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Festas e Rodeios

Elba Ramalho celebra a festa junina no tom forrozeiro e tradicionalista do 40º álbum da artista, ‘Isso quer dizer amor’

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Cantora se junta com Almério, Juliette, Sideral e Zé Ramalho em disco que alterna composições inéditas e regravações de Ednardo, Elomar e Lô Borges. Elba Ramalho acerta na releitura de ‘Função’ (1979), música do compositor Elomar, em gravação que fecha o álbum ‘Isso quer dizer amor ’
Ricardo Penna / Divulgação
Capa do álbum ‘Isso quer dizer amor’, de Elba Ramalho
Ricardo Penna com arte de Renan Comin
Resenha de álbum
Título: Isso quer dizer amor
Artista: Elba Ramalho
Edição: Sonora Digital
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Nunca um álbum de Elba Ramalho chegou ao mercado fonográfico envolto em tanto silêncio, sobretudo na mídia, como Isso quer dizer amor.
O silêncio se torna melancólico quando se sabe que Isso quer dizer amor é o 40º título da discografia desta valente cantora paraibana que demarcou território na música nordestina a partir da década de 1970 – o 40º disco se incluído na conta o registro ao vivo de show Raízes e antenas (2008), editado somente no formato de DVD.
Gravado ao longo de 2023 com produção musical de Luã Yvys, filho da artista, Isso quer dizer amor não figura entre os álbuns mais arrojados de Elba e, nesse sentido, se apequena diante da grandeza de O ouro do pó da estrada (2018) sem deixar de ser disco afável.
A rigor, Isso quer dizer amor se situa no mesmo bom nível do antecessor Eu e vocês (2020), também produzido por Luã.
Em rotação desde sexta-feira, 24 de maio, com capa sem cor criada por Renan Comin a partir de foto de Ricardo Penna, o álbum Isso quer dizer amor chega com munição tradicional para as festas juninas que esquentam o circuito nordestino de shows entre junho e julho.
Já na música que abre o disco, Aqui nesse forró (2023), faixa lançada em julho de 2023 como primeiro single do álbum então previsto para o ano passado, Elba exalta a festa e a música da região, como sempre fez desde os discos de pegada mais pop dos anos 1980, sem pôr o pé no piseiro e em outros modismos do forró.
Música do compositor baiano Gigi Cerqueira, parceiro de Ivete Sangalo, Aqui nesse forró flui bem e com maior poder de sedução do que Chuva de estrelas (2024), xote romântico do mesmo Gigi gravado por Elba com Almério.
A regravação de Maria Forrozeira (João Netto e Biguá, 2019) – música já ouvida na nação nordestina nas vozes das cantoras Thais Nogueira e Maria Carmem – serve à pauta do empoderamento feminino ao mesmo tempo em que anima a festa com discurso mais atual.
Lembrança de sucesso da banda Bicho de Pé, Nosso xote (Janayna Pereira, 2001) é outra faixa que evolui bem em dueto harmonioso de Elba com Juliette. Também levada na cadência do xote, a inédita Quando a saudade maltrata (2024) é daquelas canções serenas e reflexivas de Renato Teixeira, mas está aquém do histórico autoral do trovador paulista.
Da mesma forma, Te faço um cafuné (Zezum, 1985) – xote lançado por Dominguinhos (1941 – 2013) no álbum Isso aqui tá bom demais (1985) – soa sem o dengo que embala a mais azeitada gravação feita por Mariana Aydar com Mestrinho em álbum recém-lançado. Já Rede de varanda (Léo Pinheiro, 2024) é armada como reggae que tem pé na pisada do baião.
As quatro últimas das 11 faixas do álbum Isso quer dizer amor apresentam habilidosas regravações de músicas de compositores conhecidos em escala nacional.
Lançada em single em 29 de dezembro, quase ao apagar das luzes de 2023, a regravação de Quem sabe isso quer dizer amor (Lô Borges e Marcio Borges, 2002) – obra-prima do cancioneiro dos irmãos Borges lançado por Milton Nascimento – tem a adesão de Wilson Sideral no canto e na guitarra em gravação bonita.
Galope rasante (1979), composição de Zé Ramalho lançada na voz de Amelinha, é reanimado em dueto de Elba com Zé e com a pegada roqueira do arranjo de Luã Yvys.
Apresentada em single lançado em 17 agosto de 2023, dia do 72º aniversário de Elba, a regravação de Enquanto engoma a calça (Ednardo e Climério Ferreira, 1979) também valoriza o disco.
No fecho do álbum Isso quer dizer amor, Elba traz música do baiano sertanista Elomar, Função (1979), para o universo festivo do forró, celebrando São João e costurando o fim do disco ao início com a já mencionada música Nosso forró. A releitura de Função engrandece a música lançada por Elomar no antológico álbum Na quadrada das águas perdidas (1979).
Mesmo que deixe escapar certa acomodação da cantora, o tradicionalista álbum Isso quer dizer amor mantém Elba Ramalho entronizada como rainha da nação musical nordestina.

