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Festas e Rodeios

Simone dá voz ao nordeste do século XXI – Saiba quem são os compositores do álbum ‘Da gente’

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♪ Dos 18 compositores relacionados nos créditos das 12 músicas gravadas por Simone no álbum Da gente, nada menos do que 14 nasceram no nordeste do Brasil – contando com a própria Simone – e um foi criado na região.
E, desses 15 compositores de origem e/ou criação nordestina, a maioria é gente revelada no século XXI.
As exceções são Cátia de França, os veteranos e já consagrados Fagner, Fausto Nilo e Zeca Baleiro – trio que assina a melancólica balada Dezembros (2003) – e a própria Simone, baiana da gema que reside há décadas na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e que, no disco gravado sob direção artística da fluminense Zélia Duncan, é parceira do poeta português Tiago Torres da Silva na canção Nua.
No embalo da ótima receptividade do 42º álbum de Simone, o Blog do Mauro Ferreira relaciona e (em alguns casos) apresenta as vozes do nordeste do século XXI cantado pela artista no disco Da gente.
Simone canta 15 compositores do nordeste do Brasil no álbum ‘Da gema’
Nana Moraes / Divulgação
♪ Eis, por ordem de entrada no álbum Da gente, os compositores nordestinos a que Simone (ao centro do mosaico ao alto, em foto de Nana Moraes) dá voz no disco lançado na sexta-feira, 18 de março, pela gravadora Biscoito Fino:
1. Juliano Holanda (no alto, à direita, em foto de Tiago Calazans) – Cantor, compositor e músico pernambucano. É o diretor musical do disco e o elo entre Simone e os compositores nordestinos da atual geração. No disco, Juliano é o parceiro de Zélia Duncan no inédito baião Boca em brasa e o autor da canção escolhida para ser o primeiro single do álbum Da gente, Haja terapia (2021), apresentada no terceiro álbum do autor, Por onde as casas andam em silêncio (2021).
2. Cátia de França (no alto, ao centro, em foto de José de Holanda) – Aos 75 anos, completados em fevereiro, a cantora e compositora paraibana está em cena desde a segunda metade da década de 1960, tendo construído obra poética projetada no primeiro álbum da artista, 20 palavras ao redor do sol, lançado em 1979. O segundo, Estilhaços, saiu em 1980 e foi batizado com o nome da música composta por Cátia de França com letra de Flavio Nascimento e ora gravada por Simone.
3. Flavio Nascimento (de camisa colorida na foto situada embaixo da imagem de Simone) – Parceiro letrista de Cátia de França na canção Estilhaços. Poeta, repentista, pandeirista e compositor. Nasceu em Palmares (PE), mas foi criado em João Pessoa (PB). Faz um cordel urbano, de escrita lúdica.
4. Martins (no alto, à esquerda, em foto de Ashlley Melo) – Nascido em 1990 no Recife (PE), Thiago Emanoel Martins do Nascimento lançou há três anos o primeiro álbum solo, Martins (2019), gravado com produção musical de Juliano Holanda. É do repertório desse disco que vem A gente se aproveita, canção gravada por Simone.
5. Joana Terra (à esquerda de Simone, em foto de Ashlley Melo) – De Barra de Estiva, Chapada Diamantina, a cantora, compositora e violonista baiana Joana Terra já lançou dois álbuns, Vermelha (2019) e Feito raio (2021), ambos gravados com produção musical de Juliano Holanda. No álbum Da gente, Joana é parceria de PC Silva em Por que você não vem?, música que apresentou em vídeo postado no YouTube em janeiro de 2020.
