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Monark: veja repercussão de políticos e juristas após fala de influencer sobre nazismo

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‘Nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei’, afirmou podcaster na segunda (7). Políticos, ministros do STF e pré-candidatos à Presidência repudiaram declaração. As falas do podcaster e influencer Monark favoráveis à possibilidade da criação de um partido nazista no Brasil, em nome da liberdade de expressão, repercutiram negativamente entre políticos, juristas e candidatos à presidência da República.
As declarações foram dadas em uma edição do Flow Podcast com as presenças dos deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), durante debate sobre a liberdade de expressão.
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“A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”.
Tabata rebateu o comentário e falou que a “liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco a vida do outro”. “O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco”, afirmou a parlamentar.
Monark pede desculpa e diz que estava bêbado quando defendeu existência de partido nazista
Veja abaixo os posts divulgados por políticos e autoridades sobre o assunto:
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal
A Constituição consagra o binômio: liberdade e responsabilidade. O direito fundamental à liberdade de expressão não autoriza a abominável e criminosa apologia ao nazismo.
Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal
“Qualquer apologia ao nazismo é criminosa, execrável e obscena. O discurso do ódio contraria os valores fundantes da democracia constitucional brasileira. Minha solidariedade à comunidade judaica.”
Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em cumprimento do seu dever de combater a todas as formas de violência, de preconceito, de discriminação e de intolerância, vem a público manifestar repúdio acerca de programa de podcast que veiculou possibilidade de criação de “um partido nazista reconhecido por lei.”
A Constituição estabelece que constitui-se objetivo fundamental da República Federativa do Brasil promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Outrossim, a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, afirma que serão punidos os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, incluindo a veiculação de símbolos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
A Declaração Universal das Nações Unidas reconhece, em seu artigo 7, que todos têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Além disso, a Convenção Americana de Direitos Humanos apresenta, em seu artigo 13, que a lei deve proibir toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência.
Diante das imagens veiculadas, o MMFDH informa que acompanhará os desdobramentos do caso, com a expectativa de que os fatos sejam apurados e elucidados a fim de que o sofrimento causado pelo regime nazista entre os anos de 1933 e 1945, que perseguiu e assassinou mais de 6 milhões de judeus europeus, não encontre guarida em território nacional. Por fim, este Ministério se solidariza com toda a comunidade judaica residente no Brasil.
Augusto Aras, procurador-geral da República
“Todo discurso de ódio deve ser rejeitado com a deflagração permanente de campanhas de respeito a diversidade como fazemos no Ministério Público brasileiro para que a tolerância gere paz e afaste a violência do cotidiano.”
André Janones (Avante), pré-candidato à Presidência da República
“O nazismo não só ‘pregou ódio’, o nazismo é o ódio. Nazistas mataram pais na frente dos filhos, mataram filhos na frente dos pais, famílias sufocadas em câmaras de gás. Escravos enterrando pilhas de corpos em valas comuns. Enfim, é difícil escrever sobre isso sem me sentir mal. A liberdade de expressão é ferramenta importante, mas é um grande poder e vocês já sabem ‘com grandes poderes, vem grandes responsabilidades’. Não é justificável o que aconteceu no ep do Flow e isso não é só sobre liberdade de expressão. Tenhamos responsabilidade!”
Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à Presidência da República
“Sob nenhum pretexto se pode defender a criação de um Partido Nazista. O nazismo é a negação não apenas da democracia mas da própria vida. Houvesse um pouco mais de leitura e um pouco menos de vontade de chocar, que é próprio da juventude, Monark não teria cometido este tão grosseiro erro. A tolerância, grande virtude humana, e o respeito ao pluralismo e à liberdade de expressão, não podem ser de tal forma largos que permitam a existência de organizações e ideologias que as destruam.”
