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No ‘BBB22’, Linn da Quebrada explica tatuagem ‘Ela’ e diz: ‘Quero ser tratada nos pronomes femininos’

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Depoimento foi dado após pergunta de Tadeu Schmidt. Entrada da cantora no jogo gerou diversos debates sobre gênero com participantes. Especialista faz alerta sobre importância da educação para diversidade. Linn da Quebrada no “BBB22”
Reprodução/Instagram
Durante a exibição do “BBB22” ao vivo na noite deste domingo (23), Linn da Quebrada respondeu ao questionamento do apresentador Tadeu Schmidt e explicou a origem de sua tatuagem “Ela” acima da sobrancelha. A cantora ainda afirmou para os confinados que quer ser tratada com pronomes femininos.
A chegada de Linn da Quebrada no “BBB22” trouxe debates sobre gênero logo em seu primeiro dia de reality. A cantora ingressou na casa na quinta-feira (20) com Arthur Aguiar e Jade Picon. Eles ficaram isolados por terem testado positivo para Covid-19.
Em sua apresentação no jogo, Linn se emocionou e afirmou: “Não sou homem, nem sou mulher, sou travesti.” Ao longo de seus primeiros dias no reality, Linn teve conversas sobre gênero com Eslovênia, Naiara Azevedo e Rodrigo. (leia mais logo abaixo).
Tadeu começou a conversa perguntando aos participantes sobre o estado civil, enfatizando os pronomes “elas” e “eles” no questionamento:
“Primeiro uma pergunta para elas: quem aí está solteira? Agora uma pergunta para eles. Quem aí está solteiro?”.
“Linna, você tem o pronome ‘ela’ tatuado acima da sobrancelha. Queria que você explicasse porque você fez essa tatuagem e também que você dissesse, mais uma vez, reforçando, como as pessoas devem se dirigir a você, devem tratar você”, seguiu Tadeu.
“Eu fiz essa tatuagem, na verdade, por causa da minha mãe. Porque no começo da minha transição, a minha mãe ainda errava e me tratava no pronome masculino. E eu falei: ‘mãe, vou tatuar ‘ela’ aqui na minha testa que é pra ver se a senhora não erra”, iniciou Linn.
“E acho que também assim é uma indicação pra todas as outras pessoas. Então ficou na dúvida? Lê, e daí vocês lembram que eu quero ser tratada nos pronomes femininos.”
Veja o resumo do que aconteceu no BBB22:
Linn corrigiu Eslovênia sobre qual gênero preferia ser chamada. A modelo e estudante de marketing repercutiu com outros participantes da casa que estava se sentindo mal após ter chamado a cantora de “ele”. Linn tem o pronome “ela” tatuado na testa.
“Eu me referi a ela de ele. E foi tão natural. Ela me corrigiu na hora. Ai depois, falei: ‘desculpa’. Ela é muito bem resolvida, falou: ‘acontece'”. A equipe da participante usou as redes sociais para falar sobre o ocorrido (leia no final deste texto).
Falando com Naiara, Linn disse: “Eu quero que me vejam como travesti, não quero que me vejam só como mulher…. É importante. Tudo é importante. Faz dez anos que não se apresenta um corpo trans aqui nesse reality. E quando se apresentou, saiu na primeira semana”, afirmou Linn, relembrando da participação de Ariadna no “BBB11”. O comentário foi feito após Naiara dizer que Linn “não chegou aqui como mulher, nem como homem, chegou como gente”.
Já na hora de dormir, Rodrigo perdeu o sono depois de usar o termo “traveco” para se referir a travesti. Rodrigo logo foi repreendido pelos colegas e pediu desculpas. No dia seguinte, o participante procurou Linn pedindo para que ela o ajude no aprendizado e a cantora explicou que o primeiro termo é usado de forma pejorativa.
Em um dos torpedos secretos enviados pelos próprios participantes, surgiu um que perguntava: “Linn, você está solteiro? Tem alguém perguntando aqui”.
Durante a primeira festa da casa, Eslovênia chamou Linn de “amigo”, e a cantora alertou: “Amiga, não dá mais pra ficar errando”.
Linn da Quebrada tem a tatuagem “Ela” na lateral da testa
Reprodução/Instagram
“Acredito que fica muito claro de que nós temos muito a aprender, muito a percorrer. E que todas as pessoas da sociedade têm um papel fundamental nessa jornada, nessa mudança, para posturas que acolham mais, que respeitem mais, que celebrem mais as diferenças com dignidade e pertencimento”, afirma Guilherme Gobato, especialista em Diversidade, Equidade e Inclusão, e Sócio-Fundador da Diálogos Entre Nós Diversidade e Inclusão em conversa com o g1.
“A exemplo da Eslovênia, talvez ela nunca teria esse aprendizado caso não tivesse ali no ‘BBB’ convivendo com uma travesti, convivendo com a Linn da Quebrada. O que prova que a convivência com as diversidades é muito positiva para alcançarmos uma sociedade melhor, mais madura, mais respeitosa, mais acolhedora.”
