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Festas e Rodeios

Marisa Monte reina no mar de canções, sons e imagens fascinantes do show ‘Portas’

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Artista estreia turnê mundial em São Paulo com requintado aparato visual e com banda que dá frescor a repertório sem músicas inéditas na voz da cantora. Marisa Monte em momento de beleza do show ‘Portas’
Leo Aversa / Divulgação
Resenha de show
Título: Portas
Artista: Marisa Monte
Local: Espaço das Américas (São Paulo, SP)
Data: 4 de fevereiro de 2022
Cotação: * * * * *
♪ Primeiro show solo de Marisa Monte em dez anos, Portas se abriu para o mundo em São Paulo (SP) na noite de ontem, 4 de fevereiro, com estética encantadora que remeteu ao aparato visual do anterior show solo da artista carioca, Verdade, uma ilusão (2012), estreado em Curitiba (PR) há uma década com base no álbum O que você quer saber de verdade (2011).
Diretor de arte de ambos os shows, Batman Zavareze projeta em Portas imagens – desenvolvidas a partir da série Fundos, da artista plástica Lúcia Koch – que criaram inebriantes efeitos visuais em caixa cênica arquitetada por Cláudio Torres para preencher toda a dimensão do palco. No caso, o palco amplo do Espaço das Américas, cenário da efetiva estreia da turnê mundial prevista inicialmente para ter chegado à cena em 19 de janeiro, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), mas adiada pelos efeitos devastadores da variante ômicron no curso da pandemia de covid-19.
Assinando a direção e a concepção visual do show com Zavareze e com Torres, Marisa Monte reinou como a sereia que emergiu soberana em mar de canções, sons e imagens fascinantes que fizeram o show Portas fluir sem erros ao longo de duas horas.
O requinte visual do espetáculo redimiu o roteiro sem novidades na voz de uma cantora que sempre apresentava surpresa no repertório para o séquito que a segue ao longo de trajetória que soma 35 anos em 2022. A novidade, desta vez, reside mais na sonoridade que diferencia o show Portas do homônimo álbum lançado por Marisa Monte em 1º de julho de 2021, dia do 54º aniversário da cantora, compositora e instrumentista.
Em vez dos opulentos arranjos de cordas que embalaram com certa suntuosidade boa parte do repertório inteiramente autoral do disco Portas, um azeitado trio de sopros – formado por Antonio Neves (trombone e arranjos), Eduardo Santanna (trompete e flugelhorn) e Lessa (flauta e saxofone), músicos também presentes no álbum – bafejou grande parte das 32 músicas do roteiro quase totalmente autoral, garantindo frescor até a hits batidos como Velha infância (Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Pedro Baby e Davi Moraes, 2002).
Marisa Monte canta o samba-enredo da escola Império Serrano no show ‘Portas’
Leo Aversa / Divulgação
Marcantes ao longo do show, os metais garantiram a pulsação quente do samba-rock Você não liga (Marisa Monte e Marcelo Camelo, 2021) e, de certa forma, encobriram as presenças na banda de músicos excepcionais como o baterista Pupillo e Davi Moraes, guitarrista que ficou sob o holofote na execução de Eu sei (Marisa Monte, 1991) sem se destacar na banda.
Já Chico Brown – com quem Marisa abriu e firmou parceria no álbum Portas – sobressaiu ao se revezar entre teclados, guitarra, baixo e voz, bancando o guitar hero em Déjà vu (Marisa Monte e Chico Brown, 2021), pontuando no piano a latinidade de Seo Zé (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Nando Reis, 1994) e se revelando legítimo herdeiro do pai, Carlinhos Brown, percussionista de musicalidade exuberante.
Ausente na criação do repertório do álbum Portas, Carlinhos Brown esteve presente no show como compositor de bem-vindas músicas antigas como Maria de verdade (1994) e Magamalabares (1996), fecho perfeito – antes do bis – para espetáculo de atmosfera onírica que fluiu como serenata moderna e vibrante, com o canto da sereia semeando paz.
