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Festas e Rodeios

Com heavy metal, técnica apurada e ritmos brasileiros, Luis Mariutti traz o baixo como protagonista no Rock Fest SBO

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Membro original do Angra e do Shaman é uma das atrações do Santa Bárbara Rock Fest, que acontece entre 23 e 25 de agosto, com entrada gratuita. Luis Mariutti apresenta ‘bass show’ na sexta (23), no Santa Bárbara Rock Fest
Divulgação/Prefeitura
O baixista Luis Mariutti vai trazer uma mudança ao universo do rock em seu show no Santa Bárbara Rock Fest na próxima sexta-feira (23). O baixo, instrumento normalmente usado como acompanhamento das músicas, vai ser o protagonista da vez.
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Acostumado a tocar com dois guitarristas e precisando encontrar formas de preencher uma sonoridade sem bateria, ele passou a usar seu baixo de forma mais percussiva, agregando uma levada de baião. Tempos depois, a influência até então inusitada para uma banda de heavy metal, foi o ponto de partida, logo na primeira reunião do Angra, em 1991, da canção “Never Understand”.
Além de ritmos brasileiros, a faixa, presente em “Angels Cry” (1993), primeiro álbum de uma das mais importantes bandas brasileiras do estilo, reúne peso, técnica apurada e precisão, características que definem a carreira do baixista paulistano de 53 anos.
A apresentação, que acontece no Palco Água, às 22h, é definida por Luis Mariutti como um “bass show”, em que ele transita por diferentes fases de sua carreira. Em alguns momentos, o instrumentista toca com a música original rolando ao fundo, e, em outros, apenas com a bateria. Sempre com o baixo como protagonista.
‘Músicas que as pessoas querem ouvir’
Há momentos especiais, como na apresentação de “Carry On”, também presente no álbum “Angels Cry” e umas das músicas mais importantes do Angra, cuja técnica de tapping/two hands utilizada por Mariutti se destaca. A performance traz uma nova gravação feita por Alex Holzwarth, o responsável pelas baquetas no álbum.
Luis Mariutti em show do Shamangra no Circo Voador
Rafael Bitencourt/Tempo D Comunicação e Cultura
“Eu pedi para o Alex gravar pra mim a ‘Carry On’ novamente, que a gente fez um collab, então, quando eu faço esse ‘bass show’, eu uso essa bateria dele”, diz Mariutti. O baixista sabe que o público espera faixas do período em que ele esteve no Angra e também, no Shaman, outra banda essencial do heavy metal nacional, da qual o baixista também é um dos fundadores.
“São as músicas que me impulsionaram e que as pessoas querem ouvir e querem me ver tocando. Não dá para eu fazer um ‘bass show’ e não tocar ‘Carry On’, ‘Here I Am’ (do álbum Ritual, do Shaman), entre outras. Com certeza essas músicas vão estar no set e vão animar a galera”, afirma.
Baixo como protagonista
Após anos de estrada com o Angra e o Shaman, depois de atuar como músico na carreira solo do vocalista André Matos (com quem fundou ambas as bandas) e com a experiência da passagem pela Sinistra, entre outros projetos, Mariutti investiu em uma nova empreitada.
Em 2023, ele lançou seu primeiro álbum solo, “Unholy”, que traz o baixo como protagonista, algo que não é comum no heavy metal. O estilo “baião-rock” de tocar o instrumento aparece novamente, na faixa-título do álbum, que reúne densidade sonora, em faixas instrumentais e cantadas, compostas por Mariutti. Outros instrumentos compõem o material, porém, de forma coadjuvante.
“Eu queria fazer algo que fosse bem meu mesmo. Essa ânsia de ter o baixo como protagonista, com um som forte, e mostrar o que eu sou. Sem muita firula, solos, porque eu queria um disco de climas com o baixo”, explica Mariutti.
