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Festas e Rodeios

Astro sertanejo, Hudson revela que paixão por rock veio da mãe e relembra dificuldade de aceitação: ‘Sofri muito preconceito’

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A frente de uma das grandes duplas sertanejas da história ao lado do irmão Edson, cantor sempre deixou claro ser um apaixonado por rock ‘n roll. Ao g1, ele detalhou o amor pelo gênero e tocou guitarra. Astro sertanejo, Hudson revela paixão por rock ‘n roll
A energia para destrinchar a viola em um “modão” antigo ou entoar refrões como “Vai, galera coração, solta a voz, bate na palma da mão” é a mesma para vestir o perfil introspectivo de rockstar e começar a desfilar riffles pesados de guitarra, símbolos do rock ‘n roll. Os dois comportamentos – muitas vezes considerados opostos pelo preconceito musical de quem acha que estilos não se misturam – são as características que mais definem Hudson Cadorini.
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Ícone sertanejo, o cantor está, ao lado do irmão Edson, há 33 anos à frente de uma das duplas mais importantes da história do gênero. Entretanto, diferentemente do esteriótipo de artistas relacionados à música sertaneja, Hudson já mostra, desde o visual, com camisetas pretas, cabelo comprido e óculos escuros, que ele rompeu o padrão e nutre, também, uma paixão especial pelo rock.
Em entrevista exclusiva ao g1 no bar que é proprietário em Limeira (SP), o músico contou detalhes sobre este amor, explicou o que ele considera a origem desta relação, lembrou como ele e Edson incorporaram um perfil mais “rock ‘n roll” à dupla e revelou a dificuldade de aceitação que teve por parte do público sertanejo. E, claro, como não poderia deixar de ser, mostrou habilidade para tocar guitarra. Assista trechos da conversa no vídeo acima.
Já sofri muito [preconceito]. Já ouvi muitas vezes que não gostava de sertanejo, que na verdade eu era rockeiro. Mas ai minha resposta para isso foi na atitude. Ai eu pego uma viola e toco. Aí eu canto uma moda. Eu amo sertanejo também, mas eu tenho um amor muito grande pelo rock. Chegou um momento que quem gostava de sertanejo não gostava da gente porque era muito rock e quem gostava de rock não gostava da gente porque era muito sertanejo
O cantor, que, por tamanho envolvimento com o gênero musical, é um dos jurados do concurso “ÉPra Cantar”, da EPTV, afiliada da TV Globo, que vai revelar um talento do pop rock, falou pela primeira vez sobre o que ele acredita ser a origem dessa paixão.
De infância humilde, Edson e Hudson cresceram no circo por conta da profissão do pai, Gerônimo Silva, que atuava como palhaço e acrobata. Mas a mãe, que morreu quando eles ainda eram pequenos, deixou uma herança que mudou a vida dos irmãos: a paixão pela música e, principalmente, o hábito de ouvir estilos diferentes, o que descortinou a Hudson os primeiros contatos com o rock ‘n roll.
“A nossa mãe faleceu muito cedo, mas deixou um legado. Ela gostava de música boa, gostava de rock, tocava vários instrumentos. Quando nós saímos do circo, começamos a cantar, e como éramos dois e morávamos em Goiás, criamos a dupla. Só que na nossa casa tinha uma coisa que eu chamo de democracia musical. Ouvia de tudo, o que me fez ter contato com muita coisa, aí depois veio Pink Floyd, Van Hallen, AC/DC”, relembrou, em uma das poucas vezes que falou da mãe em entrevistas.
Hudson tem grande paixão por rock ‘n roll
Marcello Carvalho/g1
‘Ficaria frustrado’
Edson e Hudson começaram a dupla ainda crianças como “Pep e Pupi”, mas, em 1991, iniciaram efetivamente a trajetória, já com o nome que os consagrou, no programa do apresentador Raul Gil. O estouro, no entanto, veio só dez anos depois, no início dos anos 2000, quando comandaram uma transição do se fazia no sertanejo nos anos 1990 para o que ficou conhecido como “universitário”.
Depois do sucesso com hits como “Azul”, “Foi Deus”, “Te quero pra mim” e “Galera Coração”, Hudson incorporou à dupla a força do rock que tanto o moveu ao longo dos anos. Quem se debruça pela discografia de Edson e Hudson percebe muitas de linhas de guitarras estridentes e solos dedilhados por ele.
Além dos álbuns, os shows também tem a cara do rock. Durante as apresentações, o músico toca guitarra praticamente o tempo inteiro e relembra riffles clássicos do gênero de bandas as quais é fã, como Guns ‘n Roses e Pink Floyd.
Esta última, ele fez questão de lembrar durante a entrevista ao tocar o solo do clássico atemporal “Another Brick in the Wall”. Mas, e se ele não conseguisse dar essa “cara rock ‘n roll” à dupla sertaneja? Haveria uma frustração? A resposta foi categórica.
“Eu acho que sim, porque eu gosto muito de rock, gosto de tocar guitarra. Eu sou guitarrista. Acho que ficaria faltando alguma coisa sim. Eu almoço e janto guitarra. Então, eu sempre quis ser reconhecido como músico. Eu estudava 5/6 horas de guitarra. E a gente ter dificuldade no início ajudou, porque não tinha dinheiro para ter banda completa, então quem tinha que tocar era eu”, afirmou Hudson.
Hudson, que tem a dupla com o irmão Edson, é apaixonado por rock
Marcelo Gaudio/g1
Inspirações
A vontade de tocar guitarra veio logo após ele começar a aprender o violão, já com a dupla com Edson formada. Aos 51 anos, por conta de tudo o que consumiu de rock durante a vida, as referências são muitas. Na presença de palco, Hudson considera Slash, astro do Guns ‘n Roses, imbatível, mas na técnica, o trio que forma o G3, Steve Vai, John Petrucci e Joe Satriani, tem – quase – o 1º lugar do pódio.
“Mas para mim, o maior guitarrista de todos os tempos se chama Jimi Hendrix. Ele que inventou tudo o que a gente faz hoje, de técnica, de riffle, de harmonia”, completou.
Com orgulho de ter ajudado a “furar a bolha” na música sertaneja ao mostrar que canções do gênero também podem ter nuances de rock, Hudson comemora ter conseguido mostrar que diferentes gêneros musicais podem conversar entre si.
“A música é isso, desde de sempre, a música não pode ficar em uma caixa. Ela tem que ser aberta, não pode separar, tem que unir. Hoje é Edson e Hudson é rock n roll. Tem força. E o mais importante: dá para fazer sertanejo assim”, finalizou.
Show de Edson e Hudson no Limeira Rodeo Music
Leandro Ferreira/g1
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Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris

