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Festas e Rodeios

Avril Lavigne diz que ficou ‘em êxtase’ ao ver que adolescentes voltaram a ouvir emo e pop-punk

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Cantora fala ao g1 sobre ‘Love sux’ pop-punk, estilo que volta às paradas. Ela elogia Olivia Rodrigo, relembra adolescência no skate, dá dicas de juventude e explica fotos polêmicas com fãs no Brasil. Avril Lavigne volta com álbum ‘Love sux’
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Se o novo álbum de Avril Lavigne fosse uma manobra de skate, seria um “kickflip”. É assim: o skatista dá um salto e continua seguindo na mesma direção enquanto fica suspenso no ar, esperando o skate dar uma volta completa e se encontrar com ele no chão de volta.
“Love sux” é um pulo desse jeito, que termina igual ao início. Avril viu a indústria musical girar 360º e voltar aos seus pés. Os novinhos que tinham deixado o rock para trás estão ouvindo emo e pop-punk de novo.
O 7º álbum dela, que sai nesta sexta-feira (25), é uma volta às raízes da menina que descobriu Green Day, largou a escola, assinou um contrato com gravadora e estourou com “Complicated” e “Sk8er boI”.
A cantora que vem ao Rock in Rio 2022 diz ao g1 que ficou “em êxtase” ao descobrir que o estilo que ela dominou há 20 anos e que passou uma década em baixa estava bombando de novo com os adolescentes. A conversa é dividida em três partes:
Ela relembra as tais raízes punk-pop resgatadas em ‘Love sux’ e diz que passou anos ouvindo pedidos para ter ‘menos rock’ e ter ‘menos guitarras’ nos discos.
Avril retribui elogios de Olivia Rodrigo, fala sobre sua influência para mulheres no estilo e dá dicas a elas.
Avril conta como o skate mudou sua vida, dá segredos para não envelhecer e explica as polêmicas fotos distante dos fãs em 2014 no Brasil.
Ouça abaixo a conversa completa em podcast. Em seguida, veja as três partes em vídeos e em texto.
1 – ‘Love sux’: o álbum ‘mais alternativo’
Ela relembra as tais raízes punk-pop resgatadas em ‘Love sux’ e diz que passou anos ouvindo pedidos para ter ‘menos rock’ e ter ‘menos guitarras’ nos discos.
Avril Lavigne fala sobre sua volta ao Pop-Punk
g1 – Quando você era mais nova, o que te atraiu para o pop-punk? O que você achou em bandas como NOFX e no Green Day que foi importante para você?
Avril Lavigne – Ouvindo essas guitarras agressivas e a atitude das bandas de rock com esse estilo eu me liguei muito a isso. E a angústia… Quem não ama uma boa canção de rock? Era isso que me movia. Bandas como Offspring, NOFX, Green Day, Blink (182), eram as coisas que me inspiravam na escola, quando eu era muito jovem, antes de ser contratada. Era o que eu achava legal. Eu queria tocar guitarra e fazer rock também. Então aprendi guitarra e fui me tornar quem sou.
g1 – Na década passada parecia que o rock estava no fim. Você ouviu muito isso, pessoas te pedindo para colocar menos rock e menos guitarra nas músicas?
Arvil Lavigne – Rolou, com certeza, com várias gravadoras ao longo dos anos. Teve uma época em que as rádios não tocavam músicas que tivessem guitarras. Então minha gravadora queria que eu me afastasse. Baterias ao vivo estavam “datadas” e guitarra elétrica estava “datada”.
Alguns discos são um pouco mais suaves. É bom evoluir e tentar coisas diferentes, e eu fiz isso. Porque não posso continuar fazer a mesma coisa sempre.
Mas meus shows sempre foram muito elétricos: guitarras altas, bateria ao vivo, super rock. Sempre mantive meu show assim. Isso é quem eu sou de verdade, de coração.
Este é o meu sétimo álbum e é o mais alternativo, do início ao fim. Eu queria fazer esse álbum desde sempre, e finalmente achei pessoas que realmente me entendem. Fez sentido esse tipo de álbum a essa altura da minha carreira. É um dos meus discos preferidos, com certeza.

