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Festas e Rodeios

Adiar ou não? Sem regras claras, decisão de seguir ou cancelar shows fica na mão de artistas

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Ao contrário de 2020, governos não proíbem e músicos decidem. Alguns desmarcam: Lulu Santos diz que show seria ‘irresponsável’. Studio SP parou, mas lamentou descaso com cultura: ‘Decisão difícil’. Gusttavo Lima, Anitta, Duda Beat e Lulu Santos já mudaram a agenda de shows por causa piora da pandemia em 2022
Divulgação
Em 2020 não teve escolha. No esforço para conter a pandemia, houve um apagão de shows no Brasil e no mundo. Em 2022, com a piora na pandemia causada pela variante ômicron, as regras são menos firmes. Resultado: a decisão de adiar ou não tem ficado na mão das casas de shows e dos artistas.
O g1 já mostrou como o ano começou com shows adiados – alguns por precaução dos artistas e a maioria porque os músicos pegaram Covid. Com a situação ainda incerta, mais cantores e casas de shows estão cancelando apresentações em janeiro e até depois.
Ao contrário do carnaval, que já foi cancelado em grande parte do Brasil, os shows seguem liberados na maior parte do país.
Muitos artistas seguem na estrada – inclusive alguns que pegaram Covid, desmarcaram datas, se recuperaram e voltam a tocar. Os eventos são adaptados a regras estaduais que estão restringindo o número de público e a lotação das casas, sem barrar os eventos.
Há outro fator novo: em 1º de janeiro venceu o prazo da lei que dispensava os produtores de devolver o dinheiro dos ingressos caso os shows fossem remarcados. Isso significa que todo show adiado em 2022 deve oferecer reembolso para quem não quiser ir na nova data (veja mais regras abaixo).
Decisão difícil
Lulu Santos desmarcou shows que faria em janeiro e fevereiro. Ele já tinha cancelado sua data no Rio no dia 6 de janeiro após oito pessoas de sua equipe se contaminarem.
“Mediante o recrudescimento vertiginoso das últimas duas semanas dos casos de infecção de Covid, e já com as emergências dos hospitais lotadas com pessoas com problemas respiratórios, a gente acha pouco sensato, na verdade, irresponsável, convidá-los para estarem num ambiente fechado, aglomerados onde todos, na melhor das hipóteses, cantam, dançam, batem palma, suam, e potencialmente infectam ou são infectados”, Lulu disse em vídeo. Barão Vermelho, Fafá de Belém e Luiza Possi e outros artistas curtiram.
Outra declaração sobre a escolha foi dos sócios do Studio SP, casa de shows paulista que estava fechada havia oito anos e, em meio ao ânimo com a retomada de eventos no fim de 2021, tinha voltado à ativa.
“O setor cultural foi o primeiro a entrar e será o último a sair em sua plenitude da crise pandêmica e não existe compreensão pública sobre a importância estratégica da cultura, tanto na geração de emprego e renda como para a saúde mental da sociedade”, diz o comunicado do Studio SP.
“A decisão do adiamento dos shows foi muito difícil. Um dos objetivos da reabertura do Studio SP é contribuir na retomada cultural da cidade. Pretendemos manter nossa programação de fevereiro, obviamente atentos às diretrizes sanitárias”, também diz o comunicado.
Mais casas de São Paulo, como Cine Joia e Espaço das Américas, também adiaram shows. Outras mantêm a programação.
