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Festas e Rodeios

Projota cresce no álbum ‘A saída está dentro’ quando olha para si com lucidez

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Rapper lança disco de som mais orgânico em que destila romantismo com o trio Melim e escancara hipocrisias sociais em faixa com Nando Reis. Capa do álbum ‘A saída está dentro’, de Projota
Fred Othero
Resenha de álbum
Título: A saída está dentro
Artista: Projota
Gravadora: Universal Music
Cotação: * * * 1/2
♪ É curioso que o quinto álbum de estúdio de Projota, A saída está dentro, chegue ao mundo digital justamente quando as portas da casa do Big Brother Brasil 2022 começam a ser abertas pela TV Globo.
Um dos participantes famosos da edição de 2021 do reality mais popular do país, o rapper paulistano saiu da casa do BBB em março do ano passado com a imagem arranhada, como atestaram os quase 92% de votos que o eliminaram do programa.
A travessia que levou José Tiago Sabino Pereira do céu ao inferno – ao longo de ano marcado por perdas humanas e materiais, além do cancelamento já cancelado – pavimentou a trilha confessional dos versos de Volta (Projota, Big Rabello, Conrado Goys, Gibson Freitas e Herbert Medeiros) e de Isaías 41:10 (Projota, Big Rabello, Conrado Goys, Herbert Medeiros e Marcio Arantes), dois dos mais contundentes raps da safra inteiramente autoral de A saída está dentro, disco gravado sob direção musical dividida pelo próprio Projota com Big Rabello e Haroldo Tzirulnik.
Em Volta, Projota inventaria luzes e sombras do próprio caráter sobre batida de intensidade crescente. A letra de Isaías 41:10 também reflete sobre a experiência de Projota em 2021, sinalizando a pegada mais orgânica do álbum gravado pelo rapper paulistano de 35 anos com banda formada pelos músicos Big Rabello (bateria), Conrado Goys (guitarra e violão), Gibson Freitas (baixo) e Herbert Medeiros (teclados).
Entre um rap e outro, Pássaros (Projota) – composição feita pelo artista antes do confinamento no BBB e gravada para o disco em dueto com a cantora Lourena – plana nas asas do romantismo em voo guiado pelo mix suave de rap & R&B.
O beat também figura menos acelerado (e menos sedutor) em A garota que sabia voar (Projota, Big Rabello, Conrado Goys, Gibson Freitas e Herbert Medeiros), uma das composições criadas pelo rapper, em processo colaborativo com a banda, enquanto o álbum A saída está dentro ia ganhando forma no estúdio paulistano Da Pá Virada.
Projota reflete sobre a cultura do cancelamento em ‘Isaías 41:10’, rap que sobressai na safra autoral do álbum ‘A saída está dentro’
Fred Othero / Divulgação
Rap adornado com o beatbox de Fernandinho Beatbox, mestre no efeito percussivo, O hype (Projota, Big Rabello, Conrado Goys, Gibson Freitas e Herbert Medeiros) questiona a receita pré-fabricada do sucesso ao mesmo tempo em que bate na tecla positivista que pautou o primeiro álbum do artista, Foco, força e fé (2014), ao qual se seguiu o álbum A milenar arte de meter o louco (2017), título mais expressivo de discografia que também inclui os álbuns Tributo aos sonhadores I (2019) e Tempestade numa gota d’água (2020).
Música apresentada por Projota há 12 anos na mixtape Projeção (2010), título de circulação restrita ao circuito do hip hop, Chuva de novembro recai no álbum A saída está dentro com a dose desilusão juvenil da trama romântica que ganha sequência ao fim do disco com Chuva de novembro parte 2 (Projota, André Maini, Big Rabello, Gibson Freitas e Herbert Medeiros).
Já Ladrão de estrelas (Projota) mete a mão em clichês poéticos para reverberar o mesmo romantismo em gravação que reúne o rapper com o Melim, trio fluminense conhecido pela doçura pop.
Faixa já apresentada em single em novembro de 2021, Snapback escancara a sensação de que o álbum A saída está dentro (Projota, Big Rabello, Conrado Goys, Gibson Freitas e Herbert Medeiros) vai perdendo força e contundência à medida em que o disco avança.
Em contrapartida, a textura orgânica da canção Always (Projota, Big Rabello, Conrado Goys, Gibson Freitas e Herbert Medeiros) expõe certa evolução no som desse rapper romântico que sempre se equilibrou entre o compromisso com o rap e as regras do jogo da indústria fonográfica.
Música de pegada roqueira, gravada por Projota com Nando Reis, Homens de bem (Projota, Big Rabello, Conrado Goys, Gibson Freitas e Herbert Medeiros) retoma o forte tom confessional do disco e o eleva enquanto esboça reflexões sobre a hipocrisia e os valores invertidos da sociedade machista de consumo.
Neste quinto álbum de estúdio, Projota cresce quando olha para dentro de si com lucidez e sem autocomiseração.
Projota faz duo com Lourena na faixa romântica ‘Pássaros’
Fred Othero / Divulgação