g1 – Como foi que você percebeu que o pop-punk tinha voltado e era popular com pessoas mais novas de novo?
Avril Lavigne – Fiquei em êxtase, de verdade. Quando vi o álbum do Machine Gun Kelly chegar ao número 1, um artista de rock com canções de punk pop… Vi a evolução dele do rap para um álbum de pop punk tão bem feito. Ele trabalhou com amigos meus, como Travis Barker. Ver o sucesso dos dois foi muito animador. São conhecidos meus, então acabamos trabalhando juntos nas minhas coisas.
É bom ver esse estilo indo bem e tendo o seu momento de novo. Os estilos vão mudando em ciclos. Mas eu estou muito feliz que a nova geração está redescobrindo bandas antigas e curtindo rock agora. E que as rádios estão tocando e aceitando.
g1 – Eu sei que ‘Love sux’ tem um som parecido com o primeiro. E o processo de gravação? O quão diferente ou parecido foi produzir este álbum novo, comparado com o começo?
Avril Lavigne – Eu era tão jovem no meu primeiro disco… Gastei muito tempo tentando saber com quem trabalhar, testando pessoas diferentes. Isso deu muito trabalho, porque eu sabia o que eu estava tentando fazer. Musicalmente eu queria fazer algo legal, inspirada em rock. E na época as pessoas pensavam que eu devia ser uma garotinha fazendo pop chiclete. Então foi um desafio.
Já nesse álbum… Eu me conheço a essa altura, sei o tipo de álbum que eu queria fazer. Coloquei um time em volta de mim, trabalhei com um monte de pessoas super talentosas da cena pop-punk, que me entende como artista. Foi muito fácil fazer esse tipo de música com eles. Não teve muito esforço.
2 – Olivia Rodrigo e o pop-punk das minas
Avril retribui elogios da cantora de ‘Good 4 u’, fala sobre sua influência para mulheres no estilo e dá dicas a elas.
Avril Lavigne fala sobre Olivia Rodrigo e o Pop-Punk das mulheres
g1 – No ano passado rolou um momento fofo com você apresentando um prêmio para a Olivia Rodrigo em um evento da revista ‘Variety’. Ela disse que era sua fã, e isso fica claro em ‘Good 4 U’, tanto na música quanto no vídeo. O que você acha do sucesso dela?
Avril Lavigne – O sucesso dela tem sido incrível de acompanhar – ver alguém escrevendo músicas de uma perspectiva crua, que e parece uma cantora-compositora tão verdadeira, falando das suas experiências. O que é legal nela é que pessoas de todas as ideias podem se identificar com as músicas. É incrível ver outra mulher se dando tão bem na música, com canções que se conectam com as pessoas nesse nível.
g1 – Quando você começou, não era tao comum ver mulheres cantando pop-punk. Depois de você vieram muitas. Você acha que foi responsável por abrir as portas do estilo para elas?
Avril Lavigne – Não sei, mas elas dizem isso para mim, que minha música foi uma inspiração para elas. E isso me dá orgulho de verdade, é muito legal. Sempre que vejo uma mina no rock, acho incrível.
g1 – Você disse que seu álbum é, além de outras coisas, uma ‘carta de amor para as mulheres’. O que você aprendeu na sua carreira que queria dizer às mulheres hoje?
Avril Lavigne – Ter uma voz e ter um poder próprio, se valorizar e não deixar ninguém te controlar, ditar a mensagem de sua música.
Uma coisa que mudou na minha vida é que hoje eu acho muito mais fácil dizer não do que dizer sim.
Esse é meu sétimo álbum e eu escrevi sobre o amor durante muitos anos. Quando você envelhece, tem muito mais experiências e perspectivas. Então é importante para mim passar esse tipo de mensagem.
