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Festas e Rodeios

‘Maysa – Quando fala o coração’: série estreia no Globoplay nesta segunda-feira (17)

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Série sobre a cantora e compositora foi dirigida pelo filho, Jayme Monjardim, e exibida pela primeira vez em 2009. Saiba mais sobre a produção estrelada por Larissa Maciel. Laryssa Maciel em ‘Maysa’
Renato Rocha Maciel / Globo
A minissérie “Maysa – Quando fala o coração”, estreia no Globplay nesta segunda-feira (17). A produção conta a história da cantora e compositora Maysa, escrita por Manoel Carlos e dirigida por Jayme Monjardim, filho da artista.
A minissérie relembra a trajetória da artista inovadora, que causou escândalo ainda na adolescência ao usar calças compridas, fumar na rua e se maquiar aos 13 anos.
Em entrevista ao Memória Globo, Manoel Carlos conta como a atriz Larissa Maciel foi selecionada para interpretar a protagonista: “A escolha da Larissa foi uma sorte grande. Desde a elaboração da minissérie, esbarrava-se sempre nisso: quem fará a Maysa? Porque ela tinha uma presença física muito familiar para uma geração toda, os olhos dela inspiraram poemas do Manuel Bandeira.”
“Os olhos da Maysa eram muito especiais. Eu, que a conheci pessoalmente, convivi um tempo com ela, me lembro muito bem desse fascínio que ela exercia nos homens, ela era muito sedutora. Então, a escolha da atriz tinha que bater nesses pontos todos, coincidir.”
“O Jayme me contou quando foi conhecer a menina em Porto Alegre, começou a conversar com ela e ficou bem impressionado. Ela veio para o Rio e, na maquiagem, no figurino, no texto que eu já tinha escrito, ela começou a encontrar a Maysa. E ela tinha os olhos da Maysa. E isso foi o que o Jayme disse: ‘Bom, já temos uma atriz que tem os olhos da minha mãe, agora o resto a gente vai conseguir’. E conseguimos mesmo, ela ficou muito parecida. Então, foi uma escolha muito feliz. Deu tudo certo”.
Laryssa Maciel em ‘Maysa’
Renato Rocha Miranda / Globo
Maysa começou a compor desde cedo, mas suas composições ficavam restritas aos diários e anotações íntimas. Cantava apenas em casa, nas muitas festas oferecidas por seus pais, Inah (Ângela Dip) e Monja (Nelson Baskerville). Boêmio, o pai convivia com muitos artistas e sempre promovia saraus em sua casa.
Aos 17 anos, Maysa casou-se com o bilionário André Matarazzo (Eduardo Semerjian), poderoso empresário da indústria brasileira, quase 20 anos mais velho do que ela. Com ele, teve seu único filho: Jayme Monjardim Matarazzo (André Matarazzo / Jayme Matarazzo Filho).
Encantado por Maysa desde a primeira vez que a viu, André Matarazzo sempre esteve presente na vida da amada – desde que ela ainda era uma criança. Os anos se passaram, e a jovem Maysa foi se apaixonando por André. Os dois assumiram publicamente o compromisso na festa de aniversário de 17 anos da jovem. Pouco tempo depois, em uma sessão de cinema, ele a pediu em casamento.
Maysa – Quando Fala o Coração: Maysa e André em lua de mel na Europa
A relação, porém, não foi suficiente para deixar Maysa feliz. Ela tinha outros sonhos. Além disso, sentia-se sozinha na mansão dos Matarazzo, não conseguindo se adaptar ao ambiente tradicional, diferente do clima festivo da casa dos pais.
A repressão ostensiva, os compromissos profissionais do marido e as críticas da sogra, a matriarca Amália Matarazzo (Denise Weinberg), agravaram sua solidão. A mãe de André era radicalmente contra os anseios artísticos da nora, cujo talento foi descoberto quando Maysa ainda estava grávida.
Na época, ela recebeu uma proposta para gravar um disco com letras e músicas de sua autoria. O marido imediatamente se opôs, mas acabou cedendo, desde que a gravação fosse beneficente e realizada somente após o nascimento do filho.
Maysa – Quando Fala o Coração: Maysa e André brigam
O disco foi lançado e fez enorme sucesso. Logo surgiram convites para apresentações, participações em programas e gravações de novos discos. Os conflitos do casal se acirraram, culminando com a separação, um grande escândalo para uma época em que não existia o divórcio.
Casada em regime de separação total de bens, Maysa não herdou nada nem quis receber mesada do ex-marido. Partiu em busca da sua realização profissional. Maysa viveu um período conturbado após a separação. Suas músicas eram um sucesso – ela era uma das cantoras mais bem pagas do Brasil na época –, mas a artista se excedia nas noitadas, na bebida alcoólica, nos moderadores de apetite e nos romances, que se tornavam públicos.
Um desses relacionamentos amorosos foi com o compositor Ronaldo Bôscoli (Mateus Solano). Embora o romance tenha durado poucos meses, o personagem aparece em oito dos nove capítulos da minissérie.
Maysa – Quando Fala o Coração: Maysa dispensa Ronaldo Bôscoli
