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Festas e Rodeios

Com potente voz de barítono, Agnaldo Rayol ecoou bel canto italiano no Brasil

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Morto aos 86 anos, cantor carioca viveu o auge na década de 1960 e amargou períodos de baixa nos anos 1970 e 1980 até renascer a partir de 1993 em trilhas de novelas de Benedito Ruy Barbosa. Agnaldo Rayol (1938 – 2024) em 2020 no ‘Festival Vozes da Melhor Idade’, último trabalho do artista
Reprodução / Vídeo
♫ OBITUÁRIO
♪ Amigo de Benedito Ruy Barbosa, Agnaldo Rayol foi convidado pelo novelista em 1993 para gravar a música Em nome do amor (César Augusto e Piska) para a trilha sonora da novela Renascer, exibida pela TV Globo naquele ano com grande sucesso.
Mesmo não tendo se imposto na trilha da trama rural de Benedito Ruy Barbosa, a gravação de Em nome do amor promoveu o renascimento artístico de Agnaldo Coniglio Rayol (3 de maio de 1938 – 4 de novembro de 2024), cantor, ator e apresentador carioca que fizera sucesso na década de 1960, mas que andava esquecido e, naquela época, já estava há sete anos sem lançar álbum.
O convite para a trilha sonora da novela Renascer injetou ânimo na carreira fonográfica do artista – que, a partir de então, passou a gravar álbuns mais bem cuidados como Agnaldo Rayol (1994) e Todo o sentimento (1997) – e incrementou a agenda de shows deste cantor muito querido pelo público que gosta de intérpretes grandiloquentes.
Morto na madrugada de hoje, aos 86 anos, em decorrência de queda sofrida na casa em que vivia na cidade de São Paulo (SP), Agnaldo Rayol foi um dos símbolos brasileiros do bel canto, termo italiano que designa o canto de estilo operístico, exacerbado, calcado na técnica vocal.
A potente voz de barítono de Rayol credenciava o cantor – de ascendência italiana por parte de mãe – a encarar temas como Mia Gioconda (Vicente Celestino, 1946), gravado pelo artista com a dupla Chrystian & Ralf para a trilha sonora da novela O rei do gado (Globo, 1996), outra trama blockbuster de Benedito Ruy Barbosa.
Ainda por intermédio do amigo novelista, Agnaldo Rayol viveu pico de popularidade quando gravou o então inédito tema italiano Tormento d’amore (Luiz Schiavon, Marcelo Barbosa e Antônio Scarpellini, 1999) em duo com a cantora galesa Charlotte Church para a abertura da novela Terra nostra (1999).
Naquele momento, Rayol voltou a ser ouvido em todo o Brasil quase na mesma intensidade com que tinha sido escutado nos anos 1960, década áurea do artista.
Agnaldo Rayol começou a cantar no fim da década de 1940, ainda adolescente, na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, na cidade natal do Rio de Janeiro (RJ). Mas precisou esperar a voz de barítono ganhar musculatura e atingir a forma adulta para lançar o primeiro álbum, Agnaldo Rayol, editado em 1958 com repertório romântico, à moda antiga.
Alheio à revolução da bossa nova naquele mesmo ano de 1958, Rayol fez nome e fama com um cancioneiro sentimental, tônica de álbuns como Sonhos musicais (1959), Maior do que a saudade (1960) e Se ela voltar (1961). O artista jamais abandonou esse repertório romântico que nunca sai de moda.
Paralelamente à carreira de cantor, o artista passou a atuar como apresentador – comandando na TV Record programas como o Côrte Rayol Show (1965) com o humorista e redator Renato Côrte Real (1924 – 1982) – e como ator de novelas e filmes. Contudo, para o público do Brasil, Agnaldo Rayol foi sobretudo um cantor.
A partir dos anos 2000, a carreira fonográfica do cantor novamente desacelerou como anos 1970 e 1980. Contudo, o artista continuou a fazer shows pelo Brasil até começar a ficar debilitado e a desenvolver a doença de Alzheimer.
O último trabalho de Agnaldo Rayol foi realizado em 2020 por iniciativa do produtor musical de Thiago Marques Luiz. Trata-se de registro audiovisual de voz e piano do Festival Vozes da Melhor Idade.
Nessa gravação, Rayol falou um pouco da trajetória artística e deu voz a músicas como a canção Chão de estrelas (Silvio Caldas e Orestes Barbosa, 1937) e o samba-canção A noite do meu bem (Dolores Duran, 1958) no tom que o consagrou como uma voz opulenta do bel canto, estilo que ecoou no Brasil com grande orgulho.
O carioca Agnaldo Rayol (1938 – 2024) sai de cena aos 96 anos na cidade de São Paulo (SP)
Divulgação

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Pabllo Vittar conclui o álbum ‘Batidão tropical 2’ com a quentura artificial de ‘Ai que calor’, faixa com Duda Beat

