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Festas e Rodeios

Rapper Mano Feijó denuncia abordagem violenta de guardas: ‘não estava com nada, nada ilícito’

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Caso aconteceu na última terça-feira (1º), em Cariacica. Vídeos feitos por testemunhas mostram Feijó no chão algemado e questionamento os agentes sobre o porquê da abordagem. Rapper e produtor cultural denunciou abordagem violenta da Guarda Municipal em Cariacica
O rapper e produtor cultural Ernauro Santos Feijó, conhecido como Mano Feijó, de 38 anos, nome conhecido da cena de rap capixaba, denunciou uma abordagem violenta de agentes da Guarda Municipal de Cariacica, na Grande Vitória, ocorrida na terça-feira (1º).
Morador do bairro Vale Esperança, Feijó também é educador social e apresentador de duas das maiores batalhas de MCs do país, a Mar de Monstros, no Espírito Santo, e a Batalha da Aldeia, em São Paulo.
Ele contou que foi colocado no chão, algemado e detido pelos agentes porque resistiu a uma abordagem que considerou desnecessária e injusta.
Em uma live na sua rede social, o MC contou que a abordagem aconteceu no momento em que voltava do banco, onde tinha ido sacar o dinheiro do cachê de um trabalho.
“Eu tenho costumo de andar a pé e gosto. É um costume meu. Fui ao banco por volta de 12h. Fui sacar o dinheiro e vim andando. Passei no restaurante, almocei e estava vindo para casa”, disse.
MC e produtor cultural Feijó denunciou abordagem violenta da Guarda Municipal de Cariacica
Arquivo pessoal
De acordo com Feijó, no momento em que caminhava em direção a sua casa, o carro com os agentes passou por ele e seguiu normalmente, porém, mais à frente, na altura da entrada do bairro Vasco da Gama, os mesmos guardas o abordaram.
“Quando eles vieram para mim eu parei e conversei com eles e perguntei qual seria o motivo da abordagem. Eles vieram pra cima de mim de uma forma mais ríspida e quando fizeram movimento mais brusco corri, por cerca de 100 metros, em direção a uma rua mais movimentada e busquei ajuda no restaurante de um amigo”, contou.
Feijó disse ainda que resistiu à abordagem porque ficou com medo.
“Já aconteceram várias coisas, do policial pisar na minha cabeça, ficar passando a mão na minha cintura. Isso lá no passado. Já aconteceu comigo. Não estava com nada, nada ilícito. Não ando armado. A gente não precisa andar armado. Nossa arma é a nossa palavra e o nosso microfone. Só fiquei com medo de ir pra algum lugar e ser acusado de algo que não fiz”, explicou.
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Nas imagens feitas por testemunhas e que circulam nas redes sociais, Feijó aparece algemado e no chão enquanto é questionado pelos agentes.
“Estava roubando você?”, perguntou um dos agentes. “Claro que não. Só fui sacar meu cachê ali”, respondeu o artista.
Algemado, Feijó ainda reclamou com os guardas municipais que as algemas estavam machucando seus punhos.
“Está apertado aqui. Está doendo mano. Eu tenho medo de vocês. Medo de ser assassinado mano, vocês são autoridade que mata pobre, mata preto, por isso”, disse.
MC e produtor cultural Feijó denunciou abordagem violenta da Guarda Municipal de Cariacica
Reprodução
Sobre o porquê de ter sido abordado, ele acredita que foi por causa da sua aparência.
“Acredito que seja mesmo pelo estereótipo. Não foi pela pochete que eu carregava, foi porque eles estavam querendo trabalhar em cima de mim”, contou.
Quase 10h de espera até ser liberado
Após ser detido, no início da tarde, por volta das 13h30, o produtor cultural foi levado para a Delegacia Regional de Cariacica, conduzido pelos crimes de resistência e desobediência.
Depois de passar por exames no Pronto Atendimento de Alto Lage, ele foi levado de volta à delegacia, onde foi ouvido e liberado já por volta das 23h.
“O conduzido foi ouvido e liberado após a autoridade policial entender que não haviam elementos suficientes para lavrar auto de prisão em flagrante”, diz a nota enviada pela Polícia Civil.
Nesta sexta (4), o produtor cultural criticou a atuação da Guarda de Cariacica e disse que vai procurar seus direitos sob orientação de seus advogados e também passará por um exame de corpo de delito.
“Estou indo fazer exame de corpo de delito. Nosso objetivo maior é, além de apurar o fato, buscar essa questão de como está acontecendo essa capacitação e esse treinamento das autoridades. A Guarda Municipal tem pouco mais de um mês e a gente precisa saber se isso vai ser tratado de uma forma onde a população por completo, seja morador de periferia ou não, se sinta segura e não insegura com ela”, afirmou.
MC e produtor cultural Feijó denunciou abordagem violenta da Guarda Municipal de Cariacica
Arquivo pessoal
O que diz a prefeitura
Em nota, a Prefeitura de Cariacica disse que Feijó foi abordado porque demonstrou nervosismo ao ver os agentes.
“A Guarda Municipal estava realizando um ponto-base na rotatória do bairro Vasco da Gama, num local conhecido pelo intenso tráfico de drogas, e observou que um indivíduo portando uma pochete presa a cintura, ao ver a presença dos agentes, demonstrou nervosismo. Suspeitando que ele estivesse armado, os agentes optaram pela abordagem ao cidadão, que demonstrou resistência passiva e não obedeceu às ordens dos agentes”, diz a nota.
A nota diz ainda que, após sair do local da abordagem, o produtor cultural foi acompanhado, detido e encaminhado até à 4º Regional em Cariacica pelos crimes de resistência e desobediência.
“A Guarda Municipal de Cariacica preza pelos direitos e garantias fundamentais das pessoas e não concorda com práticas discriminatórias. Toda ação foi filmada e gravada pelo videomonitoramento da Prefeitura Municipal de Cariacica e poderá ser enviada a autoridade policial quando solicitada”, diz parte da nota.
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Cazuza ressurge como dono do verbo mais incisivo do rock dos anos 1980 em livro que inventaria a obra do poeta

