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Festas e Rodeios

Beyoncé, LeBron James, Kanye West e mais: quais famosos apoiam Trump ou Kamala

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Posicionamento político de famosos tem sido decisivo para estimular eleitores a votar em candidatos a presidência; veja lista. (Da esq. p/ dir.) Os cantores Beyoncé, Bad Bunny e Kanye West
AP/AP/Reuters
Prestes a acabar, a corrida presidencial americana deste ano mobilizou várias celebridades. Tanto o candidato Donald Trump quanto a candidata Kamala Harris receberam apoio de famosos do cinema, da música e diversas áreas.
Há quem tenha declarado voto meses atrás, como o empresário Elon Musk, que apoia o republicano. E há quem esteja se posicionando agora, como a atriz Jennifer Anniston, que na última quarta-feira (30) incentivou os fãs a votarem na democrata.
Como o voto não é obrigatório nos Estados Unidos, manifestações de celebridades acabam sendo importantes para estimular as pessoas. Veja a seguir famosos que já declararam apoio a um dos candidatos.
Quem apoia Kamala?
Beyoncé
Beyoncé declara apoio a Kamala Harris para presidência dos EUA
A cantora Beyoncé participou do comício da candidata democrata em 25 de outubro, em Houston (Texas), sua cidade natal.
Em um discurso de pouco menos de 5 minutos, Beyoncé pediu para que as mulheres imaginassem um país onde tivessem liberdade para tomar suas próprias decisões. A fala também marca o apoio oficial dela à campanha de Kamala.
“Não estou aqui como uma celebridade, não estou aqui como uma política. Estou aqui como mãe que se preocupa com o mundo em que minhas filhas vivem. Imagine um mundo onde temos liberdade para controlar nosso corpo”, disse a cantora.
A artista também cedeu à campanha de Harris a permissão de usar sua canção “Freedom” em um vídeo promocional.
Taylor Swift
Taylor Swift publica carta em apoio a Kamala Harris
Reprodução/Instagram
Uma das celebridades mais influentes do país, a cantora Taylor Swift declarou que irá votar em Kamala Harris para presidente dos Estados Unidos. A artista fez um post em uma rede social logo após o debate da ABC News, na noite de terça-feira (10).
“Estou votando em Kamala Harris porque ela luta pelos direitos e causas que acredito precisarem de uma guerreira para defendê-los”, afirmou.
Swift tem um séquito de fãs reconhecidamente engajado. A campanha de Kamala Harris tenta tirar proveito disso – por exemplo, colocando à venda pulseirinhas da amizade inspiradas nos “swifties”.
Um porta-voz do governo americano afirmou à revista “Hollywood Reporter” que uma publicação publicação feita pela cantora levou diretamente 337,826 pessoas ao site vote.gov, que explica como os cidadãos podem se registrar para votar.
Taylor Swift entra na mira de apoiadores de Trump; entenda
Billie Eilish
Billie Eilish declara apoio a Kamala Harris na eleição dos EUA
Reprodução
Billie Eilish e seu irmão, o cantor e compositor Finneas, declararam apoio a Kamala Harris em 17 de setembro.
Em vídeo publicado em redes, eles defenderam a chapa da atual vice-presidente com Tim Walz e fizeram apelo para que seus fãs se registrem para votar. Nos Estados Unidos, não é obrigatório votar.
“Vamos votar na Kamala Harris e em Tim Walz, porque eles estão lutando para proteger nossa liberdade reprodutiva, nosso planeta e nossa democracia”, afirmou a cantora. “Não podemos deixar extremistas controlarem nossas vidas e nossas liberdades e nosso futuro”, completou Finneas.
Olivia Rodrigo
Olivia Rodrigo canta no programa americano ‘Today Show’
Divulgação/NBC
A cantora Olivia Rodrigo postou um vídeo da campanha de Kamala que defende a legalização do aborto, bandeira que a filipa gosta de erguer dentro e fora de seus shows, nos quais discursa sobre direitos reprodutivos.
Eminem
Eminem apresenta o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, antes de ele subir ao palco durante um evento de campanha para a candidata presidencial democrata e vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, na primeira semana de votação antecipada em Detroit, Michigan, EUA, em 22 de outubro de 2024.
Emily Elconin
Antes do ex-presidente Barack Obama Obama citar linhas de “Lose Yourself” em um comício democrata, o rapper Eminem subiu ao palco para endossar Kamala Harris, em 22 de outubro.
