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Festas e Rodeios

Marcelo Jeneci quer festa em disco em que traz Leandro & Leonardo, Marília Mendonça e Exaltasamba para o forró

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Artista reúne João Gomes, Gaby Amarantos e Chico César em ‘Night clube forró latino’, álbum em que o cantor e sanfoneiro persegue o apelo popular. Marcelo Jeneci regrava hit de Pabllo Vittar, ‘Amor de que’, em ritmo de xote com João Gomes no álbum ‘Night clube forró latino – Volume I’
Hugo Sá / Divulgação
Capa do álbum ‘Night clube forró latino – Volume I’, de Marcelo Jeneci
Hugo Sá
Resenha de álbum
Título: Night clube forró latino – Volume I
Artista: Marcelo Jeneci
Edição: Edição independente de Marcelo Jeneci
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
“Comigo, nas boates e nos night clubes latinos, de Pabllo Vittar a Luiz Gonzaga, de Caetano Veloso à maravilhosa (Marília) Mendonça, é tudo forró”.
♪ O trecho final do texto falado por Marcelo Jeneci no quinto álbum de estúdio do artista – Night clube forró latino – Volume I, no mundo a partir de amanhã, 17 de maio – soa como álibi que justifica o conceito do disco.
Night clube forró latino é álbum de intérprete como o antecessor Caravana Sairé (2023). Ambos estão enraizados na vivência nordestina deste cantor, compositor, tecladista e sanfoneiro paulistano criado entre Guaianases – periférico bairro da zona leste da cidade de São Paulo (SP) – e o agreste de Pernambuco.
“Eu me criei entre sanfonas e equipamentos eletrônicos. Meu pai, seu Manoel Jeneci, de Sairé, era o maior eletrificador de sanfona do Brasil! Do nordeste para o Brasil. Foi então que recebi de um amigo dele meu primeiro fole. Que presente, Dominguinhos… Daí em diante virei músico, sanfoneiro”, (se) situa o artista no início do texto apresentado na faixa falada intitulada Jeneci por Jeneci.
Alocado na quarta das sete faixas do primeiro volume do álbum Night clube forró latino, o texto funciona como salvo-conduto que permite a Jeneci transitar por repertórios de diversos artistas e segmentos sem tirar os pés do nordeste do Brasil.
A rigor, é melancólico ver que um dos compositores brasileiros mais inspirados do século XXI – como atestado nos estupendos dois primeiros álbuns do artista, Feito pra acabar (2010) e De graça (2013) – venha se dedicando a discos de intérprete, por melhores que sejam esses discos.
Dito isso, é justo reconhecer que há acertos em Night clube forró latino, disco de assumido apelo popular, feito para tocar nas baladas, no rádio – veículo ainda potente nos interiores do Brasil – e em playlists festivas.
Selecionado por Marcelo Jeneci (sanfona, baixo synth, órgão, teclados, voz e vocais) com Juba Carvalho (congas, bongô, timbales, guiro, reco-reco, triângulo, clave e shake), Luiz Araújo (baixo), Helder Lopes e Marcel Klemm, o repertório de Night clube forró latino – Volume I é formado por sucessos de Pabllo Vittar, Marília Mendonça (1995 – 2021), Exaltasamba, Leandro & Leonardo, Cassiano (1943 – 2021) e Edson Gomes.
Deste artista baiano, um dos expoentes do reggae no Brasil, Jeneci faz Árvore (Edson Gomes, 1991) frutificar – com a adesão vocal de Chico César e o toque de um três cubano, a cargo de Ed Woski – entre o xote, o reggae à moda do Maranhão e a cumbia, gênero típico da Colômbia.
Outro destaque é a abordagem de Amor de que (Rodrigo Gorky, Zebu, Pablo Bispo, Maffalda e Arthur Marques, 2019). O hit do terceiro álbum de estúdio de Pabllo Vittar já traz o D.N.A. forrozeiro no registro original da cantora. Em Night clube forró latino, Amor de que flui bem na cadência serena do xote, com toque de bachata, em gravação que une a voz de Jeneci ao canto grave de João Gomes.
Também sobressalente é a leitura de Um sonhador (César Augusto e Piska, 1998), hit do álbum póstumo de Leandro & Leonardo. Em vez do tom lacrimoso do canto da dupla, Jeneci expõe o clima solar, esperançoso, da letra em gravação de pegada forrozeira.
Em contrapartida, a balada-soul A lua e eu (Cassiano e Paulo Zdanowski, 1975) perde o brilho e alma em abordagem que dissipa, na levada de xote, a melancolia da letra propagada há quase 50 anos na voz de Cassiano, mestre do soul brasileiro. Trata-se de música inadequada para disco que se pretende festivo.
Da mesma forma, o registro de Eu e você sempre (Jorge Aragão e Flávio Cardoso, 2000) atenua a força desse grande samba lançado pelo grupo de pagode Exaltasamba e até hoje cantado em shows por vários intérpretes.
Completa o repertório do disco o sucesso sertanejo Eu sei de cor (Danillo Davilla, Elcio di Carvalho, Lari Ferreira e Junior Pepato, 2016), música que se tornou hit instantâneo na voz de Marília Mendonça mesmo sem ter sido composta pela artista. “Me dê licença, Marília”, pede Gaby Amarantos antes de começar a cantar os primeiros versos da música, revivida entre o xote e o brega em gravação em que a voz de Jeneci é ouvida somente na segunda metade da boa faixa.
Gravado sob direção artística de Helder Lopes, o disco Night clube forró latino – Volume I tem produção musical assinada por Jeneci com Luiz Aráujo e Marcel Klemm. O apuro instrumental é garantido pelos toques de músicos como Mestre Bastos (zabumba) e Mestre Zé Gago (pratos).
Enfim, mesmo que eventualmente resulte menos feliz, o forró latino de Marcelo Jeneci tem bom acabamento e geralmente consegue a empatia pretendida. Ainda assim, paira a sensação de que o artista tem talento para fazer discos mais ambiciosos…

