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Festas e Rodeios

Cineasta Roger Corman, ‘rei dos Filmes B’ de Hollywood, morre aos 98 anos

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Corman morreu em sua casa em Santa Mônica, Califórnia, na quinta-feira (9), segundo comunicado da família divulgado neste sábado. Cineasta Roger Corman morreu, aos 98 anos, em 9 de maio de 2024, informou a família no sábado (11).
Photo by Richard Shotwell/Invision/AP, File
O cineasta Roger Corman, conhecido como o “Rei dos Filmes B” de Hollywood, morreu aos 98 anos, informou sua família em comunicado neste sábado (11). Ele morreu em sua casa em Santa Mônica, na Califórnia, na quinta-feira (9), segundo sua esposa e filhas.
Corman ajudou a produzir clássicos de baixo orçamento como “A Pequena Loja dos Horrores” e “Ataque dos Monstros Caranguejos” e deu oportunidades a muitos dos atores e diretores mais famosos de Hollywood no início de suas carreiras.
“Ele foi generoso, de coração aberto e gentil com todos que o conheceram. Quando perguntado como gostaria de ser lembrado, ele disse: ‘Eu era um cineasta, apenas isso'”, disse o comunicado da família.
Corman deixa a esposa, a produtora cinematográfica Julie Halloran, com quem se casou em 1964, e quatro filhos.
A partir de 1955, Corman ajudou a criar centenas de filmes B como produtor e diretor, entre eles “Escorpião Negro”, “Um Balde de Sangue” e “Os Cinco de Chicago”.
Revelador de talentos, ele contratou cineastas aspirantes como Francis Ford Coppola, Ron Howard, James Cameron e Martin Scorsese. Em 2009, Corman recebeu um Oscar honorário.
“Há muitas restrições ligadas ao trabalho com um baixo orçamento, mas ao mesmo tempo há certas oportunidades”, disse Corman em um documentário de 2007 sobre Val Lewton, o diretor dos anos 1940 de “Pessoas Gato” e outros clássicos underground.
“Você pode arriscar um pouco mais. Você pode experimentar. Você precisa encontrar uma maneira mais criativa de resolver um problema ou apresentar um conceito”, disse ele.
As raízes da era de ouro de Hollywood nos anos 1970 podem ser encontradas nos filmes de Corman.
Jack Nicholson fez sua estreia no cinema como o personagem principal em um filme rápido de Corman de 1958, “Cry Baby Killer”, e permaneceu com a empresa para filmes de motoqueiros, terror e ação, escrevendo e produzindo alguns deles. Outros atores cujas carreiras começaram em filmes de Corman incluíram Robert De Niro, Bruce Dern e Ellen Burstyn.
A aparição de Peter Fonda em “Os Anjos Selvagens” foi um precursor de seu próprio marco no cinema de motoqueiros, “Sem Destino”, estrelando Nicholson e outro ex-aluno de Corman, Dennis Hopper. “Sexy e marginal”, estrelado por Barbara Hershey e David Carradine, foi um filme inicial de Scorsese.
Os diretores de filmes B de Corman recebiam orçamentos mínimos e muitas vezes eram instruídos a terminar seus filmes em prazos como cinco dias. Quando Ron Howard, que mais tarde ganharia um Oscar de melhor diretor por “Uma Mente Brilhante”, pediu meio dia extra para refilmar uma cena em 1977 para “Grand Theft Auto”, Corman disse a ele: “Ron, você pode voltar se quiser, mas ninguém mais estará lá”.