3 – Skate, juventude e meme no Brasil
Avril conta como o skate mudou sua vida, dá segredos para não envelhecer e explica as polêmicas fotos distante dos fãs em 2014 no Brasil.
Avril Lavigne relembra suas voltas de skate e suas vindas ao Brasil
g1 – Eu sei que você tem uma pista de skate em casa. Com qual frequência você usa?
Avril Lavigne – Eu moro em Malibu, e eu andei muito de skate nos primeiros seis meses aqui. Não ando tanto agora, mas tenho certeza que no verão vou andar muito mais.
Comecei a andar de skate na escola, e ele passou a fazer parte da minha vida. Comecei a andar com os meninos, usar roupas largas, sempre causava problemas, era suspensa. Eu era um “tomboy” (menina que parece menino).
Aí eu saí da escola quando tinha 15 ou 16 anos, arrumei um contrato de gravação e fui para a cidade fazer meu disco. Eu andava um pouco de skate na cidade. Em Nova York é mais difícil. Depois fui para Los Angeles. Eu ia andar de skate um pouco em Venice Beach. Mas aí eu entrei em turnê e estava sempre viajando. Às vezes eu andava de skate no backstage das arenas na turnê.
Eu não sou uma skatista doida que sabe fazer aquelas manobras. Mas eu amo andar e gosto do esporte. Não pratico tanto, mas queria voltar.
g1 – As pessoas aqui amam o fato de que você não parece envelhecer. Eu já vi você dizendo que seu segredo era comer só comidas orgânicas e beber cerveja às vezes. É verdade? Tem outro segredo?
Avril Lavigne – (Risos). É só isso que eu faço, comer orgânicos e beber um pouco de cerveja. E eu bebo suco verde e mantenho o equilíbrio. Não sei, deve ser genético, para ser sincera. Eu evitava pegar sol até uns anos atrás, mas agora pego. E gosto de comidas frescas e vegetais. Não sei se isso faz diferença. Talvez isso mesmo, comer bem. Sim: comer orgânicos e beber cerveja (risos).
g1 – As pessoas te adoram aqui no Brasil, mas em 2014 você fez um ‘meet and greet’ (encontro com fãs) e os fãs apareceram muito longe de você nas fotos. Eu sei que os brasileiros abraçam muito e podem assustar outras pessoas. Você lembra desse meet and greet?
Avril Lavigne – Sim, eu me lembro.
Infelizmente foi um pouco estranho, porque tinha uma equipe de segurança que pedia para as pessoas ficarem calmas, mas não sei o que diziam, porque eu falo outra língua. Acho que isso pegou mal para mim, porque tinha um buraco entre nós, mas não dá para deixar todo mundo feliz.
Eu fiz millhões de meet and greets em toda a minha carreira e isso nunca foi um problema – até uma viagem com uma equipe de segurança traduzindo em uma língua difernete um pedido para uma multidão muito barulhenta um pedido para ficarem calmos e seguros.
Mas foi o que foi. Eu amo meus fãs, estou muito grata de continuar aqui fazendo música. Esse é o motivo de estar aqui.
g1 – Esperamos te ver aqui no Brasil.
Avril Lavigne – Vou estar aí para o festival (Rock in Rio). Estou muito animada, porque tem um tempo que eu não vou aí. Estou empolgada para voltar.
Minha mensagem para meus fãs brasileiros é: muito obrigada por me apoiarem incrivelmente nos últimos 20 anos. Eu sinto o amor de vocês a milhas de distância. Vocês são tão apaixonados, e eu vejo todas as mensagens no Instagram, no Twitter, tudo. Vocês falam muito alto e eu posso sentir sua paixão. Vejo vocês daqui. Obrigada por esse amor por minha música. Estou esperando muito para voltar, vai ser muito divertido.
Avril Lavigne no VMA 2021
Evan Agostini/Invision/AP