Citando a letra de Brown, o séquito da cantora ouviu sininhos desde a abertura climática do show com a canção Pelo tempo que durar (2006), parceria de Marisa com a contemporânea Adriana Calcanhotto, colega de geração. Foi quando o palco abriu as portas da percepção com atmosfera visual que atingiu picos de encantamento com as imagens projetadas ao longo da música-título Portas (2021), canção de Marisa com Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho, multi-instrumentista que representou porto seguro para a banda e a cantora nos toques do baixo, da guitarra e dos teclados.
Talvez por se reconhecer instrumentista meramente eficiente no toque do violão, da guitarra e do ukulele, uma artista cuja musicalidade pulsa em cena mais nas composições e no canto afinado e preciso, Marisa Monte sempre se cercou de grandes músicos como os que a rodeiam no show Portas.
Houve espaços e louvações para todos na estreia de Portas, mas quem imperou no centro do palco, absoluta, com figurinos que foram mudando ao longo da apresentação, foi a própria Marisa, arquiteta e diretora geral desse show que teve significado especial por marcar o reencontro da artista com o público em era pandêmica.
“Quanto tempo, né?”, sublinhou a cantora após cantar Quanto tempo (Marisa Monte e Chico Brown, 2021), uma das 11 músicas do repertório do disco Portas incluídas no roteiro do show – ao todo, são 17 músicas, se contabilizada a canção em português e espanhol Vento sardo (2021), lançada como single avulso em outubro após o álbum (há uma 18ª música na safra autoral do disco, Feliz e forte, ainda inédita).
Marisa Monte toca guitarra no show ‘Portas’
Leo Aversa / Divulgação
Composta e gravada por Marisa com Jorge Drexler, Vento sardo espalhou beleza – com a voz e a imagem do cantor espanhol no telão e com Marisa simulando no figurino a saia rodada de Oyá citada na letra – em show pautado por costuras sutis do roteiro bem alinhavado com hits inevitáveis como Já sei namorar (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 1991), pop aditivado ao fim com o toque heavy de guitarras.
Ouvintes atentos perceberam que o reduto de paz retratado em Vilarejo (Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Pedro Baby, 2006) se afinou com a atmosfera de encantamento da música seguinte, A língua dos animais (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho, 2021).
Da mesma forma, a alma soul da canção Ainda lembro (Marisa Monte e Nando Reis, 1991) – música há muito ausente dos shows de Marisa e incluída no show Portas a pedido dos fãs em enquete online – preparou o clima para a lembrança de um sucesso de Tim Maia (1942 – 1998), O que me importa (Cury, 1972), revivido por Marisa no álbum Memórias, crônicas e declarações de amor – Textos, provas e desmentidos (2000).
Entre músicas do disco Portas, como a envolvente Praia vermelha (Marisa Monte e Nando Reis, 2021), também reapareceram músicas abordadas pela cantora no primeiro álbum, MM (1989), gravado ao vivo. Uma delas foi Preciso me encontrar (Candeia, 1976), samba de atmosfera melancólica acentuada pelo sopro climático do trombone de Antônio Neves, ouvido entre o choro da cuíca de Pretinho da Serrinha.
Outra pérola pescada por Marisa do repertório do show de 1988 foi o samba-enredo Lendas das sereias, rainhas do mar (Vicente Mattos, Dinoel Sampaio e Arlindo Velloso, 1975), com o qual a escola Império Serrano desfilou no Carnaval de 1976. O canto da sereia fez o link com o samba de exaltação da Portela Elegante amanhecer (2021), parceria de Marisa com o imperial Pretinho da Serrinha, percussionista que evoluiu com Marisa pelo palco no passo desse samba de cepa nobre.
No bis, Marisa serviu Comida (Arnaldo Antunes, Marcelo Frommer e Sergio Britto, 1987), rock que deu o toque político de show que, se desviando das tensões do Brasil de 2022, ofereceu momentos de paz e otimismo, explicitado em Pra melhorar (Marisa Monte, Seu Jorge e Flor, 2021), tema contagiante, estrategicamente alocado após a música dos Titãs.
