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Festas e Rodeios

Verônica Sabino extrai sentimento das canções de Chico Buarque em show com sambas, amor e muita teatralidade

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♫ OPINIÃO SOBRE SHOW
Título: Todo sentimento – Verônica Sabino canta Chico Buarque
Artista: Verônica Sabino
Data e local: 29 de agosto de 2024 no Teatro Rival Petrobrás (Rio de Janeiro, RJ)
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Obra-prima da parceria de Chico Buarque com Cristovão Bastos, autor da melodia letrada por Chico, Todo o sentimento surgiu em 1987 no álbum Francisco e, aos poucos, se tornou uma das músicas mais festejadas do cancioneiro do compositor carioca.
Mas poucos lembram que Todo o sentimento ganhou projeção nacional na voz da cantora carioca Verônica Sabino em gravação feita para a trilha sonora da novela blockbuster Vale tudo (TV Globo, 1988). Daí Verônica ter escolhido a canção para rebatizar o show em que canta músicas de Chico Buarque no ano dos 80 anos do compositor.
Apresentado no Teatro Rival Petrobrás na noite de quinta-feira, 29 de agosto, o show Todo o sentimento – Verônica Sabino canta Chico Buarque é a versão remodelada – sob a direção da atriz Stella Miranda e a direção musical do multi-instrumentista Sérgio Chiavazzoli – do show Eu faço samba e amor (2023), estreado pela cantora no ano passado com direção musical de Luís Filipe de Lima.
A condução de Stella Miranda na cena é visível pela teatralidade com que Verônica Sabino segue roteiro aberto com a audição em off de versos de Qualquer canção (1980), música gravada pelo artista no álbum Verônica (1993). Na sequência, a cantora entra em cena com passos lentos enquanto canta Samba e amor (1970), música que emenda com Joana Francesa (1973) e com Tatuagem (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973) pela atmosfera sensual e noturna das três músicas.
NO show ‘Todo sentimento’, Verônica Sabino se mostra intérprete mais vocacionada para canções como ‘Sabiá’ e ‘As vitrines’
Marcelo Castello Branco / Divulgação Teatro Rival Petrobrás
Verônica Sabino é intérprete mais vocacionada para as canções. Tanto que as abordagens de Sabiá (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968), As vitrines (1981) e da canção-título Todo o sentimento (1987) sobressaíram nitidamente no roteiro.
Foram as canções que geraram os aplausos mais entusiásticos do público que encheu o Teatro Rival Petrobrás para assistir ao show em que a cantora divide a cena com o pianista João Carlos Coutinho e o já mencionado Sérgio Chiavazzoli, que se alterna no violão, no bandolim e até na caixa de fósforo batucada com destreza no samba A rita (1966), alocado entre o lirismo de Januária (1968) e a melancolia de Carolina (1967).
A propósito, Verônica Sabino sai da zona mais confortável ao cair no suingue do samba de Chico Buarque ao longo do show com entonações e inflexões que enfatizam os sentidos de versos de Samba do grande amor (1984), Quem te viu quem te vê (1966) e Essa moça tá diferente (1970).
Por vezes, os gestos teatrais soaram excessivos, caso do rodopio da cantora no versão da valsa João e Maria (Sivuca e Chico Buarque, 1977) que menciona um pião. A descida da cantora para a plateia para dar o microfone ao público em Maninha (1977) também se mostrou desnecessária.
No todo, é justo reconhecer que o show Todo o sentimento flui bem, inclusive pela costura firme do roteiro e pelo amor verdadeiro da cantora pela obra do compositor.
Com a voz em forma, Verônica Sabino está cantando muito bem. Tanto que, ao sair de cena após o bis com A banda (1966) e Vai passar (Chico Buarque e Francis Hime, 1984), a cantora deixa boa impressão neste show que se junta às comemorações pelos 80 anos do gênio Chico Buarque.

