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Festas e Rodeios

Brasil é 3º mercado de animes fora do Japão e da China; por que eles são mais populares do que nunca?

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Desenhos japoneses viraram febre da TV nos anos 1990 e entraram em 2º boom durante a pandemia. Veja quais animes fazem sucesso entre brasileiros e saiba como começar a ver. Brasil é 3º mercado de animes fora do Japão e da China
Não é exagero dizer que, na vasta lista de paixões dos brasileiros, estão os desenhos japoneses.
É um amor antigo: começou na TV dos anos 1990 e, com empurrões do streaming e da pandemia, o país se tornou o terceiro maior mercado de animes fora do Japão e da China, atrás apenas de Estados Unidos e Índia.
Não à toa Ana Maria Braga já apareceu vestida de Sakura, e Zeca Pagodinho se fantasiou de Naruto.
Ana Maria Braga apareceu de cabelo rosa no ‘Mais Você’ em homenagem á personagem Sakura Haruno, de ‘Naruto’; Zeca Pagodinho usou icônica vestimenta de Akatsuki, organização mostrada no mesmo desenho
Reprodução/Instagram, TV Globo
Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens sobre a força da Ásia na cultura pop. Com novo boom dos animes, empresas investem em dublagem e no combate à pirataria. Hollywood responde com mais representatividade asiática em filmes e séries.
“Há muita celebração da cultura japonesa no Brasil, por isso é tão importante para nós nos envolvermos em projetos no país”, diz Gita Rebbapragada, diretora de operações da Crunchyroll. Principal plataforma on-line para consumo de animes no mundo, a empresa montou uma equipe em São Paulo, tem investido na tradução de títulos para o português e ampliado a participação em eventos de fãs, como a CCXP, que acontece na capital paulista.
Febre da TV
Para chegar até aqui, uma ajuda foi preciosa para o segmento: a dos “Cavaleiros do Zodíaco”. O desenho sobre o órfão Seiya em busca de sua irmã sequestrada estreou em 1994, na Rede Manchete. Ele inaugurou um primeiro “boom” dos animes no Brasil.
Na época, as produções japonesas eram uma escolha fácil para preencher as grades infantis de emissoras de TV do Brasil, pelo baixo custo de venda e dublagem. Bem antes de Cavaleiros do Zodíaco, títulos como “Homem de Aço”, “Zoran: O Garoto do Espaço”, “Fantomas”, “Speed Racer” e “Super Dínamo” chegaram ao país numa primeira leva, a partir dos anos 1970.
Os ‘Cavaleiros do Zodíaco’ foram protagonistas do primeiro boom de animes no Brasil
Divulgação
Mas foi com a saga de Seiya que esse tipo de animação começou a ganhar status de mercado, com brinquedos, música, eventos e todo o tipo de merchandising. Uma febre passava e logo vinha outra. Foi assim desde “Pokémon”, com seus desejados jogos de videogame, aos monstros de “Yu-Gi-Oh” e os cards que se espalharam por escolas, shoppings e pracinhas.
O sucesso dos animes na TV brasileira abriu as portas para a explosão dos mangás — os quadrinhos nos quais são baseados a maioria dos desenhos japoneses.
Em 2001, as revistas mensais de “Dragon Ball” e “Cavaleiros do Zodíaco”, com cem páginas em média, passaram a ser quinzenais depois de poucas edições. Esse sucesso surpreendeu muita gente do próprio meio editorial, que não acreditava que um gibi em preto-e-branco e com a leitura invertida pudesse dar certo por aqui.
“A nossa maior dificuldade não foi com o público, mas com os integrantes do mercado dos quadrinhos no Brasil: dos distribuidores aos jornalistas (inclusive os especializados em quadrinhos), todos viram a chegada dos mangás como algo menor, sem grande importância. É claro que o sucesso estrondoso de ‘Dragon Ball’, ‘Cavaleiros do Zodíaco’, ‘Evangelion’ e ‘Vagabond’ mudou tudo isso”, explicou Rogério de Campos ao g1, em 2008. Nesse ano, ele era diretor editorial da Conrad Editora, uma das primeiras a lançar mangás no Brasil.
