Connect with us

Festas e Rodeios

‘Alien: Romulus’ é belo equilíbrio entre homenagem e cópia para ressuscitar a franquia; g1 já viu

Published

on

Sétimo filme se inspira nos dois clássicos que criaram série com história mais enxuta, tensa e com bons sustos. Cailee Spaeny vai bem, mas David Jonsson é grande destaque. “Alien: Romulus” é a grande prova de que, às vezes, uma franquia clássica pode se beneficiar com o distanciamento de seu criador.
Com Ridley Scott longe da direção após duas tentativas desastrosas, o sétimo filme é uma ótima “repromenagem” (mistura de reprodução com homenagem, um conceito em desenvolvimento) – o suficiente para ser o melhor da série desde provavelmente “Aliens: O resgate” (1986).
Mais uma vez, não é como se a concorrência fosse lá tão grande, com resultados que variam entre o bizarro e o horrível desde então. Tampouco dá para dizer que a estreia desta quinta-feira (15) nos cinemas brasileiros chegue aos pés dos dois primeiros, clássicos quase inalcançáveis da ficção científica de terror.
Os principais acertos são a inspiração no par de grandes obras que abriu a franquia e a adoção de uma história mais simples e tensa, salpicada com bons sustos e referências (por mais que estas nem sempre funcionem).
No fim, é difícil não sentir em “Romulus” ecos de “Star Wars: O despertar da Força” (2015), outro filme que ressuscitou uma série espacial consolidada – mas que já viu dias melhores – ao andar na fina linha entre a homenagem e a cópia.
Assista ao trailer de ‘Alien: Romulus’
Espaço para gritar
Esqueça os sofríveis “Prometheus” (2012) e “Alien: Covenant” (2017), ambos dirigidos por Scott, cineasta lendário que com certeza já viveu dias (muito) melhores.
O roteiro do diretor Fede Álvarez e de Rodo Sayagues (dupla que trabalhou junta em “O homem nas trevas” e em “A morte do demônio”) olha para os clássicos e simplifica.
Na trama, que se passa entre os acontecimentos de “Alien – O 8º passageiro” (1979) e “Aliens”, um grupo de jovens invade uma estação espacial abandonada em busca de uma vida melhor.
Infelizmente, no local encontra apenas a famosa criatura alienígena assassina e o ensinamento de que, no espaço, ninguém pode ouvi-los gritar.
Cena de ‘Alien: Romulus’
Divulgação
Entre o novo e o cringe
A idade dos protagonistas, maior novidade de fato na história, dá um frescor bem-vindo à franquia, em geral dominada por personagens de meia idade endurecidos pelo corporativismo do universo da franquia ou privilegiados por causa dele.
O cheiro de novidade logo passa. Basta que o grupo chegue à estação abandonada com equipamentos em curto-circuito e um corpo ou outro largados por aí para que “Romulus” entre de vez no clima dos filmes que tenta homenagear.
A falta de originalidade pode cansar, mas é preciso lembrar que o terceiro e o quarto filmes tentaram fazer o mesmo – e falharam miseravelmente. É preciso reconhecer a habilidade com que Álvarez emula a tensão, em especial do primeiro, por mais que os sustos e as reviravoltas sejam avistados há anos-luz de distância.
Na gana pela homenagem, no entanto, o filme às vezes perde a mão e desliza meio sem querer para um campo nebuloso entre a cópia e a galhofa. É possível prever a chegada de referências inevitáveis a falas célebres, por exemplo, mas não a tempo de evitá-las.
Algumas até são bacanas quando conseguem encontrar encaixe no contexto. Outras, repetidas apenas para gerar um falso sentimento de pertencimento ao pior tipo de fã que existe, são vergonhosas. Cringe, diriam os jovens protagonistas.
É preciso destacar também o final. Sem spoilers, o desfecho tem tudo para ser o grande momento a dividir opiniões do público exatamente ao se arriscar em busca de algo novo. Originalidade é sempre bom, mas só quando funciona – e essa definitivamente não será para todos.
Cailee Spaeny e David Jonsson em cena de ‘Alien: Romulus’
Divulgação
Uma nova esperança
O elenco, aliás, consegue muito mais com muito menos – pelo menos na comparação com os inflados “Prometheus” e “Covenant”. Enxuto e sem grandes nomes, faz um bom trabalho a partir de escalações afiadas.
Cailee Spaeny, de longe a atriz mais conhecida do filme, aos poucos se prova à altura do desafio de ocupar o espaço que um dia foi de Sigourney Weaver.
Aos 26 anos, a americana já havia mostrado amplitude em “Priscilla” (2023) e em “Guerra Civil” (2024). Em “Romulus”, ela prova que é uma das mais promissoras de sua geração.
A seu lado, no entanto, David Jonsson é inegavelmente a grande estrela emergente do novo “Alien”. Seu papel é muito mais suculento, é verdade, mas o britânico de 31 anos entrega uma inocência sincera no ponto ideal, a poucos centímetros do exagero.
Ele já tinha se destacado por sua interpretação semirrobótica na boa “Indústria”, mas, no filme, conquista espaço com uma atuação em umas quatro camadas diferentes ao mesmo tempo.
Não há só elogios para o elenco, no entanto, mas não por culpa dos atores em si. “Romulus” toma a bizarra decisão de ressuscitar (de certa forma) um personagem clássico interpretado pelo grande sir Ian Holm (1931-2020) com a ajuda de inteligência artificial e computação gráfica.
Mesmo com a autorização da família e um uso até que apropriado de sua participação na trama, é difícil atravessar o vale da estranheza entre curtir mais uma atuação de uma lenda e a dúvida sobre sua absoluta necessidade.
Por si só, o trio Álvarez-Spaeny-Jonsson já mostra que “Romulus” tem tudo para ser um novo futuro para “Alien”, assim como “Despertar da Força” abriu caminho para uma nova trilogia de “Star Wars”.
Tomara que o fim não seja o mesmo.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Ivete Sangalo voa sobre a plateia, beija Liniker e maceta resistência roqueira pela 19ª vez no Rock in Rio