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ANTES E DEPOIS: elenco principal de Castelo Rá-Tim-Bum se reencontra 20 anos depois

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Clássico programa infantil dos anos 90 completou 30 anos de lançamento em 2024. Elenco do ‘Castelo Rá-tim-bum’ faz reencontro histórico durante evento de cultura geek
Reprodução/Instagram
Um momento nostálgico para os nascidos nos anos 90: os protagonistas de ‘Castelo Rá-tim-bum’ Luciano Amaral, Fredy Allan e Cassio Scapin e Cinthya Raquel se reencontraram neste sábado (21), em um registro histórico compartilhado nas redes sociais.
No clássico infantil, eles deram vida a Nino, Pedro, Zequinha e Biba, respectivamente.
Cassio Scapin, intérprete de Nino, celebrou o encontro em publicação em suas redes sociais, marcando o fim de um hiato de duas décadas:
“Hoje encontro maravilhoso quatro pessoas que se adoram e não conseguiram em 20 anos estarem no mesmo tempo e espaço juntos!”, diz o texto.
Já a atriz Cinthya Rachel compartilhou uma foto dos atores na qual eles aparecem refazendo a clássica foto de divulgação da série (veja abaixo).
Elenco reproduziu imagem clássica do Castelo Rá-Tim-Bum
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“Zeca, Nino, Pedro, Biba! Quem leu cantando levanta a mão! Fazia mais de 20 anos que nós quatro não nos encontrávamos ao mesmo tempo. E cá estamos deixando o seu coração quentinho”, diz o texto em seu Instagram.
As fotos foram tiradas durante o Santos Festival Geek, evento de cultura nerd realizado neste fim de semana em Santos (SP). Os atores tiveram um bate-papo e sessão de fotos com fãs.
O programa infantil completou 30 anos de lançamento em 2024. Ele foi ao ar pela primeira vez no dia 9 de maio de 1994 pela TV Cultura.