O 2º boom
Duas décadas se passaram e, durante a pandemia de Covid-19, o mercado de animes viveu mais um momento de virada.
No auge do isolamento em 2020, quando as vendas totais de bilheteria nos Estados Unidos despencaram 80% no ano e o mercado de cinemas do Japão caiu 45%, a indústria de anime contraiu apenas 3,5%, com um valor de mercado de cerca de US$ 21,3 bilhões.
Com o tempo em frente às telas crescendo principalmente entre os jovens, a demanda global pelo gênero disparou. De acordo com a consultoria Parrot Analytics, a procura por conteúdos de anime cresceu 118% no mundo todo entre 2020 e 2021.
“A geração Z [dos nascidos a partir da segunda metade da década de 90] passou a buscar histórias diferentes, de lugares diferentes, algo como portais para outros mundos, e os animes são exatamente isso”, avalia a diretora de operações da Crunchyroll.
“Com a pandemia, houve uma aceleração no número de consumidores e fãs, que nunca tínhamos visto. Alguns títulos simplesmente entraram no ‘zeitgeist’ cultural.”
É o caso de “Demon Slayer”, história sobre um garoto que se torna caçador de demônios depois de ver toda a sua família ser morta por um deles. Um filme lançado no primeiro ano da pandemia, entre as duas primeiras temporadas do desenho, arrecadou mais de US$ 504 milhões em cinemas do mundo todo, se tornando o maior sucesso cinematográfico de todos os tempos na indústria de animes.
Cena de ‘Demon Slayer’, um dos animes que ganharam mais popularidade durante a pandemia de Covid
Divulgação
Fora da bolha
É claro que o momento favorável impulsionou negócios no setor. Em 2021, a Sony Pictures comprou a Crunchyroll da AT&T por US$ 1,2 bilhão. A decisão foi pela fusão com o Funimation, seu próprio serviço de streaming de animes, criando a maior plataforma especializada do gênero.
O principal esforço da companhia atualmente é para dissociar os desenhos japoneses da imagem infantil e de estereótipos preconceituosos atribuídos aos otakus — os fãs de animes e mangás –, que muitas vezes já foram representados como pessoas desajustadas socialmente.
“Não dá para dizer que os animes ainda fazem parte de um nicho, mas eles ainda não têm um fluxo super incrível. Estamos tentando descobrir formas de ampliar isso”, explica Terry Li, vice-presidente executivo de negócios emergentes da Crunchyroll.
Para conquistar mais espectadores fora do Japão, o segredo tem sido diversificar narrativas. Muito além de “Dragon Ball”, “Naruto” e outros do gênero shounen (na categorização emprestada dos mangás, histórias de ação com protagonistas masculinos, geralmente adolescentes), é possível encontrar animes sobre política, romance, música, viagens, esporte, investigações policiais e uma infinidade de outros assuntos.
‘Blue Lock’ é anime sobre futebol, com menções a astros brasileiros
Divulgação
“Com o crescimento da demanda global, streamings – como o nosso – compartilham com os estúdios informações sobre o desempenho dos títulos. Assim, eles entendem melhor os tipos de história mais buscados em cada território. Isso tem gerado projetos bem interessantes”, diz Gita Rebbapragada, da Crunchyroll.
“Os mercados internacionais desempenham hoje um papel muito importante em termos de determinar o que cada estúdio vai criar, porque é deles que virá grande parte da demanda no futuro.”
Entre os destaques mencionados pela executiva para o Brasil, um deles chama a atenção por unir duas paixões do país. “Blue Lock” tem uma história sobre futebol, com a seleção japonesa tentando se reerguer após um vexame na Copa do Mundo de 2018. Pelé, Neymar e Zico chegam a ser citados no desenho.

