o Andinho na composição e o DJ Cuca na produção. Como foi o trabalho com eles?
Kelly Key- O Cuca foi maravilhoso. Ele foi quem me ajudou a me descobrir. Porque ele foi muito importante no meu processo todo. Eu comecei com ele, porque ele estava produzindo o álbum em que eu estava vendo a pessoa botar a voz e não tinha alguém para botar backing vocal. Eu falei: “Ah, acho que eu posso fazer”. Aí eu fui lá e fiz um backing vocal daquele álbum… Ele falou: “Cara, tu canta bem, eu tenho um projeto muito legal aqui”.
g1 – Foi o 2000 [lançado em 1999 e gravado um ano antes], do Latino, né?
Kelly Key- Isso. E aí: “Eu tenho um projeto muito legal aqui, que a gente pode fazer uma coisa engraçada, ein? Eu tenho umas produções”. Ele tinha umas bases já prontas. “Se você conseguir escrever…” Eu que já tinha muitas coisas escritas, de adolescente, que eu sempre tive diário. Então, eu escrevia muitas coisas minhas, sabe? Coisas pessoais. Eu sempre fui muito tímida.
Então, hoje não tenho a menor característica do que eu era antes. Eu sou super diferente, super descolada, comunicativa. Mas eu não era assim. Então, eu guardava as coisas muito para mim. Então, eu escrevia meus problemas, as coisas boas, ruins. Não interessa. E aí eu gravando e aquilo, quando ele me trouxe as bases prontas para eu escrever, eu comecei a botar aquilo em música. Foi muito fácil, porque eu já tinha muita coisa escrita. E ela se tornou cantada.
O Cuca é muito criador desse meu primeiro projeto. E muito incentivador para que eu tivesse confiança no que eu estava fazendo. Ele foi um professor para mim. Porque eu fazia aula de canto, mas foi dentro de estúdio que eu aprendi como colocar a minha voz, como entender tudo. E aí depois quando a gente vai para a estrada, o exercício te cria. Depois, você começa a criar, mas ele foi muito importante.
Kelly Key faz show em São Paulo em 2019
Divulgação/Audio
g1 – E o Andinho?
Kelly Key- O Andinho fez parte desse processo, junto comigo. A gente ficou uma semana trabalhando em músicas. Eu fui me descobrindo compositora. E eu juro, eu morria de rir das coisas que eu escrevia, porque eu achava que não faziam o menor sentido. Eu nunca imaginei ver aquilo como música. E aí nasceu meu primeiro álbum. Porque aí depois meu pai financiou nossa ida para São Paulo, né? A gente era do Rio e o Cuca é de São Paulo.
“Meu pai sempre trabalhou com posto de gasolina, restaurantes. E eu lembro disso, que bonitinho, ele tinha trocado a bandeira do posto dele… Que eu não lembro, sei lá, se era Shell e foi para Petrobras, Texaco, sei lá. E aí trocou a bandeira e nessa altura meu pai ganhava dinheiro, uma grande nota com essa troca de bandeira de posto. Aí meu pai pegou esse dinheiro e investiu nas nossas idas a São Paulo, na foto, no que quer que fosse, num look incrível. E a gente investiu nisso.”
Eu fui pra São Paulo e gravamos. Ficamos uma semana. Inclusive, meu pai foi junto. E aí a gente até brinca que em “Cachorrinho”, aquele assovio “shii shiii” é do meu pai. [Risos] Tem uma coisa bem familiar, o Andinho também foi e a gente criou o primeiro álbum ali. Com um pouco do meu diário, com um pouco disso tudo.
g1 – Eu tenho que falar da música ‘A loirinha, o playboy e o negão’ [do segundo disco, de 2003]. Porque hoje muito se fala não só sobre racismo, mas sobre ser antirracista. E essa música é impressionante, uma música pop que dá um recado. Qual é a sua relação com essa música?
Kelly Key- Foi uma música que sempre deu o que falar, mesmo naquela altura. É óbvio que tem um discurso… Acho que ela é… 2005?
g1 – Acho que é de 2002 [foi gravada neste ano e lançada em 2003].