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DJ fã de Katy Perry vai se montar de drag no Rock in Rio e quer interagir com a cantora: ‘Ela foi a minha liberdade’

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Americana é a headliner do Palco Mundo nesta sexta (20). Renan Caetano vai se montar de Patty Patrícia na grade do show de Katy Perry
Cristina Boeckel/g1
Renan Caetano chegou aos portões do Rock in Rio às 23h de quinta-feira (19) para garantir a grade no show de Katy Perry, que é a estrela do Palco Mundo nesta sexta (20). Ele vem com um plano ousado: “Eu sou drag e vou me montar. Quero que ela me veja e interaja comigo.”
O esforço — e as 25 horas de espera ao relento — tem justificativa. A artista teve papel fundamental na sua formação. “Ela foi a minha liberdade. Ela me fez quem sou hoje, e atualmente posso me expressar por meio da minha arte”, destaca Renan.
A drag Patty Patrícia existe há 5 anos. Segundo Renan, que veio de São Paulo, a noite foi fria, mas a ansiedade o ajudou a se manter aquecido.
Sobre o look de Patty Patrícia, é importante manter o mistério. Só alguns pedaços foram mostrados para o g1: a peruca loira e o salto altíssimo.
Na espera, a manhã está sendo embalada pelo som de “143”, álbum que ela lança no festival.
“Eu ouvi e já gostei muito, está pop-dance, como ela prometeu, e quero cantar as músicas”, opinou.
Katy Perry: ‘Nunca mais farei esse tipo de show’
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Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace
g1 ouviu: novo álbum de Katy Perry fica preso ao passado

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Acordo sobre a herança de Gal Costa favorece a preservação e a possível expansão da discografia da cantora

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Há muito ouro de alto quilate a ser garimpado no baú da artista, que faria 80 anos em 2025. ♫ COMENTÁRIO
♩ É provável que quase todos os admiradores e seguidores de Gal Costa (26 de setembro de 1945 – 9 de novembro de 2022) tenham tomado algum partido na disputa travada na Justiça de São Paulo entre o filho da cantora, Gabriel Costa, e a viúva de Gal, Wilma Petrillo, pela herança da artista.
De todo modo, o fato de a briga judicial ter chegado ao fim nesta semana, com acordo firmado entre Gabriel e Wilma, deve ser comemorado por todos os que amam a arte maior de Gal Costa. O fim da disputa favorece a preservação e a possível expansão da obra da cantora através das edições de gravações inéditas.
Há relíquias nos acervos das gravadoras Universal Music (detentora dos discos feitos por Gal na Philips entre 1967 e 1983) e Sony Music, dona do patrimônio adquirido com a fusão com a companhia então denominada BMG, na qual Gal ingressou em 1984, quando a gravadora ainda se chamava RCA, e permaneceu até 2001.
Enquanto herdeiros brigam na Justiça pelo espólio de um artista, as gravadoras tendem a deixar a obra desse artista de lado para evitar dor-de-cabeça, sobretudo quando se trata da edição de produto inédito, para a qual são necessárias as devidas autorizações de todos os herdeiros (e de todos os envolvidos na gravação).
Com boa vontade, há muito ouro a ser garimpado no baú de Gal. São do mais alto quilate, por exemplo, as seis faixas do EP gravado por Gal com o violonista Raphael Rabello (1962 – 1995) em 1990, sendo que duas das seis músicas, o samba-canção Duas contas (Garoto, 1951) e Estrada branca (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958), permaneceram inéditas na voz da cantora.
Sem falar nos registros de shows dos anos 1970, como Cantar (1974), cujo roteiro incluía cinco músicas – o acalanto cubano Drume negrita (Ernesto Grenet, 1942), Me deixe mudo (Walter Franco, 1972), Não existe pecado ao sul do Equador (Chico Buarque e Ruy Guerra, 1973), Menina mulher da pele preta (Jorge Ben Jor, 1974) e Chorou, chorou (João Donato e Paulo César Pinheiro, 1973) – nunca gravadas por Gal.
Enfim, todos ganham literal e/ou metaforicamente com o acordo sobre a herança de Gal. O caminho está aberto para os lançamentos de gravações inéditas da cantora ao longo de 2025, ano em que a imortal Gal Costa faria 80 anos.

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Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace; vídeo

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Cantora ainda caprichou no ketchup ao servir as fatias, como todo carioca faz. Antes, postou segurando embalagens de Bis. Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace
Atração principal desta sexta-feira (20) no Rock in Rio, Katy Perry surpreendeu os fãs durante a madrugada e distribuiu pizza na porta do Copacabana Palace, onde está hospedada.
A americana foi até a calçada acompanhada de integrantes do staff que seguravam pilhas de caixas de pizzas

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