Marisa Monte à frente da banda na ‘caixa cênica’ do show ‘Portas’
Leo Aversa / Divulgação
Fiel à determinação de espalhar boas vibrações, Marisa Monte jogou o tempo todo para a galera anestesiada que ocupou as cadeiras do Espaço das Américas. “Mais uma para esse coralzão”, anunciou a cantora, antes de sapecar Beija eu (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Arto Lindsay, 1991) e após apresentar Ainda bem (Marisa Monte e Arnaldo Antunes, 2011) com evocações do som mariachi e da música flamenca. Perto do fim, Não vá embora (Marisa Monte e Arnaldo Antunes, 2000) foi outro aceno para o coralzão.
Na seara das canções românticas, a apaixonada balada Totalmente seu (Marisa Monte, Lucio Silva e Lucas Silva, 2021) se confirmou como possível futuro hit do álbum Portas enquanto Depois (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 2011) reiterou o dom de Marisa para fazer aliciantes canções com os parceiros tribalistas, também coautores de Infinito particular (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 2006).
Aliado ao canto da sereia, cujos gorjeios pavimentaram Na estrada (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Nando Reis, 1994), o talento da compositora – dona de obra autoral construída a partir do segundo álbum, Mais (1991) – garantiu que o show Portas se abrisse para a total satisfação do público.
Para o séquito de Marisa Monte, nem o caráter dèjá vu do efetivo final do show – arrematado em um segundo bis com o canto a capella de Bem que se quis (E po’ che fà – Pino Danielle, 1982, em versão em português de Nelson Motta, 1989) em número encerrado somente com o coro do público, com a cantora já fora de cena – empanou o brilho de fato arrebatador do show Portas.
Para o séquito, Marisa Monte reiterou na estreia de Portas a soberania em mar de canções, sons e imagens fascinantes.
Marisa Monte alinha 32 músicas no roteiro do show ‘Portas’
Leo Aversa / Divulgação
♪ Eis as 32 músicas do roteiro seguido por Marisa Monte em 4 de fevereiro de 2022 na estreia da turnê internacional do show Portas no Espaço das Américas, na cidade de São Paulo (SP):
1. Intro – Pelo tempo que durar (Marisa Monte e Adriana Calcanhotto, 2006)
2. Portas (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho, 2021)
3. Quanto tempo (Marisa Monte e Chico Brown, 2021)
4. Maria de verdade (Carlinhos Brown, 1994)
5. Vilarejo (Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Pedro Baby, 2006)
6. A língua dos animais (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho, 2021)
7. Infinito particular (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 2006)
8. Praia vermelha (Marisa Monte e Nando Reis, 2021)
9. Ainda bem (Marisa Monte e Arnaldo Antunes, 2011)
10. Beija eu (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Arto Lindsay, 1991)
11. Totalmente seu (Marisa Monte, Lucio Silva e Lucas Silva, 2021)
12. Ainda lembro (Marisa Monte e Nando Reis, 1991)
13. O que me importa (Cury, 1972)
14. Preciso me encontrar (Candeia, 1976)
15. Vento sardo (Marisa Monte e Jorge Drexler, 2021)
16. A sua (Marisa Monte, 2001)
17. Déjà vu (Marisa Monte e Chico Brown, 2021)
18. Depois (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 2011)
19. Calma (Marisa Monte e Chico Brown, 2021)
20. Eu sei (Marisa Monte, 1991)
21. Velha infância (Marisa Monte, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Pedro Baby e Davi Moraes, 2002)
22. Seo Zé (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Nando Reis, 1994)
23. Elegante amanhecer (Marisa Monte e Pretinho da Serrinha, 2021)
24. Lenda das sereias, rainhas do mar (Vicente Mattos, Dinoel Sampaio e Arlindo Velloso, 1975) – Samba-enredo da escola Império Serrano no Carnaval de 1976
25. Você não liga (Marisa Monte e Marcelo Camelo, 2021)
26. Na estrada (Marisa Monte, Carlinhos Brown e Nando Reis, 1994)
27. Não vá embora (Marisa Monte e Arnaldo Antunes, 2000)
28. Magamabalares (Carlinhos Brown, 1996)
Bis:
29. Comida (Arnaldo Antunes, Marcelo Frommer e Sergio Britto, 1987)
30. Pra melhorar (Marisa Monte, Seu Jorge e Flor, 2021)
31. Já sei namorar (Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, 1991)
Bis 2:
32. Bem que se quis (E po’ che fà – Pino Danielle, 1982, em versão em português de Nelson Motta, 1989)
♪ O crítico e colunista Mauro Ferreira viajou a São Paulo (SP) a convite da produção de Marisa Monte.
