Connect with us

Festas e Rodeios

Como Jake Bugg, garoto prodígio do britpop, virou veterano de 30 anos: ‘Ninguém quer falar mais comigo’

Published

on

Ao g1, ele relembra turnês com Liam e Noel Gallagher, do Oasis, e fala de pressão e fama no começo da carreira aos 18 anos. ‘Com o passar do tempo, você deixa de ser ‘o cara novo’.’ Jake Bugg em foto recente e no começo da carreira, em 2012
Divulgação/Site oficial
Jake Bugg surgiu em 2012 cantando sobre amor, comprimidos e cigarros. Tocou no festival Glastonbury aos 16 anos e no Lollapalooza Brasil aos 20. Doze anos após ter sido a grande aposta da renovação do britpop, o cantor segue na ativa, mas sem o mesmo status de antes.
No Rock in Rio Lisboa 2024, no mês passado, foi escalado para as 17h em um dos palcos secundários. Acabou se apresentando para cerca de 500 pessoas realmente interessadas. O repertório ainda mistura baladas românticas e um som indie folk dançante com um quê de classic rock.
Na discografia, ele tem quatro álbuns, sendo três elogiados pela crítica e um nem tanto (“Saturday Night, Sunday Morning”, mais pop e alegrinho do que os outros). “Eu acho que eu tive muita sorte de ter uma carreira que já dura alguns anos”, ele analisa, em entrevista ao g1 na frente de seu camarim no festival português.
“Em teoria, cada música deveria ser melhor do que a anterior, mas nem sempre é o caso. É isso que torna a vida interessante. Nada é tão simples. Mas eu acho que hoje estou em uma boa fase.”
Está mesmo. Jake sempre teve fama de ser um cara de poucas ideias. Em papos anteriores com o g1, usou o mesmo tom de voz e a mesma (falta de) empolgação ao explicar por que não usa redes sociais (“Tudo lá é sempre igual”) ou ao falar que ama futebol (“Eu queria ser jogador, mas quando eu tinha 12 anos comecei a tocar violão”).
A vida de uma ex-aposta
Capas de revistas durante a carreira do cantor inglês Jake Bugg
Reprodução
Hoje, parece mais sereno, embora ainda blasé. “No começo, a pressão da mídia e de todo mundo era muito maior”, contextualiza.
“Com o passar do tempo, você deixa de ser ‘o cara novo’. No começo, todo mundo quer te entrevistar e depois de um tempo ninguém quer mais falar comigo. O sistema funciona assim”, completa, resignado e arqueando os ombros.
A fama, de certo modo, passou. E ele não acha isso ruim. “Normalmente, se estou carregando um violão, algumas pessoas me reconhecem e vem falar comigo. Caso contrário, hoje as pessoas pensam que eu sou apenas um cara qualquer.”
Jake ainda não se acostumou em dar entrevistas, posar com fãs e se apresentar em festivais. “Tocar na frente de uma multidão me faz ter uma atenção mais do que o suficiente para mim. O negócio é que eu amo tanto música que fico feliz em sair da minha zona de conforto por causa dela. A música me proporcionou uma vida que nunca pensei que seria possível.”
A fase é tão “good vibes”, para os padrões Jake Bugg, que ele até está mais tranquilo por ter que tocar suas canções mais conhecidas todas as noites. São os casos de “Two Fingers” e “Lightning Bolt”. “Você vê as pessoas cantando junto e isso leva você de volta para onde estava naquele momento da sua vida. É uma sensação ótimo. Agora, não me incomoda em nada tocar aquelas músicas.”
Apadrinhado por dois ex-Oasis
Noel Gallagher, do Oasis, e Jake Bugg, aos 18 anos
Reprodução/Facebook do cantor
Jake Bugg também tem o Oasis em sua trajetória: ele era fã da banda e abriu shows dos dois Gallagher: saiu em turnê com Liam neste ano e abriu para Noel no início da carreira. “Imagina viajar por toda a Europa com ele, aos 18 anos”, recorda.
“O cara me apoiou muito e me mostrava uns acordes de músicas do Oasis e coisas tipo isso… aquilo foi alucinante. Fazia só alguns anos que eu estava no meu quarto tentando aprender as músicas dele. Então, aquilo foi engraçado. Eu percebi que as cifras das músicas estavam quase todas erradas. Era tudo mais simples, bem mais fácil.”
E o que dizer sobre Liam? “Ele está cantando melhor do que nunca. Eles são ótimos caras e, claro, tomamos alguns drinques quando a gente estava nos dias de folga.”
Sendo próximo dos dois irmãos, uma pergunta tem que ser feita: será que existe alguma chance de o Oasis voltar em uma turnê? “Ah, eu não sei… isso depende deles, né? Você não quer ficar tocando no assunto, mas quem sabe… Eu é que não perguntei. Tenho certeza de que eles já ouviram perguntas o suficiente sobre isso”, responde, rindo de leve.
VÍDEO: A 1ª vez de Jake Bugg no Brasil
Cantor Jake Bugg começa a primeira turnê solo no Brasil