6. PC Silva (à esquerda, atrás de gaiola, em foto de André Sidarta) – Natural de Serra Talhada (PE), de onde se mudou para o Recife (PE) em fins dos anos 1990, Paulo César Silva planou com a Bandavoou de 2011 a 2016. Lançou o primeiro álbum solo, Amor, saudade e tempo, em julho de 2020, produzido por Juliano Holanda com repertório autoral que incluiu a canção Imã, atraída por Simone para o disco Da gente.
7. Gean Ramos (à direita de Simone) – Cantor, compositor, violonista, ativista e produtor cultural nascido no sertão de Jatobá (PE) em 15 de junho de 1980, descendente do povo indígena Pankararu. Iniciou a carreira fonográfica em 2001 e, há dez anos, lançou o álbum e DVD Trajetória (2012). No repertório do álbum Da gente, Gean assina a música Escancarada com Rogéria Dera.
8. Rogéria Dera (à direita, na foto de fundo rosa) – A rigor nascida na cidade do Rio de Janeiro (RJ), a carioca Rogéria Dera tem vivência pernambucana, pois cresceu na paisagem agreste de Caruaru (PE), onde iniciou a trajetória na música em fins dos anos 1990. Tem dois álbuns lançados, Futuro em cores (2013) e Dera (2019), este gravado com a colaboração de Juliano Holanda na produção.
9. Raimundo Fagner – Cantor e compositor cearense revelado em 1972 e considerado um dos grandes nomes da MPB nos últimos 50 anos. De Fagner, Simone já tinha gravado Sangue e pudins (parceria do artista com Abel Silva) no álbum Cigarra (1978). Na seleção do álbum Da gente, Fagner é o autor da balada Dezembros (2003) em parceria com Zeca Baleiro e Fausto Nilo.
10. Zeca Baleiro (ao centro, embaixo, de boné verde, em foto de Silvia Zamboni) – Cantor, compositor e músico paraense projetado há 25 anos com a edição do álbum Por onde andará Stephen Fry? (1997). Simone já havia gravado duas canções de Baleiro, Lenha (1997) e Boi de haxixe (1999), no álbum Fica comigo esta noite (2000).
11. Fausto Nilo – Compositor letrista e poeta cearense que faz 78 anos em abril. É o autor dos versos de quatro músicas – Pão e poesia (1981), Pequenino cão (1981), Um desejo só não basta (1984) e Você é real (1985) – gravadas por Simone em álbuns dos anos 1980. O registro de Dezembros em Da gente reconecta a cantora com a poesia musicada de Fausto Nilo.
12. Isabela Moraes (à esquerda de Zeca Baleiro em foto de Leo Aversa) – Cantora e compositora pernambucana nascida em Caruaru (PE), em agosto de 1980. Tem três álbuns lançados entre 2008 e 2020. Do último, Estamos vivos, saiu o xote Você distante (2020), gravado por Simone. Isabela Moraes é cantora de tons incandescentes.
13. Karina Buhr (embaixo, à direita, em foto de Priscilla Buhr) – Cantora, compositora e percussionista baiana de vivência pernambucana, atualmente radicada na cidade de São Paulo (SP). Iniciou a carreira em 1994 como integrante dos maracatus Piaba de Ouro e Estrela Brilhante do Recife. Passou pela banda Comadre Fulozinha, formada em 1997 no Recife (PE), até despontar em 2010 com o primeiro álbum solo, Eu menti pra você, cujo repertório destacou a música-título. De Karina, Simone canta Amor brando (2011), música do segundo álbum da artista, Longe de onde (2011).
14. Socorro Lira (à esquerda de Simone, com o pano vermelho, em foto de Aurílio Santos) – Cantora e compositora paraibana nascida em 1974 em Brejo da Cruz (PB). Lançou em fevereiro o 14º álbum de discografia pautada pela delicadeza poética. No álbum Da gente, é parceira do empresário e escritor paulista Roberto Tranjan na canção Naturalmente, de cuja letra Simone extraiu o título deste revigorante disco em que dá voz ao nordeste do Brasil do século XXI.

