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Festas e Rodeios

De ‘Homem-Aranha’ a ‘Marighella’ e ‘Snyder Cut’… 12 filmes para entender 2021; lembre as reviews

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Lista de lançamentos no Brasil ainda tem nono ‘Velozes e furiosos’, último ‘007’ de Daniel Craig, ganhador do Oscar e filmes sobre Suzane von Richtofen. Após um ano em que cinemas ficaram fechados por causa da pandemia, a indústria voltou a se aquecer em 2021.
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Teve filme de quatro horas conquistado após anos de campanhas de fãs, lançamentos híbridos nos cinemas e em plataformas de vídeos simultaneamente e, no Brasil, até ganhador do Oscar.
Na lista abaixo, o g1 relembra com trechos de reviews quais foram 11 dos filmes mais importantes do ano no país.
‘Liga da Justiça de Zack Snyder’ (o ‘Snyder Cut’)
Assista ao trailer do ‘SnyderCut’ de ‘Liga da Justiça’
Em quatro horas dá para fazer muita coisa. “Liga da Justiça de Zack Snyder” é prova disso.
Ao mesmo tempo em que apresenta um final muito superior ao do original de 2017, e de certa forma justifica sua existência, a nova versão parece perdida em sua longa e exaustiva – e aparentemente arbitrária – duração.
Com o dobro do tempo do original, a nova versão da “Liga da Justiça” realizada pelo diretor que deu início à trama, Zack Snyder, tem tudo para agradar às centenas de milhares de fãs que fizeram campanha pelo seu lançamento nos últimos anos.
Mas sua indecisão entre as linguagens de um filme e de um seriado exige muito dos espectadores mais casuais.
Leia mais sobre o ‘Snyder Cut’
‘Nomadland’
Assista ao trailer de “Nomadland”
Os personagens de “Nomadland”, que estreou no Brasil só em fevereiro, vagam por estradas dos EUA sem serem enquadrados por condescendência ou julgamentos morais. Eles têm nuances como as de pessoas reais – ou exatamente isso, no caso dos coadjuvantes não-atores que interpretam a si mesmos.
Mas a base é ficcional, fruto de uma dobradinha que confirma a vocação da atriz Frances McDormand de encarnar a alma da América profunda (como em “Fargo” e “Três anúncios para um crime”, pelos quais ganhou dois de seus Oscars) e faz despontar a diretora e roteirista chinesa Chloé Zhao.
A dupla levou prêmios da Academia em suas respectivas categorias, e ajudou seu filme a levar a principal estatueta da noite.
Leia mais sobre ‘Nomadland’
‘Velozes e furiosos 9’
‘Velozes e furiosos 9’ ganha 1º trailer; ASSISTA
“Velozes e furiosos 9” é, como se podia esperar, o filme mais exagerado e absurdo de uma franquia famosa por sua busca incessante por cenas cada vez mais exageradas e absurdas.
Infelizmente para Vin Diesel, Michelle Rodriguez e sua gangue de motoristas transformados em super-espiões mercenários, uma velha máxima se faz presente. Quando tudo é absurdo, nada é absurdo.
Mesmo com uma história sem pé nem cabeça que serve apenas de desculpa para conectar cenas de ação grandiosas e explosivas, é exatamente o exagero que deve garantir o retorno e a satisfação dos fãs da série.
Resta só saber o que mais pode ser feito, já que os carros finalmente foram, como os fãs há muito esperavam, parar no espaço.
Leia mais sobre ‘Velozes e furiosos 9’
‘Viúva Negra’
Assista ao trailer de Viúva Negra
Por um lado, “Viúva Negra” é muito bom. O primeiro filme estrelado pela heroína é um dos melhores do universo cinematográfico da Marvel ao explorar o clima do gênero de espionagem e um lado vulnerável da heroína que não parece forçado graças a um ótimo elenco.
Ao mesmo tempo, é provável que fãs da franquia se sintam pelo menos um pouco chateados com o estúdio. Afinal, sua qualidade escancara a demora para darem à Vingadora uma aventura solo para chamar de sua. E agora, como se sabe, pode ser tarde demais.