Kelly Key- Olha, muito antes. Então, é um discurso de 2002, um discurso de praticamente 20 anos atrás. Muitas músicas foram mudando os seus discursos. Eu não lembro da letra dela tintim por tintim, mas eu acho que ela fala muita coisa importante. Eu sempre achei uma música muito forte, muito empoderada, muito boa. Ela foi muito criticada naquela altura. Eu lembro que o Zeca Camargo dizia que era a música preferida dele do meu álbum. O Zeca Camargo uma vez me encontrou no aeroporto e falou “Você precisa trabalhar ‘A loirinha, o playboy e o negão’. Você precisa”. A música nunca foi trabalhada e eu não sei por quê. Mas ela é um sucesso nos meus shows até hoje.
Kelly Key imita, em foto recente, o meme em que ela aparece em computador nos anos 90
Reprodução/Instagram da cantora
g1 – Hoje existe um lado de tudo ser muito questionado. Você acha que uma música como “Baba” teria sido “cancelada” hoje? Eu sei que muito se falou sobre ela, sobre ser uma brincadeira. Mas você acha que teria espaço para “Baba” se ela fosse lançada hoje?
Kelly Key- Eu nunca fui ofensiva em nenhuma música minha. E essa tem que ser a principal preocupação.
“A arte ela não pode ser engessada, senão você nunca vai criar nada. A gente precisa ter liberdade de criação. E até porque os públicos não são pré-determinados. Eles ainda vão acontecer, as coisas vão acontecendo, você não tem muito controle. Não tem como tirar ‘Baba’ de onde ela estava e trazer para um outro momento.”
Apesar de ela ter sido depois regravada e ela teve outra expressão na voz de outras pessoas, inclusive a Maria Gadú [ouça versões de Gadú e Marcelo Camelo no podcast do topo]. Então, não sei. Ela é uma música forte, que marca uma geração.
Acho que os meus cinco primeiros CDs que foram lançados nos cinco primeiros anos da minha vida marcaram uma geração. Eu vejo através dos meus shows e tudo mais. Não era algo muito claro para mim. Nunca foi muito claro que eu marquei uma geração, mas hoje eu entendo que eu marquei uma geração. A minha maturidade me permite me dar esse crédito, sabe? E isso é bem legal.
Kelly Key posa com a filha Suzanna Freitas
Reprodução/Instagram da cantora
g1 – Última pergunta. Eu deixei a mais chata para o fim, sobre esses mitos do pop, sobre histórias mal contadas. Muito tem desse mito de que “Kelly Key era criação do Latino”. Ele não produziu nenhuma música sua, ele não compôs nada para você… Mas ele te apresentou às pessoas, aos contatos. Por que você acha que essa história rola tanto? E se não tem um quê de machismo nela?
Kelly Key- Sempre tem. Mas também porque é isso que vende, né? Por exemplo, sempre quando esse assunto vem à tona em uma entrevista, eu sempre faço a opção de não citar, porque ela corre o risco de ser uma chamada de matéria que não tem o menor interesse. Porque ela não fez sentido, ela não tem fundamento. Então, é natural que os universos que a gente comece a circular quando a gente está…
Por exemplo, minha filha é uma influencer, né? E ela tem muitos trabalhos em mente e é natural que eu queira que a minha filha esteja com as melhores pessoas, as pessoas que eu acredito, que eu confio. Então, ela estando no meu universo, se ela ver o meu maquiador, ela acha meu maquiador bom, ela pergunta “poxa, será que você pode me maquiar em um trabalho?” ou ela vê o meu fotógrafo… Eu até mostrei para ela o fotógrafo do meu videoclipe que eu gravei esses dias e ela “Ai mãe, que maravilhoso…”, porque ela vai fazer uma linha de maquiagens, “…será que ele não faz as fotos pra minha linha de maquiagem”. Então, é mais ou menos isso.
“Essas histórias, elas têm muito mais leveza do que o peso que as pessoas colocam, entendeu? Ela é muito mais suave do que pesada. Aí, como as pessoas levam pro pesado, eu prefiro nem dar continuidade, porque eu tenho uma vida completamente de tudo que as pessoas imaginem em relação a isso. Então, eu prefiro nem entrar nesse mérito.”
VÍDEOS: QUANDO EU HITEI

