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Festas e Rodeios

Aos 94 anos, Tony Tornado saboreia apoteose em premiação que celebrou Tim Maia, ‘o cara que começou tudo’

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Os encontros de Zélia Duncan com Silva e de Carlinhos Brown com Larissa Luz e Hiran também se destacam em cerimônia que resultou cansativa pelo texto excedente da apresentadora Regina Casé. Tony Tornado improvisa o canto de ‘BR-3’ no roteiro musical do 31º Prêmio da Música Brasileira
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
♪ ANÁLISE – Do alto do 1,90 metro e dos 94 anos festejados em 26 de maio, Tony Tornando reinou na 31ª edição do Prêmio da Música Brasileira – a ponto de ter sido o único intérprete que improvisou número musical fora do repertório de Tim Maia (28 de setembro de 1942 – 15 de março de 1998), cantor, compositor e músico carioca homenageado na cerimônia apresentada pela atriz Regina Casé no Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite de ontem, 12 de junho.
Saudado por Casé como o “jovem Tony Tornado”, o cantor paulista – como Tim, um pioneiro na construção do soul e do funk brasileiros no alvorecer da década de 1970 – estava escalado para interpretar o disco-funk Sossego (Tim Maia, 1978) em número dividido com as cantoras Sandra Sá, Negra Li e Sued Nunes, que iniciaram o medley com Vale tudo (Tim Maia, 1980) e Você e eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980).
Aplaudido de pé ao aparecer no palco, Tornado deu voz a Sossego, saudou o amigo Tim – “Sebastião Rodrigues Maia, o cara que começou tudo” – e, na sequência, improvisou o canto do maior sucesso da carreira iniciada nos anos 1960, BR-3 (Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, 1970).
O cantor revisitou BR-3 com o toque do piano de Luiz Otávio e as vozes de Sandra Sá, Negra Li e Sued Nunes, que improvisaram vocais evocativos do canto do Trio Ternura na célebre apresentação de BR-3 na quinta edição do Festival Internacional da Canção (FIC) em 1970. No refrão, visivelmente feliz, o cantor regeu o coro formado pela vozes da embevecida plateia da premiação.
A apoteose de Tony Tornado foi um dos momentos memoráveis de premiação que resultou longa, por vezes cansativa, por conta do texto excedente em que a apresentadora Regina Casé tentou fazer graça com os causos de Tim Maia. E também por conta dos desnecessários discursos pessoais e institucionais de diretores das empresas patrocinadoras do evento.
Contudo, os 11 números musicais – ou 12, se contabilizado o canto imprevisto de BR-3 por Tony Tornado – valorizaram a 31ª edição do Prêmio da Música Brasileira e, a rigor, resultaram mais relevantes do que a premiação em si.
♪ Eis uma análise dos 11 números musicais do Ano Tim Maia do 31º Prêmio da Música Brasileira :
Criolo (à esquerda), Jota.Pê, Lazzo Matumbi e Hiran cantam ‘Gostava de você’ no 31º Prêmio da Música Brasileira
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Gostava tanto de você (Edson Trindade, 1973) – Criolo, Jota.Pê, Lazzo Matumbi e Yan Cloud
– A cadência do samba-soul foi atravessada por grooves de outros ritmos da música preta do mundo. Yan Cloud abriu o número com a prosódia do rap, ao qual se seguiu o balanço de Criolo. Se Lazzo Matumbi reiterou a nobreza, Jota.Pê se confirmou um dos bons intérpretes da nova geração. A união do quarteto deu liga.
Chico César (à esquerda), Mônica Salmaso e Alceu Valença se juntam em número de pegada nordestina
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Canário do reino (Antonio Carlos Carvalho e Gerson Abatt, o Zapatta, 1972) / A festa de Santo Reis (Márcio Leonardo, 1971) / Coroné Antonio Bento (João do Vale e Luiz Wanderley, 1970) – Alceu Valença, Chico César e Mônica Salmaso
– Com a habilidade de quem canta em qualquer lugar, Mônica Salmaso entrou em território nordestino ao dar voz a Canário do reino, dando partida no número que mostrou a habilidade de Tim Maia para cantar black music com a levada de ritmos como baião. Arretado, Chico César animou A festa de Santo Reis e abriu caminho para Alceu Valença acertar a pisada do baião Coroné Antonio Bento. Cada intérprete puxou uma música, mas houve interação entre o trio no canto e na dança.