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Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris

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Atriz passou por momentos de apuros no mesmo dia em que o namorado, o cantor Diogo Nogueira, se apresentava no Rock in Rio. Ela foi liberada horas depois. Atriz compartilhou perrengue em aeroporto em suas redes sociais
Reprodução/Instagram
Em vídeo compartilhado em suas redes sociais neste domingo (22), a atriz Paolla Oliveira contou que ficou detida por algumas horas no aeroporto de Paris após perder seu passaporte.
O “perrengue chique” aconteceu no mesmo dia em que seu namorado, o sambista Diogo Nogueira, se apresentou no Rock in Rio 2024 em show que homenageou a cantora Alcione. Paolla não acompanhou a performance do amado por motivos profissionais: ela vai participar da Paris Fashion Week 2024.
“Perdi o passaporte. Estou presa no aeroporto de Paris, suando de nervoso. Tem uma polícia que não me deixa passar pra lá. E ali tem outra polícia que não me deixa voltar de onde eu vim. Será que a gente não podia usar um artifício daquele de TikTok que fazem assim: ‘Pá!’? E aí aparece lá do outro lado”, diz a atriz no vídeo.
Ela compartilhou ainda que foi ameaçada de deportação, antes de conseguir a liberação e, finalmente, entrar no país.
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Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio

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Músico faz show nostálgico com carisma e homenagens ao Brasil, mas se perde em desejo pela festa. Público do Rock in Rio faz coro em “I Wanna Love You” de Akon
Akon se apresentou para uma multidão que se espremeu para assisti-lo no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
O cantor parecia estar mais interessado em oferecer uma experiência festiva do que um show voltado à sua própria carreira. Não que isso tenha sido um problema para o público, que parecia envolvido do começo ao fim.
O propósito, porém, parecia meio perdido. A segunda metade da apresentação soou como uma balada sem identidade, com hits desconexos que até envolvem, mas não têm unidade. 
Akon também cometeu uma gafe ao falar  “São Paulo”. Imediatamente, os fãs levantaram um coro dizendo: “Rio de Janeiro”. Mas isso não pareceu constrangê-lo.
Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio
O músico ficou mesmo com vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável que estourou com apenas alguns segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido, após se arremessar para a plateia de dentro da bolha.
A voz dele trouxe efeitos robóticos de autotune e nítido uso de bases de pré-gravadas — que poderiam ser playback, ou não, já que a dobra vocal é um recurso cada vez mais recorrente em shows.
Antes de ele entrar no palco, os telões foram preenchidos por imagens de Akon, trechos de telerreportagens e as palavras “famoso”, “artista” e “América”.
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Com muitos berros vindos de seu microfone durante o show inteiro, o senegalês entrou no palco cantando “Beautiful Day”, da dupla francesa Trinix. Logo em seguida, deu play em seu repertório, fincado nos anos 2000, época em que viveu o auge de sua carreira.
Na romântica “Don’t Matter”, Akon inseriu batidas de samba — algumas das quais ele mesmo tocou num tambor.
O cantor também fez um remix em “Lonely”, que ganhou beats de funk, tocados pelo DJ brasileiro Hitmaker, que celebrou o fato do gênero estar no palco Mundo, o principal do festival.
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
A música brasileira também ganhou espaço em um interlúdio conduzido pelo ator e DJ Benny-Demus. Mascarado, o artista tocou os hits “Ela só pensa em beijar”, “Só Love”, “Casca de Bala” e “Só Fé”.
Outros momentos que agitaram muito o público foram durante os hits “Smack that”, “Dangerous” e “I wanna love you”.
O músico saiu do palco praticamente por expulsão. Quis puxar mais músicas, mas já tinha estourado o limite do horário em cerca de 15 minutos. Então, tentou cantar, mas teve o microfone cortado. Isso depois que uma multidão já havia deixado o espaço em direção ao Palco Sunset, que tinha o início da apresentação de Mariah Carey.

Akon conta companhia do cantor mascarado Benny-Demus no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

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Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio

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Cantor americano foi corrigido por fãs da plateia, que gritaram em coro o nome do Rio de Janeiro. Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
O cantor americano Akon foi escalado para se apresentar no último dia do Rock in Rio, neste domingo (22). Mas, durante o show, confundiu as capitais e cumprimentou o público de São Paulo.
“São Paulo, como vocês estão se sentindo hoje?”, questionou.
Ele foi corrigido por fãs da plateia, que gritaram em coro o nome do Rio de Janeiro.
Um dos maiores astros da música dos anos 2000, Akon foi incluído em um dia com programação marcada por atrações nostálgicas no Rock in Rio.
Além dele, Ne-Yo passou pelo Palco Mundo, para também apresentar hits da penúltima década. Já o Palco Sunset receberá um show de Mariah Carey, outro nome forte do período.

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