Shamangra e zine
Angra e Shaman ocupam um espaço importante na vida e na carreira do baixista. Com o surgimento da Mariutti Team, empresa que o músico criou com sua esposa e empresária, Fernanda Mariutti, novas empreitadas musicais surgiram.
Apresentação do Shamangra no Circo Voador no Rio de Janeiro
Rafael Bitencourt/Tempo D Comunicação e Cultura
Entre elas, um zine focado na divulgação da cena do metal e o projeto Shamangra, uma reunião de músicos de diferentes gerações em homenagem às duas bandas que impulsionaram Luis.
“Quando a gente faz os nossos eventos, o objetivo é sempre reunir os músicos que passaram pela minha vida, que tocaram comigo em alguma banda. Então, desde 2019, quando a gente fez o nosso primeiro evento do Mariutti Team, a gente pensa nisso. E com o nosso zine tomando forma, o objetivo é agregar também as novas gerações de bandas e de músicos, para dar essa visibilidade para a cena”, conta o músico.
Uma das apresentações do projeto Shamangra aconteceu em maio no Circo Voador, considerado um importante espaço na cena do rock do Rio de Janeiro e do Brasil.
Importância de festivais
Com 35 anos de uma carreira diretamente ligada à história do heavy metal nacional, com mais de 20 álbuns lançados pelos diferentes projetos pelos quais passou e reconhecido como um dos melhores baixistas do Brasil e do mundo, Luis Mariutti apresenta esse formato de “bass show” pela primeira vez em um festival de maior porte.
A apresentação ocorre após bem-sucedidas passagens por eventos menores, e considera a proposta do Santa Bárbara Rock Fest importante para o crescimento da cena do rock e do metal.
“É o que tem que ser, principalmente para o metal, você consegue agregar um outro público que talvez não estivesse presente se não fosse a estrutura de um festival e não iria conhecer as bandas”, avalia.
“A cena brasileira, tanto do rock, como do metal, tem que ser mais unida e esse tipo de evento é o ideal para unir as tribos”, opina o baixista.
Público durante show no palco principal do Rock Fest SBO 2023
Marcelo Zanetti/g1
O que esperar do “bass show”?
Para o Santa Bárbara Rock Fest, a promessa do músico é de um show com energia, com destaque para a clareza com que as linhas de seu baixo poderão ser ouvidas.
“As pessoas podem esperar muita energia, porque é o show de um baixo tocado com muita força, garra, no estilo metal, e elas vão poder ouvir com grande clareza todas as linhas. Tem gente que ouve os discos e não consegue definir muito bem quais são as linhas do baixo. E elas podem esperar os clássicos da minha carreira, com certeza”, indica Mariutti.
Spoiler
Ao final da entrevista, este repórter volta a abordar a canção que é uma de suas preferidas e que é mencionada logo no início dessa reportagem, e pergunta ao entrevistado se ela estará presente no show.
“A ‘Never Understand’… Eu acho que vai. Estou treinando ela. Eu ia deixar de surpresa, mas já vou dar esse spoiler”, responde Luis Mariutti, com bom humor.
O repórter e, certamente, grande parte do público, agradecem.
Público durante show no Rock Fest SBO 2023
Marcelo Zanetti/g1
Santa Bárbara Rock Fest
O Santa Bárbara Rock Fest 2024 reúne 41 atrações ao longo de três dias de evento. São 35 bandas selecionadas de várias vertentes do rock, além de seis headliners. O evento acontece entre 23 e 25 de agosto e é gratuito.
Veja a programação do palco principal 👇
Sexta-feira (23) – Viper e Sepultura
Sábado (24) – Raimundos e Fresno
Domingo (25) – Gloria e Pitty
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Xuxa no Rock in Rio: como será o show no festival