Iza (ao centro) entre Rachel Reis e Melly no canto de sucessos da fase ‘Racional’ de Tim Maia
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Que beleza (Tim Maia, 1975) / Bom senso (Tim Maia, 1975) – Iza, Melly e Rachel Reis
– Iza, Melly e Rachel Reis cantaram dois sucessos da cultuada fase Racional de Tim Maia. Melly e Rachel iniciaram o número com Que beleza. Grávida, Iza entrou depois em cena para puxar Bom senso, substituindo o ausente (e anunciado) Seu Jorge e mostrando ser a ótima cantora que sempre foi.
Marisa Monte faz o único número solo do roteiro oficial do 31º Prêmio da Música Brasileira
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Você (Tim Maia, 1969) – Marisa Monte
– O único número solo do roteiro oficial foi protagonizado por Marisa Monte. Com a habitual elegância cênica, a cantora conquistou o público em número no qual terminou incentivando o coro da plateia nessa balada lançada por Eduardo Araújo em 1969, mas conhecida somente a partir da gravação feita por Tim Maia em 1971. Marisa explorou a região aguda da voz e deixou boa impressão sem chegar de fato a arrebatar.
Simone e Ney Matogrosso reiteram a cumplicidade no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Azul da cor do mar (Tim Maia, 1970) / Primavera (Cassiano e Silvio Roachel, 1970) – Ney Matogrosso e Simone
– Beneficiados pela cumplicidade que rege a amizade entre os cantores, Ney Matogrosso e Simone fizeram bonito no 31º Prêmio da Música Brasileira em outro número pautado pela elegância. O cantor deu o start com Azul da cor do mar. Simone emendou com Primavera. Embora os intérpretes tenham diluído o espírito soul das duas grandes baladas do primeiro álbum de Tim Maia, o dueto resultou afinado, com frescor.
Melly (à esquerda), Sandra de Sá, Tony Tornado e Negra Li cantam juntos na premiação
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Vale tudo (Tim Maia, 1983) / Você e eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980) / Sossego (Tim Maia, 1978) – Negra Li, Sandra Sá, Sued Nunes e Tony Tornado
– Primeira dama do funk brasileiro, Sandra de Sá chegou chegando com Vale tudo, animando a festa com Negra Li e Sued Nunes. O trio feminino manteve o balanço e o pique no canto do festivo funk Você e eu, eu e você (Juntinhos) (Tim Maia, 1980), preparando o clima para a entrada triunfal de Tony Tornado, que caiu no suingue disco-funky de Sossego.
Cida Moreira imprime dramaticidade em ‘Me dê motivo’ em número com o rapper Rico Dalasam
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Me dê motivo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1983) – Cida Moreira e Rico Dalasam
– Intérprete vocacionada para a cena, Cida Moreira imprimiu dramaticidade à balada de corno, tanto no canto quanto no toque do piano. Só que os raps de Rico Dalasam diluíram essa dramaticidade, prejudicando a fluência do número.
Larissa Luz, Carlinhos Brown e Hiran (de amarelo) fazem número vibrante no 31º Prêmio da Música Brasileira
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Réu confesso (Tim Maia, 1973) / Do Leme ao Pontal (Tim Maia, 1981) – Carlinhos Brown, Hiran e Larissa Luz
– Em número vibrante que sobressaiu no roteiro musical, o trio de artistas baianos evocou a alta carga de ancestralidade preta entranhada no soul e no funk. Carlinhos Brown e Larissa Luz abriram o número, entrando no palco através da plateia. Não faltou suingue no canto do samba-soul Réu confesso e do funk Do Leme ao Pontal, em número turbinado com o rap de Hiran.