Segundo o autor Manoel Carlos, Bôscoli teve grande importância na carreira musical de Maysa ao apresentá-la à Bossa Nova, que a fez mudar sua maneira de cantar. A música O Barquinho, de Bôscoli e Roberto Menescal, foi uma das muitas músicas gravadas por ela. Maysa foi uma das primeiras grandes cantoras a abraçar o novo ritmo brasileiro e a divulgá-lo no exterior.
Além de André Matarazzo e Ronaldo Bôscoli, mais dois homens que passaram pela vida de Maysa ganharam personagens na trama: o espanhol Miguel Azanza (Pablo Bellini), que a cantora conheceu quando ele ainda era casado e com quem viveu por quase dez anos; e o ator Carlos Alberto, interpretado por Marat Descartes.
Ele conviveu com a cantora em seus últimos anos de vida, quando ela construiu uma casa em Maricá, cidade do litoral do Rio de Janeiro, transformada em seu refúgio. Na trama, Miguel rompeu com Maysa e decidiu voltar para a Espanha ao perceber que ela se interessara por Carlos Alberto.
Maysa – Quando Fala o Coração: Maysa briga com Miguel e toma muitos comprimidos
Apesar de Maysa ter se relacionado com outros homens, a minissérie mostrou que o amor de sua vida foi André Mattarazo. Em cena exibida na trama, ela estava em turnê na Europa, consolidando sua carreira internacional, quando, durante um show no Cassino Estoril, em Portugal, ficou sabendo da morte do ex-marido. Maysa contou o que aconteceu à plateia e pediu licença para cantar a música preferida de André: Hino ao Amor (Hymne à l’Amour), eternizada por Edith Piaf.
A minissérie também abordou o sofrimento e a culpa de Maysa em relação ao filho, Jayme. O menino sempre se ressentiu da ausência da mãe na infância, já que ela vivia viajando em turnês. Depois da morte do pai, Jayme passou sete anos em um internato na Espanha, dois deles vivendo sozinho até descobrir que a mãe voltara a morar no Brasil e nem o avisara.
Ele resolveu voltar ao seu país e, ao chegar ao aeroporto, encontrou um taxista o esperando, no lugar da mãe. Na casa de Maysa, em Maricá, os dois tiveram uma discussão séria, e Jayme disse que não a considerava mais sua mãe. Determinado, rompeu com ela e pediu a emancipação aos 15 anos.
Passado algum tempo, Jayme voltou à casa de Maricá para entregar à mãe seu convite de casamento. Maysa argumentou que ele ainda era muito jovem para casar, mas ele estava decidido. Quando o rapaz foi para o aeroporto viajar em lua de mel, Maysa apareceu no saguão, e eles tiveram uma conversa emocionante, de perdão e arrependimento. Os dois se abraçaram, e Jayme viajou. Foi a última vez que mãe e filho se viram.
Maysa – Quando Fala o Coração: Maysa e Jayme conversam pela última vez
Maysa morreu prematuramente em um acidente de carro na ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro, aos 40 anos, no dia 22 de janeiro de 1977.
Curiosidades
Participaram da série dois filhos do diretor Jayme Monjardim, que interpretaram o próprio pai em diferentes momentos da história: André Matarazzo, de 10 anos, filho do diretor com a atriz Daniela Escobar, e Jayme Matarazzo, de 22 anos, filho do diretor com Fernanda Lauer. O rapaz também trabalhou como assistente de direção da minissérie.
A atriz Larissa Maciel, intérprete da protagonista, nasceu exatamente no ano em que Maysa morreu, em 1977, e tem uma grande semelhança física com a cantora. Ela foi escolhida em testes entre mais de 200 atrizes.
“Maysa – Quando Fala o Coração” é considerada pelo diretor Jayme Monjardim como o trabalho mais importante de sua vida. À época das gravações, ele afirmou que se preparou a vida toda para esse projeto.
Maysa não fez sucesso apenas no Brasil. Seu talento conquistou fãs pelo mundo inteiro. A cantora morou muitos anos fora do país e viajou em turnês internacionais pela América do Sul, América Central, Estados Unidos, vários países da Europa e da África. Culta e muito bem informada, apesar de não ter cursado além do 2º ano ginasial, cantava e falava fluentemente francês, inglês, espanhol e italiano.
Manoel Carlos contou que Maysa teve pelo menos sete romances palpitantes, mas, por questões dramatúrgicas, ele escolheu apenas quatro para explorar na trama.
Críticos da minissérie lamentaram a ausência da cantora Nara Leão na história. Na vida real, ela rompeu com o noivo Ronaldo Bôscoli (Mateus Solano) ao saber que ele estava tendo um caso com Maysa. Na ficção, porém, Nara Leão foi renomeada e virou uma atriz de teatro amador. Segundo Manoel Carlos, a mudança foi pedida pela família da cantora.
A Globo Livros editou uma obra com fotos da cantora e bastidores da minissérie, nos moldes em que Jayme Monjardim desenvolveu outras produções, como a novela “O Clone” (2001) e o filme “Olga” (2004).
Na esteira do programa, foram relançados dois livros sobre a cantora: “Maysa”, uma edição independente, de José Roberto Santos Neves; e “Meu Mundo Caiu – A Bossa e a Fossa de Maysa”, de Eduardo Logullo.