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Com 27 obras inéditas, a definitiva antologia ‘Cazuza – Meu lance é poesia’ reitera a força perene de artista que já nasceu grande ao escrever os primeiros versos em 1975, aos 17 anos. Capa do livro ‘Cazuza – Meu lance é poesia’, organizado por Ramon Nunes Mello
Avani Stein (1985) / Capa do livro ‘Cazuza – Meu lance é poesia’
♫ OPINIÃO SOBRE LIVRO
Título: Cazuza – Meu lance é poesia
Autor: Cazuza (1958 – 1990) – Organização de Ramon Nunes Mello
Cotação: ★ ★ ★ ★ ★
♪ Tentar elevar Cazuza (4 de abril de 1958 – 7 de julho de 1990) como o maior poeta do rock brasileiro dos anos 1980 em detrimento de Renato Russo (1960 – 1996) – ou vice-versa – é bobagem tão inútil quanto mesquinha. Ambos estão irmanados no panteão dos poetas imortais do gênero.
Contudo, se Renato seguiu por trilha poética mais introspectiva, jogando luz sobre as sombras de alma em cancioneiro que versou sobre amor e fé, Cazuza foi o dono do verbo mais incisivo. O poeta desbocado que apontou os ratos do piscinão nacional, desnudando a hipocrisia da sociedade brasileira em letras que pareciam mixar a rebeldia da poesia de Rimbaud (1854 – 1891) com as vísceras de Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974) e com a fossa de Maysa (1936 – 1977) enquanto hasteava a bandeira da liberdade.
Essa soberania do artista na crueza nua dos versos salta das 320 páginas de Cazuza – Meu lance é poesia, livro ora posto no mercado em edição viabilizada através de parceria da WMF Martins Fontes com a sociedade Viva Cazuza.
Trata-se do inventário completo e definitivo da obra musical e poética de Agenor de Miranda Araújo Neto, garoto branco e rico da cidade do Rio de Janeiro que deixou de ser o filhinho do papai João Aráujo (1935 – 2013), poderoso diretor da gravadora Som Livre, quando encontrou a própria turma no universo do rock que emergiu no Brasil a partir de 1982, ano do primeiro álbum do Barão Vermelho, banda que admitiu Cazuza como vocalista – seguindo indicação de Leo Jaime – e que foi a plataforma inicial para a exposição nacional do poeta.
Cazuza saiu da banda em 1985, de forma ruidosa, e cresceu como artista em carreira solo porque sempre foi maior do que o grupo que o lançou como cantor e compositor.
Vendido de forma avulsa e também em box que abarca a fotobiografia Protegi teu nome por amor, o livro Cazuza – Meu lance é poesia reitera essa grandeza, tendo sido organizado por Ramon Nunes Mello, que contextualiza a criação de cada obra. Também poeta, Ramon aprimora e amplia as informações contidas no songbook anterior, Cazuza – Preciso dizer que te amo (2001).
O atual livro reúne 238 poemas escritos entre 1975 e 1989, sendo 27 inéditos, encontrados pela mãe protetora do artista, Lucinha Araújo, nas pastas com documentos originais do Arquivo Viva Cazuza. E, no caso de Cazuza, poesia abarca letras de música, já que as duas formas de arte se borraram o tempo todo na trajetória musical do artista.
O lance que valoriza o livro nem é tanto a safra inédita, mas o conjunto da obra, embora do baú venham curiosidades como o verborrágico poema Work in progress, escrito em 1980 com versos imagéticos como “… que a minha espinha é uma guitarra explorando mares que as próprias ondas vão avançando sem nunca ter pensado”.
O livro também revela Pobreza, parceria de Cazuza com Leo Jaime, escrita em 1980 e nunca gravada, talvez por ter letra bobinha, nascida de brincadeira entre os dois amigos.
A disposição dos poemas em ordem cronológica possibilita ao leitor acompanhar a evolução do artista, embora seja até arriscado falar em progresso quando o primeiro título da antologia é o denso Poema, escrito por Cazuza em 1975, aos 17 anos, para a avó paterna, Maria José Pontual Rangel (1898 – 1998).
Poema ficou guardado com a musa inspiradora dos versos até a morte de Maria José em 1998, ano em que foi entregue a Lucinha pela filha da anciã e ganhou melodia inspirada de Roberto Frejat, virando música na voz de Ney Matogrosso em álbum, Olhos de farol, gravado ainda naquele ano de 1998 e lançado nos primeiros dias de 1999.
Aliás e a propósito, Poema é a única música realmente boa surgida da exumação da obra poética de Cazuza. Todo o resto ficou aquém da grandeza de um poeta que, no mesmo ano de 1975, criou o verso “o banheiro é a igreja de todos os bêbados” ao escrever a letra da canção-blues Down em mim, gravada em 1982 no primeiro álbum do Barão Vermelho. Em bom português, Cazuza já nasceu grande.
Incrementado com textos analíticos de Augusto Guimaraens Cavalcanti, Eliane Robert Moraes, Italo Moriconi e Silviano Santiago, além de artigos de nomes como Caio Fernando Abreu (1948 – 1996), Karina Buhr e Nelson Mottta, o livro também recupera versões originais de músicas como Exagerado 1985), Eu queria ter uma bomba (1985) e Um dia na vida (1985), sendo que somente a letra de Exagerado, canção tornada epíteto do poeta, sofreu transformações mais radicais (para melhor) ao ser gravada em 1985 no primeiro álbum solo de Cazuza.
Enfim, o poeta continua vivíssimo, tanto pela força natural e perene da obra quanto pela proteção amorosa de Lucinha Araújo, mãe que só é feliz quando revitaliza e expande essa obra em shows, discos, musicais de teatro e livros em tributo a Cazuza.

