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Festas e Rodeios

Musical sobre Rita Lee põe em cena a leveza pop da autobiografia da artista

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Interpretação de Mel Lisboa, atriz que vive a roqueira pela segunda vez no palco, alavanca espetáculo que tem ingressos esgotados até o fim da temporada. Mel Lisboa canta e toca violão na cena do musical em que Rita Lee (1947 – 2023) conhece Roberto de Carvalho, personagem de Bruno Fraga
João Caldas / Divulgação
♪ OPINIÃO – Em 2014, Mel Lisboa atingiu ponto de virada na carreira de atriz ao interpretar Rita Lee (31 de dezembro de 1947 – 8 de maio de 2023) em performance que salvou um musical de dramaturgia confusa, repleta de alucinações e imprecisões históricas, em sintonia com o livro que inspirou o texto, Rita Lee mora ao lado (2014), misto de biografia e ficção escrita por Henrique Bartsch (1951 – 2011).
Dez anos depois, Mel Lisboa volta a dar voz e vida a Rita Lee no palco em interpretação que alavanca outro musical sobre a artista paulistana que saiu de cena no ano passado.
Sucesso fenomenal no Teatro Porto, onde ficará em cartaz na cidade de São Paulo (SP) até 15 de setembro, com ingressos já esgotados para a toda temporada, Rita Lee – Uma autobiografia musical é espetáculo muito melhor do que a peça de 2014.
Desta vez, o livro que guia o texto de Márcio Macena – que também assina a direção do musical ao lado de Débora Dubois – é a saborosa autobiografia lançada por Rita Lee em 2016 com retumbante sucesso de vendas.
Com pesquisa e roteiro de Guilherme Samora, colaborador de Rita na contextualização dos fatos da autobiografia best-seller, o corrente musical de 2024 consegue transpor para o palco a leveza pop do livro de Rita. Por isso, as duas horas e 20 minutos da narrativa – apresentada sem o intervalo típico dos musicais – transcorrem agradáveis, felizes. O espetáculo flui bem.
Ajudada por primorosa caracterização, Mel Lisboa brilha da primeira à última cena em triunfo pessoal que jamais anula os êxitos episódicos de outros atores do afinado elenco, em especial o de Fabiano Augusto – aplaudido ao personificar Ney Matogrosso no canto de Bandido corazón (Rita Lee, 1976) – e o de Débora Reis, impagável como Hebe Camargo (1929 – 2012) na reconstituição da histórica ida de Rita ao programa da apresentadora de TV.
O musical é tão fiel à autobiografia de Rita Lee que, assim como o livro, pouco informa com precisão sobre a trajetória profissional da cantora e compositora. Na ausência de contextualização mais sólida, o musical será mais bem entendido por quem já tiver informações prévias sobre a carreira da roqueira.
Mas, sim, está tudo lá, ainda que de forma superficial. E esse tudo inclui naturalmente a ascensão da artista no trio Os Mutantes – cuja controvertida saída é obviamente contada somente do ponto de vista de Rita Lee – e a formação da efêmera dupla Cilibrinas do Éden com Lúcia Turnbull em 1973, assim como a união da cantora com o grupo Tutti Frutti em 1974.
Todos esses acontecimentos são narrados quase como uma pré-história para o ponto de virada na vida afetiva e musical de Rita. É quando ela encontra em 1976 o guitarrista Roberto de Carvalho, personagem confiado a Bruno Fraga, ator com o apropriado physique du role para viver o compositor e músico que virou a cabeça e a música de Rita Lee. O amor do casal dá o tom da segunda metade da peça.
Como a leveza é senhora da cena, o mergulho de Rita no álcool e nas drogas é abordado de forma rasa e rápida, mas não a ponto de absolver Santa Rita de Sampa dos pecados do mundo mundano.
O fato é que não dá para ficar imune ao poder de sedução de Rita Lee – Uma autobiografia musical, inclusive porque o cancioneiro autoral de Rita Lee, antes e depois da parceria lapidar com Roberto de Carvalho, é tão aliciante que carrega qualquer espetáculo nas costas, sendo tocado ao vivo em cena por banda que inclui o virtuoso guitarrista Rovilson Pascoal.
Por isso mesmo, são imperdoáveis os dois deslizes do roteiro. O primeiro é abordar o terceiro álbum de Rita com o grupo Tutti Frutti, Entradas & bandeiras (1976), com o canto de música (Luz del fuego) do álbum anterior, Fruto proibido (1975), um dos títulos fundamentais da discografia de Rita.
O outro deslize é falar dos êxitos sucessivos da parceria de Rita e Roberto nas paradas, no período de 1979 a 1983, e apresentar na sequência a música Jardins da Babilônia (1978), composta por Rita com Lee Marcucci, baixista da banda Tutti Frutti.
De todo modo, nada apaga o brilho do musical, em especial o triunfo de Mel Lisboa, atriz que saboreia nova apoteose cênica ao viver Rita Lee no palco quando a própria Rita Lee já habita outra dimensão. São coisas da vida. E a gente sabe que fica feliz na plateia deste espetáculo sobre a história de mulher que desafiou as leis e as modas do mundo dos homens.
Os atores Antonio Vanfil (Arnaldo Baptista), Mel Lisboa (Rita Lee) e Gustavo Rezê (Sérgio Dias) personificam o trio Os Mutantes no musical
João Caldas / Divulgação