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ANTES E DEPOIS: elenco principal de Castelo Rá-Tim-Bum se reencontra 20 anos depois

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Clássico programa infantil dos anos 90 completou 30 anos de lançamento em 2024. Elenco do ‘Castelo Rá-tim-bum’ faz reencontro histórico durante evento de cultura geek
Reprodução/Instagram
Um momento nostálgico para os nascidos nos anos 90: os protagonistas de ‘Castelo Rá-tim-bum’ Luciano Amaral, Fredy Allan e Cassio Scapin e Cinthya Raquel se reencontraram neste sábado (21), em um registro histórico compartilhado nas redes sociais.
No clássico infantil, eles deram vida a Nino, Pedro, Zequinha e Biba, respectivamente.
Cassio Scapin, intérprete de Nino, celebrou o encontro em publicação em suas redes sociais, marcando o fim de um hiato de duas décadas:
“Hoje encontro maravilhoso quatro pessoas que se adoram e não conseguiram em 20 anos estarem no mesmo tempo e espaço juntos!”, diz o texto.
Já a atriz Cinthya Rachel compartilhou uma foto dos atores na qual eles aparecem refazendo a clássica foto de divulgação da série (veja abaixo).
Elenco reproduziu imagem clássica do Castelo Rá-Tim-Bum
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“Zeca, Nino, Pedro, Biba! Quem leu cantando levanta a mão! Fazia mais de 20 anos que nós quatro não nos encontrávamos ao mesmo tempo. E cá estamos deixando o seu coração quentinho”, diz o texto em seu Instagram.
As fotos foram tiradas durante o Santos Festival Geek, evento de cultura nerd realizado neste fim de semana em Santos (SP). Os atores tiveram um bate-papo e sessão de fotos com fãs.
O programa infantil completou 30 anos de lançamento em 2024. Ele foi ao ar pela primeira vez no dia 9 de maio de 1994 pela TV Cultura.