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‘Que Xou da Xuxa é esse?’: fã encontra rainha dos baixinhos e recria meme no Rock in Rio

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Após virar meme ao aparecer no trailer de ‘Para Sempre Paquitas’, a professora Patrícia Veloso se encontrou com a apresentadora Xuxa Meneghel na Cidade do Rock. Protagonista do meme ‘que Xou da Xuxa é esse’ encontra com a eterna rainha dos baixinhos no Rock in Rio
Reprodução
Que ‘Xou da Xuxa’ é esse? Aos 47 anos, Patrícia Veloso finalmente conseguiu uma resposta para sua pergunta indignada de infância.
A mulher que acabou virando meme ao aparece no trailer série documental ‘Para Sempre Paquitas’, do Globoplay, conheceu a rainha dos baixinhos na última sexta (21), após ser convidada ao Rock in Rio.
Rock in Rio 2024: Os melhores e os piores shows… Os destaques e as decepções do festival
Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris
VÍDEO: Will Smith faz show para garis, janta com Iza e ganha ‘parabéns para você’ em padaria com Luciano Huck
Nos bastidores da Cidade do Rock, Patrícia teve a oportunidade de dar um abraço na apresentadora e repetir a pergunta feita na década de 1980, quando tinha apenas 9 anos e esperava na fila para entrar no programa.
A apresentadora Xuxa Meneghel, que se apresentou no festival pela primeira vez, comentou que a fã ‘continuava pequenininha’ e aproveitou para perguntar se Patrícia havia conseguido vencer a fila do ‘Xou da Xuxa’. Ela negou.
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‘Bolo’ de Ryan SP, erros de Akon e dancinha de Livinho: as gafes e mancadas do último fim de semana do Rock in Rio; VÍDEOS