Marisa Monte no show ‘Portas’
Leo Aversa / Divulgação

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Cazuza ressurge como dono do verbo mais incisivo do rock dos anos 1980 em livro que inventaria a obra do poeta

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Com 27 obras inéditas, a definitiva antologia ‘Cazuza – Meu lance é poesia’ reitera a força perene de artista que já nasceu grande ao escrever os primeiros versos em 1975, aos 17 anos. Capa do livro ‘Cazuza – Meu lance é poesia’, organizado por Ramon Nunes Mello
Avani Stein (1985) / Capa do livro ‘Cazuza – Meu lance é poesia’
♫ OPINIÃO SOBRE LIVRO
Título: Cazuza – Meu lance é poesia
Autor: Cazuza (1958 – 1990) – Organização de Ramon Nunes Mello
Cotação: ★ ★ ★ ★ ★
♪ Tentar elevar Cazuza (4 de abril de 1958 – 7 de julho de 1990) como o maior poeta do rock brasileiro dos anos 1980 em detrimento de Renato Russo (1960 – 1996) – ou vice-versa – é bobagem tão inútil quanto mesquinha. Ambos estão irmanados no panteão dos poetas imortais do gênero.
Contudo, se Renato seguiu por trilha poética mais introspectiva, jogando luz sobre as sombras de alma em cancioneiro que versou sobre amor e fé, Cazuza foi o dono do verbo mais incisivo. O poeta desbocado que apontou os ratos do piscinão nacional, desnudando a hipocrisia da sociedade brasileira em letras que pareciam mixar a rebeldia da poesia de Rimbaud (1854 – 1891) com as vísceras de Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974) e com a fossa de Maysa (1936 – 1977) enquanto hasteava a bandeira da liberdade.
Essa soberania do artista na crueza nua dos versos salta das 320 páginas de Cazuza – Meu lance é poesia, livro ora posto no mercado em edição viabilizada através de parceria da WMF Martins Fontes com a sociedade Viva Cazuza.
Trata-se do inventário completo e definitivo da obra musical e poética de Agenor de Miranda Araújo Neto, garoto branco e rico da cidade do Rio de Janeiro que deixou de ser o filhinho do papai João Aráujo (1935 – 2013), poderoso diretor da gravadora Som Livre, quando encontrou a própria turma no universo do rock que emergiu no Brasil a partir de 1982, ano do primeiro álbum do Barão Vermelho, banda que admitiu Cazuza como vocalista – seguindo indicação de Leo Jaime – e que foi a plataforma inicial para a exposição nacional do poeta.
Cazuza saiu da banda em 1985, de forma ruidosa, e cresceu como artista em carreira solo porque sempre foi maior do que o grupo que o lançou como cantor e compositor.
Vendido de forma avulsa e também em box que abarca a fotobiografia Protegi teu nome por amor, o livro Cazuza – Meu lance é poesia reitera essa grandeza, tendo sido organizado por Ramon Nunes Mello, que contextualiza a criação de cada obra. Também poeta, Ramon aprimora e amplia as informações contidas no songbook anterior, Cazuza – Preciso dizer que te amo (2001).
O atual livro reúne 238 poemas escritos entre 1975 e 1989, sendo 27 inéditos, encontrados pela mãe protetora do artista, Lucinha Araújo, nas pastas com documentos originais do Arquivo Viva Cazuza. E, no caso de Cazuza, poesia abarca letras de música, já que as duas formas de arte se borraram o tempo todo na trajetória musical do artista.
O lance que valoriza o livro nem é tanto a safra inédita, mas o conjunto da obra, embora do baú venham curiosidades como o verborrágico poema Work in progress, escrito em 1980 com versos imagéticos como “… que a minha espinha é uma guitarra explorando mares que as próprias ondas vão avançando sem nunca ter pensado”.