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Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não aparece em show e posta vídeo em jogo do Corinthians

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Procurada pelo g1, a assessoria de Ryan SP não respondeu até a última atualização deste texto sobre o motivo da ausência do cantor no festival. Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não aparece em show e posta foto em jogo do Corinthians
Reprodução/Instagram
Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não apareceu no show Pra Sempre Trap, que abriu o Palco Mundo na tarde deste sábado (21).
A apresentação teve um atraso de 1h20 e contou com Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi e Veigh. O rapper cearense Wiu, que não estava anunciado, subiu ao palco com os outros artistas.
Minutos depois da apresentação, Ryan SP publicou um vídeo no Instagram no qual aparece chegando à Neo Química Arena. O estádio recebeu a partida entre Corinthians e Atlético-GO, neste sábado (21). O cantor ainda fez um post com a filha Zoe, de 9 meses, nos braços e escreveu: “Mostrando pra minha princesinha o timão”. O Corinthians venceu o time goiano por 3 a 0.
Rock in Rio 2024: show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
O Rock in Rio será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Na sexta-feira (20), Ryan havia publicado um vídeo no qual mostrava que estava sendo atendido em um hospital. “Acabei pegando uma gripe viral forte! Parece que caiu uma parede na minha cara. Estou me medicando. Já, já, tô zero”, escreveu ele, sem citar o Rock in Rio.
Procurada pelo g1, a assessoria de Ryan SP não respondeu sobre a ausência de Ryan no Rock in Rio até a última atualização deste texto.
LEIA TAMBÉM: Show de trap sofre com falhas técnicas e atraso na abertura do Dia Brasil do Rock in Rio
Ryan SP era um dos artistas confirmados para o show Pra Sempre Trap, no Palco Mundo, neste sábado (21), no Rock in Rio
Reprodução
Rock in Rio 2024: show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas

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Show de trap sofre com falhas técnicas e atraso na abertura do Dia Brasil do Rock in Rio

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Público, insistente, tentou curtir e fazer rodas punk, mas apresentação começou com mais de uma hora de atraso. Apresentação foi interrompida três vezes. Show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
A abertura do Dia Brasil do Rock in Rio 2024, que prometia ser um pancadão de trap no Palco Mundo, foi totalmente atrapalhada por uma sucessão de erros técnicos na aparelhagem de som neste sábado (21).
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
O problema começou antes mesmo do início da apresentação, que foi atrasada em 1h15. Veja nova programação.
Sete rappers iam fundir suas músicas, que são veneradas por jovens, mas chegaram até a deixar o palco por causa das falhas técnicas.
Matuê e Wiu no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
“Vamos deixar o palco e esperar eles se organizarem, valeu, pessoal?”, reclamou Matuê após a segunda música da tarde ser interrompida por mais um erro.
Como diz o ditado: “daí pra frente, só pra trás”. Foram dezenas de erros no som que impactaram a apresentação, e o MC Cabelinho chegou a bradar “falei que isso ia acontecer, na minha vez a Xuxa é preta”.
O show foi interrompido por completo três vezes. Mesmo assim, artistas tentaram manter o bom humor e brincar com a situação, ao contrário da plateia que vaiou a plenos pulmões.
Filipe Ret no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
Filipe Ret, na sua vez, bebeu no palco para esperar o equipamento ser ajustado para que ele cantasse. Em um momento, ele chamou a plateia para cantar à capela, mas a situação se resolveu.
O público até tentou ter paciência enquanto aguardava a situação ser normalizada antes do início do show, mas lá pelos 40 minutos a espera foi insustentável para os fãs, que começaram a gritar “vergonha” e chegaram até mesmo a vaiar Zé Ricardo, um dos organizadores do Rock in Rio.
Por fim, Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Wiu e Veight conseguiram botar a plateia para cantar, apesar dos pesares, e até mesmo para se bater em rodinhas punk, mas fãs e artistas queriam um show bem melhor para a estrutura.