Ele explica que, “o artigo e o pronome de gênero para pessoas que se identificam como travestis é sempre a/ela/dela”.
“Enquanto travestis, estamos falando sobre um conceito que é de identidade de gênero, que é a maneira com a qual as pessoas se enxergam e se identificam em termos de gênero.”
Elza Soares comemorou Linn da Quebrada no BBB
“Se o gênero corresponde ao sexo biológico associado ao nascimento, é uma pessoa cisgênera. Agora se a pessoa não se identifica ao sexo atribuído ao nascimento, que é o caso da Linn, que biologicamente nasceu homem e ela passou a se identificar com o gênero feminino, com uma pessoa travesti, estamos falando de uma pessoa transgênera.”
Educação para diversidade
Linn da Quebrada entra no ‘BBB 22’
TV Globo/Reprodução
Para o especialista, a educação para diversidade é algo primordial para que situações semelhantes a enfrentadas por Linn no jogo sejam cada vez menos frequentes.
“É algo revolucionário, que pode impulsionar respeito, acolhimento, crescimento, dignidade a todas as pessoas da sociedade.”
PERFIL: Linn é cantora, atriz e apresentadora
E no processo de educação para a diversidade, Gobato enumera passos importantes para o aprendizado diante de situações semelhantes às que aconteceram no jogo:
Temos que reconhecer que erramos. Nesse caso específico, quero ressaltar que estamos falando de viés ou preconceitos inconscientes, que são associações automáticas que nosso cérebro faz em frações de segundos com base em tudo o que nós já vimos, ouvimos, lemos, presenciamos na vida.
Pedir desculpas. E que sejamos sinceros e respeitosos com as maneiras pelas quais as pessoas se identificam em termos de gênero. Trago uma situação bem prática: Imagina você ser chamado continuamente pelo pronome de gênero pelo qual não se identifica. Isso é mais do que uma microagressão, é um violência a nossa individualidade.
Refletir sobre o que nos levou a errarmos. Se foi por falta de conhecimento, nós devemos perguntar a pessoa como ela mesma gostaria de ser chamada. Tanto em relação aos nomes quanto aos pronomes de acordo com o gênero que ela se identifica. Dessa forma, nós exercemos empatia e humildade e a gente acaba por nos colocar na posição de aprendizado.
Trabalhar nossa autodisciplina. Prestarmos continuadamente atenção aos nossos próprios vieses, nossos próprios preconceitos inconscientes e procurarmos sempre reduzir ao máximo a sua ocorrência. Isso é uma postura tremendamente inclusiva, respeitosa, só que requer muito trabalho interno e atenção.
Educar as pessoas ao nosso redor sobre seus próprios vieses, sobre formas de diversidades humanas e sobre o tratamento que nós devemos conferir a essas pessoas. Nós podemos e devemos educar sobre essas formas de mitigar, reduzir os preconceitos inconscientes, para que possamos todos, todas e todxs colheremos em conjunto uma sociedade com mais respeito às individualidades.
O que dizem equipes de Eslovênia e Rodrigo
Eslovênia
“Aqui fora, no mundo real, Eslô é uma pessoa que sempre é ouvidos, ela sempre silencia para aprender. Diversas vezes, em conversas com amigos, ela aprendeu algo e não voltou a repetir.
Sabemos o quão grave é chamar uma pessoa trans/travestis pelo pronome que ela não se identifica. Sabemos o quão isso pode atingir e machucar várias pessoas e não concordamos com isso. Nunca iremos colocar Eslovênia no papel de vítima diante dessa situação, mas cabe a gente também comunicar que no momento que ela percebeu o erro gigante. Ela arrependeu e se desculpou com a Linn e a participante entendeu e aceitou suas desculpas. Esperamos que todos os dias ela evolua para que atitudes como a de hoje não voltem a acontecer.”
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Rodrigo
“O Rodrigo teve uma fala infeliz e errada nessa madrugada onde ele usa ‘traveco’. Viemos por meio deste comunicado, pedir desculpas pela fala do Rodrigo e relembrar que esse termo é ofensivo e jamais deve ser usado para se referir a qualquer pessoa trans ou travesti. Após ter essa fala, Rodrigo foi repreendido pelos colegas, reconheceu o erro, pediu desculpas e disse que hoje iria conversar com a Linn. Esperamos que ele possa aprender com isso e evoluir como ser um humano.”
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Mariah Carey faz o maior show da história do Palco Sunset em retrospectiva da carreira para plateia emocionadíssima