Silva (à esquerda) e Zélia Duncan brilham em número memorável feito com Jaques Morelenbaum
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Um dia de domingo (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1985) – Silva e Zélia Duncan com Jaques Morelenbaum
– Um dos pontos mais altos e luminosos do roteiro musical do 31º PMB, a ponto de o número ter sido aplaudido de pé, o canto da balada lançada por Gal Costa (1945 – 2022) em dueto com Tim Maia foi surpreendente. A canção Um dia de domingo foi transformada em peça de câmara, com os toques do piano de Silva e do violoncelo de Jaques Morelenbaum. Silva fez a voz de Gal enquanto Zélia, em grande momento, evocou o canto grave de Tim Maia com sutileza, sem cair na imitação. Memorável!
Xamã e Céu cantam ‘Eu amo você’, balada do primeiro álbum de Tim Maia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Eu amo você (Cassiano e Silvio Roachel, 1970) – Céu e Xamã
– Céu até tentou encorpar a voz, mas o número somente aconteceu com a entrada de Xamã. O intérprete valorizou o canto desse baladão-soul do primeiro álbum de Tim Maia.
Márcio Victor, Xande de Pilares e Pedro Sampaio encerram a festa-show do 31º Prêmio da Música Brasileira no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Jorge / Divulgação Prêmio da Música Brasileira
★ Não quero dinheiro (Só quero amar) (Tim Maia, 1971) – Márcio Victor, Pedro Sampaio e Xande de Pilares
– Com Xande de Pilares no lugar de Iza, convidada a suprir a ausência de Seu Jorge em outro número, a última música do roteiro do 31º Prêmio da Música Brasileira teve clima de fim de festa. Um baticum frenético, típico de bloco de Carnaval, fechou a cerimônia nas vozes dos três cantores, com direito a um abraçaço na plateia incentivado pelos intérpretes.

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DJ Topo leva MTG ao Rock in Rio em show que custou R$ 1 milhão e mostra ‘spoiler’; veja VÍDEO

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Produtor de ‘MTG Quem Não Quer Sou Eu’ toca neste domingo (22). DJ paulista de 24 anos conta ao g1 como fez funk que ficou no topo das paradas com voz de Seu Jorge. DJ Topo explica a produção de MTG Quem Não Quer Sou Eu
Ao entrar em 2024, DJ Topo tinha uma meta pessoal: emplacar uma música nas 50 mais ouvidas do Spotify Brasil. O DJ e produtor paulista de 24 anos já tinha conquistado virais e vinha em uma crescente na carreira, ainda que lenta. Mas ele sentia que precisava de uma virada.
Bastou uma música para que isso acontecesse. Produzida em maio de 2024, “MTG Quem Não Quer Sou Eu” foi top 1 por 6 semanas no Spotify Brasil. Desde então, DJ Topo conquistou um disco de diamante triplo, músicas com Pedro Sampaio e MC Livinho, e até um lugar no Rock in Rio.
LEIA TAMBÉM: O que é MTG, sigla que aparece nas músicas mais ouvidas do Brasil
A receita para o top 1 envolveu os ingredientes certos: DJ Topo misturou um sucesso de 2011 com um som que vinha conquistando o país. Cozinhou com uma divulgação inteligente e, por fim, temperou com um sample irresistível. Abaixo, veja a história de “MTG Quem Não Quer Sou Eu” e (um spoiler do set do DJ no Rock in Rio):
Topo já era um expert em emplacar sucessos nas redes sociais. É dele o remix funk de “Passarinho (Que Som É Esse)”, que bombou em 2021.
Em 2024, o DJ vinha se inspirando pelas MTGs, produções tipo “remix” de funk com sonoridade minimalista, consolidadas na cena de Belo Horizonte.
Quando lembrou de “Quem Não Quer Sou Eu”, de Seu Jorge, ele percebeu que era a música certa para isso. Segundo ele, a faixa, em tom menor, tem uma “vibe” que combina com a produção. A MTG foi produzida no mesmo dia.
Mas a princípio, ele só fez 15 segundos de produção. Com o sucesso, veio o resto da faixa – e a luta para conseguir a liberação da música.