“Viúva Negra” estreou – finalmente, depois de seguidos adiamentos por causa da pandemia – em julho nos cinemas brasileiros e na plataforma de vídeos Disney+, um dos grandes lançamentos simultâneos do ano.
Leia mais sobre ‘Viúva Negra’
‘Space Jam: Um novo legado’
‘Space Jam: Um novo legado’: veja o trailer
Tem que estar muito no clima de ver um filme bobinho de aventura e roteiro óbvio para curtir os 115 minutos de “Space Jam: Um novo legado”. Na vibe certa ou na companhia dos filhos e filhas, porém, a trama estrelada por LeBron James e Pernalonga pode ser divertida.
O filme dirigido por Malcolm D. Lee (“Viagem das Garotas”) atualiza bem o original, estrelado por Michael Jordan, em 1996.
Antes, o jogador protagonista jogava contra extraterrestres. Desta vez, LeBron é desafiado por um algoritmo e a partida é disputada como se fosse um game. A tensão do primeiro, convenhamos, era muito maior.
Leia mais sobre ‘Space Jam: Um novo legado’
‘A menina que matou os pais’ e ‘O menino que matou meus pais’
Veja trailer ‘A menina que matou os pais’ e ‘O menino que matou meus pais ‘
Não é sempre que um filme tem duas oportunidades de contar uma história de forma ousada e surpreendente. “A menina que matou os pais” e “O menino que matou meus pais” infelizmente desperdiçam suas chances.
Os filmes, gravados ao mesmo tempo pela mesma equipe e elenco, têm a proposta de narrar as diferentes versões dadas pelos autores de um dos crimes mais infames do Brasil: Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos.
A ideia, com formato inicialmente ousado e raro, esbarra no entanto em roteiros poucos inspirados.
Ao dispensarem qualquer inovação narrativa e adotarem uma linguagem padronizada, apresentam retratos tão maçantes que dão poucas chances à dupla de protagonistas (Carla Diaz e Leonardo Bittencourt).
Leia mais sobre ‘A menina que matou os pais’ e ‘O menino que matou meus pais’
‘007 – Sem tempo para morrer’
Assista ao trailer de “007-Sem Tempo para Morrer”
“007 – Sem tempo para morrer”, o quinto e último filme de Daniel Craig como o espião com licença para matar, é uma bela e emocionante despedida para o britânico e o melhor dele no papel desde “Cassino Royale” (2006), quando assumiu o papel – por mais que alguns discordem.
Ao mesmo tempo, funciona como um desfecho competente para a história iniciada há 15 anos, que aos poucos elevou o espião infalível a um herói humano muito mais interessante.
Com tanta coisa importante a resolver, é até compreensível que a produção sofra com uma certa instabilidade ao longo de suas longas duas horas e 43 minutos de duração.
Mas ótimas cenas de ação, momentos pessoais que aprofundam grande parte dos relacionamentos e mais uma ótima atuação de Craig ajudam o espião a superar a maioria dos problemas.
Leia mais sobre ‘007 – Sem tempo para morrer’
‘Duna’
Trailer de ‘Duna’
Em Denis Villeneuve você pode confiar. O cineasta franco-canadense, responsável por “A chegada” (2016) e “Blade Runner 2049” (2017), mostra mais uma vez sua maestria em ficção científica com a nova versão de “Duna”.
Além de um ótimo exemplar do gênero, o filme funciona como uma excelente adaptação do clássico de Frank Herbert. Ao enxugar excessos da obra de 1965, vai direto ao ponto e constrói um clima de urgência com visuais deslumbrantes.
Tudo isso somado a um elenco invejável – com Timothée Chalamet (“Me chame pelo seu nome”), Zendaya (“Euphoria”), Oscar Isaac (“Star Wars: A ascensão Skywalker”) Jason Momoa (“Aquaman”) e Josh Brolin (“Vingadores: Ultimato”) – faz com que a duração de duas horas e 35 minutos passe em um piscar de olhos e sirva como um começo deslumbrante a uma inevitável franquia.