Published

on

By

Artista mais recorrente do festival, cantora enfileirou hits de carnaval e apresentou música inéditas Ivete Sangalo voa sob plateia do Palco Mundo no Rock in Rio
Ivete Sangalo abriu o dia das divas pop no Rock in Rio, nesta sexta-feira (20), mostrando por que, há 30 anos, é a maior diva pop do Brasil. Em um show com surpresas, ela voou sobre a plateia presa a cordas e beijou a cantora Liniker ao apresentar uma música inédita.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Foi a 19ª participação de Ivete no festival, considerando edições do Brasil, Portugal, Espanha e Estados Unidos. Ao longo das participações, baiana já levou tombo, anunciou o sexo de suas filhas gêmeas no palco e fez um dueto com Shakira durante a performance da colombiana no Rock in Rio de 2011.
Ivete Sangalo interage com plateia durante show no Rock in Rio
“Sabe por que eu estou nesse palco há 19 anos e vou estar sempre que eu quiser?”, questionou antes de fazer o público explodir num “ôôô” no refrão de “Tempo de Alegria”, música de 2014.
É uma alfinetada aos que sempre resistiram à sua recorrente participação no festival. Em 2011, quando Ivete foi escalada para o Rock in Rio pela primeira vez, a escolha foi recebida com insatisfação por uma parcela roqueira mais conservadora do público: na época, muitos disseram que o evento deveria ser rebatizado como “Axé in Rio” e alguns guardam essa mágoa até hoje.
A cada show, no entanto, Ivete maceta a rejeição com a experiência e a energia de quem está acostumada a orquestrar uma multidão de cima de um trio elétrico por horas a fio. “Macetando”, hit absoluto do carnaval de 2024, teve milhares de pessoas na plateia reproduzindo a coreografia viral.
Mas o momento de maior êxtase veio com “Eva”, música de Umberto Tozzi regravada pela Banda Eva em 1997, numa versão que se tornou clássica. Depois de um breve sumiço, Ivete reapareceu suspensa por uma estrutura de cordas sobre o público. “Quero ficar mais perto de vocês”, disse, flutuando por todos os cantos da plateia.
Foi um truque repetido do show que comemorou seus 30 anos de carreira, no Maracanã, em dezembro de 2023. Mas o público do Rock in Rio se emocionou como se fosse a primeira vez. E Ivete também. No alto, ela chorou. Já em terra firme, celebrou: “Que experiência maravilhosa!”.

Ivete Sangalo abre Palco Mundo, nesta sexta-feira (20), no Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1

Continue Reading

Festas e Rodeios

Rock in Rio 2024: veja fotos de famosos no 5º dia do festival

Published

on

By

Pabllo Vittar, Vivi Wanderley e Viviane Araújo são alguns dos famosos que foram curtir a sexta-feira (20) na cidade do rock. Viviane Araújo no quinto dia de Rock in Rio
Claudio Andrade /Agnews
A influencer Vivi Wanderley no quinto dia de Rock in Rio
Victor Chapetta / Agnews
Pabllo Vittar no quinto dia de Rock in Rio
Rogério Fidalgo Agnews

Continue Reading

Festas e Rodeios

‘Gandalf’ de 58 anos diz que saiu de Curitiba para ver Katy Perry no Rock in Rio

Published

on

By

Manoel Lucas se vestiu de personagem de ‘Senhor dos Anéis’ para o festival. ‘Esse é um cosplay que eu faço’, disse. ‘Gandalf’ saiu de Curitiba para ver show de Katy Perry no Rock in Rio.
Rafael Nascimento/g1 Rio
O curitibano Manoel Lucas, de 58 anos, compareceu ao Rock in Rio em uma roupa especial. Apesar do calor na Cidade do Rock, ele chegou vestido de Gandalf, personagem de “Senhor do Anéis”.
“Eu sempre uso a roupa do Gandalf. Esse é um cosplay que eu faço e o Rock in Rio era um local para ele estar. Estava quente mais cedo, mas agora refrescou”, explica.
Segundo Manoel, ele saiu de Curitiba para assistir ao show da headliner, Katy Perry, desta sexta-feira (20). O evento é especial porque marcará o aniversário do “Gandalf”.
“Viemos de Curitiba, eu, a minha família e amigos para comemorar o meu aniversário no show da Katy Perry. Faço 59 anos no momento do show dela”.
‘Gandalf’ saiu de Curitiba para ver show de Katy Perry no Rock in Rio.
Rafael Nascimento/g1 Rio

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.