“Roger Corman foi meu primeiro chefe, meu mentor ao longo da vida e meu herói. Roger foi um dos maiores visionários da história do cinema”, disse Gale Ann Hurd, cujos créditos de produção notáveis incluem a franquia de filmes “Exterminador do Futuro”, “O Abismo” e a série de televisão “The Walking Dead”, em publicação no X (antigo Twitter).
Inicialmente, apenas cinemas drive-in e especializados exibiam filmes de Corman, mas à medida que os adolescentes começaram a aparecer, as redes nacionais cederam. Os filmes de Corman eram abertos para sua época sobre sexo e drogas, como seu lançamento de 1967 “Viagem ao Mundo da Alucinação”, uma história explícita sobre LSD escrita por Nicholson e estrelada por Fonda e Hopper.
Enquanto isso, ele descobriu uma lucrativa linha secundária lançando filmes estrangeiros de prestígio nos Estados Unidos, entre eles “Gritos e Sussurros” de Ingmar Bergman, “Amarcord” de Federico Fellini e “O Tambor” de Volker Schlondorff. Os dois últimos ganharam Oscars de melhor filme em língua estrangeira.
Corman começou como mensageiro da companhia Twentieth Century-Fox, eventualmente se formando como analista de histórias. Depois de deixar brevemente o negócio para estudar literatura inglesa por um período na Universidade de Oxford, ele voltou a Hollywood e iniciou sua carreira como produtor e diretor de cinema.
Apesar do hábito de economizar dinheiro nas produções, Corman mantinha boas relações com seus diretores, orgulhando-se de nunca ter demitido alguém porque “não gostaria de causar essa humilhação”.
Alguns de seus antigos subordinados retribuíram sua gentileza anos depois. Coppola o escalou em “O Poderoso Chefão, Parte II”, Jonathan Demme o incluiu em “O Silêncio dos Inocentes” e “Filadélfia” e Howard lhe deu um papel em “Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo”.
A maioria dos filmes de Corman foi rapidamente esquecida por todos, exceto pelos fãs mais dedicados. Uma exceção foi “A Pequena Loja dos Horrores” de 1960, que estrelou uma planta sedenta por sangue que se alimentava de humanos e apresentava Nicholson em um pequeno, mas memorável papel como um paciente dental que ama a dor. Inspirou um musical duradouro e uma adaptação musical de 1986 estrelada por Steve Martin, Bill Murray e John Candy.
Em 1963, Corman iniciou uma série de filmes baseados nas obras de Edgar Allan Poe. O mais notável foi “O Corvo”, que juntou Nicholson a veteranas estrelas de terror como Boris Karloff, Peter Lorre e Basil Rathbone. Dirigido por Corman em um raro cronograma de três semanas, a sátira de terror recebeu boas críticas, uma raridade para seus filmes. Outra adaptação de Poe, “O Solar Maldito”, foi considerada digna de preservação pela Biblioteca do Congresso.
“Foi um privilégio conhecê-lo. Ele foi um grande amigo. Ele moldou minha infância com filmes de ficção científica e épicos de Edgar Allan Poe. Vou sentir sua falta”, disse John Carpenter, diretor de “Halloween – A Noite do Terror”, “O Enigma de Outro Mundo” e outros clássicos de terror e ação, no X (antigo Twitter).