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Segundo final de semana teve grandes shows, mas também contou com cancelamentos de artistas, gafes e fãs frustrados. Rock in Rio 2024: show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
O segundo final de semana do Rock in Rio teve grandes shows e momentos divertidos, mas também contou com algumas mancadas. Alguns artistas desmarcaram em cima da hora, enquanto outros cometeram gafes e enfrentaram problemas em cima do palco.
Relembre os principais “vacilos” e problemas do último final de semana de festival:
MC Ryan SP não aparece em show e vai ao jogo do Corinthians
Ryan SP posta vídeo em jogo do Corinthians após ausência no palco do Rock in Rio
Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não apareceu no show Pra Sempre Trap, que abriu o Palco Mundo na tarde do sábado (21).
Minutos depois da apresentação, o trapper publicou um vídeo no Instagram no qual aparecia chegando à Neo Química Arena, estádio que recebeu a partida entre Corinthians e Atlético-GO. O cantor ainda fez um post com a filha Zoe, de 9 meses, nos braços e escreveu: “Mostrando pra minha princesinha o timão”. O Corinthians venceu o time goiano por 3 a 0.
Show de trap atrasa e é interrompido por problemas técnicos
“A gente vai esperar eles se organizarem para voltar para o palco”, diz Matuê
A abertura do Dia Brasil, que prometia ser um pancadão de trap no Palco Mundo, foi totalmente atrapalhada por uma sucessão de erros técnicos na aparelhagem de som no sábado (21). O problema começou antes mesmo do início da apresentação, que foi atrasada em 1h15.
“Vamos deixar o palco e esperar eles se organizarem, valeu, pessoal?”, reclamou Matuê após a segunda música da tarde ser interrompida por mais um erro.
O show foi interrompido por completo três vezes. Mesmo assim, artistas tentaram manter o bom humor e brincar com a situação, ao contrário da plateia que vaiou a plenos pulmões.
MC Livinho invade reportagem sobre tragédia e faz dancinha
MC Livinho invade reportagem ao vivo sobre tragédia em rodovia para dancinha e recebe críticas na web
MC Livinho foi alvo de críticas neste sábado (21) depois que invadiu uma reportagem ao vivo sobre o acidente de ônibus na Dutra para fazer dancinhas. A repórter Isabela Campos falava para o RJ1 sobre a tragédia, que deixou pelo menos 3 mortos, quando o funkeiro apareceu no vídeo, se aproximou da câmera, hesitou por alguns segundos e começou a dançar. A imagem foi tirada do ar, e, no lugar, entraram cenas do veículo acidentado, enquanto Isabela terminava de dar as informações.
Após críticas, o cantor pediu desculpas. “Desejar meus pêsames, aí, a perda que teve aí, né? Porque agora que eu entrei aqui na internet, vi, os fãs mandando, ‘Foi um acidente, pai’. Então, meus sentimentos a todos aí”, destacou.
Luan Santana cancela e fãs se revoltam
Fãs choram e se revoltam com o cancelamento de Luan Santana no Rock in Rio
Frustrados, fãs de Luan Santana se revoltaram com a ausência do cantor no show do Para Sempre Sertanejo, no Rock in Rio do último sábado (21). O músico cancelou sua participação após mudanças repentinas na grade horária do festival, causadas devido a uma sequência de atrasos no Dia Brasil.
Segundo a assessoria de Luan, ele só aceitou participar do Rock in Rio “sob o compromisso da organização de que não haveria atraso, visto que ele já tinha um grande show agendado para esta mesma data em São José (SC)”.
Akon confunde capitais e cumprimenta público de SP no Rock in Rio
Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio
O cantor americano Akon foi escalado para se apresentar no último dia do Rock in Rio, no último domingo (22). Mas, durante o show, confundiu as capitais e cumprimentou o público de São Paulo.
“São Paulo, como vocês estão se sentindo hoje?”, questionou. Ele foi corrigido por fãs da plateia, que gritaram em coro o nome do Rio de Janeiro.
Bolha de Akon ‘fura’ durante show
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Akon também ficou vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável, com a qual pretendia se jogar e ser carregado pelo público. A bolha estourou com apenas alguns segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido.

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