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Festas e Rodeios

Adrilles e Jovem Pan são investigados pelo MP-SP e podem pagar indenização por suposto gesto nazista

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Comentarista e empresa passaram a ser investigados em inquérito cível também pela Promotoria de Direitos Humanos por gesto feito durante programa de TV. Comentarista já era investigado em outro inquérito, mas criminal do Ministério Público de São Paulo. Adrilles Jorge, comentarista da rádio Jovem Pan, durante transmissão nesta terça-feira (8)
Reprodução
Adrilles Reis Jorge e a Jovem Pan passaram a ser investigados nesta sexta-feira (11) num novo inquérito do Ministério Público (MP) de São Paulo: Esse na esfera cível, por suspeita de apologia do nazismo e dano social e moral coletivo contra a comunidade judaica. O ex-comentarista e a empresa poderão pagar indenizações caso sejam condenados pela Justiça pelos crimes. O dinheiro seria destinado a entidades que combatem discriminação e ódio.
Adrilles Reis Jorge e a emissora Jovem Pan passaram a ser investigados nessa semana em um novo inquérito do Ministério Público de São Paulo, agora, na esfera cível, por suspeita de apologia do nazismo e dano social e moral coletivo contra a comunidade judaica. Caso condenados, o comentarista e a empresa podem vir a pagar indenizações. O dinheiro seria destinado a entidades que combatem discriminação e ódio.
O g1 não conseguiu localizar Adrilles até a última atualização desta reportagem. A Jovem Pan foi procurada e ainda não se manifestou.
Na última terça-feira (8), Adrilles fez um gesto comparado a saudação nazista durante sua participação como comentarista no programa ao vivo da TV Jovem Pan News. Ele debatia com outro comentarista e um apresentador as declarações do influencer Bruno Aib, conhecido como Monark, que um dia antes foi demitido do Flow Podcast, canal de entrevistas na internet, por defender que existisse um partido nazista, o que é proibido por lei.
O gesto de Adrilles ao se despedir, com a mão direita espalmada similar ao “sieg heil” (“salve a vitória” numa tradução do alemão para português) adotado pelo então líder nazista Adolf Hitler, repercutiu nas redes sociais e ofendeu a Confederação Israelita do Brasil (Conib). Ela emitiu um comunicado no qual “condena estarrecida o gesto repugnante de saudação nazista feito pelo apresentador Adrilles Jorge em programa da Jovem Pan.”
Na quarta-feira (9), a Jovem Pan demitiu Adrilles alegando que “repudia qualquer manifestação em defesa do nazismo”. O ex-comentarista usou suas redes sociais para se defender e alegou que havia dado “um tchau” que foi “deturpado por canceladores”.
Quem é Adrilles, comentarista investigado pelo MP por suposta saudação nazista
Na mesma quarta-feira, o Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Inteligência (Gecradi) do Ministério Público abriu um inquérito, no âmbito criminal, para investigar Adrilles por apologia do nazismo. Se vir a ser condenado na Justiça, o ex-comentarista pode receber uma pena de 1 a 5 anos de prisão ou pagamento de multa (saiba mais abaixo).
Na sexta-feira, a Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público abriu um inquérito civil contra Adrilles e a Jovem Pan. O ex-comentarista e os responsáveis pela empresa são investigados por “possível apologia ao nazismo” pelo “gesto nazista” feito durante transmissão na TV, o que é uma “conduta proibida pelo ordenamento jurídico brasileiro”, principalmente pelo que ele representa, que é a “discriminação contra judeus” e outras minorias.
