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Festas e Rodeios

Até tu, Camila Cabello? Cantora prova com ‘C, XOXO’ que popstars agora querem ser alternativas

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Cantora surgida no grupo Fifth Harmony e dona do hit ‘Havana’ lança 4º álbum da carreira. Com novo visual e nova sonoridade, ela quer mostrar que pode ser ‘diferentona’ e ousada. g1 Ouviu: novo álbum de Camila Cabello
Camila Cabello tinha uma água oxigenada e um sonho de ser alternativa. No seu quarto álbum, “C, XOXO” lançado nesta sexta-feira (28), ela conseguiu em partes.
A cantora de 27 anos ficou conhecida ainda jovem, como parte do girlgroup Fifth Harmony. Desde que saiu do grupo, em 2016, ela tem mirado em diferentes facetas. Camila pode ser a familiar, de raízes cubanas e mexicanas; pode ser a festeira; pode ser a romântica.
Em 2024, Camila quis mostrar que pode também ser “diferentona”. Com uma estratégia de divulgação baseada na ruptura de imagem, a cantora seguiu a cartilha e apareceu loira, adotando uma estética ousada.
Foi uma boa estratégia. “C, XOXO” é o primeiro trabalho de Camila após um relacionamento público com o cantor Shawn Mendes mas, com a brusca mudança, o ex-namorado famoso quase não foi assunto na mídia.
Capa do álbum ‘C, XOXO’ de Camila Cabello
Divulgação
Por bem ou por mal, o tópico passou a ser Camila. Ela é realmente assim, ou se aproveitou do sucesso de “divas alternativas” e encomendou um estilo que não a pertence? A artista não pareceu se importar com essa discussão. Até porque, em “C, XOXO”, a ideia é simplesmente não se levar a sério.
Camila Cabello experimental?
“C, XOXO” é mais dançante e desenvolve o pop na linha alternativa, com produções eletrônicas e muitas influências do hip hop. O som do disco recebe bem a voz rouca de Camila, que acrescenta texturas para as batidas.
Ao longo do disco, a cantora reflete sobre identidade e vida em Miami, entre a euforia das festas e o coração partido. E procura soar descolada, mesmo quando sofre. Em faixas mais confessionais como “Twentysomethings”, Camila adota efeitos sintéticos na voz e melodias à la SZA. Ela pode estar triste, mas ainda é moderna.
Curiosamente, o álbum traz duas colaborações com Drake. Uma delas é assinada somente pelo rapper, sem participação da “dona” do álbum. O timing da colaboração não é dos melhores: Camila convoca Drake, após uma infame briga com Kendrick Lamar da qual, para muitos, o primeiro saiu perdendo.
Camila Cabello em nova fase com cabelos loiros
Divulgação
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Mas a parceria entre Camila e Drake até sai vencedora. Em “Hot Uptown”, faixa com toques de afrobeats, o rapper volta ao canto que o consolidou em sucessos como “Passionfruit”. No disco de Camila, a colaboração encaixa, com química entre os artistas.
O disco surpreende em algumas produções, assinadas em boa parte por El Guincho, frequente colaborador de Rosalía. Em “B.O.T.Y”, Camila reutiliza um sucesso do Pitbull (“Hotel Room Service”) para falar sobre saudade e coração partido. Soa como uma piscadela da artista.
Acima de tudo, este é um álbum de intenções. A intenção de ser alternativa, de ser experimental, de expressar a independência. A intenção é o que vale? Nem sempre. Com o sucesso de nomes como Rosalía e Charli XCX, que trouxeram um lado experimental e inovador para o pop, Camila não consegue ser a artista disruptiva que pretende ser.
O resultado é uma bagunça, o que pode ser proposital. Mas quando as músicas não dão liga, uma bagunça é apenas uma bagunça.
“C, XOXO” é mais sobre o que Camila quer ser, do que o que ela já é. Não é um grande álbum, mas tem um estilo que, se ela persistir, pode convencer até os céticos. E talvez esse seja o verdadeiro objetivo do disco.

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Zeca Pagodinho transforma Rock in Rio em roda de samba com ode à negritude, gigantes do gênero e hits