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Programação do Dia Brasil do Rock in Rio tem atraso e último show do Palco Mundo deve começar 1h10

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‘Dia Brasil’ foi inspirado em ‘We are the world’, de 1985, ano de surgimento do festival e data que é celebração desta edição. Rock in Rio 2024: o melhor do dia 21
O Rock in Rio 2024 deste sábado (21) tem uma programação voltada exclusivamente à música nacional. É o Dia Brasil. Vão se apresentar artistas de sertanejo, samba, MPB, bossa nova, música clássica, rap, trap e pop.
É também neste sábado que acontece a estreia do sertanejo no festival. Pela primeira vez em 40 anos, o gênero tomará os palcos do Rock in Rio, com os artistas Chitãozinho e Xororó, Ana Castela, Luan Santana, Simone Mendes e Junior.
Os shows do Dia Brasil serão divididos por gênero musical, e cada um reunirá vários músicos.
21 de setembro (sábado)
Palco Mundo
16h30 – Para sempre Trap, com Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Ryan SP, Veigh
19h20 – Para sempre MPB, com Baianasystem, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Majur, Margareth Menezes, Ney Matogrosso e Gaby Amarantos
22h10 – Para sempre Sertanejo, com Chitãozinho e Xororó, Orquestra Heliópolis, Ana Castela, Júnior, Luan Santana e Simone Mendes
1h10 – Para sempre Rock, com Capital Inicial, Detonautas, NX Zero, Pitty, Rogério Flausino, Toni Garrido
Palco Sunset
17h55 – Para sempre Samba, com Zeca Pagodinho, Alcione, Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Maria Rita e Xande de Pilares
20h45 – Para sempre Pop, com Duda Beat, Gloria Groove, Jão, Ludmilla, Luísa Sonza, Lulu Santos
23h35 – Para sempre Rap, com Criolo, Djonga, Karol Conká, Marcelo D2, Rael
Palco New Dance Order
22h – Para sempre Eletrônica, com Mochakk, Beltran X Classmatic, Eli Iwasa X Ratier, Maz X Antdot
Palco Espaço Favela
15h – Para sempre favela é Terra Indígena, com Kaê Guajajara convida Totonete e o grupo Dance Maré
17h – Para sempre Música Clássica, com Nathan Amaral, Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem
18h40 – Para sempre Baile de Favela, com Buchecha, Cidinho e Doca, Funk Orquestra, MC Carol, MC Kevin o Chris, Tati Quebra Barraco
20h40 – Para sempre Funk, com Livinho, Mc Don Juan, MC Dricka, MC Hariel, MC IG, MC PH
Palco Global Village
15h – Para sempre Jazz, com Antônio Adolfo, Joabe Reis, Joantahn Ferr e Leo Gandelman
17h – Para sempre Soul, com banda Black Rio, Cláudio Zoli, Hyldon
18h40 – Para sempre Bossa Nova, com Bossacucanova e Cris Delanno, Leila Pinheiro, Roberto Menescal, Wanda Sá
20h40 – Para Sempre Futuro Ancestral, com Gang do Eletro e Suraras do Tapajós
Palco Supernova
14h30 – Autoramas
16h – Vanguart
18h – Chico Chico
20h – Jean Tassy

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