“Há indícios da prática de gesto nazista por parte Adrilles Reis Jorge, reconhecido, inclusive, pela sua empregadora”, escreveu o promotor Reynaldo Mapelli Júnior na portaria que instaurou o inquérito. “Esse gesto pode representar apologia ao nazismo o que teria, em si, conteúdo racista, antissemita e altamente discriminatório contra diversas minorias, uma vez que, como bem se sabe, o regime nazista também perseguiu pessoas com deficiência, LGBTQIA+, ciganos e outros.”
Ainda segundo o promotor, a Jovem Pan deve aperfeiçoar o controle interno para capacitar os colaboradores e evitar esse tipo de coisa. “Necessidade de a Jovem Pan prestar esclarecimentos e indicar quais as medidas internas realizadas para impedir a promoção de discursos de ódio através de seus canais (compliance em direitos humanos)”, escreveu o representante do MP.
A portaria ainda pede que a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) da Polícia Civil abra inquérito para investigar Adrilles e os responsáveis pela Jovem Pan pelo crime de apologia do nazismo.
Esfera criminal
O que a lei brasileira diz sobre apologia ao nazismo
Até o momento, somente Adrilles é investigado na esfera criminal pelo Ministério Público. Na portaria que abriu a investigação contra o ex-comentarista, a promotora Maria Fernanda Balsalobre Pinto determinou que a Jovem Pan somente encaminhasse “a mídia integral do programa indicado, por meio digital, no prazo de dez dias” e que seus responsáveis “identifiquem, com função, e-mail e telefone de contato, todos os presentes no estúdio quando do encerramento do programa”.
A saudação, símbolos e apologia do nazismo são crimes previstos na lei brasileira nº 7.716/1989. Ela criminaliza qualquer forma de discriminação ou preconceito. Na mesma legislação, em seu artigo 20, há menção ao crime de divulgação e criação de grupos nazistas.
A lei citada pelo Ministério Público define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, e afirma que é crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.
Adrilles Jorge tem 47 anos é escritor, poeta e jornalista. Na Jovem Pan, ele era um dos comentaristas do programa “Morning Show”, além de escrever sobre política, cultura e comportamento. O ex-comentarista foi um dos participantes do “BBB15” da TV Globo.
Monark e Flow Podcast
Monark pede desculpa e diz que estava bêbado quando defendeu existência de partido nazista
Monark e os responsáveis pelo Flow Podcast, veiculado no YouTube, podem pagar indenizações e até ser presos caso sejam condenados pela Justiça por apologia do nazismo e discriminação contra judeus durante o programa ao vivo realizado na última segunda-feira (7), quando os deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP) eram entrevistados.
Monark é desligado do Flow Podcast após fala sobre nazismo e apaga vídeo do canal
Saiba quem é Monark e veja declarações dele que viraram alvo de críticas
O Ministério Público de São Paulo apura o caso envolvendo o influencer e o programa em duas esferas: a cível e a criminal. Em sua defesa, Monark alegou que estava “bêbado” quando deu as declarações.
MPF
Monark e Kim Kataguiri
Reprodução/YouTube/FlowPodcast; Marina Ramos/Câmara dos Deputados
O Ministério Público Federal (MPF), em Brasília, também investiga Monark por apologia ao nazismo após determinação do procurador-geral Augusto Aras. Mas além do influencer, a Procuradoria apura se Kim cometeu o mesmo crime por entender que ele fez declarações de cunho neonazista ao responder Tabata que a Alemanha não deveria ter criminalizado o nazismo.
Nesta sexta, o deputado usou sus redes para se desculpar pelo que disse: “Eu errei, eu disse algo que ofende a comunidade judaica.”
Secretaria de Justiça
Monark, Kataguiri e Adrilles
Montagem/g1
A Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo também abriu um processo administrativo para apurar a conduta de Monark, de Kim e Adrilles. Cada um deles pode ser multado em até R$ 95 mil.