“Está sendo uma decisão extremamente difícil, tanto emocional quanto operacionalmente. Pensamos, repensamos, tentamos adiar o inevitável, mas o momento não nos permite celebrar o verão de nossas vidas com a potência que gostaríamos, e aí tudo perde o sentido”, disse a organização do festival carioca Universo Spanta, adiado para 2023.
Também no Rio, a casa de shows Qualistage, que abriria em janeiro no lugar do antigo Metropolitan, adiou a inauguração. Shows em janeiro e fevereiro de Maria Bethânia, Thiaguinho, Martinho da Vila e outros foram remarcados.
Veja shows adiados por precaução diante da piora na pandemia em 2022:
Lulu Santos – várias datas em janeiro e fevereiro
Silva – janeiro e fevereiro em Vitória, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e BH
Studio SP – toda a agenda de janeiro, com Tom Zé, Art Popular, Tulipa Ruiz, Acadêmicos do Baixo Augusta e outros
Espaço das Américas (SP) – Ana Carolina, Alexandre Pires e outros shows de janeiro
Festival Universo Spanta, no Rio, com Pabllo Vittar, Iza, Ney Matogrosso, Alok, Ludmilla e Elza Soares.
Qualistage (Rio) – adiou a inauguração e shows em janeiro e fevereiro de Maria Bethânia, Thiaguinho, Martinho da Vila e outros.
Tropkillaz – 16 de janeiro em SP
Marina Sena em São Paulo em 8 e 9 de janeiro
Djonga e Bin no Rio em 8 de janeiro
Ensaio da Anitta no Rio em 9 de janeiro
Maestro João Carlos Martins e Maria Bethânia nos dias 15 e 16 de janeiro, no Rio de Janeiro. Apresentações foram adiadas para 12 e 13 de março
No Ceará, vários shows foram adiados devido às novas regras mais rígidas: João Gomes, Nando Reis, Zé Felipe, Fagner, Silva e outros
Salvador Folia: evento aconteceria entre dias 24 e 27 de fevereiro, na Bahia (veja mais shows e eventos cancelados na Bahia)
Veja shows adiados após músicos ou equipe pegarem Covid em 2022:
Alcione em 13 e 15 de janeiro, no Rio de Janeiro (RJ) e Tibau (RN), respectivamente
Marisa Monte em janeiro em São Paulo e Rio de Janeiro
Skank nos dias 14, 15 e 16 de janeiro em Santa Catarina. Shows foram adiados para maio
Anavitória em São Paulo em 9 de janeiro
Jota Quest em Praia Grande em 7 de janeiro
Simone e Simaria em Florianópolis em 7 de janeiro
Gusttavo Lima – diversas datas
Xamã em Itacaré (BA) em 8 de janeiro
Munhoz e Mariano em São Paulo em 1º de janeiro
Israel e Rodolffo – diversas datas
Diogo Nogueira no Rio e SP nos dia 8 e 9 de janeiro
Veja as regras para shows adiados ou cancelados em 2022:
A medida provisória que permitia que as produtoras não oferecessem reembolso em caso de shows adiados em 2020 e 2021 não vale mais.
Voltaram a valer as regras tradicionais, definidas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). O consumidor pode solicitar o reembolso da compra em até 30 dias após a data de divulgação do cancelamento ou adiamento. Isso vale mesmo para os shows cujos ingressos foram comprados em 2021, mas que foram adiados ou cancelados já em 2022.
O estorno deve acontecer da mesma forma da compra. Os ingressos comprados com dinheiro devem ser estornados com dinheiro. Os ingressos por cartão devem ser estornados no cartão.
E se eu tiver problema para conseguir o dinheiro de volta ou outros direitos? É possível acionar as empresas organizadoras através da plataforma “consumidor.gov’, do Governo Federal. Ela foi criada para tentar resolver essas demandas em 2014;
O consumidor também deve fazer uma reclamação junto ao Procon para que dados sejam gerados e utilizados pelos órgãos públicos.

