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Festas e Rodeios

Bala Desejo surge como grande novidade da MPB ao celebrar carnavais passados e futuros

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Quarteto formado por músicos cariocas entrega disco orquestrado com frescor de gente jovem, cheio de referências dos anos 70 para ‘dançar, brilhar e pular’. Um frescor que remete aos anos 70, um álbum orquestrado em tempos que refrões de 15 segundos resumem o sucesso de uma música, uma grande celebração de carnaval. Todas as definições soam como pouco para descrever o quarteto carioca Bala Desejo.
A banda formada por Dora Morelenbaum, Julia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra lança o “lado b” do álbum estreia, “Sim Sim Sim”, nesta quarta (16), já com o destaque de grande acontecimento da música brasileira neste início de 2022.
Amigos desde os 11 anos e cantores com carreiras solo em andamento, eles se reuniram, de início, para fazer um show no Coala Festival em 2021.
Antes, eram vistos informalmente nas famosas lives de Teresa Cristina até surgir o convite do festival paulistano.
Com o adiamento do evento, sobrou tempo e surgiu a proposta: por que não fazer um álbum?
Dora e Julia têm carreiras solo, e Zé e Lucas tocam juntos na banda Dônica desde 2015. O último também coproduziu o álbum “Meu Coco”, de Caetano Veloso.
Com a provocação na cabeça, eles foram para o sítio de Julia, em Minas Gerais, com o objetivo de trabalhar nas canções que compõem o álbum de estreia.
Músicas do álbum de estreia de Bala Desejo foram escritas em uma imersão do grupo carioca
Divulgação/LucasVaz
É “Baile de Máscaras (Recarnaval)” que abre os trabalhos e dá o tom festivo percorrido pelo grupo em boa parte das 14 faixas.
A euforia surge como contraponto e desejo de dias melhores diante dos exaustivos de pandemia.
“O que que está urgente aqui? O que ninguém está tendo?”, lembra de se questionar Zé Ibarra. “Sim Sim Sim” é para cima, para dançar, para brilhar, para pular”.
“Na própria imersão, a gente entendeu a redescoberta do corpo, a dança como algo necessário, fundamental para chegar em um outro lugar. A gente entrou nisso e tudo começou a fluir, a fazer sentido”, continua o músico, que já dividiu palco com Milton Nascimento e gravou com Gal Costa.
Toda essa festividade não é traço recorrente na carreira individual dos artistas, que se dedicavam a canções mais introspectivas antes da formação da banda.
No entanto, as “músicas de sarjeta”, para usar um termo citado na entrevista, aparecem nas bonitas “Nesse Sofá” e “Muito Só”.
“É um disco feito na pandemia, então também não tem como ser só ‘sim'”, define Ibarra.
Álbum orquestrado como nos anos 70
Bala Desejo é formado por Zé Ibarra, Júlia Mestre, Dora Morelenbaum e Lucas Nunes
Divulgação
Ter a presença dos instrumentos de metais e um som de orquestrado eram premissas na cabeça dos artistas altamente influenciados por “toda a música brasileira”.
“Já era uma ideia minha, depois nossa, de remeter a alguma coisa, talvez, dos anos 70, mas de uma forma mais atual. Foi com a galera dentro do estúdio tocando ao vivo que isso ficou verdadeiro”, explica Lucas Nunes.
Eles são acompanhados pela banda-base formada por Alberto Continentino (baixo), Daniel Conceição (percussão e bateria), Marcelo Costa (percussão) e Thomas Harres (bateria e percussão).
“Quando a Maria Gadú ouviu o álbum, ela disse que a gente tinha feito um disco de arranjo. Essa é uma das coisas que mais me dá prazer me música, e tenho certeza que para Dora, Lucas e Júlia também”, diz Ibarra.
“A música brasileira produziu fonogramas inacreditáveis de Gil, Caetano, Chico, músicas de arranjo que uniam música pop, no sentido que comunica, somado a inventividades mil, com maestrias, com genialidades musicais ali por cima”
“O Bala Desejo é a gente olhando para trás, mas fazendo algo para frente, incorporando essa delícia de fazer uma música que venha cheia de coisas e gostosuras para as pessoas ouvirem e cantarem os sopros, os baixos… para ficar colorido”.
Quando tudo vira referência
Bala Desejo
Divulgação/Lucas Vaz
Os quatros cantores vêm de famílias que pulsam música desde sempre, o que facilita tanto as conexões profissionais como o repertório vasto e naturalmente intuitivo.
Zé, Lucas e Dora citam quase 30 artistas que são importantes para eles, e que, de alguma forma, aparecem nas faixas.
A lista vai de Villa Lobos, passando por todos os grandes cantores da MPB, até ABBA, Beatles, Pink Floyd e Led Zeppelin.
“Cada um quis, sem ser proposital, colocar essas referências todas. Está na forma como a gente compõe, pensa, produz”, explica Dora, filha de Paula e Jacques Morelembaum, um dos maiores violoncelistas e arranjadores do país.
Ponto que é reforçado por Ibarra: “Não tem pesquisa de referência nenhuma para o disco. É o que a gente ouve, é o que a gente gosta”.
Segundo o grupo, soar parecido com algo que já foi feito anteriormente não era uma preocupação, porque o contexto é diferente.
“Estamos vivendo uma pandemia, com temas que dialogam com isso, [com músicas escritas] por jovens de 25 anos vivendo em 2022. Por si só, isso já é uma coisa completamente diferente”, diz Ibarra.
“O que poderia ser chamado de cópia da nossa parte é chamado de homenagem. A gente não teve nenhum problema em botar uma música que é super Rita Lee ou Novos Baianos, porque é isso… Se assim nos for designado essa posição privilegiada de dar prosseguimento a alguma coisa [na MPB ], então que seja reverenciando e fazendo coisas novas”, continua.
Coesos e inspirados, eles chegam ao mercado renovando a MPB e com a trilha sonora que nos permite sonhar com uma vida mais feliz e calorosa, ainda mais necessária depois de tempos tão difíceis.