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Vocalista do Journey fala em deixar a banda após show no Rock in Rio: ‘Devastado’

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Em suas redes sociais, Arnel Pineda declarou que deixaria o grupo caso ‘1 milhão’ de comentários pedissem sua saída. Performance do artista no palco do festival foi criticada. Journey se apresenta no Palco Mundo do Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
O vocalista do Journey, Arnel Pineda, voltou a falar sobre o show no Rock in Rio após críticas à sua apresentação. O cantor fez uma nova publicação nas redes sociais e escreveu que está “ciente” de falhas no show do último domingo (15).
“Ninguém mais do que eu neste mundo se sente tão devastado com isso”, escreveu Pineda. “É realmente incrível como mil coisas certas que você fez serão esquecidas só por causa disso… e de todos os lugares, é no Rock In Rio”.
“Mentalmente e emocionalmente, eu já sofri, e ainda estou sofrendo… mas vou ficar bem”.
O vocalista também falou em deixar a banda caso os fãs pedissem. “Estou oferecendo a vocês uma chance agora (especialmente aqueles que me odiaram e nunca gostaram de mim desde o começo) para simplesmente escrever ‘Fique’ ou ‘Saia’ aqui”.
Segundo o vocalista, se “um milhão” de comentários pedissem, ele sairia do Journey.
Pineda já havia falado sobre as críticas nas redes sociais nesta semana. “Não fomos perfeitos, especialmente eu”, disse o cantor, dias após o show no Rock in Rio.

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Olodumbaiana faz ode à música baiana de ontem e hoje no Rock in Rio

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Com show solar, Baianasystem prova que tem força para tocar no palco Mundo e Olodum lembra clássicos carnavalescos. Leia crítica do g1. Olodumbaiana abre Palco Sunset no último dia de Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
Duas potências da música baiana juntas só poderiam resultar no que se viu na abertura do palco Sunset do Rock in Rio: um show solar, com percussão contagiante e mãos para cima com o público cantando junto.
“Capim Guiné” abriu o show com a força habitual do repertório da banda, seguida pelo clássico do Olodum, “Nossa Gente”. A plateia já estava ganha.
O recado seguiu sendo dado com “Lucro”, cantado por um público animado e dançante no Sunset.
Na alternância entre o Olodum e o Baiana System, “Rosa” trouxe um pouco de romantismo para a tarde quente deste domingo na Cidade do Rock, que logo voltou a ficar animada com “Dia da Caça”.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Russo Passapusso se comportou como o dono do palco, agitando o público formado por muitos fãs de sua banda, que agitavam e levantavam as mãos a cada comando seu.
Olodumbaiana abre Palco Sunset no último dia de Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
O show parou em alguns momentos para interações melódicas entre os guitarristas no palco, além de partes instrumentais que realçam o repertório do Olodum.
O grupo, que completa 45 anos em 2024, fez o público cantar forte com “Várias Queixas”, música gravada por eles em 2012 e que ganhou uma nova versão em 2020 com os Gilsons.
As mãozinhas para cima voltaram na “ode” do Baiana a Salvador, “Duas Cidades”. O Olodum manteve o clima solar com “Alegria Geral”, que diz que a banda “pirou de vez”.
“Sul-americano” é uma das melhores representações do som multicultural do Baianasystem, com influência melódica e rítmica de ritmos latinos, que seguiram em trechos de “Magnata” e “Bala na Agulha” antes de voltar ao trecho final da música.
“Faraó divindade do Egito” trouxe o carnaval de Salvador diretamente para a Cidade do Rock.
“Certopelocertoh” teve a participação de Vandal, rapper baiano, e manteve o nível de energia com “Saci”, com a volta ao carnaval baiano de “Olodum para balançar”.
O show mostra que o Baiana System já pode alçar voos maiores no palco Mundo, a julgar pela recepção calorosa do público do Sunset.

Olodumbaiana abre Palco Sunset no último dia de Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1

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