“Como a maioria de vocês sabe, a cidade de Detroit e o estado natal de Michigan significam muito para mim”, disse. “E entrando nesta eleição, os holofotes estão sobre nós mais do que nunca, e acho que é importante usar sua voz. Então, estou encorajando todos a saírem e votarem, por favor.”
Charli XCX
A cantora Charli XCX com seu álbum ‘Brat’
Divulgação
Apesar de ser britânica, a cantora provocou um alvoroço, especialmente entre a Geração Z, ao manifestar apoio a Kamala Harris, mesmo antes de seu nome ser oficializado pelo Partido Democrata na corrida à Casa Branca.
A artista publicou “Kamala é brat” em suas redes em julho – “Brat” é o nome de seu álbum mais recente, cujo lançamento foi um fenômeno de engajamento na internet. A própria campanha de Harris fez meme com o fato.
George Clooney
O ator George Clooney ri durante evento na Casa Branca em 28 de abril
AP
Apoiador histórico do Partido Democrata, George Clooney foi uma das primeiras celebridades a pedir para que Joe Biden desistisse de disputar a reeleição após o mau desempenho no primeiro debate das eleições, em junho. Ele divulgou seu apoio a Harris depois que o atual presidente anunciou de fato sua desistência.
Bad Bunny
Bad Bunny no Met Gala 2023
Evan Agostini/Invision/AP
O cantor porto-riquenho Bad Bunny postou, no domingo (27), um vídeo em que Kamala diz: “Eu nunca vou esquecer o que Donald Trump fez e o que ele não fez quando Porto Rico precisava de um líder competente e carinhoso”.
A democrata ainda afirma no vídeo: “Ele abandonou a ilha, tentou bloquear a ajuda após furacões devastadores e não ofereceu nada mais do que toalhas de papel e insultos”.
LeBron James
Lebron James no aquecimento
Getty Images
O astro do basquete LeBron James também está entre as celebridades que endossaram o apoio a Kamala na reta final das eleições. O bilionário e jogador do Lakers escreveu em uma postagem nas redes sociais: “Quando penso em meus filhos e minha família e em como eles crescerão, a escolha é clara para mim. VOTE EM KAMALA HARRIS!!!”
Jennifer Anniston

Mike Blake/Reuters
“Hoje não só votei pelo acesso à assistência médica, pela liberdade reprodutiva, pela igualdade de direitos, por escolas seguras e por uma economia justa, mas também pela SANIDADE e pela DECÊNCIA HUMANA”
Foi com este pronunciamento nas redes sociais que Jennifer Anniston confirmou aos seguidores que votou na candidata Kamala Harris. A estrela de Friends ainda acrescentou, em sua postagem no Instagram.
“Vamos, por favor, acabar com esta era de medo, caos e ataques à nossa democracia – e votar em alguém que nos unirá e não continuará a ameaçar nos dividir 🙏🏼”
Quem apoia Trump?
Kanye West
Ye, o rapper antes conhecido como Kanye West, em imagem do documentário ‘jeen-yuhs: Uma Trilogia Kanye’
Divulgação
Ainda que neste ano seu apoio ao republicano tenha sido bem mais tímido do que no passado, o rapper Kanye West disse que repetirá o voto em Trump.
“Claro [vou votar nele], é Trump o dia todo”, afirmou Kanye num vídeo gravado por um paparazzi.
50 Cent
50 Cent faz show em Los Angeles
Reprodução/Instagram
Embora tenha dito que recusou uma oferta de US$ 3 milhões para participar de um comício de Trump, o rapper 50 Cent compartilhou uma imagem do rosto do republicando estampando a capa de seu álbum “Get Rich or Die Trying”.
No início deste ano, 50 Cent também fez um post dizendo que Trump será “novamente presidente”.
Elon Musk
Elon Musk, bilionário dono da Tesla e da rede social X, durante evento de apoio a Trump em outubro
Evan Vucci/AP
O bilionário, fundador de empresas como a Tesla e a SpaceX, além de dono da rede social X, anunciou oficialmente o apoio a Trump em julho, horas depois que o ex-presidente sobreviveu a uma tentativa de assassinato durante um comício em Butler, na Pensilvânia.
Musk também prometeu doar quase US$ 45 milhões (cerca de R$ 245 milhões) por mês para apoiar a campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos por meio de uma associação política chamada America PAC, concentrada em promover o registro de eleitores, o voto antecipado e por correio entre os moradores de estados decisivos na eleição.