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Festas e Rodeios

Por que Chappell Roan e outras estrelas do pop estão denunciando comportamento tóxico de fãs

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Recentemente, cantora disse que “pode ​​sair” da indústria musical se o assédio contra ela e as pessoas mais próximas não diminuir. Chappell Roan criticou “comportamento assustador” de alguns fãs
Getty Images/Via BBC
Em apenas oito meses, Chappell Roan deixou de ser uma desconhecida para chegar ao topo das paradas como uma das maiores novas estrelas pop do planeta.
Mas, enquanto a jovem de 26 anos, nascida no Missouri, conclui uma turnê esgotada pelo Reino Unido, a consequência obscura da megafama e os fãs invasivos ameaçam lançar uma sombra sobre o seu sucesso.
Em agosto, ela postou dois vídeos no TikTok, agora visualizados mais de 30 milhões de vezes, denunciando o “comportamento assustador” que ela vivenciou e pedindo aos fãs para respeitarem seus limites.
E no Instagram, ela escreveu “mulheres não devem” nada, depois que um fã a agarrou e a beijou em um bar. Em outro episódio, a polícia teve que intervir quando um fã em busca de autógrafo não aceitou um não como resposta.
Esta semana, ela deu um passo além, dizendo à revista The Face que “pode ​​sair” da indústria musical se o assédio contra ela e as pessoas mais próximas não diminuir.
A fama, ela concluiu, tem a “energia de um ex-marido abusivo”.
Alguns veem os comentários de Roan — e observações semelhantes de outros artistas — como evidência de que o relacionamento entre as estrelas e seus fãs está mudando drasticamente.
“Não consigo lidar com essa responsabilidade”
Chappell Roan é o alter ego drag de Kayleigh Amstutz. E ela tentou manter as duas identidades separadas.
A autenticidade da artista é a chave para seu apelo entre os fãs. Mas ser famosa tem desvantagens para uma estrela pop moderna.
“É um mundo tão interessante em que vivemos, onde todos querem ver quem você realmente é nas redes sociais. Mas há essa ilusão de que eles conhecem você e que podem lhe dizer qualquer coisa”, ela disse à revista Glamour no ano passado.
Em encontros, os fãs LGBT despejam suas difíceis experiências de revelação sobre ela. “Minha música ajudou muitas pessoas a superar esse trauma, e eu amo isso”, ela acrescentou.
“Mas, pessoalmente, como Kayleigh, não consigo lidar com essa responsabilidade.”
As tentativas de Roan de estabelecer limites e redefinir os relacionamentos modernos entre fãs e artistas, sem surpresa, levaram a uma reação negativa.
Em seu podcast, Perez Hilton e Chris Booker apoiaram os apelos de Roan por relacionamentos mais saudáveis ​​com fãs, mas alertaram que suas críticas repetitivas à fama – tudo isso enquanto cortejava a atenção da mídia – a deixaram aberta a acusações de ser uma “rabugenta”.
Roan no tapete vermelho do VMA Awards no início deste mês
Getty Images/Via BBC
Nas redes, há quem interprete os comentários de Roan como ingratos, pois argumentam que qualquer lado negativo da atenção são parte da fama e da fortuna.
No entanto, a maioria dos fãs apoia Roan. Lily Waite, uma mulher trans de 29 anos, disse à BBC News que achou a franqueza da estrela inovadora e fortalecedora, e afirmou entender seu pedido por reações mais respeitosas.
“A maioria dos fãs é maravilhosa, sincera e respeitosa, mas esses não são os fãs aos quais ela se dirige ou se refere em seus vídeos pedindo limites”, diz Waite, que sente que a misoginia está por trás de grande parte da reação negativa.
Rebecca Clark, 35, que se identifica como queer (pessoas que não se identificam com gênero ou orientação sexual estabelecidos), sugere que a experiência de Roan na cena drag/queer – que Clark argumenta ser mais compreensiva com a saúde mental – deixou a artista mais “exposta no cenário mundial”.
Ainda assim, Clark a apoia, principalmente porque ela desafia a superficialidade daqueles que só apoiam a autenticidade das estrelas quando ela é positiva. “Ela é autoconsciente o suficiente para ter visto o que aconteceu no passado com outras estrelas pop e ativamente estabeleceu um limite para seus fãs.”
“Como a primeira estrela pop feminina massivamente assumida desde Lady Gaga, ela é incrível. Mas, novamente, isso não significa que ela deva aos fãs um encontro pessoal. Ela é apenas uma pessoa também.”
Se Roan está fazendo a tentativa mais intensa e de alto nível de impor limites, ela certamente não está sozinha em falar sobre o tema.
Hayley Williams, do Paramore, disse que os comentários de Roan foram “corajosos e infelizmente necessários”.
EPA/Via BBC
A cantora do Paramore Hayley Williams apoiou publicamente os comentários. “Isso acontece com todas as mulheres que conheço desse ramo, inclusive eu”, ela escreveu. “A mídia social piorou isso. Estou muito grata que Chappell esteja disposta a abordar isso de uma forma real, em tempo real. É corajoso e infelizmente necessário.”
A cantora Mitski deu boas-vindas para a cantora no “clube onde estranhos acham que você pertence a eles e eles encontram e assediam seus familiares”.
A banda indie Muna também criticou elementos “tóxicos” de sua própria base de fãs. A música The Diner (O jantar, em português) de Billie Eilish discutiu de forma semelhante sobre ser perseguida.
Para Sarah Ditum, autora de Toxic, um livro que explora o estrelato feminino nas últimas décadas, este ano marcou “um ponto de inflexão” em celebridades dizendo abertamente que os fãs estão cruzando uma linha.
Ela acredita que é mais fácil para esta geração de estrelas falar sobre isso porque elas cresceram com a linguagem da saúde mental e dos limites, já que “a cultura pop tem reavaliado o tratamento dado às estrelas nos anos 2000″ — em particular Britney Spears.
Como a princesa do pop millennial, o arco de Spears serve como um aviso para todos que a seguem. Ela simboliza tanto a exploração da época – comercializada para as massas como uma adolescente sexual com apenas 16 anos – quanto a mudança nas pressões da fama provocadas por uma mídia em mudança.
Experimentando o auge da fama na era pré-mídia social, a carreira rigidamente controlada de Spears a deixou sufocada pelos paparazzi e executivos do sexo masculino até um colapso público.
Para Roan, a atenção agora vem dos fãs que, graças às redes sociais, podem formar relacionamentos parassociais – o termo psicológico para descrever a ilusão de uma amizade ou vínculo com uma estrela que nunca conheceram.
Isto torna a fama particularmente intensa para esta geração, diz Ditum.
“Em certo sentido, as mídias sociais são um poder incrível em suas mãos. Eles não precisam passar por uma imprensa potencialmente hostil e podem falar diretamente ao seu público em seus próprios termos.”
“Mas também dá um grande poder ao público.”
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Febre na China, microdramas com episódios de 1 minuto (na vertical) já concorrem com cinema e miram Hollywood

