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O ‘rebranding’ de Snoop Dogg: como ele foi de ícone do gangsta rap a queridinho na Olimpíada

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Rapper, que chegou a ser julgado por assassinato no início da carreira, tem conquistado cada dia mais fãs com simpatia e bom humor durante aparições na Olimpíada de Paris. Quem está acompanhando os Jogos Olímpicos de Paris, já deve ter visto alguma imagem de Snoop Dogg.
O rapper já carregou a tocha olímpica;
acompanhou a cerimônia de abertura;
teve aula de natação com Michael Phelps;
participou da transmissão de alguns jogos e entrevistas;
e assistiu a várias disputas, incluindo as finais femininas da ginástica olímpica e a do skate, ao lado da skatista brasileira Letícia Buffoni.
Com isso, ele ganhou o carinho de muita gente, que se surpreendeu com o carisma e simpatia do rapper. Antes, era comum associar o artista a uma figura do gangsta rap, o sub estilo voltado para cantar a realidade das ruas e do crime. Ele chegou a enfrentar até um júri sob a acusação de assassinato.
O g1 relembra a história do rapper e fala sobre o rebranding de Snoop Dogg, mostrando sua trajetória desde quando ele era um representante do gangsta rap até se tornar o ícone da simpatia nas Olimpíadas de Paris.
O início de tudo
Snoop Dogg
AP
Snoop Dogg nasceu com o nome de Calvin Cordozar Broadus Jr., na Califórnia. Ele tem 52 anos e ganhou o apelido por sua semelhança com o beagle de estimação do personagem Charlie Brown nos quadrinhos.
Dogg cresceu em meio a um ambiente de violência das gangues e do uso de crack em alguns bairros de Los Angeles. E mesmo com toda a conexão com o esporte que teve na escola na adolescência, ele acabou se envolvendo com o tráfico de drogas.
O rapper já contou que foi alvo de tiros por diversas vezes e que andava armado. Mas em vez de atirar de volta, ele diz que costumava fugir quando via o tiroteio.
“Sempre tive medo. É por isso que acredito que sobrevivi, porque é preciso ter medo ou respeito. E eu não entendia o respeito, então temia tudo. Muitas vezes, levei tiros; muitas vezes eu tinha uma arma em minha posse e poderia ter atirado de volta. Mas estava com muito medo de atirar porque estava muito preocupado com minha vida. É lutar ou fugir e, na maioria das vezes, quando você está lá fora, é preciso fugir”, disse Dogg em uma entrevista a Howard Stern em 2021.
Estouro na música
Dr. Dre, 50 Cent, Snoop Dogg e Mary J. Blige durante o show do intervalo no Super Bowl, neste domingo (13) em Los Angeles
Mike Segar/Reuters
Aos 20 anos, Dogg ficou famoso após ser convidado para cantar com Dr Dre no primeiro single solo do artista, que acabava de deixar o N.W.A.. Juntos, eles gravaram “Deep cover”. A música fez parte da trilha do filme “Traindo o Inimigo” e foi a primeira de muitas parcerias entre eles.
Dr Dre, um dos mais respeitados rappers americanos, produziu o primeiro álbum do Snoop Dogg, o “Doggystyle”, lançado em 1993. O disco foi sucesso de vendas e de crítica. Mas um pouquinho antes, o rapper enfrentava um dos maiores desafios da sua vida.
Do julgamento por assassinato ao lado família
Snoop Dogg com a mulher, Shante Broadus, e três dos 12 netos
Reprodução/Instagram
Ele e seu segurança foram acusados de matar um jovem de 20 anos. O guarda costas alegou legítima defesa e os dois foram absolvidos em um júri, em 1996.