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Vitor Ramil ergue ‘Mantra concreto’, álbum com 13 músicas criadas a partir de versos do poeta Paulo Leminski

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♫ NOTÍCIA
♪ Vitor Ramil segue em trilho poético no 13º álbum do artista gaúcho nascido em Pelotas (RS), cidade renomeada como Satolep na geografia artística da obra do cantor, compositor e músico. Dois anos após transitar por Avenida Angélica (2022) em álbum lançado com músicas compostas a partir de poemas da conterrânea Angélica Freitas, Ramil apresenta em 10 de outubro o álbum Mantra concreto.
Com produção musical orquestrada pelo próprio Vitor Ramil com Alexandre Fonseca e Edu Martins, o álbum Mantra concreto alinha 13 músicas inéditas compostas por Ramil a partir de poemas do escritor, músico e poeta curitibano Paulo Leminski (24 de agosto de 1944 – 7 de junho de 1989).
Gravado por Lauro Maia, mixado por Moogie Canazio e masterizado de André Dias, o álbum Mantra concreto reúne músicas como Amar você e celebra os 80 anos que Leminski teria completado há um mês.
A ideia do disco surgiu em 2021, durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19. “Justamente por estar isolado em casa, fui contaminado pela poesia de Paulo Leminski. Certo dia, enquanto lia o poema ‘Sujeito Indireto’, passei a mão no violão e minha imunidade baixou. ‘Quem dera eu achasse um jeito de fazer tudo perfeito’ logo virou canção. Nos dias subsequentes, a cena se repetiu com outros poemas. Em três semanas, treze poemas, treze canções”, recorda Vitor Ramil.
A capa do álbum Mantra concreto foi criada pelo designer Felipe Taborda.
Capa do álbum ‘Mantra concreto’, de Vitor Ramil
Arte de Felipe Taborda

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Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido; VÍDEO

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A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro. Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido
O cantor Gusttavo Lima, que teve prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta segunda-feira (23), esteve no Rock in Rio na noite do último domingo (22).
Em vídeos compartilhados em suas redes sociais, o sertanejo aparece visitando o “Vipão”, camarote do evento, e acompanhando o show do Akon. Ele também teve um encontro com Roberto Medina, fundador do festival.
Gusttavo ainda mostra uma maquete do The Town, gerando comentários de que poderia ser um dos nomes do festival de São Paulo em 2025. Ao final do passeio, ele comentou: “Foi sensacional”.
Gusttavo Lima conversa com Roberto Medina no Rock in Rio e mostra maquete do The Town
Reprodução/Instagram
Antes de ir à Cidade do Rock, Gusttavo Lima se apresentou no Rodeio de Jaguariúna na madrugada de domingo (22) e fez dueto “surpresa” com Zezé di Camargo.
Mandado de prisão
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram
A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro pelo qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão foi publicada depois que o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil, pedindo a realização de novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares.
Akon no Rock in Rio
Além de Gusttavo Lima, uma multidão se espremeu para assistir ao show de Akon no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
Entre as diversas gafes que marcaram o show do cantor, estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido (veja no vídeo abaixo).
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sertanejo no Rock in Rio
Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O Rock in Rio 2024 ficará marcado na história do festival como a edição em que o sertanejo subiu ao palco pela primeira vez. Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país — enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, no último sábado (21), com programação exclusivamente brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, subiram ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho e Xororó.
Uma das atrações esperadas para o dia, o sertanejo Luan Santana cancelou sua participação por causa do atraso de mais de uma hora nos shows do festival.
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram

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Após 400 shows usando bolhas sobre público, Sorocaba dá dicas para Akon depois de cantor não conseguir usar artifício no Rock in Rio

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‘Pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, eu achei que a bolha era muito pequena. Teria que ter um diâmetro quase que dobrado’, analisa o sertanejo em entrevista ao g1. Akon em seu show no Rock in Rio, segundos antes de a bolha inflável murchar, e Sorocaba durante show em 2013
Reprodução/Instagram
Entre as diversas gafes que marcaram o show do Akon na noite de encerramento do Rock in Rio, neste domingo (22), estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido.
O artifício é usado pela dupla Fernando e Sorocaba há mais de dez anos. Os artistas sertanejos já passaram sobre o público usando a bolha em ao menos 400 shows, segundo Sorocaba. E, ainda de acordo com o cantor, ele só passou por incidente semelhante ao do Akon uma vez.
“A gente teve um contratempo uma vez na vida, porque tem uma alcinha do zíper que sempre tem que ser travada pra ninguém puxar. Eu tava me deslocando num show lá atrás e, no meio do caminho, um sujeito abriu”, afirmou o cantor em entrevista ao g1.
“Não aconteceu nada demais, simplesmente a bolha murchou e eu acabei caindo no meio do público. As pessoas ficaram ouriçadas, aquela história toda, mas ninguém se machucou. Não considero um acidente.”
Sorocaba afirmou que assistiu ao incidente com Akon. E acredita que a falha tenha acontecido por causa do zíper, que é bastante frágil.
“Quando você desce uma escada e dá o azar de pisar exatamente onde vai o zíper, a chance de abrir a bolha é grande. É o que deve ter acontecido ali com o Akon.”
O cantor também aponta que a bolha usada pelo artista senegalês era pequena demais.
“Eu achei que a bolha dele, pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, era muito pequena. Ela teria que ter um diâmetro quase que dobrado dessa daí.”
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sorocaba ainda afirmou que, se pudesse dar um conselho para o artista, diria para ele inflar a bolha já na altura do público, evitando, assim, passar por obstáculos, como a escada.
“Pode ser feito uma base que suba uma cortina, da forma como a gente faz. Esconde, as pessoas ficam curiosas para saber o que está acontecendo lá dentro, e na hora que abre essa cortina, ele já vai estar inflado na bolha. Eu acho que surpreenderia muito mais.”
Ainda assim, Sorocaba elogiou a tentativa de Akon de colocar o artifício no show.
“Eu acho uma operação incrível, um efeito especial no show incrível. É algo que realmente gera uma interatividade única do fã com o artista. É meio que quase tocar o artista.”
“É algo muito legal para se fazer num show, uma grande sacada.”
Leia crítica: Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Funcionamento da bolha
Sorocaba, que faz uso da bolha inflável em seus shows desde 2013, explicou que ela é feita de um material plástico bastante resistente.
“O artista entra, a gente enche de ar, e a ideia é dividir o peso da pessoa que está dentro da bolha na mão de dezenas de pessoas que estão embaixo.”
O cantor explicou que é preciso usá-la quando o show está com bastante público. Era o caso de Akon no Rock in Rio.
“Imagina dezenas de mãos levantadas. Aquilo vira praticamente uma no chão e você vai se deslocando sobre a galera.”
Por segurança, Sorocaba costuma colocar seguranças à paisana pelo caminho que vai percorrer entre o público.
Eles ficam ali para indicar se tem alguma pessoa debilitada no caminho ou até para socorrer o artista em caso de qualquer acidente.
Fernando e Sorocaba evento “Isso é Churrasco On Fire”
Divulgação
Bolhas para artistas e público
Em 2021, durante a pandemia, quando os shows tiveram uma pausa, a banda de rock americana Flaming Lips colocou, não somente os músicos, mas também o público dentro de bolhas infláveis para que pudessem manter o distanciamento social contra o risco do coronavírus.
O grupo realizou dois shows e contou com 100 balões, cada um com capacidade para até três pessoas. As apresentações aconteceram no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos.
A engenhosa ideia partiu do líder da banda, Wayne Coyne, que já usava bolhas antes da pandemia para “rolar” dentro da cápsula pelo público em muitos de seus shows, assim como faz Sorocaba – e Akon tentou fazer.
Apresentação do Flaming Lips teve bolhas para o público e para os músicos
Flaming Lips/Divulgação via BBC

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