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Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido; VÍDEO

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A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro. Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido
O cantor Gusttavo Lima, que teve prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta segunda-feira (23), esteve no Rock in Rio na noite do último domingo (22).
Em vídeos compartilhados em suas redes sociais, o sertanejo aparece visitando o “Vipão”, camarote do evento, e acompanhando o show do Akon. Ele também teve um encontro com Roberto Medina, fundador do festival.
Gusttavo ainda mostra uma maquete do The Town, gerando comentários de que poderia ser um dos nomes do festival de São Paulo em 2025. Ao final do passeio, ele comentou: “Foi sensacional”.
Gusttavo Lima conversa com Roberto Medina no Rock in Rio e mostra maquete do The Town
Reprodução/Instagram
Antes de ir à Cidade do Rock, Gusttavo Lima se apresentou no Rodeio de Jaguariúna na madrugada de domingo (22) e fez dueto “surpresa” com Zezé di Camargo.
Mandado de prisão
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram
A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro pelo qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão foi publicada depois que o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil, pedindo a realização de novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares.
Akon no Rock in Rio
Além de Gusttavo Lima, uma multidão se espremeu para assistir ao show de Akon no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
Entre as diversas gafes que marcaram o show do cantor, estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido (veja no vídeo abaixo).
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sertanejo no Rock in Rio
Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O Rock in Rio 2024 ficará marcado na história do festival como a edição em que o sertanejo subiu ao palco pela primeira vez. Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país — enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, no último sábado (21), com programação exclusivamente brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, subiram ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho e Xororó.
Uma das atrações esperadas para o dia, o sertanejo Luan Santana cancelou sua participação por causa do atraso de mais de uma hora nos shows do festival.
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram

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Após 400 shows usando bolhas sobre público, Sorocaba dá dicas para Akon depois de cantor não conseguir usar artifício no Rock in Rio

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‘Pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, eu achei que a bolha era muito pequena. Teria que ter um diâmetro quase que dobrado’, analisa o sertanejo em entrevista ao g1. Akon em seu show no Rock in Rio, segundos antes de a bolha inflável murchar, e Sorocaba durante show em 2013
Reprodução/Instagram
Entre as diversas gafes que marcaram o show do Akon na noite de encerramento do Rock in Rio, neste domingo (22), estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido.
O artifício é usado pela dupla Fernando e Sorocaba há mais de dez anos. Os artistas sertanejos já passaram sobre o público usando a bolha em ao menos 400 shows, segundo Sorocaba. E, ainda de acordo com o cantor, ele só passou por incidente semelhante ao do Akon uma vez.
“A gente teve um contratempo uma vez na vida, porque tem uma alcinha do zíper que sempre tem que ser travada pra ninguém puxar. Eu tava me deslocando num show lá atrás e, no meio do caminho, um sujeito abriu”, afirmou o cantor em entrevista ao g1.
“Não aconteceu nada demais, simplesmente a bolha murchou e eu acabei caindo no meio do público. As pessoas ficaram ouriçadas, aquela história toda, mas ninguém se machucou. Não considero um acidente.”
Sorocaba afirmou que assistiu ao incidente com Akon. E acredita que a falha tenha acontecido por causa do zíper, que é bastante frágil.
“Quando você desce uma escada e dá o azar de pisar exatamente onde vai o zíper, a chance de abrir a bolha é grande. É o que deve ter acontecido ali com o Akon.”
O cantor também aponta que a bolha usada pelo artista senegalês era pequena demais.
“Eu achei que a bolha dele, pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, era muito pequena. Ela teria que ter um diâmetro quase que dobrado dessa daí.”
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sorocaba ainda afirmou que, se pudesse dar um conselho para o artista, diria para ele inflar a bolha já na altura do público, evitando, assim, passar por obstáculos, como a escada.
“Pode ser feito uma base que suba uma cortina, da forma como a gente faz. Esconde, as pessoas ficam curiosas para saber o que está acontecendo lá dentro, e na hora que abre essa cortina, ele já vai estar inflado na bolha. Eu acho que surpreenderia muito mais.”
Ainda assim, Sorocaba elogiou a tentativa de Akon de colocar o artifício no show.
“Eu acho uma operação incrível, um efeito especial no show incrível. É algo que realmente gera uma interatividade única do fã com o artista. É meio que quase tocar o artista.”
“É algo muito legal para se fazer num show, uma grande sacada.”
Leia crítica: Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Funcionamento da bolha
Sorocaba, que faz uso da bolha inflável em seus shows desde 2013, explicou que ela é feita de um material plástico bastante resistente.
“O artista entra, a gente enche de ar, e a ideia é dividir o peso da pessoa que está dentro da bolha na mão de dezenas de pessoas que estão embaixo.”
O cantor explicou que é preciso usá-la quando o show está com bastante público. Era o caso de Akon no Rock in Rio.
“Imagina dezenas de mãos levantadas. Aquilo vira praticamente uma no chão e você vai se deslocando sobre a galera.”
Por segurança, Sorocaba costuma colocar seguranças à paisana pelo caminho que vai percorrer entre o público.
Eles ficam ali para indicar se tem alguma pessoa debilitada no caminho ou até para socorrer o artista em caso de qualquer acidente.
Fernando e Sorocaba evento “Isso é Churrasco On Fire”
Divulgação
Bolhas para artistas e público
Em 2021, durante a pandemia, quando os shows tiveram uma pausa, a banda de rock americana Flaming Lips colocou, não somente os músicos, mas também o público dentro de bolhas infláveis para que pudessem manter o distanciamento social contra o risco do coronavírus.
O grupo realizou dois shows e contou com 100 balões, cada um com capacidade para até três pessoas. As apresentações aconteceram no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos.
A engenhosa ideia partiu do líder da banda, Wayne Coyne, que já usava bolhas antes da pandemia para “rolar” dentro da cápsula pelo público em muitos de seus shows, assim como faz Sorocaba – e Akon tentou fazer.
Apresentação do Flaming Lips teve bolhas para o público e para os músicos
Flaming Lips/Divulgação via BBC