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Vitor Ramil ergue ‘Mantra concreto’, álbum com 13 músicas criadas a partir de versos do poeta Paulo Leminski

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♫ NOTÍCIA
♪ Vitor Ramil segue em trilho poético no 13º álbum do artista gaúcho nascido em Pelotas (RS), cidade renomeada como Satolep na geografia artística da obra do cantor, compositor e músico. Dois anos após transitar por Avenida Angélica (2022) em álbum lançado com músicas compostas a partir de poemas da conterrânea Angélica Freitas, Ramil apresenta em 10 de outubro o álbum Mantra concreto.
Com produção musical orquestrada pelo próprio Vitor Ramil com Alexandre Fonseca e Edu Martins, o álbum Mantra concreto alinha 13 músicas inéditas compostas por Ramil a partir de poemas do escritor, músico e poeta curitibano Paulo Leminski (24 de agosto de 1944 – 7 de junho de 1989).
Gravado por Lauro Maia, mixado por Moogie Canazio e masterizado de André Dias, o álbum Mantra concreto reúne músicas como Amar você e celebra os 80 anos que Leminski teria completado há um mês.
A ideia do disco surgiu em 2021, durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19. “Justamente por estar isolado em casa, fui contaminado pela poesia de Paulo Leminski. Certo dia, enquanto lia o poema ‘Sujeito Indireto’, passei a mão no violão e minha imunidade baixou. ‘Quem dera eu achasse um jeito de fazer tudo perfeito’ logo virou canção. Nos dias subsequentes, a cena se repetiu com outros poemas. Em três semanas, treze poemas, treze canções”, recorda Vitor Ramil.
A capa do álbum Mantra concreto foi criada pelo designer Felipe Taborda.
Capa do álbum ‘Mantra concreto’, de Vitor Ramil
Arte de Felipe Taborda

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Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido; VÍDEO

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A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro. Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido
O cantor Gusttavo Lima, que teve prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta segunda-feira (23), esteve no Rock in Rio na noite do último domingo (22).
Em vídeos compartilhados em suas redes sociais, o sertanejo aparece visitando o “Vipão”, camarote do evento, e acompanhando o show do Akon. Ele também teve um encontro com Roberto Medina, fundador do festival.
Gusttavo ainda mostra uma maquete do The Town, gerando comentários de que poderia ser um dos nomes do festival de São Paulo em 2025. Ao final do passeio, ele comentou: “Foi sensacional”.
Gusttavo Lima conversa com Roberto Medina no Rock in Rio e mostra maquete do The Town
Reprodução/Instagram
Antes de ir à Cidade do Rock, Gusttavo Lima se apresentou no Rodeio de Jaguariúna na madrugada de domingo (22) e fez dueto “surpresa” com Zezé di Camargo.
Mandado de prisão
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram
A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro pelo qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão foi publicada depois que o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil, pedindo a realização de novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares.
Akon no Rock in Rio
Além de Gusttavo Lima, uma multidão se espremeu para assistir ao show de Akon no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
Entre as diversas gafes que marcaram o show do cantor, estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido (veja no vídeo abaixo).
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sertanejo no Rock in Rio
Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O Rock in Rio 2024 ficará marcado na história do festival como a edição em que o sertanejo subiu ao palco pela primeira vez. Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país — enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, no último sábado (21), com programação exclusivamente brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, subiram ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho e Xororó.
Uma das atrações esperadas para o dia, o sertanejo Luan Santana cancelou sua participação por causa do atraso de mais de uma hora nos shows do festival.
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram

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Após 400 shows usando bolhas sobre público, Sorocaba dá dicas para Akon depois de cantor não conseguir usar artifício no Rock in Rio