Leia mais sobre ‘Duna’
‘Marighella’
Trailer de ‘Marighella’
Wagner Moura é um ator dirigindo um filme. E uma pessoa com fortes convicções contando uma história. Os dois aspectos ficam claros nas escolhas tomadas por ele em “Marighella”. Ele tem posições e não as esconde.
Mesmo cercado de polêmicas e com alguns excessos, é o filme do ano. Pela parte técnica, já seria um filmão, desses que vale a pena ver: tem ação, perseguição, romance, drama e história.
Moura resolveu focar nos últimos anos da vida de Carlos Marighella e sua atuação à frente da Ação Libertadora Nacional para encaixar as cenas explosivas. “É popular”, costuma dizer o diretor.
Leia mais sobre ‘Marighella’
‘Casa Gucci’
Assista ao trailer de ‘House of Gucci’
Depois de se consagrar como atriz na nova versão de “Nasce uma Estrela”, Lady Gaga criou grande expectativa sobre como se sairia no projeto seguinte como atriz. Ela escolheu estrelar “Casa Gucci”, drama baseado na história real da família que se tornou um dos grandes nomes da moda.
Infelizmente, o filme ficou bem abaixo do esperado. Nem mesmo Gaga se salva.
A primeira parte de “Casa Gucci” é até promissora. Os eventos mostrados no período em que a protagonista é introduzida na vida luxuosa e exagerada dos Gucci são interessantes e mantêm a atenção do público.
Mas depois da metade do filme, a trama perde o fôlego e se arrasta, a ponto de provocar cansaço ao espectador. O roteiro demora a encontrar novos elementos que possam empolgar.
A prioridade do filme parece ser ressaltar os figurinos e penteados de gosto duvidoso dos personagens. A história fica um pouco de lado.
Leia mais sobre ‘Casa Gucci’
‘Homem-Aranha: Sem volta para casa’
‘Homem-Aranha: Sem volta para casa’ ganha novo trailer; ASSISTA
“Homem-Aranha: Sem volta para casa” é o “Vingadores: Ultimato” (2019) dos filmes do herói. Afinal, consegue, ao mesmo tempo:
ser uma conclusão grandiosa de anos de histórias;
amarrar muitas pontas soltas deixadas até por versões anteriores do personagem;
superar expectativas – altas ou baixas – ao entregar tudo o que fãs queriam, abusando da nostalgia de filmes e de HQs;
e ainda guardar algumas surpresas emocionantes.
O grande blockbuster do ano joga para a torcida do começo ao fim e poderia se contentar com sua vitória antes mesmo do início, já que bateu recordes de números em sua pré-venda – e passou da marca de US$ 1 bilhão desde a estreia.
Leia mais sobre ‘Homem-Aranha: Sem volta para casa’
‘Matrix Resurrections’
Trailer de ‘Matrix: Resurrections’
“Matrix Resurrections” é um filme preso em um limbo. Por um lado, é muito melhor do que o fraco “Reloaded” e o lamentável “Revolutions”, seus antecessores de 2003. Por outro, é difícil determinar se apresenta ideias novas o suficiente para justificar sua existência mais de 20 anos após o começo da franquia com o clássico de 1999.
Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss retornam como o casal de protagonistas, e a diretora Lana Wachowski volta sem a irmã, Lilly, e a megalomania responsável por grande parte dos problemas das sequências anteriores.
Em sua primeira aventura solo, a cineasta mostra que sabe se aproveitar da nostalgia da obra, e brincar com um elevado nível de autoconsciência que impede que o filme se leve a sério demais.
Infelizmente, no processo também exige do público um grau elevado de conhecimento prévio. Por mais que “Resurrections” seja talvez a mais didática das tramas da franquia, não dá para escapar da obrigação de assistir à trilogia inteira para entender suas reviravoltas.
Leia mais sobre ‘Matrix Resurrections’