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Vocalista do Journey fala em deixar a banda após show no Rock in Rio: ‘Devastado’

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Em suas redes sociais, Arnel Pineda declarou que deixaria o grupo caso ‘1 milhão’ de comentários pedissem sua saída. Performance do artista no palco do festival foi criticada. Journey se apresenta no Palco Mundo do Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
O vocalista do Journey, Arnel Pineda, voltou a falar sobre o show no Rock in Rio após críticas à sua apresentação. O cantor fez uma nova publicação nas redes sociais e escreveu que está “ciente” de falhas no show do último domingo (15).
“Ninguém mais do que eu neste mundo se sente tão devastado com isso”, escreveu Pineda. “É realmente incrível como mil coisas certas que você fez serão esquecidas só por causa disso… e de todos os lugares, é no Rock In Rio”.
“Mentalmente e emocionalmente, eu já sofri, e ainda estou sofrendo… mas vou ficar bem”.
O vocalista também falou em deixar a banda caso os fãs pedissem. “Estou oferecendo a vocês uma chance agora (especialmente aqueles que me odiaram e nunca gostaram de mim desde o começo) para simplesmente escrever ‘Fique’ ou ‘Saia’ aqui”.
Segundo o vocalista, se “um milhão” de comentários pedissem, ele sairia do Journey.
Pineda já havia falado sobre as críticas nas redes sociais nesta semana. “Não fomos perfeitos, especialmente eu”, disse o cantor, dias após o show no Rock in Rio.

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Olodumbaiana faz ode à música baiana de ontem e hoje no Rock in Rio

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Com show solar, Baianasystem prova que tem força para tocar no palco Mundo e Olodum lembra clássicos carnavalescos. Leia crítica do g1. Olodumbaiana abre Palco Sunset no último dia de Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
Duas potências da música baiana juntas só poderiam resultar no que se viu na abertura do palco Sunset do Rock in Rio: um show solar, com percussão contagiante e mãos para cima com o público cantando junto.
“Capim Guiné” abriu o show com a força habitual do repertório da banda, seguida pelo clássico do Olodum, “Nossa Gente”. A plateia já estava ganha.
O recado seguiu sendo dado com “Lucro”, cantado por um público animado e dançante no Sunset.
Na alternância entre o Olodum e o Baiana System, “Rosa” trouxe um pouco de romantismo para a tarde quente deste domingo na Cidade do Rock, que logo voltou a ficar animada com “Dia da Caça”.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Russo Passapusso se comportou como o dono do palco, agitando o público formado por muitos fãs de sua banda, que agitavam e levantavam as mãos a cada comando seu.
Olodumbaiana abre Palco Sunset no último dia de Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
O show parou em alguns momentos para interações melódicas entre os guitarristas no palco, além de partes instrumentais que realçam o repertório do Olodum.
O grupo, que completa 45 anos em 2024, fez o público cantar forte com “Várias Queixas”, música gravada por eles em 2012 e que ganhou uma nova versão em 2020 com os Gilsons.
As mãozinhas para cima voltaram na “ode” do Baiana a Salvador, “Duas Cidades”. O Olodum manteve o clima solar com “Alegria Geral”, que diz que a banda “pirou de vez”.
“Sul-americano” é uma das melhores representações do som multicultural do Baianasystem, com influência melódica e rítmica de ritmos latinos, que seguiram em trechos de “Magnata” e “Bala na Agulha” antes de voltar ao trecho final da música.
“Faraó divindade do Egito” trouxe o carnaval de Salvador diretamente para a Cidade do Rock.
“Certopelocertoh” teve a participação de Vandal, rapper baiano, e manteve o nível de energia com “Saci”, com a volta ao carnaval baiano de “Olodum para balançar”.
O show mostra que o Baiana System já pode alçar voos maiores no palco Mundo, a julgar pela recepção calorosa do público do Sunset.

Olodumbaiana abre Palco Sunset no último dia de Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1

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