A MTG foi liberada, mas DJ Topo só conheceu o Seu Jorge meses depois, quando a faixa ganhou o disco de diamante triplo. Topo garante que o cantor curtiu a música, e hoje até apresenta a MTG em shows.
O sonho do Rock in Rio
Além dos sonhos já conquistados em 2024, Topo está prestes a realizar mais um: tocar no Rock in Rio. O DJ se apresenta no dia 22, no palco Supernova, às 20h30 (ele insiste que precisava ser à noite, devido a uma “surpresa que preparou”).
Topo revelou que investiu R$ 1 milhão neste show, para incluir “tecnologia de ponta” e “efeitos visuais”. A apresentação terá uma seleção de músicas especiais, temáticas para o evento. O DJ também deu um “spoiler” ao g1.
DJ Topo conta como monta set para o Rock in Rio
Nasce um hit
DJ Topo é um nativo da internet e do TikTok, mas demorou um pouco a se encontrar na música eletrônica. Ele começou fazendo rave funk, modalidade com um eletrônico mais acelerado e, como o próprio nome diz, mais “pesadona”.
Aos poucos, o produtor começou a experimentar com outras formas de funk, usando suas habilidades nas redes sociais para testar a recepção. É dele a viral “Passarinho (Que Som É Esse)”, remix funk que utiliza um clássico do “Castelo Rá Tim Bum”.
“Algumas coisas que não encaixavam tanto no funk”, conta. “Essas músicas mais ‘antigas’ assim, geralmente a maioria tá tudo em tom maior. E no caso do funk, 99% tá tudo em tom menor. Então cria uma vibe muito diferente e faz com que algumas coisas não se encaixem”.
DJ Topo, autor da ‘MTG Quem Não Quer Sou Eu’
Divulgação/Augusto Wyss
Mas em 2024, ele queria um hit que dominasse as paradas do Spotify Brasil. Com o sucesso das MTGs, Topo entendeu que esse tipo de produção poderia ser um caminho.
O DJ conta que se inspirou por “MTG Quero Te Encontrar” (DJ JZ, Humberto & Ronaldo, Mc Mininin, DJ LG PROD e Silvano Salles) e “MTG Vamos Sair Um Pouco Para Dançar” (DJ Scar, DJ NT da Serra, MC Fabinho Osk), versões que usam sucessos radiofônicos das últimas décadas. Foi aí que ele sentiu que tinha que achar a “MPB perfeita” para esse tipo de remix. E não foi fácil.
“Quem Não Quer Sou Eu”, faixa de Seu Jorge de 2011, está em tom menor. Mas além disso, tem uma “vibe” que combinava para o DJ. “Eu gosto dessa coisa mais dark, mais pesada e sentia muito isso no ‘MTG Vamos Sair Um Pouco Para Dançar”. Uma coisa mais suave, mais intimista, que a música do Seu Jorge também tem”.
Então, o DJ extraiu os vocais de Seu Jorge, acrescentou efeitos, graves e percussão. “Uma MTG no meu estilo”, define.
Outro detalhe – essencial para a música – foi quando Topo entendeu que a faixa pedia mais um tempero. “Quando eu peguei e toquei ela pela primeira vez, eu senti que tava tendo um vazio na música”, conta. Depois que Seu Jorge entoava o verso “quem não quer sou eu”, a música ficava 6 segundos sem vocais, e sem novidades.
Ele já imaginava a reação das pessoas ao ouvir a música. “Tá, e agora? O que o pessoal vai fazer [nessa parte]? Isso aqui tá muito vazio”.
Então, o músico revisitou a cena do funk de Belo Horizonte e fez mais um acréscimo à montagem: um trecho de “Maldita de Ex”, de MC Leozin.
“Falei ‘Pô, eu quero pegar algum artista de BH e puxar alguma acapella’. Na hora já veio a ideia, foi coisa do assim de destino mesmo. Já veio a ‘Maldita de Ex’ na minha cabeça e eu já tinha a música baixada”.
Topo também incluiu na MTG alguns sons que combinam com a letra. Há efeitos sonoros que simulam o ato de fumar cigarro (quando Seu Jorge canta “Um cigarro atrás do outro / Eu fumo sem parar”) e batidas de coração, no verso “No meu peito o coração parece buzinar”.