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Cantora encerrou programação do palco neste domingo (22), último dia do Rock in Rio 2024. Leia crítica do g1. Mariah Carey canta ‘We belong together’
Mariah Carey merecia uma apresentação deste porte por aqui, após alguns perrengues em vindas anteriores ao Brasil. A popstar americana fez o mais aguardado show no Palco Sunset em todas as edições do Rock in Rio.
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
Neste domingo (22), Mariah entregou o que seus fãs queriam: looks que vão ser comentados durante toda semana e uma sequência de hits em versões às vezes mais curtas. A ideia era ter tempo de cantar mais canções do repertório que a fez vender mais de 150 milhões de discos.
Mariah Carey canta ‘Hero’
Entre tantos pontos altos, o show cresce em baladas clássicas como “Hero”, cantada no final do primeiro ato do show. A emoção nessa só é superada pelo final, com “| Want To Know What Love Is”. As canções de levada R&B também cativam os fãs, com destaque para “Touch My Body” e “We Belong Together”.
Ela tem uma banda de apoio, três vocalistas de apoio e sete dançarinos, mas obviamente o que importa é ouvir ao vivo uma das vozes mais influentes da história do pop americano. Ah, e não há chance de se insinuar que ela faça uso de playback, ok? Falar que ela dubla seria absurdo.
Mariah provou que canta bem de tudo quanto é jeito, com seus característicos agudinhos matadores. Ela ainda mantém intacto o estilo de movimentos econômicos pelo palco. A diva é famosa, por exemplo, pela predileção em soltar a voz e manter respiração e afinação até mesmo sentada, posição pouco recomendada por técnicos vocais.
Mariah Carey canta ‘Touch My Body’
Ela poderia estar no palco considerado principal, é claro, e os fãs tinham razão de reclamar. Mas isso foi mero detalhe. Pesa aqui o fato de o Palco Sunset ter pela primeira vez o tamanho do Palco Mundo e uma potência de som bem superior à de outras edições.
O único porém talvez seja o tempo de show: ela cantou só por uma hora e poderia fazer uma performance mais longa caso fosse headliner da noite. A necessidade de cortar o show tira do setlist, por exemplo, a lindíssima versão de “Without you”.
A cantora de 55 anos apresentou sua turnê “The Celebration of Mimi”, que começou como uma residência em Las Vegas. O objetivo desta tour é celebrar os 20 anos do álbum “The Emancipation of Mimi” e apresentar, de forma didática, cada uma de suas eras.
Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Esta vinda de Mariah para cantar em São Paulo e no Rock in Rio também pode ser considerada o fim de uma maldição. Ela esteve no Brasil para eventos fechados e programas de TV, em 1999, 2002 e 2009.
Em 2010, finalmente fez um show aberto ao público, na Festa do Peão de Barretos. Mas Mariah subiu ao palco por volta da 1h30, sob protestos e vaias por causa do atraso de 90 minutos. A arena não lotou e ela disse que estava cantando para “os fãs de verdade”.
No Rock in Rio, eles também estavam presentes. Alguns tentavam adivinhar exatamente o que ela iria dizer entre as músicas. Outros imitavam com a boca as batidas das músicas mais dançantes, fazendo um atrapalhado e cativante coro (?) de beatbox (??).
Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Alguns grupinhos também puxaram a versão em português gravada por Sandy & Junior para “I’ll be there”, mas por sorte não conseguiram maior engajamento.
Com uma plateia tão entregue e emocionada, não existe motivo para perpetuar o clichê roqueiro de que o Rock in Rio é um festival para quem não gosta de música. Talvez ele seja um festival para quem gosta de música que VOCÊ não gosta.

Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

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Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris

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Atriz passou por momentos de apuros no mesmo dia em que o namorado, o cantor Diogo Nogueira, se apresentava no Rock in Rio. Ela foi liberada horas depois. Atriz compartilhou perrengue em aeroporto em suas redes sociais
Reprodução/Instagram
Em vídeo compartilhado em suas redes sociais neste domingo (22), a atriz Paolla Oliveira contou que ficou detida por algumas horas no aeroporto de Paris após perder seu passaporte.
O “perrengue chique” aconteceu no mesmo dia em que seu namorado, o sambista Diogo Nogueira, se apresentou no Rock in Rio 2024 em show que homenageou a cantora Alcione. Paolla não acompanhou a performance do amado por motivos profissionais: ela vai participar da Paris Fashion Week 2024.
“Perdi o passaporte. Estou presa no aeroporto de Paris, suando de nervoso. Tem uma polícia que não me deixa passar pra lá. E ali tem outra polícia que não me deixa voltar de onde eu vim. Será que a gente não podia usar um artifício daquele de TikTok que fazem assim: ‘Pá!’? E aí aparece lá do outro lado”, diz a atriz no vídeo.
Ela compartilhou ainda que foi ameaçada de deportação, antes de conseguir a liberação e, finalmente, entrar no país.
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Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio

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Músico faz show nostálgico com carisma e homenagens ao Brasil, mas se perde em desejo pela festa. Público do Rock in Rio faz coro em “I Wanna Love You” de Akon
Akon se apresentou para uma multidão que se espremeu para assisti-lo no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
O cantor parecia estar mais interessado em oferecer uma experiência festiva do que um show voltado à sua própria carreira. Não que isso tenha sido um problema para o público, que parecia envolvido do começo ao fim.
O propósito, porém, parecia meio perdido. A segunda metade da apresentação soou como uma balada sem identidade, com hits desconexos que até envolvem, mas não têm unidade. 
Akon também cometeu uma gafe ao falar  “São Paulo”. Imediatamente, os fãs levantaram um coro dizendo: “Rio de Janeiro”. Mas isso não pareceu constrangê-lo.
Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio
O músico ficou mesmo com vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável que estourou com apenas alguns segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido, após se arremessar para a plateia de dentro da bolha.
A voz dele trouxe efeitos robóticos de autotune e nítido uso de bases de pré-gravadas — que poderiam ser playback, ou não, já que a dobra vocal é um recurso cada vez mais recorrente em shows.
Antes de ele entrar no palco, os telões foram preenchidos por imagens de Akon, trechos de telerreportagens e as palavras “famoso”, “artista” e “América”.
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Com muitos berros vindos de seu microfone durante o show inteiro, o senegalês entrou no palco cantando “Beautiful Day”, da dupla francesa Trinix. Logo em seguida, deu play em seu repertório, fincado nos anos 2000, época em que viveu o auge de sua carreira.
Na romântica “Don’t Matter”, Akon inseriu batidas de samba — algumas das quais ele mesmo tocou num tambor.
O cantor também fez um remix em “Lonely”, que ganhou beats de funk, tocados pelo DJ brasileiro Hitmaker, que celebrou o fato do gênero estar no palco Mundo, o principal do festival.
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
A música brasileira também ganhou espaço em um interlúdio conduzido pelo ator e DJ Benny-Demus. Mascarado, o artista tocou os hits “Ela só pensa em beijar”, “Só Love”, “Casca de Bala” e “Só Fé”.
Outros momentos que agitaram muito o público foram durante os hits “Smack that”, “Dangerous” e “I wanna love you”.
O músico saiu do palco praticamente por expulsão. Quis puxar mais músicas, mas já tinha estourado o limite do horário em cerca de 15 minutos. Então, tentou cantar, mas teve o microfone cortado. Isso depois que uma multidão já havia deixado o espaço em direção ao Palco Sunset, que tinha o início da apresentação de Mariah Carey.

Akon conta companhia do cantor mascarado Benny-Demus no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

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