O livro também revela Pobreza, parceria de Cazuza com Leo Jaime, escrita em 1980 e nunca gravada, talvez por ter letra bobinha, nascida de brincadeira entre os dois amigos.
A disposição dos poemas em ordem cronológica possibilita ao leitor acompanhar a evolução do artista, embora seja até arriscado falar em progresso quando o primeiro título da antologia é o denso Poema, escrito por Cazuza em 1975, aos 17 anos, para a avó paterna, Maria José Pontual Rangel (1898 – 1998).
Poema ficou guardado com a musa inspiradora dos versos até a morte de Maria José em 1998, ano em que foi entregue a Lucinha pela filha da anciã e ganhou melodia inspirada de Roberto Frejat, virando música na voz de Ney Matogrosso em álbum, Olhos de farol, gravado ainda naquele ano de 1998 e lançado nos primeiros dias de 1999.
Aliás e a propósito, Poema é a única música realmente boa surgida da exumação da obra poética de Cazuza. Todo o resto ficou aquém da grandeza de um poeta que, no mesmo ano de 1975, criou o verso “o banheiro é a igreja de todos os bêbados” ao escrever a letra da canção-blues Down em mim, gravada em 1982 no primeiro álbum do Barão Vermelho. Em bom português, Cazuza já nasceu grande.
Incrementado com textos analíticos de Augusto Guimaraens Cavalcanti, Eliane Robert Moraes, Italo Moriconi e Silviano Santiago, além de artigos de nomes como Caio Fernando Abreu (1948 – 1996), Karina Buhr e Nelson Mottta, o livro também recupera versões originais de músicas como Exagerado 1985), Eu queria ter uma bomba (1985) e Um dia na vida (1985), sendo que somente a letra de Exagerado, canção tornada epíteto do poeta, sofreu transformações mais radicais (para melhor) ao ser gravada em 1985 no primeiro álbum solo de Cazuza.
Enfim, o poeta continua vivíssimo, tanto pela força natural e perene da obra quanto pela proteção amorosa de Lucinha Araújo, mãe que só é feliz quando revitaliza e expande essa obra em shows, discos, musicais de teatro e livros em tributo a Cazuza.

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‘Que Xou da Xuxa é esse?’: fã encontra rainha dos baixinhos e recria meme no Rock in Rio

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Após virar meme ao aparecer no trailer de ‘Para Sempre Paquitas’, a professora Patrícia Veloso se encontrou com a apresentadora Xuxa Meneghel na Cidade do Rock. Protagonista do meme ‘que Xou da Xuxa é esse’ encontra com a eterna rainha dos baixinhos no Rock in Rio
Reprodução
Que ‘Xou da Xuxa’ é esse? Aos 47 anos, Patrícia Veloso finalmente conseguiu uma resposta para sua pergunta indignada de infância.
A mulher que acabou virando meme ao aparece no trailer série documental ‘Para Sempre Paquitas’, do Globoplay, conheceu a rainha dos baixinhos na última sexta (21), após ser convidada ao Rock in Rio.
Rock in Rio 2024: Os melhores e os piores shows… Os destaques e as decepções do festival
Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris
VÍDEO: Will Smith faz show para garis, janta com Iza e ganha ‘parabéns para você’ em padaria com Luciano Huck
Nos bastidores da Cidade do Rock, Patrícia teve a oportunidade de dar um abraço na apresentadora e repetir a pergunta feita na década de 1980, quando tinha apenas 9 anos e esperava na fila para entrar no programa.
A apresentadora Xuxa Meneghel, que se apresentou no festival pela primeira vez, comentou que a fã ‘continuava pequenininha’ e aproveitou para perguntar se Patrícia havia conseguido vencer a fila do ‘Xou da Xuxa’. Ela negou.