Hulk Hogan
Hulk Hogan discursa em evento republicano nos EUA
Chip Sommodevilla/AFP
Ex-lutador de vale-tudo norte-americano, Hulk Hogan subiu ao palco da Convenção Republicana e rasgou a própria camisa em sua apresentação, revelando uma camiseta de apoio a Trump e seu candidato a vice, J.D. Vance.
Amber Rose
Amber Rose chamou a atenção com sua roupa pouco convencional no VMA 2015
Reuters/Danny Moloshok
A modelo e celebridade da TV americana, ex dos rappers Kanye West e Wiz Khalifa, também famosa por vender fotos eróticas no OnlyFans, discursou na Convenção Republicana. No evento, ela disse que “a mídia mentiu sobre Donaldo Trump”. Em 2016, ela havia criticado Trump, mas mudou sua orientação política nos últimos anos.
Dana White
Presidente do UFC, Dana White, fala em gravação para a última noite da Convenção Nacional do Partido Republicano
Convenção Nacional do Partido Republicano/AP
Presidente e CEO do UFC, principal organizadora de campeonatos de artes marciais mistas, ele expressou apoio logo após o atentado sofrido por Trump em julho, chamando o candidato de “o ser humano mais firme, mais resiliente que eu já vi”.

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Madonna, Katy Perry, Bruno Mars… por que artistas pop escolheram o Brasil em 2024?

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Ano foi marcado por visitas ‘especiais’ de artistas para promover seus trabalhos. Rosé, Katy Perry, Bruno Mars, Madonna e The Weeknd vieram ao Brasil para ‘ocasiões especiais’ em 2024
Reprodução
A visita surpresa de Beyoncé à Bahia, no fim de 2023, foi quase um presságio sobre o ano que estava por vir. Em 2024, o Brasil foi um destino visado por muitos artistas pop, que escolheram o país para vindas especiais – e acontecimentos que geralmente são reservados ao hemisfério norte.
Afinal, só neste ano:
Madonna fez o maior show da sua carreira na Praia de Copacabana;
The Weeknd fez uma apresentação única e exclusiva, com músicas inéditas, em São Paulo;
Katy Perry escolheu lançar um disco na data de seu show no Rock in Rio;
Bruno Mars fez uma longa passagem pelo Brasil, com direito a aniversário, ida a jogo de futebol e posts especiais;
Rosé, do Blackpink, veio ao Rio de Janeiro para encontrar “Bruninho”, no dia do lançamento da parceria “APT”.
Não é exagero dizer que, em 2024, o “Come to Brazil” foi levado à sério. Artistas entenderam o Brasil não só como um bom local para vender shows, mas como uma das melhores ferramentas de promoção para os seus trabalhos. Mas afinal, o que tem atraído os grandes nomes pop ao Brasil?
O país do engajamento
Trazer um show ou uma oportunidade exclusiva para cá é uma ótima notícia para os fãs brasileiros. Mas se engana quem pensa que a vantagem é somente nossa.
Em tempos de redes sociais, conquistar o Brasil significa ganhar engajamento massivo. Neste ano, quem percebeu isso foi o ator Vincent Martella (“Todo Mundo Odeia o Chris”), que ganhou milhões de seguidores após usar uma camiseta que dizia “Eu sou famoso no Brasil”. O americano, que não é tão famoso nos EUA, arrematou “publis” para a Fanta e o Burger King brasileiro, foi tietado ao vir para o país e deu entrevistas para vários veículos nacionais.
Vincent Martella
Reprodução/Instagram
Foi também em 2024 que a influenciadora americana Courtney Henning Novak viralizou após ler Machado de Assis. Além de ganhar milhares de seguidores, ela visitou o país e publicou vídeos lendo Clarice Lispector, Mário de Andrade, Guimarães Rosa, e até assistindo à novela “Avenida Brasil”. Seus vídeos sobre cultura brasileira têm mais visualizações que os conteúdos sobre outros assuntos.
A prova definitiva da força do engajamento – e da cultura de fãs – no Brasil foi a queda do X. “O fandom de celebridades no mundo todo está em desordem”, escreveu a Associated Press. Já a NBC News disse que “a espinha dorsal da cultura de fãs no Twitter foi quase totalmente silenciada”.
‘Auxílio emergencial’ de artistas internacionais?