O veredicto veio em uma época em que o rapper começou a se dedicar mais à família. Um ano depois de ser inocentado, ele se casou com a empresária Shante Broadus, com quem namorava desde os tempos do colégio.
Hoje, eles são pais de quatro filhos (Corde, de 29 anos, Cordell, de 27, Julian, de 26, e Cori, de 25) e avós de 12 crianças. Ele é chamado pelos pequenos de “Vovô Snoop”.
Foi justamente a família que ajudou o rapper a caminhar para essa outra fase da vida.
Rap mais leve
Em 1996, Snoop Dogg lançou seu segundo álbum, “Tha Doggfather”. O disco trazia uma versão mais leve e contida do rapper, e isso desagradou a gravadora.
Só que naquela época o rapper já estava com 25 anos, tinha se tornado pai, tinha estabilidade financeira e aprendido a lidar com a fama.
“Eles queriam que eu continuasse Gangsta, mas eu tinha acabado de enfrentar uma acusação de assassinato. Não consegui”, afirmou o rapper.
Ele disse também que nunca teve medo de se posicionar e dizer que agora ele tinha uma família.
Dogg multifacetado
Rapper Snoop Dogg em transmissão da NFL, a liga de futebol americano
Valerie Macon/AFP
Com a família crescendo, Snoop Dogg foi amadurecendo e, também, investindo em outros setores.
O rapper se tornou empresário e criou sua própria linha de vinhos, de cereais, e a mais famosa delas, de produtos de cannabis.
A trajetória ainda contou com um programa de culinária ao lado da empresária e apresentadora Martha Stewart. –E ele fez tudo isso sem abandonar sua carreira musical.
Força no esporte
Snoop Dogg corre 200m em pista de atletismo durante seletiva olímpica nos EUA e comemora resultado
Patrick Smith/Getty Images/AFP
Snoop Dogg também seguiu conectado ao esporte, criando sua própria liga amadora de futebol americano. Ele tem a intenção de tirar jovens das ruas e levá-los ao esporte. A história sobre o projeto é contada no documentário “Coach Snoop”.
Isso mostra como a participação especial de Dogg nas Olimpíadas de Paris não é tão estranha assim, já que, desde a infância, o esporte fez parte da vida do cantor.
O passo mais recente que ele deu para essa mudança de imagem foi em 2021, quando ele se juntou ao amigo e ator Kevin Hart para um programa em que os dois faziam comentários muito divertidos sobre a Olimpíada de Tóquio.
Foi essa empreitada que fez surgir o convite da emissora americana NBC para ele ser comentarista, e também para carregar a tocha olímpica em Paris. Dogg comentou que sentiu o Muhammad Ali, e que foi “extraordinário e excelente” estar ali levando o símbolo das Olimpíadas.
“Descobri que quando você segura a tocha você é um mensageiro da paz, então me senti muito bem com isso”, comentou o rapper.
O episódio, claro, rendeu vários memes. Principalmente, fazendo relação com a tocha e os cigarrinhos de maconha. Mas, além disso, rendeu vários elogios ao simpático e divertido Snoop Dogg.
Ao falar sobre toda essa transformação do artista, o produtor P. Frank Williams, que chegou a cobrir o julgamento de Dogg por assassinato para o Los Angeles Times, comentou que Snoop Dogg trabalhou duro ao longo da vida e ama o que faz. ” Ele tem uma simpatia e um charme que ninguém pode comprar”, afirmou Williams.
Snoop Dogg participa de revezamento de tocha olímpica, em Saint-Denis
STEPHANE DE SAKUTIN / AFP