A corrida pela liberação
DJ Topo
Divulgação
Segundo o DJ, ele tem um processo habitual: faz 15 segundos de música, “testa” nas redes sociais, e só produz a faixa completa se o trecho fizer sucesso.
“Desde quando eu comecei, sempre fiz isso. De fazer uma parte da música, testar no TikTok, testar nas redes sociais, e aí depois eu terminava. Porque para remixes, você precisa pegar autorização, precisa bolar um lançamento… Tem um planejamento. Então para investir em uma música aqui que não vai dar muito certo, não vale tanto a pena”.
“Tem umas épocas que eu vou produzindo ali algumas coisas, tipo 10 ideias. Pego, testo no TikTok, se der certo eu planejo”, explica.
Foi o caso da “MTG Quem Não Quer Sou Eu” que, segundo ele, rapidamente se espalhou pelo TikTok. E nisso, ele percebeu que seria uma corrida contra o tempo.
“Falei ‘Ferrou’. Agora temos que terminar rápido. Aí, já fomos correndo atrás de autorização, de capa, e tudo o mais”.
“Outros DJs, na mesma semana, começaram apostar na mesma ideia, só que falando que a MTG era deles. Dois, três DJs começaram a pegar a música e postar. Falei ‘Pô, eu que tive a ideia, eu não vou receber o mérito se esses caras pegarem e soltarem antes. Aí começou a corrida”.
Topo revela que teve dificuldade para chegar até Seu Jorge. “Cheguei a contatar pessoas que moravam no mesmo condomínio dele. Tipo, você é vizinho dele, bate na porta dele, porque a gente precisa de autorização urgente. E nessa época, a música nem estava pronta ainda. Só tava bombando”.
Segundo o DJ, tudo se resolveu com uma mensagem da MusicPro, distribuidora do Rio de Janeiro. “Eles falaram: ‘Topo, estamos vendo aqui a sua música com o Seu Jorge. Ele é sócio nosso e a gente consegue autorização, desde que você lance pela gente”.
O DJ também conseguiu a liberação de MC Leozin, segundo a assessoria. “MTG Quem Não Quer Sou Eu” foi oficialmente lançada no streaming no dia 10 de maio de 2024. “E se eu não me engano, foi a música que bateu top 1 por mais tempo desse ano. Eu acho que ficou 33 dias, 34 dias. E foi um sonho realizado”.
E o seu Jorge?
Mesmo após conseguir a autorização, Topo não sabia o que Seu Jorge achava da música. Ele só conheceu o cantor em um evento para comemorar o disco de diamante triplo, certificado dado a álbuns ou faixas que vendem 900 mil cópias (ou alcançam 180 milhões de streams).
“E aí eu conheci, conversei com ele, e aí eu descobri que ele gostou, né?”, diz o DJ, rindo. “Ficamos resenhando, ele mostrou também algumas músicas dele, de um álbum que ele tá bolando”.
“Foi super legal conhecê-lo. Eu o admiro para caramba e tive ali meu primeiro momento de intimidade ali com ele. E bom, a princípio ele curtiu, até gravamos vídeo juntos”. Hoje, Seu Jorge toca “Quem Não Quer Sou Eu” em shows, com o beat de DJ Topo ao fundo, afirma o produtor.
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‘Palhaçada’, ‘processinho’, ‘absurdo’: Fãs choram e se revoltam com o cancelamento de Luan Santana no Rock in Rio

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Frustrados, fãs do sertanejo reclamam de mudança no Dia Brasil do festival, que teria Luan Santana no show do Para Sempre do Sertanejo. Fãs choram e se revoltam com o cancelamento de Luan Santana no Rock in Rio
Frustrados, fãs de Luan Santana se revoltaram com a ausência do cantor no show do Para Sempre Sertanejo, no Rock in Rio deste sábado (21). O músico cancelou sua participação após mudanças repentinas na grade horária do festival, causadas devido a uma sequência de atrasos no Dia Brasil.