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Rock in Rio 2024: veja fotos de famosos no 7º dia do festival

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Último dia de evento tem shows de Shawn Mendes, Akon, Ne-Yo e Luisa Sonza no Palco Mundo. Mariah Carey e Ney Matogrosso são alguns dos destaques do Palco Sunset. Público corre para acompanhar o sétimo e último dia de Rock in Rio
Henrique Coelho/g1
Público corre para acompanhar o sétimo e último dia de Rock in Rio
Henrique Coelho/g1
Público corre para acompanhar o sétimo e último dia de Rock in Rio
Henrique Coelho/g1
Sétimo dia de Rock in Rio
Henrique Coelho/g1

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Primavera chega com a lembrança de grandes músicas feitas com inspiração na estação em saga iniciada há 90 anos

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Gravações de Tim Maia, Carmen Miranda, Beto Guedes, Daniela Mercury, Nando Reis e Francisco, El Hombre celebram a temporada das flores. ♫ MEMÓRIA
♪ “O Rio amanheceu cantando / Toda a cidade amanheceu em flor / E os namorados vem pra rua em bando / Porque a primavera é a estação do amor”, celebrava a cantora Carmen Miranda (1909 – 1955), pioneira popstar nacional, dando voz aos versos de Primavera no Rio, marcha do compositor Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha (1907 – 2006).
Gravada em 1934, a marcha Primavera no Rio é a primeira música a fazer sucesso com letra inspirada pela estação das flores. De lá para cá, já se passaram 90 anos, mas a primavera continua sendo, das quatro estações do ano, a que mais motiva os compositores a fazer música. seguida de perto pelo verão.
Nem todas as canções são alegres, mas todas retratam a primavera como um símbolo de amor, paz, esperança, democracia e/ou felicidade.
Para celebrar a chegada de mais uma primavera neste domingo, 22 de setembro de 2024, o Blog do Mauro Ferreira elege dez músicas que abordam a estação das flores.
Tim Maia (1942 – 1998) na capa do primeiro álbum, lançado em 1970 com a canção ‘Primavera’
Reprodução
♪ Primavera no Rio (Braguinha, 1934)
– O frescor do canto de Carmen Miranda (1909 – 1955) deu a devida vivacidade à marcha que fez o Rio de Janeiro amanhecer cantando em 1934, há 90 anos.
♪ Primavera (Cassiano e Silvio Roachel, 1970)
– Gênio do soul nacional, Cassiano (1943 – 2021) compôs com Silvio Roachel e arranjou, com sublime orquestração de arquitetura soul, esta balada aliciante que deu projeção nacional a Tim Maia (1942 – 1998) no início de 1970. Clássico instantâneo, a gravação original de Primavera no vozeirão de Tim é obra-prima em que música, arranjo e canto se harmonizam com perfeição! É a música que mais identifica a primavera no imaginário nacional.
♪ Primavera (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1964)
– Apresentada há 60 anos na trilha sonora do musical Pobre menina rica (1964), composta por Carlos Lyra (1933 – 2023) com letras de Vinicius de Moraes (1913 – 1980), essa canção tristonha exemplifica o talento de Lyra para criar melodias sublimes.
♪ Sol de primavera (Beto Guedes e Ronaldo Bastos, 1979)
– Música que deu título ao álbum lançado por Beto Guedes em 1979, Sol de primavera foi amplificada na trilha sonora da novela Marina, exibida pela TV Globo em 1980. A letra do poeta Ronaldo Bastos sopra os ventos da abertura política, celebrando a “boa nova” que chega com a primavera e propondo a invenção de “uma nova canção”.
♪ Derradeira primavera (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962)
– Canção densa, de atmosfera solene, Derradeira primavera interpreta a estação como o tempo já ido de um amor não concretizado. Grandes cantoras já deram vozes a Derradeira primavera, casos de Nana Caymmi e Mônica Salmaso. Merece menção honrosa a gravação antológica feita por Elizeth Cardoso (1920 – 1990) no álbum Momento de amor (1968).
♪ Temporada das flores (Leoni, 2002)
– Mesmo sem trazer a primavera no título, essa canção solar de Leoni foi inspirada pela estação. A gravação original de Temporada das flores foi feita pelo autor no álbum Você sabe o que eu quero dizer (2002), no mesmo ano em que a cantora Milena Monteiro gravou a música, mas a canção floresceu na voz de Daniela Mercury em abordagem feita para álbum ao vivo de 2003.
♪ Espera a primavera (Nando Reis, 2020)
– A música de Nando Reis é pouco conhecida, até porque foi lançada em plena pandemia de covid-19, em 2020, mas é bonita. Na visão poética do compositor, a primavera é tanto a estação das flores como das cores do arco-íris, símbolo da diversidade das relações amorosas. Mas a chegada da primavera também pode ser interpretada na letra como a volta à vida normal após o fim da pandemia.
♪ Nada conterá a primavera (Juliana Strassacapa, Sebastián Piracés Ugarte, Andrei Kozyreff e Mateo Piracés Ugarte, 2021)
– A música da banda paulista Francisco, El Hombre é vibrante, enérgica, e evidenciou na gravação de 2021 a alta potência do arranjo creditado aos cinco integrantes do grupo. A chegada da primavera, no caso da letra, representa a volta da democracia e das liberdades individuais.
♪ Frevo na primavera (Toinho Alves, 1981)
– Mesmo sem letra, a música foi feita com inspiração no bem estar da primavera. O vibrante frevo foi lançado pelo Quinteto Violado no álbum Desafio (1981), tendo sido regravada pelo grupo em disco de 2002.
♪ Primavera nos dentes (João Ricardo e João Apolinário, 1973)
– A música do primeiro álbum do grupo Secos & Molhados é canção política de resistência que incentivou a luta por dias melhores – simbolizados pela primavera do título – em anos rebeldes.