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Especialistas apontam que vídeos de formato curto são concorrente cada vez mais forte para o setor cinematográfico chinês. ‘Eles não vão mais ao cinema’, diz um ator veterano sobre o público, que descreve como trabalhadores de meia-idade e aposentados, em grande parte. O ator Zhu Jian, de 69 anos, durante gravação de um microdrama em um salão de Zhengzhou, na província de Henan, na China
Tingshu Wang/Reuters
Em um set de filmagem que se assemelha ao castelo medieval chinês, Zhu Jian está ocupado dando dor de cabeça à segunda maior indústria cinematográfica do mundo.
O ator de 69 anos está interpretando o patriarca de uma família rica que comemora seu aniversário com um banquete luxuoso. Mas, sem o conhecimento de nenhum deles, a empregada em cena é sua neta biológica. Uma segunda reviravolta: Zhu não está filmando para as telas de cinema.
“Grandma’s Moon” é um microdrama, composto por episódios de um minuto, filmados na vertical, com frequentes reviravoltas na trama, criados para manter milhões de espectadores presos às telas de seus celulares – e pagando para ver mais.
“Eles não vão mais ao cinema”, disse Zhu sobre seu público, que ele descreveu como sendo composto em grande parte por trabalhadores de meia-idade e aposentados. “É muito conveniente segurar um telefone celular e assistir a qualquer coisa quando quiser.”
Equipe grava microdrama em um salão de Zhengzhou, na província de Henan, na China
Tingshu Wang/Reuters
O setor de micro dramas da China, que movimenta US$ 5 bilhões por ano, está em expansão, de acordo com entrevistas da Reuters com 10 pessoas do setor e quatro acadêmicos e analistas de mídia.
De acordo com alguns especialistas, os vídeos de formato curto são um concorrente cada vez mais forte para o setor cinematográfico chinês, que só perde em tamanho para Hollywood e é dominado pela estatal China Film Group.
E a tendência já está se espalhando para os Estados Unidos, em um raro exemplo de exportações culturais chinesas que encontram força no Ocidente.

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Rock in Rio 2024: Veja fotos do 7º dia

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Último dia de evento tem shows de Shawn Mendes, Akon, Ne-Yo e Luisa Sonza no Palco Mundo. Mariah Carey e Ney Matogrosso são alguns dos destaques do Palco Sunset. Olodumbaiana abre Palco Sunset no último dia de Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
Público chega para último dia de Rock in Rio
Delson Silva / Agnews
Público corre para acompanhar o sétimo e último dia de Rock in Rio
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