Segundo a assessoria de Luan, ele só aceitou participar do Rock in Rio “sob o compromisso da organização de que não haveria atraso, visto que ele já tinha um grande show agendado para esta mesma data em São José (SC)”.
O g1 entrevistou fãs do sertanejo, que desabafaram sobre o incômodo com o cancelamento. Veja o vídeo acima.
“Palhaçada. Vai ter processinho”, disse a estudante Débora Martini. “Que show do Luan é esse que não tem Luan?”
“É a minha primeira vez no Rock in Rio. [Seria] o meu primeiro show do Luan”, afirmou Biana Bolti, estudante que estava aos prantos.
O publicitário Helio Martins também lamentou o cancelamento e descreveu o ídolo como “o maior ícone sertanejo desse país”.
Vitória Pinheiro, jornalista, contou que foi ao Rock in Rio apenas para ver o Luan Santana. “Tem gente que dormiu na fila”, disse ela. “Isso é um absurdo.”
Luan se apresentaria junto do Chitãozinho e Xororó, Orquestra Heliópolis, Ana Castela, Júnior e Simone Mendes.

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Antes do Rock in Rio, Akon lembra do dia em que fãs cantaram palavrão no ‘Domingão do Faustão’

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Cantor se apresenta neste domingo (22) no Rock in Rio. Ao g1, ele celebra o resgate do R&B anos 2000, revela música com Ludmilla e fala de parcerias com Lady Gaga e Michael Jackson. Por que o R&B dos anos 2000 está com tudo em 2024?
Sucesso mundial do R&B e do pop nos anos 2000, Akon tem percebido um resgate do seu trabalho antigo por uma geração que era ainda criança.
Muitos novos fãs sequer tinham nascido, quando ele estourou. Alguns deles estarão neste domingo (22) do Rock in Rio, que tem Shawn Mendes e Mariah Carey no line-up.
“Percebi que muitas das minhas músicas têm viralizado no TikTok e Instagram,”, diz o cantor em entrevista ao g1. “Agora essa nova geração está pegando essas músicas e as refazendo também.”
Ao g1, ele relembra parcerias com Michael Jackson e Lady Gaga. Akon também explica como foi o dia em que seus fãs cantaram palavrão no “Domingão do Faustão”.
Leia a entrevista completa de Akon a seguir.
Akon
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Ne-Yo, Akon, Mariah… Por que o R&B dos anos 2000 está com tudo no Rock in Rio de 2024?
Horários do Rock in Rio 2024: veja a programação completa dos shows em cada dia
g1 – Você foi um grande nome no R&B no início dos anos 2000. E agora temos você, Mariah Carey, Ne-Yo, todos no Rock in Rio deste ano. A nostalgia pelos anos 2000 realmente cresceu ao longo dos anos, com a tendência Y2K e outras coisas do tipo. Você notou um ressurgimento no interesse pelo seu trabalho antigo? Pessoas redescobrindo seus hits por causa dessa nostalgia?
Akon – Sim, absolutamente. Percebi que muitas das minhas músicas têm viralizado muito no TikTok e Instagram, e foi interessante porque essas são músicas que, obviamente, foram grandes na época em que eu estava superativo, e agora essa nova geração está pegando essas músicas e as refazendo também. Este ano, me peguei liberando muitos dos meus catálogos antigos. Sim, notei muito, é incrível. Eu adoro.
Akon
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g1 – Você celebrou o 20º aniversário do álbum “Trouble”, certo? Como você se sentiu ao revisitar esse trabalho?
Akon – Ah, foi importante, porque com o ressurgimento de muitas das músicas, pensamos que era muito importante celebrar o 20º aniversário do álbum “Trouble”, sabe? Especialmente para reintroduzir o álbum à geração mais jovem e para colocá-lo em uma posição onde aqueles que testemunharam aquele tempo e aquela era possam revisitá-lo. Então, sim, ficamos muito animados com isso.
g1 – E como você se sente sobre seu trabalho antigo agora?
Akon – Ah, eu estou orgulhoso disso. Estou muito, muito orgulhoso. Acho que causei um grande impacto na indústria musical. Sabe, esses são discos clássicos e até hoje eu nunca me cansei deles. É incrível, incrível, incrível.