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‘Bolo’ de Ryan SP, erros de Akon e dancinha de Livinho: as gafes e mancadas do último fim de semana do Rock in Rio; VÍDEOS

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Segundo final de semana teve grandes shows, mas também contou com cancelamentos de artistas, gafes e fãs frustrados. Rock in Rio 2024: show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
O segundo final de semana do Rock in Rio teve grandes shows e momentos divertidos, mas também contou com algumas mancadas. Alguns artistas desmarcaram em cima da hora, enquanto outros cometeram gafes e enfrentaram problemas em cima do palco.
Relembre os principais “vacilos” e problemas do último final de semana de festival:
MC Ryan SP não aparece em show e vai ao jogo do Corinthians
Ryan SP posta vídeo em jogo do Corinthians após ausência no palco do Rock in Rio
Anunciado no Rock in Rio, Ryan SP não apareceu no show Pra Sempre Trap, que abriu o Palco Mundo na tarde do sábado (21).
Minutos depois da apresentação, o trapper publicou um vídeo no Instagram no qual aparecia chegando à Neo Química Arena, estádio que recebeu a partida entre Corinthians e Atlético-GO. O cantor ainda fez um post com a filha Zoe, de 9 meses, nos braços e escreveu: “Mostrando pra minha princesinha o timão”. O Corinthians venceu o time goiano por 3 a 0.
Show de trap atrasa e é interrompido por problemas técnicos
“A gente vai esperar eles se organizarem para voltar para o palco”, diz Matuê
A abertura do Dia Brasil, que prometia ser um pancadão de trap no Palco Mundo, foi totalmente atrapalhada por uma sucessão de erros técnicos na aparelhagem de som no sábado (21). O problema começou antes mesmo do início da apresentação, que foi atrasada em 1h15.
“Vamos deixar o palco e esperar eles se organizarem, valeu, pessoal?”, reclamou Matuê após a segunda música da tarde ser interrompida por mais um erro.
O show foi interrompido por completo três vezes. Mesmo assim, artistas tentaram manter o bom humor e brincar com a situação, ao contrário da plateia que vaiou a plenos pulmões.
MC Livinho invade reportagem sobre tragédia e faz dancinha
MC Livinho invade reportagem ao vivo sobre tragédia em rodovia para dancinha e recebe críticas na web
MC Livinho foi alvo de críticas neste sábado (21) depois que invadiu uma reportagem ao vivo sobre o acidente de ônibus na Dutra para fazer dancinhas. A repórter Isabela Campos falava para o RJ1 sobre a tragédia, que deixou pelo menos 3 mortos, quando o funkeiro apareceu no vídeo, se aproximou da câmera, hesitou por alguns segundos e começou a dançar. A imagem foi tirada do ar, e, no lugar, entraram cenas do veículo acidentado, enquanto Isabela terminava de dar as informações.
Após críticas, o cantor pediu desculpas. “Desejar meus pêsames, aí, a perda que teve aí, né? Porque agora que eu entrei aqui na internet, vi, os fãs mandando, ‘Foi um acidente, pai’. Então, meus sentimentos a todos aí”, destacou.
Luan Santana cancela e fãs se revoltam
Fãs choram e se revoltam com o cancelamento de Luan Santana no Rock in Rio
Frustrados, fãs de Luan Santana se revoltaram com a ausência do cantor no show do Para Sempre Sertanejo, no Rock in Rio do último sábado (21). O músico cancelou sua participação após mudanças repentinas na grade horária do festival, causadas devido a uma sequência de atrasos no Dia Brasil.
Segundo a assessoria de Luan, ele só aceitou participar do Rock in Rio “sob o compromisso da organização de que não haveria atraso, visto que ele já tinha um grande show agendado para esta mesma data em São José (SC)”.
Akon confunde capitais e cumprimenta público de SP no Rock in Rio
Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio
O cantor americano Akon foi escalado para se apresentar no último dia do Rock in Rio, no último domingo (22). Mas, durante o show, confundiu as capitais e cumprimentou o público de São Paulo.
“São Paulo, como vocês estão se sentindo hoje?”, questionou. Ele foi corrigido por fãs da plateia, que gritaram em coro o nome do Rio de Janeiro.
Bolha de Akon ‘fura’ durante show
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Akon também ficou vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável, com a qual pretendia se jogar e ser carregado pelo público. A bolha estourou com apenas alguns segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido.

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