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Tributo ao Pop no Rock in Rio é marcado por feats emocionantes e ausências de popstars

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Lulu Santos, Luísa Sonza, Jão, Gloria Groove, Duda Beat e Ivete Sangalo cantaram no Palco Sunset. Sem Ludmilla, Anitta e Pabllo, show foi certinho, mas faltou algo. Gloria Groove e Ivete Sangalo cantam Tim Maia no Rock in Rio
O Dia Brasil do Rock in Rio foi um dia marcado por problemas técnicos em quase todos os shows, pela ausência de alguns artistas indispensáveis e pelo atraso de 90 minutos na programação.
O show Pra Sempre Pop sentiu os efeitos desses problemas de várias formas, mas compensou tudo isso com feats emocionantes. As parcerias salvaram o tributo ao pop deste sábado (21) só de atrações brasileiras.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Luísa Sonza e Jão cantam ‘Malandragem’ de Cássia Eller
Quando Lulu Santos subiu ao Palco Sunset para cantar “Tempos Modernos”, Daniela Mercury ainda se apresentava no show Pra Sempre MPB do Palco Mundo. O som mais potente do outro espaço de shows prejudicou quase toda a participação do rei do pop brasileiro. Ele cantou três hits sozinho e mais um com Luísa Sonza (“Como uma onda”).
A apresentação popeira seguiu essa estrutura certinha até o fim. Cada artista apresentava três músicas e chamava um novo convidado, com o qual fazia um dueto. Daí, esse novo popstar assumia o show por outras três canções e assim por diante.
O line-up de estrelas do pop teve ainda Jão, que cantou “Malandragem”, hit famoso com Cássia Eller, dividindo os vocais com Sonza. O cantor paulistano também fez um dueto fofíssimo com Duda Beat em “Como eu Quero”, do Kid Abelha.
Ivete Sangalo se apresenta no Rock in Rio 2024 Stephanie Rodrigues/g1
Stephanie Rodrigues/g1
Sempre competentes e com potências vocais inquestionáveis, Gloria Groove e Ivete Sangalo completaram o time. A versão das duas para “Não quero dinheiro”, de Tim Maia, foi o ponto alto da apresentação.
Mesmo assim, é difícil assistir a um show que se propõe a mostrar o que há de melhor no pop nacional e não pensar nas ausências de Anitta, Pabllo Vittar e Ludmilla.
Lud cancelou sua participação neste tributo ao pop e teve problemas com a organização ao se apresentar na semana passada. Ela teve problemas com a estrutura de seu palco.
Jão e Duda Beat cantam ‘Como Eu Quero’ do Kid Abelha no Palco Sunset do Rock in Rio
Anitta está brigada com o evento e disse que “não bota mais os pés neste festival”. Ela teve sua performance criticada por Roberta Medina, executiva do Rock in Rio, não gostou do comentário e rebateu citando o privilégio dado aos artistas internacionais.
Foi um show desfalcado e com falhas em microfones (sobretudo o de Jão), mas a apresentação encontrou fãs empolgados e até que cumpriu seu papel: mostrar a força do pop brasileiro.

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Após cancelar participação no Rock in Rio, Luan Santana diz que estava pronto e lamenta: ‘Não foi dessa vez’

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Cantor era uma das atrações do show Pra Sempre Sertanejo, mas com o atraso na programação deste sábado (21) no festival, precisou seguir para outro show que tinha agendado. Após cancelar participação no Rock in Rio, Luan Santana diz que estava pronto e lamenta: ‘Não foi dessa vez’
Reprodução/Instagram
Após cancelar sua participação no show Pra Sempre Sertanejo, no Palco Mundo do Rock in Rio, Luan Santana postou uma breve mensagem aos fãs em suas redes sociais.
“Os melhores fãs do mundo. Eu não via a hora de encontrar vocês no Palco Mundo. não foi dessa vez. Eu tava pronto pra vocês”, escreveu o cantor.
Luan publicou a mensagem junto com um vídeo no qual mostra um grupo de fãs aguardando a apresentação.
O cantor era uma das atrações do show Pra Sempre Sertanejo, junto com Chitãozinho e Xororó, Orquestra Heliópolis, Ana Castela, Júnior e Simone Mendes. Mas com o atraso que ocorreu na programação do festival, cancelou sua participação, pois tinha outro show programado na mesma noite, em Santa Catarina.
Pouco antes do show, a organização do Rock in Rio confirmou o cancelamento. Leia o comunicado abaixo:
“Luan Santana cancelou sua participação no show “Para Sempre Sertanejo”. O show acontece hoje, 21, no Palco Mundo, com horário inicialmente previsto para 21h10. O cantor estava com dois shows agendados para hoje. Para Sempre Sertanejo está confirmado com ajuste de horário para às 22h40. Nele, Chitãozinho e Xororó recebe Ana Castela, Simone Mendes e Junior.”
A assessoria de Luan Santana também divulgou um comunicado, explicando que o artista só confirmou a participação no Rock in Rio sob um compromisso de que não haveria atrasos na apresentação.
“Por razões alheias a nossa responsabilidade, a equipe de Luan Santana anuncia a inviabilidade de sua presença no Rock’n Rio na noite deste sábado (21), no palco Mundo. A apresentação estava marcada para 21h30”, informou a assessoria.
“No entanto, fomos surpreendidos com o aviso da organização do Rock’n Rio sobre a ocorrência de atraso no início do show que levaria pela primeira vez os astros da música sertaneja ao maior festival do Brasil.”
“É preciso enfatizar que a equipe de Luan Santana só confirmou a participação do cantor no RiR, meses atrás, sob o compromisso da organização de que não haveria atraso em sua apresentação, visto que ele já tinha um grande show agendado para esta mesma data em São José (SC).”
“Diante do atraso anunciado, a equipe de Luan Santana não teve outra alternativa senão optar por sua ausência no RiR.”