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Ela se apresentará após o show de Katy Perry, nesta sexta-feira (20), no Palco Itaú. Ela fecha o dia com line-up composto inteiramente por artistas mulheres. Xuxa se apresenta no Rock in Rio
Divulgação
A participação de Xuxa no Rock in Rio foi confirmada nesta sexta-feira (20). A “Rainha dos Baixinhos” se apresentará após o show de Katy Perry, no Palco Itaú.
“O futuro está aí. As crianças estão aí. As crianças que cresceram comigo estão mostrando para os seus filhos o trabalho que eu fiz no passado. Quer coisa mais futurística que isso? Ser o futuro é isso: você fazer parte do passado de muita gente, ser o presente e fazer parte da imaginação das pessoas futuramente. O fato de eu fazer parte do imaginário e também do dia a dia dos netos dessas pessoas me emociona muito”, disse.
A artista promete fazer o gramado virar uma grande pista de dança com seus hits de sucesso.
Rodrigo Montesano, head de Experiências de Marca e Patrocínios do Itaú Unibanco, disse que a presença de Xuxa no espaço “é uma homenagem à sua trajetória como ícone da cultura pop brasileira”, principalmente em um dia de line-up inteiramente feminino.
Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace

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Do consumo responsável à oportunidade: projeto Cri. Ativos da Favela chega ao Rock in Rio

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Projeto promovido pelo Instituto HEINEKEN, Rock in Rio, Favela Filmes e CUFA direciona verba arrecadada com vendas de Heineken 0.0 para capacitação de jovens talentos na área do audiovisual Após o sucesso da edição piloto do projeto Cri.Ativos da Favela, lançado em 2023, em São Paulo, durante o festival de música The Town, o Instituto HEINEKEN em parceria com a marca Heineken®, o Rock in Rio, Favela Filmes e a Central Única das Favelas (CUFA) anuncia a ampliação do programa para a cidade do Rio de Janeiro.
Dessa vez, na edição que celebra os 40 anos do maior festival de música e entretenimento do mundo, o projeto irá impactar diretamente 120 jovens, o dobro da edição de estreia, oriundos das favelas cariocas.
À semelhança do que aconteceu no The Town 2023, e com o objetivo de fomentar o consumo responsável, o valor arrecadado com a venda de Heineken 0.0, versão zero álcool da marca, ao longo dos sete dias do Rock in Rio, será destinado à iniciativa que visa transformar a vida de jovens por meio da formação na área do audiovisual, inteligência artificial e música.
Além de formação em roteiro e produção de vídeos, o curso será focado no contexto musical, pontua Vania Guil, gerente executiva do Instituto HEINEKEN.
“O Rio de Janeiro é conhecido por sua rica tradição cultural e musical e gêneros como Rap, Trap e Funk emergem daqui, o que dá ainda mais peso para a relevância da música na vida desses jovens. Queremos fortalecer a conexão deles com a própria cultura e identidade e fazer com que isso possa gerar oportunidades de renda, preparo profissional, reconhecimento e inserção no mercado de trabalho”, afirma.
Os jovens das favelas do Brasil estão no centro do trabalho de impacto social que o Instituto Heineken desenvolve e, somar esforços com parceiros como Rock in Rio, Cufa e Favela Filmes para iniciativas como essa ampliam o potencial de atuação. O projeto entende que ver os jovens ganhando cada vez mais espaço e amplificando sua voz é a melhor resposta para quem ainda não entendeu a potência transformadora que vem das favelas.
“A união de forças entre empresas privadas e o terceiro setor é fundamental para que possamos fazer o mundo ser melhor para todos com o máximo de agilidade e, sempre que possível, focando em dar ferramentas de fortalecimento, dignidade e independência para os ecossistemas mais fragilizados da sociedade”, diz Roberta Medina, vice-presidente executiva da Rock World sobre a iniciativa.
“O curso Cri.Ativos da Favela tem um impacto direto e profundo na vida dos alunos. É uma imersão na qualificação técnica e na prática do audiovisual. Estamos falando de jovens que, em muitos casos, enxergam no audiovisual uma forma de expressar suas vivências e histórias, e o projeto dá a eles as ferramentas. Além de proporcionar a mudança em suas vidas e de seus familiares”, diz Preto Zezé, presidente da CUFA Rio.
Segue o fio para conhecer mais sobre o projeto.

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Obra de Chico Buarque é a trilha sonora aliciante que guia o povo brasileiro na cena de musical que vai de 1968 a 2022