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Zeca Pagodinho transforma Rock in Rio em roda de samba com ode à negritude, gigantes do gênero e hits

Published

on

By

Músico conduz apresentação do Para Sempre Samba e agita multidão em Dia Brasil do festival. Leia crítica do g1. Zeca Pagodinho canta ‘Camarão Que Dorme a Onda Leva’ no Rock in Rio 2024
Foi com uma homenagem a figuras lendárias da música brasileira que o show do Para Sempre Samba começou no Palco Sunset, no Rock in Rio deste sábado (21).  Os telões exibiam fotos e nomes de gente como Martinho da Vila, Almir Guineto, Beto Sem Braço, Jair do Cavaco, Ratinho, Dona Ivone Lara, Alcione, João Nogueira, Teresa Cristina, Mauro Diniz e Beth Carvalho. 
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Comandado por Zeca Pagodinho, o show teve a presença de Diogo Nogueira, Alcione, Jorge Aragão, Maria Rita e Xande de Pilares. A apresentação foi uma ode não apenas ao samba, mas também à negritude brasileira.
Com frequência, pinturas e fotografias que celebram a população parda e preta do país tomavam os telões. Imagens de favelas, botecos e rodas de samba também ganharam destaque, além de referências religiosas como São Jorge, que já é tradição nos shows (e lírica) de Zeca. 
Depois de ter seu horário alterado duas vezes, o show começou com 14 minutos de atraso e durou cerca de 1 hora e 20 minutos. Zeca Pagodinho entrou ao som do sucesso “Camarão Que Dorme a Onda Leva”. Com seu jeitão leve, o cantor logo pegou uma taça de cerveja e ergueu para fazer um brinde.
Zeca Pagodinho abre show Pra Sempre Samba no Palco Sunset, no Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
O músico foi a grande estrela da apresentação. Justo. Dono de vários dos maiores hits da história do samba, Zeca é íntimo do gênero e sabe transformar seus shows em espetáculos com facilidade. Sempre talentoso e carismático, ele faz do palco sua roda de partido alto. 
Durante os momentos em que ficou sozinho no palco, Zeca levou sucessos como “Vai Vadiar”, “Judia de mim”,  “Ogum”, “Quando a Gira Girou” e “Samba pras Moças”. 
O primeiro a dividir os microfones com ele foi Diogo Nogueira, que cantou as faixas “Lama nas Ruas” e “Saudade Louca”. Depois, foi a vez de Alcione agitar o público. Com seu vozeirão grave, a maranhense entoou os hits “Mutirão de amor” e “Sufoco”.
Alcione, Maria Rita, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Diogo Nogueira e Xande de Pilares cantam no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Xande de Pilares foi o terceiro convidado. Ele cantou “Minha Fé” e “Patota de Cosme”. Já Jorge Aragão apresentou “Não sou mais disso” e “Minta Meu Sonho” — nessa, Zeca e ele contaram a hilária história da vez que os dois esqueceram quem havia composto a faixa, que é de ambos. Maria Rita entrou no palco já na parte final do show, cantando “Casal sem vergonha” e “Alto Lá”. 
Os sambistas deixaram o palco ovacionados. Encerraram o show cantando juntinhos os clássicos “Coração em Desalinho” e “Deixa a Vida me Levar”.