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Pra Sempre Rap tem Djonga no meio do povo e Xamã com tributo a Marília Mendonça no Rock in Rio

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Show em homenagem ao rap trouxe sete representantes com seus respectivos pocket shows na noite deste sábado (22) no Rock in Rio. Leia crítica do g1. Djonga vai pra roda no meio do público no Rock in Rio
Na maior parte do tempo do show Para sempre Rap, quase não houve interações entre os convidados, e a sensação foi a de que eram apresentações independentes e não um encontro de fato do rap nacional em si.
O resultado, no entanto, engrenou bem, já que esses convidados eram grandes e bons nomes da cena com sucessos consistentes.
Rincon Sapiência, Karol Conka, Xamã, Rael, Djonga, Marcelo D2 e Criolo apresentaram músicas relevantes das suas carreiras, quase sem interações entre eles, diferentemente do que aconteceu em outros tributos, como o de samba e de sertanejo.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Xamã canta sucesso ‘Malvadão 3’ no Palco Sunset do Rock in Rio
Rincon Sapiência abriu o show com uma gravação de áudio com outros nomes importantes para a história da cena, como Racionais e Sabotage. “Afro rep” foi a primeira música do artista.
Ele tentou muito ganhar a plateia que nesse início de apresentação parecia apática. Ricon conseguiu engatar as mãos para cima e aplausos em “Linhas de soco” e em “Ponta de lança”.
Rincon foi o responsável por chamar Karol Conka. A rapper entra com tudo com a música “É o poder”. Arrebatou a plateia com seu hit “Tombei”.
Karol Conká canta “Tombei” no palco Sunset
“Quero deixar minha homenagem às mulheres que pavimentaram o caminho para eu estar aqui”, disse no palco citando Dina Di, Negra Li, Tássia Reis e Flora Matos.
Xamã veio em seguida e sem surpresas arrancou gritinhos da plateia. Foi bonita a homenagem a Marília Mendonça, com a música “Leão”
“Malvadão 3”, de 2021, continua sendo o grande sucesso do cara. Ele ainda puxou o trecho de “Rap da felicidade” antes de sair do palco e convocar Rael. No roteiro dele, “Ela me faz”, “Hip hop é foda” e “Envolvidão” foram apresentadas, sendo que a última foi a mais cantada pelos fãs.
Djonga se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
De Minas Gerais, Djonga veio com sangue nos olhos para “Junho de 94”. A faixa mereceu os celulares para cima registrando o momento. “Solto” ainda fez abrir rodinhas de punk, incentivadas pelo rapper.
O primeiro encontro entre os rappers aconteceu em “Olho de tigre”, do verso “fogo nos racistas”. Na plateia, foi a hora da enorme roda de punk se abrir. O próprio Djonga pulou a grade e se jogou entre os fãs.
Criolo canta o hit ‘Não existe amor em SP’
Marcelo D2 entrou em seguida com “1967”, “Desabafo” e ainda “Mantenha o respeito”, que ganhou Djonga, Rael, Xamã, Daniel Ganjaman e Rincon ao fundo.
Aí sim, a turma ficou no palco para Criolo, que começou sua parte com “Subirusdoistiozin” e“Não existe amor em SP”.
Eles uniram vozes em “Convoque seu buda”, que encerrou a participação do rap no Dia do Brasil.

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‘Quem não gostou, paciência’, diz Chitãozinho sobre estreia do sertanejo no Rock in Rio

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Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Simone Mendes cantaram na 1ª vez do estilo musical no festival neste sábado (21). Luan Santana se apresentaria, mas cancelou após atraso na programação. Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O sertanejo fez, enfim, sua estreia no Rock in Rio. Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Simone Mendes subiram ao Palco Mundo na primeira vez do estilo no festival neste sábado (21).
“Vai mudar tudo. Esse festival é conhecido no mundo inteiro, e nós sempre sonhamos um dia subir neste palco”, diz Chitãozinho sobre a importância da entrada do sertanejo no festival, em coletiva de imprensa. “Foi uma grande conquista para nós”.
Durante muitas edições, parte do público pedia a inclusão do estilo no line-up do festival. Porém, outra parte torceu o nariz quando foram anunciados.
“Aos que gostaram a gente agradece. Os que não gostaram, paciência para eles”, diz Chitãozinho.
Para Ana Castela, “Evidências” é uma das músicas com poder para fazer a plateia mudar de ideia. “Eu tenho certeza de que quem não gostou conhece a música ‘Evidências'”, diz a cantora.
Luan Santana se apresentaria, mas cancelou após atraso na programação. Ele tinha um show marcado na mesma noite, São José (SC).
Chitãozinho e Xororó cantam o hino ‘Evidências’ no Palco Mundo do Rock in Rio

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Sem Luan Santana, sertanejos fazem estreia gloriosa, mostrando que têm demanda no Rock in Rio