Joao Doria (PSDB), governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República
“A defesa do nazismo é um crime e uma agressão à humanidade! #Inacreditável #Inadmissível #Impensável”
Sergio Moro (Podemos), pré-candidato à Presidência da República
“O nazismo é abominável e inaceitável em qualquer circunstância. É um crime e uma ofensa ao povo judeu e a toda humanidade. Não há mais lugar no mundo para o ódio e a intolerância.”
Embaixada da Alemanha no Brasil
“Não. Defender o nazismo não é liberdade de expressão. Quem defende o nazismo desrespeita a memória das vítimas e dos sobreviventes desse regime e ignora os horrores causado por ele.”
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT
“Não existe arrego para quem defende a criação de um Partido Nazista. O que Monark disse ontem é um crime contra a nossa democracia. Não existe liberdade de expressão para quem defende esse absurdo. É de extrema urgência que esse canalha tenha uma punição severa.”
PSOL Nacional
“Não se pode normalizar que qualquer pessoa, especialmente um deputado federal, relativize a existência de um partido nazista. Ninguém tem o direito de ser nazista ou anti-judeu. Nazismo não cabe na democracia. Nazismo não cabe em lugar nenhum. Nazismo se derrota. O nazismo precisa ser combatido e derrotado. Importante que a sociedade dê respostas contundentes como tem dado a quem contemporiza com o legado odioso dos nazistas.”
Tabata Amaral (PSB-SP), deputada federal
“Ontem, assim como em outros momentos, defendi com firmeza que o nazismo e outras ideologias que ameaçam a existência e integridade de pessoas ou grupos, sejam judeus, pessoas com deficiência, negros ou LGBTQIA+, são intoleráveis e devem ser banidas. A nossa liberdade termina quando começa a do outro.”
Kim Kataguiri (DEM-SP), deputado federal
“O que eu realmente disse sobre o nazismo: muito melhor expor a crueldade dessa ideologia nefasta para que todos vejam o quanto ela é absurda. Sufocar o debate só faz com que grupos extremistas cresçam na escuridão e não sejam devidamente combatidos e rechaçados.”
Alessandro Vieira (Cidadania-SE), senador
“A defesa da liberdade se faz todos dias, mas sempre com equilíbrio e respeito. Destilar ódio e preconceito não se confunde com o livre exercício do direito de opinião. É crime e deve ser confrontado. Parabéns Tabata Amaral.”
Alexandre Silveira (PSD-MG), senador
“Qualquer forma de relativizar ou defender o nazismo é inaceitável. O que vi hoje nas redes sociais é algo que causa revolta e tristeza.”
Davi Alcolumbre (DEM-AP), senador
“Defender o nazismo não é liberdade de expressão. Defender um regime que assassinou seis milhões de judeus inocentes só por serem judeus no maior genocídio da história, é um acinte repugnante e criminoso. Em tempos de pós-verdade, não faltam disseminadores do discurso de ódio buscando o revisionismo histórico e a negação do genocídio judeu. A divulgação de mentiras é uma ameaça permanente. Não só à comunidade judaica, mas a todas as minorias no mundo. O estado nazista criou campos de extermínio, dedicados única e exclusivamente a executar inocentes. Tudo isso me marca de maneira profunda, dada as minhas raízes judaicas. A religião reforça meu elo com as vítimas dessas atrocidades, fazendo com que eu me solidarize e padeça duplamente, como ser humano e como judeu. Este é um país construído sobre o respeito à diversidade e o acolhimento ao diferente. Que nós sejamos capazes de manter viva a memória de um passado tão cheio de dor para jamais termos de testemunhar um holocausto novamente.”
Jean Paul Prates (PT-RN), senador
“Não! É hora de dar um basta! A defesa da normalidade e legalidade de um Partido Nazista no Brasil é mais do que ignorância política. É resultado de um governo que propaga o odio e abre espaço para radicais. Defesa do nazismo é crime!”
Rogério Carvalho (PT-SE), senador
“Nazismo não é liberdade de expressão, é crime! Em seu programa, Monark, um dos apresentadores do Flow podcast, defendeu a liberdade de falas nazistas contra grupos sociais. O nazismo matou 6 milhões de pessoas! Ferir a existência de uma pessoa não é liberdade de expressão!”
Aécio Neves (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara
“A apologia ao nazismo sob qualquer argumento é crime e como tal deve ser tratada. Em nome da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, expresso meu mais profundo repúdio a essas declarações, que devem ser punidas na forma da lei e de forma exemplar.”
Rodrigo Maia (DEM-RJ), deputado federal
“Ministros do STF afirmam que apologia ao nazismo é crime. Não há o que se discutir. Minha solidariedade à comunidade judaica e a todos os perseguidos pelos criminosos nazistas.”