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Capa do single ‘Ai que calor’, de Pabllo Vittar com Duda Beat
Gabriel Renné
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Ai que calor
Artista: Pabllo Vittar e Duda Beat
Cotação:★ ★ 1/2
♪ Pabllo Vittar aposta em Ai que calor como um hit de verão. Última faixa bloqueada do álbum Batidão tropical vol. 2 (2024), lançado pela cantora em abril, Ai que calor chegou ao mundo agora à noite, às 21h desta terça-feira, 5 de novembro. O trunfo da faixa é um feat. de Pabllo com Duda Beat.
Mas o fato é que a quentura de Ai que calor resulta artificial. Falta um clima tropical no batidão eletrônico de Ai que calor. A música é daquelas compostas e formatadas em escala industrial, sem alma, por time de autores e produtores.
Basta dizer que a autoria da composição é creditada a nada menos do que 11 nomes, incluindo as duas artistas e os respectivos times de colaboradores de Pabllo Vittar e Duda Beat. Rodrigo Gorky, Zebu, Maffalda, Pabllo Vittar, Pablo Bispo, Ruxell, Duda Beat, Number Teddie, Bibi, Tomás Tróia e Lux Ferreira assinam uma música de animação sintética.
Os seis produtores musicais – Rodrigo Gorky, Maffalda, Zebu, Ruxell e Pablo Bispo, além da dupla Lux & Tróia – seguem os códigos do pop contemporâneo moldado para baladas. Contudo, falta originalidade a Ai que calor.
Falta sobretudo a espontaneidade que caracteriza as músicas das bandas de calypso, tecnobrega e forró cujos repertórios são revitalizados por Pabllo Vittar nos dois volumes do álbum Batidão tropical.
Típica música feita e esquentada em micro-ondas, Ai que calor não deve resistir até o fim do verão…

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Bruno Caliman canta com Ana Vilela e Paulo Ricardo em projeto autoral que totaliza 12 músicas entre singles e EPs

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Bruno Caliman reúne 12 músicas em ‘Calimanismo’, projeto autoral que inclui quatro singles e dois EPs, indo até o fim de abril de 2025
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♫ NOTÍCIA
♪ Compositor que fez nome no universo sertanejo, tendo fornecido hits para duplas como Fernando & Sorocaba e cantores como Luan Santana, Bruno Caliman investiu na carreira de cantor há quatro anos com a edição do álbum Alter & eu (2020), trabalho de repercussão prejudicada por ter sido lançado no auge da pandemia de covid-19 quando os palcos estavam fechados e o público estava preso dentro de casa.
Superada essa fase, Caliman parte para um segundo trabalho autoral, Calimanismo, composto por quatro singles e dois EPs que totalizam 12 músicas.
A primeira na série de lançamentos, Sirenes, poderá ser ouvida a partir de sexta-feira, 8 de novembro, em single gravado com produção musical de César Lemos.
“Sirenes é canção inspirada em filmes sobre Bonnie Parker e Clyde Barrow, casal que aterrorizou os EUA na década de 1930, roubando bancos, lojas e fugindo da polícia pelas rodovias americanas. A letra fala de um amor aventureiro, livre, cheio de desafios no destino”, adianta Caliman.
Um mês depois, precisamente em 6 de dezembro, o artista baiano apresenta Envelhecer, música gravada em dueto com Ana Vilela em single produzido pelo próprio Caliman com o toque do piano de André Daumas.
“Envelhecer é uma canção inspirada nos casais de velhinhos que andam pelas calçados do bairro onde eu moro. Casais de idosos que andam devagar, sem ansiedade, correria. Como se tivessem feito um pacto com o amor e com o tempo. A participação de Ana Vilela deixou a canção ainda mais comovente. Ana tem no repertório dela canções com temas similares”, ressalta o cantor.
O projeto Calimanismo entra em 2025 com a edição, em 10 de janeiro, do terceiro single, Não tenha medo, single também produzido por Caliman e gravado com Paulo Ricardo.
“Nessa canção Não tenha medo, eu quis falar sobre medos cotidianos, físicos, espirituais; medos irreais, fobias, traumas. É uma canção de amor que pode ser entendida além do amor romântico. Falo do amor parceiro, do amor de anjo da guarda. O amor do ‘conta comigo’. Foi um sonho ter o Paulo Ricardo dividindo comigo essa canção tão importante”, exulta Caliman.
Na sequência, em 24 de janeiro, Bruno Caliman lança o single Cobaia, apresentando o registro do autor dessa já conhecida música que deu projeção à cantora Lauana Prado em EP lançado em 2018. A versão de Cobaia na voz de Caliman foi produzida por Lucas Santos, que toca todos os instrumentos da gravação.
Após os quatro singles, o artista dá continuidade ao projeto Calimanismo com as edições de dois EPs. O primeiro tem lançamento previsto para 28 de março e o segundo, para 18 de abril.

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Tão bom de palco quanto de marketing, Jão faz turnê ‘Especial de Natal’ que engloba oito capitais com show ‘único’

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Jão anuncia turnê ‘Especial de Natal’ com show ‘único’ em rota que começa pelo Rio de Janeiro (RJ) em 29 de novembro e vai até 22 de dezembro
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♫ COMENTÁRIO
♩ Jão mostrou que é tão bom de palco quanto de marketing ao anunciar nas redes sociais no início da tarde de hoje, 5 de novembro, a turnê Especial de Natal.
A rigor, o popstar paulista ainda nem encerrou a corrente Superturnê, mas, aproveitando a fase de grande popularidade, o cantor idealizou um outro show para reunir os seguidores em torno de uma celebração ao fim de 2024 em um show que caracteriza como “único”.
“Como esse foi um ano de muitas conquistas, eu quis criar esse momento pra gente celebrar todas elas juntos. Um show único pra cantar aquelas que só a gente sabe – e também com algumas surpresas!”, prometeu Jão no anúncio feito nas redes sociais do artista.
Com patrocínio de marca de refrigerantes, o cantor apresentará o show Especial de Natal por oito capitais do Brasil, em rota que começa em 29 de novembro na cidade natal do Rio de Janeiro (RJ) e termina em 22 de dezembro em Maceió (AL).
No caminho, Jão passa por Brasília (DF) em 1 dezembro, Curitiba (PR) em 4 de dezembro, Belo Horizonte (MG) em 5 de dezembro, São Paulo (SP) em 7 de dezembro, Porto Alegre (RS) em 13 de dezembro e Recife (PE) em 21 de dezembro.
Os ingressos estarão à venda a partir das 12h de amanhã, 6 de novembro, data em que também serão revelados os locais das apresentações.

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