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Atriz passou por momentos de apuros no mesmo dia em que o namorado, o cantor Diogo Nogueira, se apresentava no Rock in Rio. Ela foi liberada horas depois. Atriz compartilhou perrengue em aeroporto em suas redes sociais
Reprodução/Instagram
Em vídeo compartilhado em suas redes sociais neste domingo (22), a atriz Paolla Oliveira contou que ficou detida por algumas horas no aeroporto de Paris após perder seu passaporte.
O “perrengue chique” aconteceu no mesmo dia em que seu namorado, o sambista Diogo Nogueira, se apresentou no Rock in Rio 2024 em show que homenageou a cantora Alcione. Paolla não acompanhou a performance do amado por motivos profissionais: ela vai participar da Paris Fashion Week 2024.
“Perdi o passaporte. Estou presa no aeroporto de Paris, suando de nervoso. Tem uma polícia que não me deixa passar pra lá. E ali tem outra polícia que não me deixa voltar de onde eu vim. Será que a gente não podia usar um artifício daquele de TikTok que fazem assim: ‘Pá!’? E aí aparece lá do outro lado”, diz a atriz no vídeo.
Ela compartilhou ainda que foi ameaçada de deportação, antes de conseguir a liberação e, finalmente, entrar no país.
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Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio

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Músico faz show nostálgico com carisma e homenagens ao Brasil, mas se perde em desejo pela festa. Público do Rock in Rio faz coro em “I Wanna Love You” de Akon
Akon se apresentou para uma multidão que se espremeu para assisti-lo no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
O cantor parecia estar mais interessado em oferecer uma experiência festiva do que um show voltado à sua própria carreira. Não que isso tenha sido um problema para o público, que parecia envolvido do começo ao fim.
O propósito, porém, parecia meio perdido. A segunda metade da apresentação soou como uma balada sem identidade, com hits desconexos que até envolvem, mas não têm unidade. 
Akon também cometeu uma gafe ao falar  “São Paulo”. Imediatamente, os fãs levantaram um coro dizendo: “Rio de Janeiro”. Mas isso não pareceu constrangê-lo.
Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio
O músico ficou mesmo com vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável que estourou com apenas alguns segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido, após se arremessar para a plateia de dentro da bolha.
A voz dele trouxe efeitos robóticos de autotune e nítido uso de bases de pré-gravadas — que poderiam ser playback, ou não, já que a dobra vocal é um recurso cada vez mais recorrente em shows.
Antes de ele entrar no palco, os telões foram preenchidos por imagens de Akon, trechos de telerreportagens e as palavras “famoso”, “artista” e “América”.
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Com muitos berros vindos de seu microfone durante o show inteiro, o senegalês entrou no palco cantando “Beautiful Day”, da dupla francesa Trinix. Logo em seguida, deu play em seu repertório, fincado nos anos 2000, época em que viveu o auge de sua carreira.
Na romântica “Don’t Matter”, Akon inseriu batidas de samba — algumas das quais ele mesmo tocou num tambor.
O cantor também fez um remix em “Lonely”, que ganhou beats de funk, tocados pelo DJ brasileiro Hitmaker, que celebrou o fato do gênero estar no palco Mundo, o principal do festival.
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
A música brasileira também ganhou espaço em um interlúdio conduzido pelo ator e DJ Benny-Demus. Mascarado, o artista tocou os hits “Ela só pensa em beijar”, “Só Love”, “Casca de Bala” e “Só Fé”.
Outros momentos que agitaram muito o público foram durante os hits “Smack that”, “Dangerous” e “I wanna love you”.
O músico saiu do palco praticamente por expulsão. Quis puxar mais músicas, mas já tinha estourado o limite do horário em cerca de 15 minutos. Então, tentou cantar, mas teve o microfone cortado. Isso depois que uma multidão já havia deixado o espaço em direção ao Palco Sunset, que tinha o início da apresentação de Mariah Carey.

Akon conta companhia do cantor mascarado Benny-Demus no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

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Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio

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Cantor americano foi corrigido por fãs da plateia, que gritaram em coro o nome do Rio de Janeiro. Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
O cantor americano Akon foi escalado para se apresentar no último dia do Rock in Rio, neste domingo (22). Mas, durante o show, confundiu as capitais e cumprimentou o público de São Paulo.
“São Paulo, como vocês estão se sentindo hoje?”, questionou.
Ele foi corrigido por fãs da plateia, que gritaram em coro o nome do Rio de Janeiro.
Um dos maiores astros da música dos anos 2000, Akon foi incluído em um dia com programação marcada por atrações nostálgicas no Rock in Rio.
Além dele, Ne-Yo passou pelo Palco Mundo, para também apresentar hits da penúltima década. Já o Palco Sunset receberá um show de Mariah Carey, outro nome forte do período.

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