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Rock in Rio registra mais de 600 furtos de celulares

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Balanço foi apresentado em uma coletiva no Palácio Guanabara nesta segunda-feira (23). Trinta e oito pessoas foram presas durante os sete dias. Governo do RJ faz balanço sobre esquema operacional do Rock in Rio
Mais de 600 pessoas registraram boletins de ocorrência após terem seus celulares furtados durante os sete dias de Rock in Rio, de acordo com o balanço divulgado pelo governo do Rio nesta segunda-feira (23). Segundo a administração do evento, 730 mil pessoas passaram pela Cidade do Rock.
As informações foram dadas durante uma coletiva no Palácio Guanabara. O secretário de segurança Victor Santos destacou que, para a pasta, os registros eram feitos com rapidez para que as vítimas pudessem voltar ao evento.
“Uma pessoa pode passar pelo dissabor de ter um telefone furtado, e não é justo que uma pessoa passe muito tempo fazendo um registro de ocorrência. Mesmo tendo problemas, as pessoas conseguiam fazer tudo e voltar a tempo para curtir o show”, afirma Santos.
Governo do RJ faz balanço operacional de atuação no Rock in Rio e nos jogos da Libertadores da América
Henrique Coelho / g1
Durante o evento, 38 pessoas foram presas dentro da Cidade do Rock, sendo 19 em flagrante.
Ao todo, foram 889 ocorrências registradas. Quase 70% delas por furto de celular, chegando a 614 ocorrências.

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Akon reposta story criticando próprio show no Rock in Rio: ‘Prometeu tudo e entregou playback ruim’

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Cantor se apresentou no Palco Mundo do festival neste domingo (22). Público solta a voz no hit “Lonely” durante apresentação de Akon no Rock in Rio
Akon se apresentou no Palco Mundo na noite do último domingo (22), no Rock in Rio. O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba e funk. Mas, nas redes sociais, algumas pessoas o acusaram de usar playback na apresentação. Nesta segunda (23), Akon acabou repostando uma publicação no Instagram com crítica ao show.
“Akon prometeu tudo e entregou um playback ruim, autotune e um DJ da Shopee”, escreveu o seguidor repostado por Akon.
Depois que teve sua publicação repostada pelo Akon, o seguidor até disse que estava se “sentindo mal” pela crítica. Akon seguiu compartilhando vídeos de seguidores que o marcaram na rede social com momentos da apresentação no festival.
Um dos maiores astros da música dos anos 2000, Akon foi incluído em um dia com programação marcada por atrações nostálgicas no Rock in Rio. Além dele, Ne-Yo passou pelo Palco Mundo, para também apresentar hits da penúltima década. Já o Palco Sunset recebeu um show de Mariah Carey.
Akon reposta story com crítica ao show do Rock in Rio
Reprodução/Instagram
Seguidor do Akon
Reprodução/Instagram
Akon confuso com capitais e bolha furada
Durante o show, Akon confundiu as capitais e cumprimentou o público de São Paulo. “São Paulo, como vocês estão se sentindo hoje?”, questionou. O músico foi corrigido por fãs da plateia, que gritaram em coro o nome do Rio de Janeiro.
Ele também ficou com vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável, com a qual pretendia se jogar e ser carregado pelo público. A bolha estourou com apenas alguns segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido.
Público do Rock in Rio faz coro em “I Wanna Love You” de Akon

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Cate Blanchett cita Clarice Lispector e elogia escritora em discurso: ‘Gênia absoluta’

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Atriz mencionou escritora brasileira após receber prêmio no Festival de Cinema de San Sebastian, na Espanha, no último sábado (21). Cate Blanchett no Festival de Veneza 2024.
Joel C Ryan/Invision/AP
A atriz Cate Blanchett recebeu uma homenagem ao conjunto de sua obra no Festival de Cinema de San Sebastian, na Espanha, no último sábado (21). Em seu discurso de agradecimento, a atriz contou que vem lendo Clarice Lispector, e chamou a escritora brasileira de “gênia absoluta”.
“Vivemos em tempos incertos e busco coragem em Clarice Lispector, a autora brasileira que é uma gênia absoluta, cujo trabalho tenho lido recentemente”, começou a atriz.
“E ela diz: ‘Existem certas vantagens em não saber. Como um território virgem, a mente está livre de equívocos. Tudo o que não conheço constitui a maior parte de mim: esta é a minha dádiva. E com esse não saber, eu entendo tudo.’ Eu vivo com esperança. A jornada continua. Só existem ilhas de certezas. Então, muito obrigada por esta pequena ilha de certeza esta noite”.
Mais tarde, na coletiva de imprensa, a atriz voltou a mencionar Lispector.
“Tenho lido Clarice Lispector, a incrível escritora brasileira. E ela diz: ‘É preciso muito esforço para ser simples’. Geralmente, coisas que parecem sem esforço exigem muita preparação”, explicou.

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