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De biquini verde e amarelo, Katy Perry agradece fãs brasileiros e joga rosas da janela de hotel

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Cantora foi a atração principal do palco Mundo na noite de sexta-feira ( Katy Perry interage com fãs da varanda de hotel no Rio de Janeiro
Praticamente “em casa” no Brasil, Katy Perry jogou rosas para os fãs da janela do hotel onde se hospedou no Rio de Janeiro, na noite deste sábado (21).
A cantora, que foi a atração principal do palco Mundo na noite de sexta-feira (20), se despediu do país ao aparecer de biquini verde e amarelo.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Katy Perry disse que nunca ouviu fãs cantarem tão alto como na apresentação no festival.
“Nós amamos muito vocês. Sempre estaremos lá por vocês, assim como vocês sempre estiveram do meu lado. Cantaram tão alto no show ontem, foi o mais alto que já ouvi alguém cantar no meu show. Amo muito vocês. Obrigada por tudo. Austrália, você é a próxima parada”, disse a cantora.
Antes do show, Katy Perry já se mostrava bem á vontade no país. Ela visitou a estátua do Cristo Redentor, entrou nas instalações do “Estrela da Casa!”, reality da Globo, provou chocolate brasileiro, e ainda distribuiu pizza (com ketchup) para quem fez vigília na frente do hotel onde se hospedou.
Katy Perry agradece fãs brasileiros e joga rosas da janela do hotel no Rio de Janeio
Reprodução Instagram/katyperry
De biquíni verde e amarelo, Katy Perry agradece fãs brasileiros e joga rosas da janela do hotel no Rio de Janeio
Reprodução Instagram/katyperry

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