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Aldeia sustentável criada em Burkina Faso por arquiteto Francis Kéré vira referência mundial

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Arquiteto ganhador do prêmio Pritzker criou na capital do país africano a ‘Aldeia-Ópera’, que mistura arte, educação e ecologia. Projeto da ‘Aldeia-Ópera’ de Francis Keré
Divulgação
Paredes robustas, blocos de laterita e telhados gigantescos combinam perfeitamente com a paisagem: a “Opera Village”, ou “Aldeia-Ópera”, em Laongo, criada pelo arquiteto burquinense Francis Keré, o mais recente vencedor do Prêmio Pritzker, caracteriza-se por misturar arte, educação e ecologia.
Localizada em uma cidade perto da capital de Burkina Faso, Ouagadougou, foi concebida por seu então diretor, o alemão Christoph Schligensief, já falecido. No início dos anos 2010, começou a ser materializada por Keré, que se tornou, esta semana, o primeiro arquiteto africano a ganhar o Pritzker, a mais alta distinção na profissão.
Crianças na escola da Aldeia-Ópera
Divulgação / Daniel Schwartz
Estendendo-se por mais de 20 hectares, este projeto de educação cultural e artística está desenhado em forma de espiral, com 26 edifícios que abrigam diferentes oficinas, um centro médico, quartos de hóspedes e uma escola.
Contará, ainda, com a chamada “ópera”, uma sala de espetáculos e exposições coberta de 700 lugares que deve ficar pronta em breve.
Os prédios, que misturam plantas e rochas de granito em perfeita harmonia, ficam no alto de uma colina. Em sua construção, foram usados materiais locais, como argila, laterita, granito e madeira. O objetivo é que sejam resistentes às condições climáticas da região, como o calor extremo, explica o administrador do complexo, Motandi Ouoba.
Escola da Aldeia-Ópera
Divulgação / Andrea Maretto
Francis Kéré “parte de materiais simples, que temos de forma abundante (…), que nossos pais usavam, e faz deles algo nobre”, acrescenta Ouba.
“É a terra, é tudo que nos cerca. Quando une isso, traz à vida algo é magnífico”, completa.
Na “aldeia-ópera”, os imensos tetos se projetam das paredes, enquanto a ventilação das salas permite manter a temperatura baixa em seu interior, mesmo quando o termômetro do lado de fora marca mais de 40 graus.
Edifícios bioclimáticos
Projeto da Aldeia-Ópera
Divulgação
“Ele conseguiu tornar nossos edifícios bioclimáticos, com telhados duplos e aberturas para dissipar o ar quente”, continua o administrador.
Assim como os demais edifícios, o centro de saúde e as salas de consulta e internação têm dezenas de amplas janelas que deslizam para cima.
“Com tantas aberturas, os pacientes se sentem menos isolados pela hospitalização. Eles têm uma vista da paisagem”, explica o dr. Issa Ouédraogo.
Espaçosas, luminosas e elegantes, as salas de aula contrastam com a decoração habitual de outras instituições de ensino do país.
“Estamos orgulhosos da nossa escola, que tem uma bela arquitetura com todas as condições para trabalhar e estudar bem”, celebra Edwige Compaoré, professora da turma CM1.
Crianças na Aldeia-Ópera
Divulgação
“A arquitetura dos prédios muda tudo. Estamos em salas de aula perfeitas, porque aqui faz muito calor, e nem todo mundo pode se dar ao luxo de ventiladores, ou ar-condicionado”, acrescenta o diretor da escola, Abdoulaye Ouédraogo, que também é ator e dramaturgo.
Além das seis salas de aula comuns que acomodam 181 estudantes, há uma sala específica para as aulas de música, dança, teatro, artes plásticas, fotografia e atividades audiovisuais. Não por acaso, o lugar também serve de residência criativa para artistas, destaca Ouoba.
“Bonito, sustentável e funcional”
Prédio da Aldeia-Ópera
Divulgação
“É confortável como ambiente de vida, ou de trabalho. Também é bonito e impressionante. Nos lembra que podemos fazer algo bonito, sustentável e funcional com materiais locais”, diz o administrador.
Com seu estilo arquitetônico único, a “aldeia” atrai cerca de 2.500 visitantes por ano. E Motandi Ouoba espera que o reconhecimento internacional de Francis Kéré ajude a manter a curiosidade dos visitantes.
“Este prêmio tão prestigioso é o orgulho de todos, especialmente nestes tempos em que as notícias de Burkina Faso são marcadas por ataques terroristas. Estamos felizes pelo sr. Kéré, mas também por nós, que estamos entre os primeiros beneficiados de seu trabalho”, parabenizou.
Projeto da Aldeia-Ópera
Divulgação

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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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Vocalista do Journey dá a entender que segue na banda e agradece apoio: ‘Foi uma jornada espiritual’