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Festas e Rodeios

Por que Chappell Roan e outras estrelas do pop estão denunciando comportamento tóxico de fãs

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Recentemente, cantora disse que “pode ​​sair” da indústria musical se o assédio contra ela e as pessoas mais próximas não diminuir. Chappell Roan criticou “comportamento assustador” de alguns fãs
Getty Images/Via BBC
Em apenas oito meses, Chappell Roan deixou de ser uma desconhecida para chegar ao topo das paradas como uma das maiores novas estrelas pop do planeta.
Mas, enquanto a jovem de 26 anos, nascida no Missouri, conclui uma turnê esgotada pelo Reino Unido, a consequência obscura da megafama e os fãs invasivos ameaçam lançar uma sombra sobre o seu sucesso.
Em agosto, ela postou dois vídeos no TikTok, agora visualizados mais de 30 milhões de vezes, denunciando o “comportamento assustador” que ela vivenciou e pedindo aos fãs para respeitarem seus limites.
E no Instagram, ela escreveu “mulheres não devem” nada, depois que um fã a agarrou e a beijou em um bar. Em outro episódio, a polícia teve que intervir quando um fã em busca de autógrafo não aceitou um não como resposta.
Esta semana, ela deu um passo além, dizendo à revista The Face que “pode ​​sair” da indústria musical se o assédio contra ela e as pessoas mais próximas não diminuir.
A fama, ela concluiu, tem a “energia de um ex-marido abusivo”.
Alguns veem os comentários de Roan — e observações semelhantes de outros artistas — como evidência de que o relacionamento entre as estrelas e seus fãs está mudando drasticamente.
“Não consigo lidar com essa responsabilidade”
Chappell Roan é o alter ego drag de Kayleigh Amstutz. E ela tentou manter as duas identidades separadas.
A autenticidade da artista é a chave para seu apelo entre os fãs. Mas ser famosa tem desvantagens para uma estrela pop moderna.
“É um mundo tão interessante em que vivemos, onde todos querem ver quem você realmente é nas redes sociais. Mas há essa ilusão de que eles conhecem você e que podem lhe dizer qualquer coisa”, ela disse à revista Glamour no ano passado.
Em encontros, os fãs LGBT despejam suas difíceis experiências de revelação sobre ela. “Minha música ajudou muitas pessoas a superar esse trauma, e eu amo isso”, ela acrescentou.
“Mas, pessoalmente, como Kayleigh, não consigo lidar com essa responsabilidade.”
As tentativas de Roan de estabelecer limites e redefinir os relacionamentos modernos entre fãs e artistas, sem surpresa, levaram a uma reação negativa.
Em seu podcast, Perez Hilton e Chris Booker apoiaram os apelos de Roan por relacionamentos mais saudáveis ​​com fãs, mas alertaram que suas críticas repetitivas à fama – tudo isso enquanto cortejava a atenção da mídia – a deixaram aberta a acusações de ser uma “rabugenta”.
Roan no tapete vermelho do VMA Awards no início deste mês
Getty Images/Via BBC
Nas redes, há quem interprete os comentários de Roan como ingratos, pois argumentam que qualquer lado negativo da atenção são parte da fama e da fortuna.
No entanto, a maioria dos fãs apoia Roan. Lily Waite, uma mulher trans de 29 anos, disse à BBC News que achou a franqueza da estrela inovadora e fortalecedora, e afirmou entender seu pedido por reações mais respeitosas.
“A maioria dos fãs é maravilhosa, sincera e respeitosa, mas esses não são os fãs aos quais ela se dirige ou se refere em seus vídeos pedindo limites”, diz Waite, que sente que a misoginia está por trás de grande parte da reação negativa.
Rebecca Clark, 35, que se identifica como queer (pessoas que não se identificam com gênero ou orientação sexual estabelecidos), sugere que a experiência de Roan na cena drag/queer – que Clark argumenta ser mais compreensiva com a saúde mental – deixou a artista mais “exposta no cenário mundial”.
Ainda assim, Clark a apoia, principalmente porque ela desafia a superficialidade daqueles que só apoiam a autenticidade das estrelas quando ela é positiva. “Ela é autoconsciente o suficiente para ter visto o que aconteceu no passado com outras estrelas pop e ativamente estabeleceu um limite para seus fãs.”
“Como a primeira estrela pop feminina massivamente assumida desde Lady Gaga, ela é incrível. Mas, novamente, isso não significa que ela deva aos fãs um encontro pessoal. Ela é apenas uma pessoa também.”
Se Roan está fazendo a tentativa mais intensa e de alto nível de impor limites, ela certamente não está sozinha em falar sobre o tema.
Hayley Williams, do Paramore, disse que os comentários de Roan foram “corajosos e infelizmente necessários”.
EPA/Via BBC
A cantora do Paramore Hayley Williams apoiou publicamente os comentários. “Isso acontece com todas as mulheres que conheço desse ramo, inclusive eu”, ela escreveu. “A mídia social piorou isso. Estou muito grata que Chappell esteja disposta a abordar isso de uma forma real, em tempo real. É corajoso e infelizmente necessário.”
A cantora Mitski deu boas-vindas para a cantora no “clube onde estranhos acham que você pertence a eles e eles encontram e assediam seus familiares”.
A banda indie Muna também criticou elementos “tóxicos” de sua própria base de fãs. A música The Diner (O jantar, em português) de Billie Eilish discutiu de forma semelhante sobre ser perseguida.
Para Sarah Ditum, autora de Toxic, um livro que explora o estrelato feminino nas últimas décadas, este ano marcou “um ponto de inflexão” em celebridades dizendo abertamente que os fãs estão cruzando uma linha.
Ela acredita que é mais fácil para esta geração de estrelas falar sobre isso porque elas cresceram com a linguagem da saúde mental e dos limites, já que “a cultura pop tem reavaliado o tratamento dado às estrelas nos anos 2000″ — em particular Britney Spears.
Como a princesa do pop millennial, o arco de Spears serve como um aviso para todos que a seguem. Ela simboliza tanto a exploração da época – comercializada para as massas como uma adolescente sexual com apenas 16 anos – quanto a mudança nas pressões da fama provocadas por uma mídia em mudança.
Experimentando o auge da fama na era pré-mídia social, a carreira rigidamente controlada de Spears a deixou sufocada pelos paparazzi e executivos do sexo masculino até um colapso público.
Para Roan, a atenção agora vem dos fãs que, graças às redes sociais, podem formar relacionamentos parassociais – o termo psicológico para descrever a ilusão de uma amizade ou vínculo com uma estrela que nunca conheceram.
Isto torna a fama particularmente intensa para esta geração, diz Ditum.
“Em certo sentido, as mídias sociais são um poder incrível em suas mãos. Eles não precisam passar por uma imprensa potencialmente hostil e podem falar diretamente ao seu público em seus próprios termos.”
“Mas também dá um grande poder ao público.”
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Febre na China, microdramas com episódios de 1 minuto (na vertical) já concorrem com cinema e miram Hollywood