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‘Evidências’ teve maior coro da edição até agora. Luan cancelou participação por causa de atraso na programação; Simone Mendes e Ana Castela cantaram hits. Chitãozinho E Xororó cantam “Fio de cabelo” no Rock in Rio
Entre os shows que já aconteceram no Rock in Rio 2024, poucos tiveram tanto engajamento do público quanto um bloco de apresentações dedicada ao sertanejo neste sábado (21), penúltimo dia do evento. Contra a resistência de parte dos frequentadores — especialmente de uma parcela roqueira mais conservadora –, o estilo fez sua estreia no festival, após 40 anos de espera.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Foi uma estreia gloriosa. A organização acertou ao escolher Chitãozinho e Xororó para conduzir o roteiro de performances e guiar a plateia. Para os fãs de sertanejo, a dupla desperta idolatria do nível de rockstars.
Chitãozinho e Xororó cantam o hino ‘Evidências’ no Palco Mundo do Rock in Rio
“Evidências”, música da dupla que se tornou quase um hino nacional, foi deixada para o final do show. Naturalmente, teve o maior coro da edição até agora. Milhares de pulseirinhas coloridas na plateia — ao estilo show do Coldplay — ajudaram a criar uma cena inesquecível para quem estava lá.
O restante das músicas do repertório dos dois também foi recebido com empolgação. Em “Alô”, milhares de celulares com lanternas ligadas iluminaram a plateia. “Galopeira” teve o público envolvido em um desafio para segurar pelo maior tempo possível a nota do refrão.
“Quando nós começamos a cantar música caipira, era quase impossível tocar na rádio. Não tínhamos espaço na mídia, nossa música só era tocada na madrugada ou ao entardecer”, lembrou Xororó.
Simone Mendes canta “Erro gostoso” no Rock in Rio
“Até que um dia chegou às nossas mãos essa música, que mudou nossas vidas”. Era “Fio de Cabelo”, incluída no álbum “Somos Apaixonados”, que em 1982 tornou Chitãozinho e Xororó conhecidos nacionalmente.
Desfalque
A ideia de incluir o sertanejo no Rock in Rio começou a tomar forma durante a edição de 2022. Roberto Medina, idealizador do festival, passou a sinalizar em entrevistas o desejo de incluir nomes do sertanejo no line-up de 2024, citando nominalmente o cantor Luan Santana. Ele é conhecido pela megaprodução de seus shows.
A dupla Chitãozinho e Xororó se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
Em entrevista ao g1 em setembro de 2022, o próprio Luan disse que seria “uma honra” se apresentar no evento. Mas ele não apareceu no palco.
Com um compromisso marcado em Florianópolis na mesma noite, Luan cancelou de última hora a participação no show e citou como motivo um atraso na programação deste sábado. O bloco sertanejo começou cerca de uma hora e meia depois do horário inicialmente previsto.
Outros convidados seguraram bem o show. Simone Mendes foi convidada para um bonito dueto com Chitãozinho e Xororó em “Página de Amigos”. A cantora, ex-dupla da irmã Simaria, também apresentou seu hit “Erro Gostoso”, umas das músicas mais tocadas do Brasil em 2023 — deu para sentir pelo tamanho do coro.
Ana Castela se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
Ana Castela entrou para apresentar “Sinônimos”, que tem versão gravada em parceria com a dupla, e a sua “Nosso Quadro”. Muitas menininhas emocionadas com seus chapéus de boiadeira apareceram no telão — a cantora é popular entre as crianças.
“Foi aqui que a Katy Perry pisou”, perguntou Ana, no mesmo palco onde a cantora americana se apresentou nesta sexta-feira (20).
Tanto Ana quanto Simone saíram correndo depois de suas participações, avisando que tinham compromissos em outros lugares do Brasil — uma na Bahia, outra em Minas Gerais. Luan não foi citado, mas ficou a impressão de que havia um recado a ser dado.
Junior se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
O clima no show só esfriou na segunda metade, quando Chitãozinho e Xororó chamaram o rapper Cabal para cantar “Vida Marvada”, música lançada em parceria em 2006, pouco conhecida. Foi uma aposta ousada, que não deu certo.
Uma participação de Junior, filho de Xororó, também não engrenou. Com o pai e o tio, ele apresentou “Nascemos pra Cantar”. O irmão de Sandy ainda mostrou “Fome”, de seu recém-lançado álbum “Solo”. Problemas no microfone atrapalharam — além do atraso, o sábado de Rock in Rio ficou marcado por uma série de problemas técnicos no Palco Mundo.
Mas logo veio o final apoteótico com “Evidências”, a evidência definitiva de que o sertanejo tem demanda no Rock in Rio. Se para alguns foi um erro a inclusão do estilo, quem estava lá pode dizer com convicção que foi um erro muito gostoso.

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