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Rock in Rio tem sábado só com atrações brasileiras e estreia de sertanejo; veja como será o 6º dia

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‘Dia Brasil’ foi inspirado em ‘We are the world’, de 1985, ano de surgimento do festival e data que é celebração desta edição; veja VÍDEO.
Rock in Rio 2024: o melhor do dia 21
O Rock in Rio 2024 deste sábado (21) tem uma programação voltada exclusivamente à música nacional. É o Dia Brasil. Vão se apresentar artistas de sertanejo, samba, MPB, bossa nova, música clássica, rap, trap e pop.
Rock in Rio 2024: tire suas dúvidas sobre ingresso no celular, itens proibidos, serviços e transporte
É também neste sábado que acontece a estreia do sertanejo no festival. Pela primeira vez em 40 anos, o gênero tomará os palcos do Rock in Rio, com os artistas Chitãozinho e Xororó, Ana Castela, Luan Santana, Simone Mendes e Junior.
Os shows do Dia Brasil serão divididos por gênero musical, e cada um reunirá vários músicos.
Ana Castela na Festa do Peão de Americana
Julio Cesar Costa/g1
40 anos de festival
A edição que comemora os 40 anos do Rock in Rio segue até o dia 22 de setembro, na Cidade do Rock, zona oeste do Rio de Janeiro. No primeiro fim de semana, subiram ao palco Travis Scott, Imagine Dragons, Evanescence e Avenged Sevenfold. Katy Perry, Karol G, Mariah Carey, Akon, Shawn Mendes estão entre as atrações que ainda vão se apresentar.
Ainda há ingressos disponíveis para o dia 21 de setembro. As entradas estão à venda no site do evento.
Qual o line-up do Rock in Rio?
21 de setembro (sábado)
Palco Mundo
15h30 – Para sempre Trap, com Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Ryan SP, Veigh
18h30 – Para sempre MPB, com Baianasystem, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Majur, Margareth Menezes, Ney Matogrosso e Gaby Amarantos
21h10 – Para sempre Sertanejo, com Chitãozinho e Xororó, Orquestra Heliópolis, Ana Castela, Júnior, Luan Santana e Simone Mendes
0h10 – Para sempre Rock, com Capital Inicial, Detonautas, NX Zero, Pitty, Rogério Flausino, Toni Garrido
Palco Sunset
16h55 – Para sempre Rap, com Criolo, Djonga, Karol Conká, Marcelo D2, Rael
19h45 – Para sempre Samba, com Zeca Pagodinho, Alcione, Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Maria Rita e Xande de Pilares
22h35 – Para sempre Pop, com Duda Beat, Gloria Groove, Jão, Ludmilla, Luísa Sonza, Lulu Santos
Palco New Dance Order
22h – Para sempre Eletrônica, com Mochakk, Beltran X Classmatic, Eli Iwasa X Ratier, Maz X Antdot
Palco Espaço Favela
15h – Para sempre favela é Terra Indígena, com Kaê Guajajara convida Totonete e o grupo Dance Maré
17h – Para sempre Música Clássica, com Nathan Amaral, Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem
18h40 – Para sempre Baile de Favela, com Buchecha, Cidinho e Doca, Funk Orquestra, MC Carol, MC Kevin o Chris, Tati Quebra Barraco
20h40 – Para sempre Funk, com Livinho, Mc Don Juan, MC Dricka, MC Hariel, MC IG, MC PH
Palco Global Village
15h – Para sempre Jazz, com Antônio Adolfo, Joabe Reis, Joantahn Ferr e Leo Gandelman
17h – Para sempre Soul, com banda Black Rio, Cláudio Zoli, Hyldon
18h40 – Para sempre Bossa Nova, com Bossacucanova e Cris Delanno, Leila Pinheiro, Roberto Menescal, Wanda Sá
20h40 – Para Sempre Futuro Ancestral, com Gang do Eletro e Suraras do Tapajós
Palco Supernova
14h30 – Autoramas
16h – Vanguart
18h – Chico Chico
20h – Jean Tassy
22 de setembro (domingo)
Palco Mundo
16h40 – Luísa Sonza
19h – Ne-Yo
21h20 – Akon
0h – Shawn Mendes
Palco Sunset
15h30 – Homenagem a Alcione com Orquestra Sinfônica Brasileira, Diogo Nogueira, Mart’nália, Majur, Péricles, Maria Rita e Alcione
17h50 – Olodumbaiana
20h10 – Ney Matogrosso
22h45 – Mariah Carey
Palco New Dance Order
22h – Dubdogz
23h30 – Jetlag
1h – Bhaskar
2h30 – Kaskade
Palco Espaço Favela
16h – Luiz Otávio
19h – Livinho
21h – Belo
Palco Global Village
15h30 – Lia de Itamaracá
17h30 – Almério e Martins
19h15 – Angélique Kidjo
Palco Supernova
15h – LZ da França
17h – Gabriel Froede
18h30 – Zaynara
20h30 – DJ Topo

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Fãs voltam à época das discotecas e realizam sonho juvenil com show de Cyndi Lauper no Rock in Rio