Katy Perry levanta bandeira do Brasil
Reprodução/Instagram
Quando Katy Perry marcou seu show no Rock in Rio para a mesma data que lançaria o álbum “143”, ela não sabia que estaria em um momento turbulento na carreira. O que provavelmente imaginava era que aqui encontraria fãs prontos para apoiá-la, tanto no palco quanto fora dele, independentemente de como estivesse sua imagem. Deu certo.
“Katy fez uma apresentação triunfante diante de um mar de pessoas extasiadas no Rock in Rio na noite do lançamento de ‘143’. A multidão cantou junto em alto volume até mesmo o criticado single ‘Woman’s World’”, apontou o site americano especializado em música Pitchfork.
Essa recepção positiva poderia ter acontecido em outros lugares, mas, nesses casos, o Brasil é quase sempre garantia de sucesso. Não à toa, na internet, o país foi apelidado de “auxílio emergencial de artistas internacionais”.
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Mas por que estamos de braços abertos para tantos artistas gringos (até aqueles que não estão em alta)? Para a professora Aianne Amado, doutoranda em Ciências da Comunicação pela USP e especializada em estudar os fãs brasileiros, há uma explicação histórica.
Ela lembra que os brasileiros têm contato com a noção de “estrangeiro” desde o Brasil colônia – e que a hierarquia social dessa época, que valorizava tudo “que vem de fora”, deixa marcas até hoje.
“A família real veio morar aqui, então nós nos formamos a partir de uma economia dependente da colônia. A gente já aprende a olhar para a colônia como o referencial econômico, de cultura e político”, conta. “Os costumes de Portugal, as tradições, tudo isso fica acima. E aí a gente tende a ir em busca desse capital social”.
Para ela, esse sentimento se intensificou após a Segunda Guerra Mundial, com a influência da cultura americana sobre o resto do mundo.
“Hoje, a gente tende a preferir produtos internacionais porque representam uma cultura que aprendemos que é a ideal. A cultura brasileira é riquíssima e subvalorizada no nosso país, enquanto muita gente acha que a cultura externa é melhor por causa de toda essa construção histórica. A gente tende a achar que o que vem de fora é melhor, que o filme internacional é melhor que o filme brasileiro”.
Combine isso à falta de privilégios que o país costuma ter, frequentemente excluído de turnês mundiais e grandes eventos culturais. Quando o Brasil finalmente conquista um lugar na agenda de um admirado artista, trata-se de uma oportunidade de ouro para os fãs, que “competem” para fazer cada vinda valer a pena. E quem ganha é o ídolo.
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A cultura dos fandoms dialoga com a cultura brasileira, e os fãs têm um comportamento similar às torcidas de futebol: são práticas enraizadas na paixão, que movimentam a economia.
Segundo um estudo deste ano da consultoria de marketing Monks, em parceria com o instituto de pesquisa comportamental Floatvibes, 38% dos brasileiros se dizem fãs de alguém. Eles gastam, em média, R$ 199,41 por mês com produtos ou experiências relacionadas aos seus ídolos (ingressos, álbuns, itens de merchandising, entre outros).
Entre os fãs questionados, 37% afirmam acreditar que a dedicação ao ídolo pode ser medida pela quantidade de dinheiro gasto para alimentar a relação com ele.
Tudo isso se converte em um retorno valioso para os artistas. “Mercadologicamente, é óbvio que faz muito sentido porque é uma publicidade ‘gratuita’ para eles. O boca a boca do brasileiro faz muito sentido. E comercialmente também, no sentido de vendas, de circulação, de engajamento digital”, acrescenta Aianne.
Bruno Mars
Reprodução/Instagram
Jeitinho brasileiro
No filme “Bohemian Rhapsody”, baseado na história real do Queen, Freddie Mercury mostra à sua namorada, Mary, o show da banda no Rock in Rio de 1985. Ele aponta para a televisão e diz: “Eu não sabia se entendiam uma palavra do que eu dizia. De repente… Todos cantando. Milhares deles”.
A cena, inspirada em relatos verdadeiros da banda, relembra um traço essencial do nosso país. Vários motivos mercadológicos atraem artistas ao Brasil, mas um “jeitinho brasileiro” marca os shows feitos aqui. Quando milhares de pessoas de outro país entoam cada verso de cada música, isso serve como uma “consolidação” do tamanho do artista – para ele mesmo e para o mundo.
“Vocês sempre estiveram lá por mim. Aquela bandeira, aquela bandeira verde e amarela, eu a vejo em todos os lugares. Eu a sinto em meu coração”, disse Madonna no show em Copacabana.