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Grupo quebra grades para tentar invadir a Cidade do Rock; VÍDEO

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Segundo a assessoria do festival, a segurança e a polícia atuaram para conter os adolescentes, que não conseguiram entrar no Rock in Rio. Grupo tenta invadir a Cidade do Rock neste domingo (22)
Um grupo de adolescentes forçou uma das grades da Cidade do Rock e tentou invadir o Rock in Rio neste domingo (22).
Um vídeo que circula por redes sociais mostra o momento em que os jovens conseguem passar por uma das barreiras (veja acima).
Assista aos shows ao vivo
Segundo a assessoria do festival, no entanto, a segurança e a polícia atuaram “para conter os invasores, que foram retidos e não conseguiram adentrar na Cidade do Rock”.
Ainda segundo o festival, a grade foi reparada.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda um posicionamento.
Grupo passa por grade e tenta invadir a Cidade do Rock
Reprodução

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VÍDEO: Ne-Yo chama fãs ao palco para competição de dança com ‘sarrada’

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O artista foi uma das atrações do último dia do festival. Ne-Yo traz ao Brasil sua turnê “Champagne & Roses”. que celebra os hits de sua carreira. Ne-yo chama fãs ao palco para competição de dança
Durante show no Rock in Rio deste domingo (22), o cantor Ne-Yo chamou fãs ao palco para competição de dança com direito a dueto sensual com o cantor e “sarrada”.
Ne-Yo recebe MC Daniel em show no Rock in Rio 2024 e diz que vão lançar música juntos
As três fãs escolhidas subiram ao palco durante a apresentação de Push Back, canção do álbum Good Man (2018). Sob a supervisão de Ne-Yo, elas se apresentaram individualmente, e o público teve a missão de escolher a campeã, que saiu ovacionada e ainda ganhou um abraço e a toalha suada do cantor.
Ne-yo chama fãs para competição de dança durante show no Rock in Rio
Reprodução/TV Globo
O artista foi uma das atrações do último dia do Rock in Rio 2024. Ne-Yo traz ao Brasil sua turnê “Champagne & Roses”. que celebra os hits de sua carreira. Ele também se apresentou em São Paulo na quinta-feira (19), onde promoveu uma competição de dança similar.
No sábado (21), o cantor foi visto malhando na academia ao ar livre do Arpoador, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A ida do americano à “SmartFlintstones” ou “BodyTreco” — como o espaço rústico é chamado — aumentou a lista dos rolês aleatórios dos astros pela cidade.
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Ne-Yo convida MC Daniel e mostra fórmula infalível com revival dos anos 2000 no Rock in Rio

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Astro dos anos 2000 salpicou repertório com hits de rádio FM. Funkeiro fez participação relâmpago para cantar ‘Vamo de pagodin’. Leia crítica do g1. Ne-Yo canta sucesso ‘So sick’
O cantor americano Ne-Yo, um dos maiores astros da música dos anos 2000, mostrou no Rock in Rio neste domingo (22) sua fórmula infalível de show com hits nostálgicos de rádio FM.
Em setembro de 2023, o artista fez uma das apresentações mais empolgantes do The Town, festival em São Paulo. Para sorte do público do Rock in Rio, ele quase não mudou o enredo.
A única grande novidade foi uma aparição relâmpago do funkeiro paulista MC Daniel. Ele entrou para cantar a sua “Vamo de pagodin”, hit viral no Brasil, com uma camiseta que pedia “Parem as queimadas”.
MC Daniel faz participação em show de Ne-Yo no Rock in Rio com ‘Vamo de pagodin’
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
“Eu passei os últimos dias no Brasil trabalhando com uns artistas daqui. Quero trazer alguém com quem eu tenho trabalhado”, disse. Muito rápida e sem interação, a participação ficou estranha.
Projetado para o mundo com o álbum “In My Own Words”, de 2006, Ne-Yo vendeu milhões de discos, ganhou três prêmios Grammy e um dia já foi apontado como “herdeiro de Michael Jackson” — o amaldiçoado rótulo, também já colado em Chris Brown e Justin Timberlake.
Diferentemente de ambos, o cantor superou uma fase de ostracismo para conquistar um novo auge em meio a um revival cultural da penúltima década. “Essa é um clássico”, disse antes de “So Sick”, seu single de estreia, que em 2005 alcançou o topo da parada americana de músicas.
Ne-yo chama fãs ao palco para competição de dança
Ele salpicou o repertório com muitos outros hits. As sensuais “Because of You” e “Sexy Love” apareceram no começo; “Miss Independent no meio, com o público cantando em coro; “Give me Everything” e “Time of Your Lives”, mais animadas, ficaram para o fim, para todo mundo pular.
Não bastasse seus próprios sucessos, Ne-Yo também tirou vantagem por ser autor de  “Irreplaceable”, gravada por Beyoncé. Mas não cantou, só mostra a música na voz da artista e se gabou: “Vocês conhecem essa?”. Ele também fez isso no The Town.
Em “Push Back”, o cantor organizou um divertido “concurso” de dança com três fãs no palco. Tudo muito bem ensaiado (as garotas são pré-selecionadas para não truncar a performance). Elas se apresentam para o público e “sarram” em Ne-Yo, numa coreografia sensual. Foi outro número repetido do festival em São Paulo.
Quem viu as duas apresentações pode não ter se surpreendido, mas esses são exceções. Para a maioria no Rock in Rio, em um dia dominado por atrações nostálgicas, foi um momento mágico de saudade.
Cartela resenha crítica g1
g1
Ne-Yo se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

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