Zeca Pagodinho e Alcione se apresentam no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

Continue Reading

Festas e Rodeios

Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não aparece em show e posta vídeo em jogo do Corinthians

Published

on

By

Procurada pelo g1, a assessoria de Ryan SP não respondeu até a última atualização deste texto sobre o motivo da ausência do cantor no festival. Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não aparece em show e posta foto em jogo do Corinthians
Reprodução/Instagram
Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não apareceu no show Pra Sempre Trap, que abriu o Palco Mundo na tarde deste sábado (21).
A apresentação teve um atraso de 1h20 e contou com Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi e Veigh. O rapper cearense Wiu, que não estava anunciado, subiu ao palco com os outros artistas.
Minutos depois da apresentação, Ryan SP publicou um vídeo no Instagram no qual aparece chegando à Neo Química Arena. O estádio recebeu a partida entre Corinthians e Atlético-GO, neste sábado (21). O cantor ainda fez um post com a filha Zoe, de 9 meses, nos braços e escreveu: “Mostrando pra minha princesinha o timão”. O Corinthians venceu o time goiano por 3 a 0.
Rock in Rio 2024: show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
O Rock in Rio será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Na sexta-feira (20), Ryan havia publicado um vídeo no qual mostrava que estava sendo atendido em um hospital. “Acabei pegando uma gripe viral forte! Parece que caiu uma parede na minha cara. Estou me medicando. Já, já, tô zero”, escreveu ele, sem citar o Rock in Rio.
Procurada pelo g1, a assessoria de Ryan SP não respondeu sobre a ausência de Ryan no Rock in Rio até a última atualização deste texto.
LEIA TAMBÉM: Show de trap sofre com falhas técnicas e atraso na abertura do Dia Brasil do Rock in Rio
Ryan SP era um dos artistas confirmados para o show Pra Sempre Trap, no Palco Mundo, neste sábado (21), no Rock in Rio
Reprodução
Rock in Rio 2024: show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas

Continue Reading

Festas e Rodeios

Show de trap sofre com falhas técnicas e atraso na abertura do Dia Brasil do Rock in Rio

Published

on

By

Público, insistente, tentou curtir e fazer rodas punk, mas apresentação começou com mais de uma hora de atraso. Apresentação foi interrompida três vezes. Show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
A abertura do Dia Brasil do Rock in Rio 2024, que prometia ser um pancadão de trap no Palco Mundo, foi totalmente atrapalhada por uma sucessão de erros técnicos na aparelhagem de som neste sábado (21).
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
O problema começou antes mesmo do início da apresentação, que foi atrasada em 1h15. Veja nova programação.
Sete rappers iam fundir suas músicas, que são veneradas por jovens, mas chegaram até a deixar o palco por causa das falhas técnicas.
Matuê e Wiu no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
“Vamos deixar o palco e esperar eles se organizarem, valeu, pessoal?”, reclamou Matuê após a segunda música da tarde ser interrompida por mais um erro.
Como diz o ditado: “daí pra frente, só pra trás”. Foram dezenas de erros no som que impactaram a apresentação, e o MC Cabelinho chegou a bradar “falei que isso ia acontecer, na minha vez a Xuxa é preta”.
O show foi interrompido por completo três vezes. Mesmo assim, artistas tentaram manter o bom humor e brincar com a situação, ao contrário da plateia que vaiou a plenos pulmões.
Filipe Ret no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
Filipe Ret, na sua vez, bebeu no palco para esperar o equipamento ser ajustado para que ele cantasse. Em um momento, ele chamou a plateia para cantar à capela, mas a situação se resolveu.
O público até tentou ter paciência enquanto aguardava a situação ser normalizada antes do início do show, mas lá pelos 40 minutos a espera foi insustentável para os fãs, que começaram a gritar “vergonha” e chegaram até mesmo a vaiar Zé Ricardo, um dos organizadores do Rock in Rio.
Por fim, Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Wiu e Veight conseguiram botar a plateia para cantar, apesar dos pesares, e até mesmo para se bater em rodinhas punk, mas fãs e artistas queriam um show bem melhor para a estrutura.

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.