A forma que o público brasileiro trata os shows – com calor e entusiasmo – é, por exemplo, um dos fatores que transformou o show da Madonna em um misto de “evento de Copa do Mundo, carnaval de rua e celebração de Ano Novo combinados”, como descreveu o New York Times. Afinal, trata-se de um público habituado às festas com grandes multidões (não à toa, 4 dos 10 shows com o maior público na história aconteceram no Brasil).
Fã de Madonna, Ernesto Magalhães se veste de ‘Material Girl’ para show em Copacabana
Thaís Espírito Santo/g1 Rio
Aianne diz que não sabe quantificar, “em termos científicos”, por que há tanto calor nas plateias brasileiras. “Eu acho que é uma característica do nosso povo. O calor, a alegria, o abraço brasileiro é diferente de outros lugares. Já tentei procurar em antropólogos, sociólogos, mas quantificar isso é uma dificuldade que eu ainda tenho”.
“O brasileiro sabe que tem um diferencial e gosta de mostrar isso. Temos orgulho em receber o titulo de ‘melhores fãs do mundo’ e fazemos de tudo para mantê-lo. É uma validação importantíssima para nós”, completa.
No fim das contas, vir ao Brasil rende engajamento, mídia espontânea e fortalece a relação fã-artista. Mas, sobretudo, cria momentos inesquecíveis: um festival como o Rock in Rio, por exemplo, lotado de fãs com a letra na ponta da língua, é difícil de replicar. Tem coisa que só tem no Brasil.

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‘Ainda estou aqui’ estreia com aviso contra ditaduras: ‘democracia é falha, mas é o melhor que temos’, diz Fernanda Torres

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Estreia desta quinta-feira (7) é a melhor chance do Brasil em receber indicação a Oscar em 20 anos: ‘Só não quero que a pessoa ache que, se não vier o prêmio, o filme perdeu’, afirma atriz. Fernanda Torres e Selton Mello falam sobre ‘Ainda estou aqui’
“Ainda estou aqui” finalmente estreia nesta quinta-feira (7) nos cinemas brasileiros – e é difícil lembrar de um filme nacional que tenha gerado tanta expectativa nos últimos anos.
Mas não é difícil de entender. A adaptação do livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva é:
a maior chance do país receber mais uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional desde “Central do Brasil”, em 1999;
o reencontro – mesmo que breve – da grande dupla desse clássico, o diretor Walter Salles e a atriz Fernanda Montenegro;
e um aviso sobre as atrações e os perigos de governos autoritários, segundo a protagonista, Fernanda Torres. Assista ao vídeo acima.
Para a atriz de 59 anos, gerações mais jovens não se lembram de como era a ditadura militar. De fato, se for considerado que o regime acabou em 1985, dos millennials em diante ninguém cresceu com a repressão.
“A democracia também não conseguiu resolver a desigualdade, o ensino público, a saúde, a segurança. Eu acho que teve toda uma geração que veio que uma hora começou a pensar: ‘será que o problema não é a democracia?'”, diz Torres em entrevista ao g1.
“Eu tenho certeza que esse cara, que cresceu em um país democrático, com todos os seus problemas, eu digo para ele: ‘Eu juro para você que a democracia é falha, mas é o melhor que temos’.”
“E eu acho que esse filme ajuda a essas pessoas a entenderem o que é viver em um país arbitrário, em um país no qual o governo faz atos tão injustos quanto matar o seu pai, levar sua irmã de 15 anos para um prisão e torturar pessoas.”
Selton Mello, seu principal parceiro de cena, concorda. “É um filme necessário”, afirma o ator.
“Eu não preciso ir muito longe, não. Eu tenho 51 anos. Eu cresci em um ambiente familiar em que eu não tive essa percepção. O meu pai chamava de ‘revolução’. E aí, ator, adulto, é que eu fui entender o que era aquilo. Inclusive para dizer: ‘Pai, não foi uma revolução’.”
G1 já viu: ‘Ainda estou aqui’ faz de história pessoal inspiradora um sensível alerta contra o fascismo
Fernanda Torres em cena de ‘Ainda estou aqui’
Divulgação
Por Eunice
Premiado no Festival de Veneza, o roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega se baseia no livro de memórias para contar a história da mãe do escritor, Eunice Paiva.