Travis Scott incendeia palco mundo no Rock in Rio
g1 – Você mencionou o público. O que você acha dele? Você está vendo novos fãs chegando, especialmente os mais jovens? Como você se sente sobre isso?
Akon – Sim, na verdade, fiquei muito surpreso ao ver que todos os shows que temos feito ultimamente têm sido cheios de adolescentes. Estou vendo muitos novos fãs jovens. Honestamente, eu esperava ver fãs mais velhos, mas são todos adolescentes.
g1 – Sobre letras explícitas, como você se sente ao escrever sabendo que jovens estão ouvindo?
Akon – Curiosamente, sinto que sou muito mais “limpo” agora, porque a música de hoje é muito mais explícita do que a minha era. Hoje em dia, eu tenho que tapar os ouvidos ao ouvir, a música é muito mais explícita hoje.
Akon: top 5 relembra carreira do cantor
g1 – Você sempre falou sobre estar interessado em ritmos africanos, certo? Recentemente, você lançou “Afro Freak” e agora o amapiano está enorme, com artistas como Tyla ganhando destaque. Você acha que a recepção à música e aos artistas africanos mudou?
Akon – Na verdade, não acho que mudou, mas acho que a energia de onde a música está indo mudou muito. As pessoas agora estão mais abertas à música de diferentes partes do mundo, especialmente com a internet, o que não era o caso na minha época. Por isso, o afrobeat ficou enorme, o reggae também. Até o funk brasileiro está ganhando espaço nos EUA.
g1 – Hoje temos plataformas de streaming e redes sociais para distribuir música nova. Como isso mudou as coisas para você?
Akon – Mudou muito para mim, porque tive que encontrar novas maneiras de me promover, me apresentar. Eu sempre fui uma pessoa muito reservada. Na minha geração, quanto mais você se mantinha distante do público, mais popular você era. Hoje, se você não está sempre postando, as pessoas esquecem de você. Então é completamente o oposto.
Akon durante apresentação
Reuters / Mario Anzuoni
g1 – E você gosta de estar nas redes sociais? Você se sente bem com isso?
Akon – No começo, eu não estava confortável de jeito nenhum. Mas agora estou me acostumando mais. É um desafio, mas estou encontrando maneiras de fazer isso e ainda manter minha vida privada.
g1 – E quando você está produzindo, você pensa nas redes sociais? Tipo, em fazer uma música que vai viralizar? Isso passa pela sua cabeça?
Akon – Eu nem ligo para isso. A última coisa que eu penso é em fazer uma música para viralizar. Acredito que, se você tem algo incrível, vai viralizar naturalmente. Eu me concentro em fazer músicas que tenham impacto positivo na vida das pessoas.
g1 – Você trabalhou com dois dos maiores nomes da indústria, Michael Jackson, quando ele já era uma lenda, e Lady Gaga, quando ela estava começando. O que você aprendeu com eles?
Akon – Michael Jackson foi provavelmente o artista mais fácil com quem já trabalhei. Ele era muito humilde, sem ego, super criativo e aberto a tudo. Com Lady Gaga, ela era a maior artista do meu selo e se tornou uma lenda. É algo pelo qual só posso agradecer a Deus, por estar em uma posição para ajudar alguém tão talentoso a ter sucesso.
g1 – Você já visitou o Brasil várias vezes. Qual é a sua conexão com o país?
Akon – Eu amo o Brasil. Sempre me senti muito próximo daqui. A energia, as cores, o futebol, a música. Recentemente, fiz uma música com Ludmilla que estamos prestes a lançar.
g1 – Durante uma de suas viagens aqui, você se apresentou em um famoso programa de TV [“Domingão do Faustão, em 2007] e cantou “I Wanna Love You”, mas a plateia cantou a versão “I Wanna Fuck You”. Esse momento se tornou lendário. Você se lembra disso?
Akon – Sim, lembro! Eu estava decidindo qual versão cantar e acabei escolhendo a versão limpa. Mas quando ouvi a plateia, não pude fazer nada, eles estavam cantando, não eu.
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