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Arnel Pineda declarou no Instagram que deixaria grupo caso 1 milhão de comentários pedissem saída, mas reação geral foi positiva. Performance no Rock in Rio foi criticada. Veteranos do Journey cantam ‘Don’t Stop Believin’ no Palco Mundo
Arnel Pineda, vocalista do Journey, pediu desculpas de novo, agradeceu o apoio de fãs e deu a entender que vai permanecer no grupo, após sugerir que estaria disposto a sair da banda.
“Primeiramente, gostaria de pedir desculpas aos fãs do Journey. A banda não é perfeita, mas eu estava passando por situações ruins”, ele comentou, sem dar detalhes. No final, ele agradeu em português: “Muito obrigado, Brasil.”
“Os comentários positivos foram a maioria no meu post e agradeço a todos vocês. Eu não fiz isso por egoísmo, para alimentar meu ego. Isso foi uma jornada espiritual para mim, para que eu entendesse qual era o sentimento sobre isso [continuar na banda, após receber críticas], se era ruim ou bom.”
“Pessoas se escondem atrás de telas para falar palavras de ódio e discriminação racial contra mim. Isso tem acontecido desde 2007… Mas desta vez pessoas boas me resgataram. Meu post atraiu uma generosidade sincera de muitas pessoas.”
Show no Rock in Rio
Journey se apresenta no Palco Mundo do Rock in Rio
Stephanie Rodrigues/g1
No último domingo (22), ele fez uma publicação no Instagram dizendo que estava “ciente” de falhas na criticada apresentação no Rock in Rio. Segundo o cantor, se “um milhão” de comentários pedissem, ele deixaria a banda.
Um seguidor de Arnel respondeu o post, pedindo que o vocalista seguisse na banda, mas o acusou de querer engajamento. “Vamos ser honestos, você sabia bem que isto nunca chegaria a 1 milhão de comentários, muito menos 1 milhão de comentários pedindo para sair da banda”, escreveu. “Seu ‘desafio’ parece mais projetado para gerar engajamento do que para obter ‘feedback’ real”.
Arnel Pineda do Journey pega bandeira do Brasil com símbolo do Cruzeiro
Segundo o cantor, a ideia do post era desafiar “agressores e haters”. “Se você não aceita meu desafio, peço respeitosamente que pare de me seguir e deixe minha página em paz… porque não preciso da sua negatividade na minha vida”, respondeu Pineda.”Você não está no meu lugar… eu fui criticado e atacado pelos últimos 17 anos. Então você não sabe como é isso”.
Por fim, o músico comentou que não estava pedindo “feedback” sobre a apresentação, porque “sabe exatamente o que aconteceu com o som” da banda durante o show.
“Por favor, tente ser um pouco mais compreensivo… nós dois somos humanos, mas, no entanto, ainda somos diferentes em muitos aspectos”, completou.

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Gusttavo Lima ou Nivaldo? Cantor mudou nome de batismo no início da carreira; veja mais artistas que fizeram a mudança

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Chitãozinho e Xororó, por exemplo, são José e Durval. E Zezé di Camargo e Luciano são Mirosmar e Welson. Saiba outros cantores que alteraram o nome para a carreira artística. Gusttavo Lima no Jaguariúna Rodeo Festival
Antonio Trivelin/g1
Desde que a justiça decretou a prisão de Gusttavo Lima, internautas foram às redes sociais para comentar, não apenas com a decisão judicial, mas também a surpresa por descobrirem que o cantor não se chama Gusttavo. E, sim, Nivaldo Batista Lima.
Nivaldo alterou seu nome de batismo para Gusttavo em 2006, quando formou uma dupla com um amigo chamado Alessandro.
“Quando começamos a banda, disseram que não combinava Nivaldo e Alessandro. Aí pensamos em Fernando e Alessandro e, finalmente, em Gustavo e Alessandro. Aí ficou”, contou o sertanejo em uma entrevista ao g1. A dupla foi desfeita pouco depois. Mas o cantor seguiu adotando o Gustavo para a carreira artística.
O segundo “T” foi incluso por questões comerciais e registros musicais, já que já existia um cantor argentino de mesmo nome.
O nome Nivaldo não foi alterado em sua identidade ou em outros documentos e, de acordo com o artista, a família dele, principalmente o pai e a irmã, o chamam pelo nome de registro.
Prática comum no cenário sertanejo
A prática de alterar o nome de batismo para um mais comercial é bastante comum no mercado sertanejo. Chitãozinho e Xororó, por exemplo, são José e Durval. E Zezé di Camargo e Luciano são Mirosmar e Welson.
Zezé, inclusive, já disse ao g1, que “nunca gostou” de seu nome de batismo: Mirosmar José de Camargo.
“Nunca gostei do meu nome, Mirosmar ninguém merece, é um xingamento”, disse de forma descontraída em uma entrevista.
Veja lista com sertanejos que mudaram seus nomes para a carreira artística:
Gusttavo Lima – Nivaldo Batista
Chitãozinho e Xororó – José Lima Sobrinho e Durval de Lima
Henrique & Juliano – Ricelly Henrique Tavares Reis e Edson Alves dos Reis Junior
Bruno e Marrone – Vinicius Félix de Miranda e José Roberto Ferreira
Zezé di Camargo e Luciano – Mirosmar José de Camargo e Welson David de Camargo
Leonardo – Emival Eterno da Costa
Rio Negro e Solimões – José Divino e Luiz Felizardo
Rick e Renner – Geraldo Antônio de Carvalho e Ivair dos Reis Gonçalves
Milionário e José Rico – Romeu Januário de Matos e José Alves dos Santos
Rosa e Rosinha – José Renato Castro e Daniel Cardamone Sanchez
Eduardo Costa – Edson da Costa
Marcos & Belutti – Leonardo Prado de Souza e Bruno Belucci Pereira
Matheus e Kauan – Matheus Aleixo Pinto Rosa e Osvaldo Pinto Rosa Filho
Zé Neto e Cristiano – José Toscano e Irineu Vaccari
Defesa de Gusttavo Lima diz que inocência do cantor será demonstrada

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