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Gaby Amarantos alfineta Rock in Rio ao cobrar presença de artistas do Pará em show de MPB no festival

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‘Pará tem muitos artistas que poderiam estar nesse palco’, disse a cantora. Em abril, anúncio da programação do Dia Brasil sem nomes do estado foi criticado. Gaby Amarantos se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
A cantora Gaby Amarantos aproveitou sua rápida participação no Rock in Rio, neste sábado (21), para alfinetar o festival. Em um show com outros astros da MPB, ela cobrou mais representatividade paraense na programação.
“O Pará tem muitos artistas incríveis, que poderiam estar nesse palco, principalmente nossas artistas mulheres”, disse.
Gaby foi escalada para um bloco de apresentações de MPB no Dia Brasil do Rock in Rio, com line-up dedicado apenas a artistas nacionais.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Em abril deste ano, quando a programação foi divulgada sem nomes do Pará, público e artistas criticaram o festival.
“O maior festival de música do país tem um Dia Brasil e nos coloca da porta pra fora”, escreveu a paraense Fafá de Belém no Instagram. “A Amazônia não faz parte do Brasil? A cultura amazônica, nortista, não é parte deste país? Onde está Dona Odete, Gaby Amarantos, vencedora do Grammy, Joelma, Aíla, onde estou eu?”.
Em nota divulgada em meio à polêmica, o Rock in Rio disse que ainda não havia finalizado as negociações da programação do Dia Brasil. Depois, incluiu no line-up, além de Gaby, Zaynara, Gang do Eletro e as Suraras do Tapajós.
Ao surgir para cantar o hit “Ex My Love”, Gaby Amarantos já havia avisado ao público que foi a primeira cantora do estado a pisar no Palco Mundo. Ela cantou outras três músicas e passou a bola para a baiana Majur.
Problemas no som
Daniela Mercury
Miguel Folco/g1
Em um dia de shows com horários atrasados, astros da MPB fizeram uma apresentação corrida no Palco Mundo, que enfrentou problemas técnicos. O som dos instrumentos ficou com volume desregulado e, em alguns momentos, o batuque muito alto da percussão assustou o público.
Além de Gaby Amarantos e Majur, Ney Matogrosso, Zeca Baleiro, Carlinhos Brown, Daniela Mercury e a banda Baiana System se revezaram no Palco Mundo, cantando de três a nove músicas cada um.
Carlinhos e Daniela foram os que tiveram mais espaço, na metade final da apresentação. Ele pediu o fim da homofobia ao apresentar “A Namorada” e, cantando um trecho do clássico “Mais que Nada”, homenageou Sergio Mendes, músico que espalhou a bossa nova pelo mundo e morreu neste mês.
Já a cantora entrou com o microfone desligado. Com o som já normalizado, ela mostrou sucessos do carnaval da Bahia, com o público abrindo rodas de dança. Em “Macunaima”, gritou em defesa da Amazônia e dos povos indígenas.
Margareth Menezes, anunciada na programação do show, não participou.
Carlinhos Brown no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1

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