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Dupla de amigas esteve no 1° Rock in Rio para ver Freddie Mercury e retornou para ver Cyndi Lauper. Fãs voltam à época das discotecas com show de Cyndi Lauper no Rock in Rio
Uma geração de frequentadores de matinês e discotecas viveu momentos de revival na noite desta sexta-feira (20), no Rock in Rio. O show de Cyndi Lauper fez quarentões e cinquentões — ou até mais velhos — reviverem grandes momentos da adolescência/juventude, quando curtiam as festas nos idos dos anos 80 e 90.
Para muitos fãs, a sensação é de estar em um grande flashback.
“É a primeira vez, eu acompanho ela desde os anos 80 e acho ela incrível, maravilhosa”, conta o funcionário público Wagner Rodrigues, de 58 anos.
“Acho que os fãs precisavam desse reencontro”, destaca a professora Fernanda Matos.
Cyndi Lauper canta em coro o sucesso ”Girls Just Want to Have Fun” no Rock in Rio
Uma senhora de 82 anos contou ao g1 que perdeu a apresentação da cantora em Buenos Aires durante a turnê da cantora pela América Latina em 2011 porque os ingressos esgotaram bem na vez de ela comprar. Agora, 13 anos depois, garantiu os bilhetes com cinco meses de antecedência para não perder a chance.
“Perdi em Buenos Aires, passei na porta do estádio e tinha acabado o ingresso. Chorei muito, agora o coração tá batendo forte”, conta Ana Maria.
“A Cindy sempre foi revolucionária, esteve à frente do tempo dela. Era um momento de liberdade e ela venceu todos os preconceitos”, conclui a professora Fernanda.
Um grupo de amigas, todas com blusas em alusão à música “Girls Just Wanna Have Fun” (assista acima), se emocionou com o início da apresentação.
Amigas desde o 1º Rock in Rio
Cyndi Lauper canta ”Time After Time” no Rock in Rio
A dupla de comadres Fátima Cruz e Isaelma Cardoso foi assistir ao show de Cyndi e se recordou dos tempos juvenis. Amigas há mais de 45 anos, elas se conheceram na faculdade e estiveram juntas na 1ª edição do Rock in Rio para ver o Freddie Mercury.
“Foi uma aventura, na época era lama, e agora estamos aqui juntas de novo e muito felizes por termos essa oportunidade, não tem preço”, declara Fátima.
“A Cyndi nos traz muitas recordações porque na época nós dançávamos muito”, conta Isaelma.

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Conheça o Espaço Delas, um ambiente seguro e acolhedor para mulheres dentro do Rock in Rio

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Sala de acolhimento feminino conta com “kit de primeiros socorros” com absorvente, água e carregador. Equipe também está preparada para ajudar vítimas de violência e assédio. Conheça um ambiente seguro e acolhedor para mulheres dentro do Rock in Rio
A 40ª edição do Rock in Rio tem um ponto de apoio especial só para as mulheres que estão curtindo o festival. O Espaço Delas é um ambiente acolhedor e inteiramente voltado para o universo feminino.
O espaço tem como objetivo auxiliar seja para a mulher que precisa de um ponto de encontro seguro, seja para a que quer descansar, ou até para quem precisa receber apoio especializado em casos mais graves, como assédio ou agressão. O suporte é garantido em todos os dias do festival.
No espaço, existe um kit de “primeiros socorros” com absorvente, lencinho, água, e algo muito importante na era da tecnologia: tomadas e carregadores.
Isabela Rozental, uma das fundadoras do Papo Delas, organização que cuida do espaço, lembra do caso de uma menina que se perdeu da família e contou com o apoio do espaço para conseguir voltar para casa.
“Uma menina jovem, se perdeu da família e a bateria dela acabou. Então, ela não só não conseguia entrar em contato com a mãe, como não conseguia pagar uma comida, uma bebida ou mesmo ir embora, porque tudo dela era no celular. Aqui nós emprestamos o carregador e ela logo conseguiu reencontrar a família e foi embora em segurança”, contou.
A psicóloga Geovana Russel explica que as ações do grupo não ficam restritas ao Espaço Delas. O grupo, junto com a organização do Rock in Rio, espalhou montou vários pontos de acolhimento pelo festival.
“A gente colou um cartaz na porta de cada cabine dos banheiros femininos, com informações sobre a campanha ‘Não é não!’. Eles têm um QR Code que aciona a nossa inteligência artificial. Então, quando uma mulher denuncia que foi vítima de algum tipo de agressão, o nosso suporte consegue chegar rapidamente até onde ela está”.
O festival é transmitido ao vivo todos os dias no Globoplay (com sinal 4K) e no Multishow.

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