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Especialistas apontam que vídeos de formato curto são concorrente cada vez mais forte para o setor cinematográfico chinês. ‘Eles não vão mais ao cinema’, diz um ator veterano sobre o público, que descreve como trabalhadores de meia-idade e aposentados, em grande parte. O ator Zhu Jian, de 69 anos, durante gravação de um microdrama em um salão de Zhengzhou, na província de Henan, na China
Tingshu Wang/Reuters
Em um set de filmagem que se assemelha ao castelo medieval chinês, Zhu Jian está ocupado dando dor de cabeça à segunda maior indústria cinematográfica do mundo.
O ator de 69 anos está interpretando o patriarca de uma família rica que comemora seu aniversário com um banquete luxuoso. Mas, sem o conhecimento de nenhum deles, a empregada em cena é sua neta biológica. Uma segunda reviravolta: Zhu não está filmando para as telas de cinema.
“Grandma’s Moon” é um microdrama, composto por episódios de um minuto, filmados na vertical, com frequentes reviravoltas na trama, criados para manter milhões de espectadores presos às telas de seus celulares – e pagando para ver mais.
“Eles não vão mais ao cinema”, disse Zhu sobre seu público, que ele descreveu como sendo composto em grande parte por trabalhadores de meia-idade e aposentados. “É muito conveniente segurar um telefone celular e assistir a qualquer coisa quando quiser.”
Equipe grava microdrama em um salão de Zhengzhou, na província de Henan, na China
Tingshu Wang/Reuters
O setor de micro dramas da China, que movimenta US$ 5 bilhões por ano, está em expansão, de acordo com entrevistas da Reuters com 10 pessoas do setor e quatro acadêmicos e analistas de mídia.
De acordo com alguns especialistas, os vídeos de formato curto são um concorrente cada vez mais forte para o setor cinematográfico chinês, que só perde em tamanho para Hollywood e é dominado pela estatal China Film Group.
E a tendência já está se espalhando para os Estados Unidos, em um raro exemplo de exportações culturais chinesas que encontram força no Ocidente.

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Rock in Rio 2024: Veja fotos do 7º dia

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Último dia de evento tem shows de Shawn Mendes, Akon, Ne-Yo e Luisa Sonza no Palco Mundo. Mariah Carey e Ney Matogrosso são alguns dos destaques do Palco Sunset. Olodumbaiana abre Palco Sunset no último dia de Rock in Rio
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Público chega para último dia de Rock in Rio
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