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Músico conduz apresentação do Para Sempre Samba e agita multidão em Dia Brasil do festival. Leia crítica do g1. Zeca Pagodinho canta ‘Camarão Que Dorme a Onda Leva’ no Rock in Rio 2024
Foi com uma homenagem a figuras lendárias da música brasileira que o show do Para Sempre Samba começou no Palco Sunset, no Rock in Rio deste sábado (21).  Os telões exibiam fotos e nomes de gente como Martinho da Vila, Almir Guineto, Beto Sem Braço, Jair do Cavaco, Ratinho, Dona Ivone Lara, Alcione, João Nogueira, Teresa Cristina, Mauro Diniz e Beth Carvalho. 
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Comandado por Zeca Pagodinho, o show teve a presença de Diogo Nogueira, Alcione, Jorge Aragão, Maria Rita e Xande de Pilares. A apresentação foi uma ode não apenas ao samba, mas também à negritude brasileira.
Com frequência, pinturas e fotografias que celebram a população parda e preta do país tomavam os telões. Imagens de favelas, botecos e rodas de samba também ganharam destaque, além de referências religiosas como São Jorge, que já é tradição nos shows (e lírica) de Zeca. 
Depois de ter seu horário alterado duas vezes, o show começou com 14 minutos de atraso e durou cerca de 1 hora e 20 minutos. Zeca Pagodinho entrou ao som do sucesso “Camarão Que Dorme a Onda Leva”. Com seu jeitão leve, o cantor logo pegou uma taça de cerveja e ergueu para fazer um brinde.
Zeca Pagodinho abre show Pra Sempre Samba no Palco Sunset, no Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
O músico foi a grande estrela da apresentação. Justo. Dono de vários dos maiores hits da história do samba, Zeca é íntimo do gênero e sabe transformar seus shows em espetáculos com facilidade. Sempre talentoso e carismático, ele faz do palco sua roda de partido alto. 
Durante os momentos em que ficou sozinho no palco, Zeca levou sucessos como “Vai Vadiar”, “Judia de mim”,  “Ogum”, “Quando a Gira Girou” e “Samba pras Moças”. 
O primeiro a dividir os microfones com ele foi Diogo Nogueira, que cantou as faixas “Lama nas Ruas” e “Saudade Louca”. Depois, foi a vez de Alcione agitar o público. Com seu vozeirão grave, a maranhense entoou os hits “Mutirão de amor” e “Sufoco”.
Alcione, Maria Rita, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Diogo Nogueira e Xande de Pilares cantam no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Xande de Pilares foi o terceiro convidado. Ele cantou “Minha Fé” e “Patota de Cosme”. Já Jorge Aragão apresentou “Não sou mais disso” e “Minta Meu Sonho” — nessa, Zeca e ele contaram a hilária história da vez que os dois esqueceram quem havia composto a faixa, que é de ambos. Maria Rita entrou no palco já na parte final do show, cantando “Casal sem vergonha” e “Alto Lá”. 
Os sambistas deixaram o palco ovacionados. Encerraram o show cantando juntinhos os clássicos “Coração em Desalinho” e “Deixa a Vida me Levar”.

Zeca Pagodinho e Alcione se apresentam no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

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Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não aparece em show e posta vídeo em jogo do Corinthians

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Procurada pelo g1, a assessoria de Ryan SP não respondeu até a última atualização deste texto sobre o motivo da ausência do cantor no festival. Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não aparece em show e posta foto em jogo do Corinthians
Reprodução/Instagram
Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não apareceu no show Pra Sempre Trap, que abriu o Palco Mundo na tarde deste sábado (21).
A apresentação teve um atraso de 1h20 e contou com Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi e Veigh. O rapper cearense Wiu, que não estava anunciado, subiu ao palco com os outros artistas.
Minutos depois da apresentação, Ryan SP publicou um vídeo no Instagram no qual aparece chegando à Neo Química Arena. O estádio recebeu a partida entre Corinthians e Atlético-GO, neste sábado (21). O cantor ainda fez um post com a filha Zoe, de 9 meses, nos braços e escreveu: “Mostrando pra minha princesinha o timão”. O Corinthians venceu o time goiano por 3 a 0.
Rock in Rio 2024: show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
O Rock in Rio será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Na sexta-feira (20), Ryan havia publicado um vídeo no qual mostrava que estava sendo atendido em um hospital. “Acabei pegando uma gripe viral forte! Parece que caiu uma parede na minha cara. Estou me medicando. Já, já, tô zero”, escreveu ele, sem citar o Rock in Rio.
Procurada pelo g1, a assessoria de Ryan SP não respondeu sobre a ausência de Ryan no Rock in Rio até a última atualização deste texto.
LEIA TAMBÉM: Show de trap sofre com falhas técnicas e atraso na abertura do Dia Brasil do Rock in Rio
Ryan SP era um dos artistas confirmados para o show Pra Sempre Trap, no Palco Mundo, neste sábado (21), no Rock in Rio
Reprodução
Rock in Rio 2024: show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas

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Show de trap sofre com falhas técnicas e atraso na abertura do Dia Brasil do Rock in Rio

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Público, insistente, tentou curtir e fazer rodas punk, mas apresentação começou com mais de uma hora de atraso. Apresentação foi interrompida três vezes. Show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
A abertura do Dia Brasil do Rock in Rio 2024, que prometia ser um pancadão de trap no Palco Mundo, foi totalmente atrapalhada por uma sucessão de erros técnicos na aparelhagem de som neste sábado (21).
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
O problema começou antes mesmo do início da apresentação, que foi atrasada em 1h15. Veja nova programação.
Sete rappers iam fundir suas músicas, que são veneradas por jovens, mas chegaram até a deixar o palco por causa das falhas técnicas.
Matuê e Wiu no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
“Vamos deixar o palco e esperar eles se organizarem, valeu, pessoal?”, reclamou Matuê após a segunda música da tarde ser interrompida por mais um erro.
Como diz o ditado: “daí pra frente, só pra trás”. Foram dezenas de erros no som que impactaram a apresentação, e o MC Cabelinho chegou a bradar “falei que isso ia acontecer, na minha vez a Xuxa é preta”.
O show foi interrompido por completo três vezes. Mesmo assim, artistas tentaram manter o bom humor e brincar com a situação, ao contrário da plateia que vaiou a plenos pulmões.
Filipe Ret no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
Filipe Ret, na sua vez, bebeu no palco para esperar o equipamento ser ajustado para que ele cantasse. Em um momento, ele chamou a plateia para cantar à capela, mas a situação se resolveu.
O público até tentou ter paciência enquanto aguardava a situação ser normalizada antes do início do show, mas lá pelos 40 minutos a espera foi insustentável para os fãs, que começaram a gritar “vergonha” e chegaram até mesmo a vaiar Zé Ricardo, um dos organizadores do Rock in Rio.
Por fim, Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Wiu e Veight conseguiram botar a plateia para cantar, apesar dos pesares, e até mesmo para se bater em rodinhas punk, mas fãs e artistas queriam um show bem melhor para a estrutura.

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