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Após ameaçar deixar banda, vocalista do Journey é acusado de querer engajamento e rebate: ‘Fui atacado pelos últimos 17 anos’

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Arnel Pineda declarou nas redes sociais que deixaria o grupo caso 1 milhão de comentários pedissem sua saída. Performance do artista no palco do festival foi criticada. Arnel Pineda do Journey pega bandeira do Brasil com símbolo do Cruzeiro
Arnel Pineda, vocalista do Journey, respondeu seguidores após sugerir que estaria disposto a sair da banda.
No último domingo (22), ele fez uma publicação no Instagram dizendo que estava “ciente” de falhas em criticada apresentação no Rock in Rio. Segundo o cantor, se “um milhão” de comentários pedissem, ele deixaria a banda.
Um seguidor de Arnel respondeu o post, pedindo que o vocalista seguisse na banda, mas o acusou de querer engajamento. “Vamos ser honestos, você sabia bem que isto nunca chegaria a 1 milhão de comentários, muito menos 1 milhão de comentários pedindo para sair da banda”, escreveu.
“Me perdoe por afirmar o óbvio, mas seu ‘desafio’ parece mais projetado para gerar engajamento do que para obter ‘feedback’ real”.
Segundo o cantor, a ideia do post era desafiar “agressores e ‘haters'”. “Se você não aceita meu desafio, peço respeitosamente que pare de me seguir e deixe minha página em paz… porque não preciso da sua negatividade na minha vida”, respondeu Pineda.
“Você não está no meu lugar… eu fui criticado e atacado pelos últimos 17 anos. Então você não sabe como é isso”.
Journey se apresenta no Palco Mundo do Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
Por fim, o músico comentou que não estava pedindo “feedback” sobre a apresentação, porque “sabe exatamente o que aconteceu com o som” da banda durante o show.
“Por favor, tente ser um pouco mais compreensivo… nós dois somos humanos, mas, no entanto, ainda somos diferentes em muitos aspectos”, completou.

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