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A atriz Cyda Moreno faz solo contra o genocídio do povo negro na cena de maior voltagem emocional do musical ‘Nossa história com Chico Buarque’
Renato Mangolin / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE MUSICAL DE TEATRO
Título: Nossa história com Chico Buarque
Artistas: Artur Volpi, Cyda Moreno, Felipe Frazão, Flávio Bauraqui, Heloisa Jorge, Laila Garin, Larissa Nunes, Luísa Vianna, Odilon Esteves e Soraya Ravenle.
Cotação: ★ ★ ★ ★ ★
♪ Quando a atriz Cyda Moreno arrepia o público do Teatro Riachuelo ao fazer indignado solo contra o genocídio do povo negro, o musical Nossa história com Chico Buarque alcança pico de emoção e atualidade. Aplausos espocam em cena aberta nas sessões do espetáculo em cartaz na cidade do Rio de Janeiro (RJ), de quinta-feira a domingo, até 6 de outubro.
Feita ao som de Construção e Deus lhe pague, músicas de 1971, a impactante cena de Cyda poderia se passar em 2024 ou em qualquer ano recente marcado pelos assassinatos de negros inocentes por policiais, fato recorrente no cotidiano nacional, sobretudo nas comunidades. Só que o solo da atriz está situado em 1968 na engenhosa arquitetura da narrativa do musical escrito pelo diretor Rafael Gomes em parceria com Vinicius Calderoni.
Os dramaturgos se desviam da já exausta fórmula dos musicais biográficos com a criação de trama estruturada em três atos – situados em 1968, 1989 / 1992 e 2022, anos emblemáticos na história política do Brasil – que vão se interligando à medida em que a ação avança no tempo.
Artur Volpi (à frente) é um dos destaques do coeso elenco do musical ‘Nossa história com Chico Buarque’, vivendo vários personagens nos três atos
Renato Mangolin / Divulgação
A costura do texto é alinhavada pelo amor nunca vivido entre duas mulheres, Beatriz e Carolina, em paixão que atravessa três gerações de duas famílias numa saga que envolve 21 personagens interpretados por 10 atores.
Homogêneo, o elenco – Artur Volpi, Cyda Moreno, Felipe Frazão, Flávio Bauraqui, Heloisa Jorge, Laila Garin, Larissa Nunes, Luísa Vianna, Odilon Esteves e Soraya Ravenle – soa afinado em todos os sentidos quando dá voz ao texto e às canções de Chico Buarque com arranjos do diretor musical Alfredo Del-Penho.
Por ter sido composta ao longo de 60 anos por um dos maiores compositores do mundo em todos os tempos, a trilha de Nossa história com Chico Buarque resulta inevitavelmente irretocável. São canções que, na cena e fora dela, guiam o povo brasileiro na luta por liberdade política, afetiva e sexual. Sem jamais ter sucumbido ao panfleto, a obra do compositor hasteia bandeiras erguidas pela própria natureza política do artista.
No roteiro do musical, aberto por Paratodos (1993) no canto de Soraya Ravenle, desfila a própria história do Brasil em narrativa feita sem concessões até o arremate intencionalmente anticlimático ao som de Olhos nos olhos (1976) na voz de Artur Volpi. O painel social montado ao fim do espetáculo é amplo.
Inexiste em Nossa história com Chico Buarque o tom artificialmente festivo dos musicais vocacionados para deixar cair o ano com karaokê entre público e artistas. As cerca de 50 canções foram postas somente a serviço da cena. E é isso que torna Nossa história com Chico Buarque um musical arrojado e, ao mesmo, aliciante, sobretudo pela força perene das canções.
Ah… são bonitas as canções, sejam os cantores falsos ou verdadeiros. E quanta verdade há na cena e no canto do elenco de Nossa história com Chico Buarque! Se Roda viva (1968) gira no primeiro ato contra a corrente e a ditadura endurecida nos anos de chumbo, a canção Trocando em miúdos (Francis Hime e Chico Buarque, 1977) é na voz de Laila Garin a trilha da separação de Carolina ao fim do segundo ato.
Laila Garin brilha ao cantar músicas como ‘Beatriz’ e ‘Trocando em miúdos’ no espetáculo ‘Nossa história com Chico Buarque’
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Enfim, por estar entranhado na alma e na memória do povo brasileiro, o cancioneiro de Chico Buarque legitima e enobrece a saga política e afetiva posta em cena audaciosa na produção da empresa Sarau Cultura Brasileira.
A entusiasmada afluência do público à temporada carioca do musical somente corrobora a potência e o viço da obra do compositor, uma das mais perfeitas traduções da bagunça dos corações e também das dissonâncias sociais que pautam o Brasil, terra que ainda parece longe de cumprir qualquer ideal enquanto soarem atuais solos como o feito por Cyda Moreno na cena de maior voltagem emocional do espetáculo Nossa história com Chico Buarque.
A atriz Heloisa Jorge em solo vocal do musical ‘Nossa história com Chico Buarque’, em cartaz no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro (RJ)
Renato Mangolin / Divulgação
Flávio Bauraqui é o escritor Nelson no primeiro ato do musical escrito pelo diretor Rafael Gomes com Vinicius Calderoni e faz o papel de Fernando no segundo
Renato Mangolin / Divulgação

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