Com a interpretação de Torres, o público acompanha a transformação da protagonista – uma dona de casa dos anos 1970, mãe de cinco filhos – em uma das maiores ativistas dos Direitos Humanos do país após o assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Mello), pela ditadura militar.
A atuação elogiada lidera uma obra que tem recebido diversos elogios da crítica internacional. O suficiente para colocá-lo entre os favoritos para receber uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional e até sonhar com outras categorias.
Publicações especializadas, como a revista “Variety”, colocam Salles, Torres e os roteiristas entre possíveis surpresas.
“Eu só não quero que a pessoa ache que se não vier o prêmio, que o filme perdeu” fala Torres, que prefere ter cautela com a empolgação.
Selton Mello e Fernanda Torres em cena de ‘Ainda estou aqui’
Divulgação
“Ele tem que entender que um filme brasileiro, com o que está acontecendo, já é um acontecimento.”
Para ela, por mais que premiações ajudem a popularizar o filme com o público brasileiro – há quem fale até em uma correção da injustiça quando sua mãe perdeu em 1999 –, isso acontece sem a necessidade da estatueta.
“Para isso não precisa o prêmio. Isso já está acontecendo. Pessoas que não falam de cinema – porque o Brasil vive um processo de amor e ódio com o próprio cinema, né? Tem levas de amor profundo e levas de… Isso eu já sinto com o cara da esquina. Ele sabe do filme, né?”
O primeiro passo o público conhece em 17 de dezembro, quando a Academia de Cinema de Hollywood divulga uma pré-lista. A última vez em que o Brasil conseguiu chegar a essa etapa foi em 2008, com “O ano em que meus pais saíram de férias”.
A lista final, com os indicados, é anunciada um mês depois, em 17 de dezembro de 2025. A cerimônia do Oscar acontece em 2 de março.
Orgulho nacional
Para Mello, “Ainda estou aqui” faz parte de uma onda de grandes produções nacionais, que recuperam uma alegria pelo cinema brasileiro.
“Só de resgatar, ou de ter esse orgulho do nosso cinema, meu Deus, isso é maravilhoso. Em um ano riquíssimo. Filmes premiados”, diz ele, empolgado.
“Vou citar alguns: ‘Baby’, do Marcelo Caetano, na Semana da Crítica em Cannes, o Karim Aïnouz, na competição oficial, ‘Malu’, filme do Pedro Freire, em Sundance, Juliana Rojas ganhou prêmio em Berlim, Mari Brennand, em Veneza, Kleber (Mendonça Filho) filmando, indo para o ano que vem.”
No fim, lembra até de fazer uma breve (e necessária autopropaganda).
“Uma safra maravilhosa, e que nós fazemos parte dela. E vem ‘Auto da Compadecida 2’ aí, que ainda é grande, comercial, brasileiro. Um acontecimento.”
A continuação, estrelada mais uma vez por ele e Matheus Nachtergaele, tem estreia prevista para 25 de dezembro.
Guilherme Silveira, Selton Mello, Cora Ramalho e Fernanda Torres em cena de ‘Ainda Estou Aqui’
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Juçara Marçal, Arnaldo Antunes, Tulipa Ruiz e Romulo Fróes compõem sobre a Avenida Paulista para trilha de teatro

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♫ NOTÍCIA
♪ Uma das principais vias da cidade de São Paulo (SP), a Avenida Paulista já inspirou compositores como Eduardo Gudin e J.C. Costa Neto, parceiros na criação de Paulista (1990), música lançada na voz da cantora Vânia Bastos. O cancioneiro sobre a avenida será ampliado a partir de 2025.
A convite do encenador Felipe Hirsch, nada menos do que 15 compositores nascidos e/ou residentes em São Paulo – Alzira E, Arnaldo Antunes, DJ K, Jéssica Caitano, Juçara Marçal (foto), Kiko Dinucci, Maria Beraldo, Maria Esmeralda, Maurício Pereira, Negro Leo, Nuno Ramos, Rodrigo Campos, Rodrigo Ogi, Romulo Fróes e Tulipa Ruiz – compuseram músicas sobre a via para a trilha sonora do próximo espetáculo de teatro dirigido por Hirsch, Avenida Paulista – Da Consolação ao Paraíso.
A estreia da peça está prevista para fevereiro no Teatro do Sesi de São Paulo. Arthur de Faria assina a trilha sonora do espetáculo. A direção musical é de Maria Beraldo, também compositora de tema inédito incluído na trilha.

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