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‘Pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, eu achei que a bolha era muito pequena. Teria que ter um diâmetro quase que dobrado’, analisa o sertanejo em entrevista ao g1. Akon em seu show no Rock in Rio, segundos antes de a bolha inflável murchar, e Sorocaba durante show em 2013
Reprodução/Instagram
Entre as diversas gafes que marcaram o show do Akon na noite de encerramento do Rock in Rio, neste domingo (22), estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido.
O artifício é usado pela dupla Fernando e Sorocaba há mais de dez anos. Os artistas sertanejos já passaram sobre o público usando a bolha em ao menos 400 shows, segundo Sorocaba. E, ainda de acordo com o cantor, ele só passou por incidente semelhante ao do Akon uma vez.
“A gente teve um contratempo uma vez na vida, porque tem uma alcinha do zíper que sempre tem que ser travada pra ninguém puxar. Eu tava me deslocando num show lá atrás e, no meio do caminho, um sujeito abriu”, afirmou o cantor em entrevista ao g1.
“Não aconteceu nada demais, simplesmente a bolha murchou e eu acabei caindo no meio do público. As pessoas ficaram ouriçadas, aquela história toda, mas ninguém se machucou. Não considero um acidente.”
Sorocaba afirmou que assistiu ao incidente com Akon. E acredita que a falha tenha acontecido por causa do zíper, que é bastante frágil.
“Quando você desce uma escada e dá o azar de pisar exatamente onde vai o zíper, a chance de abrir a bolha é grande. É o que deve ter acontecido ali com o Akon.”
O cantor também aponta que a bolha usada pelo artista senegalês era pequena demais.
“Eu achei que a bolha dele, pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, era muito pequena. Ela teria que ter um diâmetro quase que dobrado dessa daí.”
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sorocaba ainda afirmou que, se pudesse dar um conselho para o artista, diria para ele inflar a bolha já na altura do público, evitando, assim, passar por obstáculos, como a escada.
“Pode ser feito uma base que suba uma cortina, da forma como a gente faz. Esconde, as pessoas ficam curiosas para saber o que está acontecendo lá dentro, e na hora que abre essa cortina, ele já vai estar inflado na bolha. Eu acho que surpreenderia muito mais.”
Ainda assim, Sorocaba elogiou a tentativa de Akon de colocar o artifício no show.
“Eu acho uma operação incrível, um efeito especial no show incrível. É algo que realmente gera uma interatividade única do fã com o artista. É meio que quase tocar o artista.”
“É algo muito legal para se fazer num show, uma grande sacada.”
Leia crítica: Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Funcionamento da bolha
Sorocaba, que faz uso da bolha inflável em seus shows desde 2013, explicou que ela é feita de um material plástico bastante resistente.
“O artista entra, a gente enche de ar, e a ideia é dividir o peso da pessoa que está dentro da bolha na mão de dezenas de pessoas que estão embaixo.”
O cantor explicou que é preciso usá-la quando o show está com bastante público. Era o caso de Akon no Rock in Rio.
“Imagina dezenas de mãos levantadas. Aquilo vira praticamente uma no chão e você vai se deslocando sobre a galera.”
Por segurança, Sorocaba costuma colocar seguranças à paisana pelo caminho que vai percorrer entre o público.
Eles ficam ali para indicar se tem alguma pessoa debilitada no caminho ou até para socorrer o artista em caso de qualquer acidente.
Fernando e Sorocaba evento “Isso é Churrasco On Fire”
Divulgação
Bolhas para artistas e público
Em 2021, durante a pandemia, quando os shows tiveram uma pausa, a banda de rock americana Flaming Lips colocou, não somente os músicos, mas também o público dentro de bolhas infláveis para que pudessem manter o distanciamento social contra o risco do coronavírus.
O grupo realizou dois shows e contou com 100 balões, cada um com capacidade para até três pessoas. As apresentações aconteceram no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos.
A engenhosa ideia partiu do líder da banda, Wayne Coyne, que já usava bolhas antes da pandemia para “rolar” dentro da cápsula pelo público em muitos de seus shows, assim como faz Sorocaba – e Akon tentou fazer.
Apresentação do Flaming Lips teve bolhas para o público e para os músicos
Flaming Lips/Divulgação via BBC

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