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Silva soa redundante ao reciclar na ‘Encantado session’ músicas do álbum que lançou há apenas quatro meses

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A única novidade do registro audiovisual é o cover cool de ‘Fim de sonho’, canção de João Donato. O cantor Silva posa para o irmão, Lucas Silva, na sessão gravada no Estúdio Rocinante com os músicos do show da turnê ‘Encantado’
Lucas Silva / Divulgação
♫ COMENTÁRIO
♩ Ok, o sexto álbum gravado por Silva em estúdio com repertório autoral, Encantado, lançado em 23 de maio, é excelente e merecia ter obtido maior repercussão. Mas nada justifica a reciclagem de seis das 16 músicas do disco em gravação audiovisual intitulada Encantado session e apresentada nesta terça-feira, 24 de setembro, no canal oficial de Silva no YouTube. Afinal, o álbum Encantado foi lançado há apenas quatro meses.
Mas o fato é que o cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba arregimentou os quatro músicos que tocam com Silva no show da corrente turnê Encantado – Bruno Buarque (bateria), Gabriel Ruy (guitarra e percussão), Hugo Maciel (baixo e sintetizador) e Rômulo Quinelato (guitarra, violão e sintetizador) – e entrou no estúdio da gravadora Rocinante em Petrópólis (RJ), cidade da região serrana do estado do Rio de Janeiro, para regravar canções como Copo d’ água, Girassóis, Gosto de você, Já era e Risquei você.
Feitos sob a direção musical do próprio Silva (piano, violão e sintetizador), os takes foram captados ao vivo e, de acordo com o artista, chegam hoje ao mundo sem retoques. A questão é que registros como o da balada Vou falar de novo, calcada no piano de Silva, soam redundantes.
Fora do repertório do álbum Encantado, composto por Silva em parceria com o irmão Lucas Silva, entraram no roteiro da Encantado session o sucesso Fica tudo bem (2018) e um cover cool de Fim de sonho (1973), parceria de João Donato (1934 – 2023) com João Carlos Pádua apresentada por Donato no álbum Quem é quem (1973).
Única novidade da gravação, a abordagem da canção se justifica na sessão de estúdio porque Silva dedicou a Donato o álbum Encantado. De todo modo, volta a questão: Silva e o mundo precisavam mesmo dessa Encantado session?
Silva lança hoje, 24 de setembro, o registro audiovisual intitulado ‘Encantado session’ com takes ao vivo de oito músicas gravadas em Petrópolis (RJ)
Lucas Silva / Divulgação

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Em nova denúncia, mulher diz que foi dopada e estuprada pelo rapper Sean ‘Diddy’ Combs em estúdio

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Denúncia aponta que caso aconteceu em 2001, quando a vítima tinha 25 anos. Estupro foi filmado e mostrado para outros homens, segundo a acusação. Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Uma mulher acusou formalmente nesta terça-feira (24) o rapper Sean “Diddy” Combs, de 54 anos, por tê-la drogado e estuprado em 2001, quando ela tinha 25 anos, informou a Agência France-Presse (AFP). A nova denúncia se soma a outras por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição que o artista enfrenta.
Segundo o documento, apresentado em um tribunal de Nova York, a vítima contou que foi levada ao estúdio de Combs, na mesma cidade, para uma reunião. Ela perdeu a consciência após receber do rapper e de um segurança dele uma taça de vinho.
“Ela acordou e se viu nua e amarrada”, descreve a denúncia. Combs e Joseph Sherman “passaram a abusar dela brutalmente e a estuprá-la. Combs a estuprou sem piedade”.
O rapper está preso em Nova York e aguarda julgamento por tráfico sexual, associação criminosa e promoção da prostituição. Ele se declarou inocente das acusações.
Segundo a agência, Thalia Graves, que autorizou ter seu nome divulgado, afirmou que permaneceu em silêncio sob ameaças por mais de duas décadas, e que descobriu no ano passado que os dois haviam gravado o estupro “e mostrado para vários homens”.
“A dor interna após ser atacada sexualmente é incrivelmente profunda e difícil de traduzir em palavras”, disse Thalia nesta terça, em entrevista coletiva. “Deixa cicatrizes emocionais que nunca serão curadas por completo”, acrescentou, chorando.
A advogada da vítima, Gloria Allred, disse que o objetivo do processo é destruir e impedir a divulgação do suposto vídeo, além de buscar uma indenização por danos físicos e emocionais.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, Sean Combs era um nome poderoso do mercado do hip-hop e foi produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G.
Esta reportagem está em atualização.

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Adriana Calcanhotto revive Partimpim 12 anos após álbum que surtiu efeito menor no mercado e nem gerou show

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♫ ANÁLISE
♩ Adriana Partimpim está de volta quatro anos após live feita em março de 2020 – no início do isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 – e doze anos após o último álbum, Tlês (2012).
A personagem – criada por Adriana Calcanhotto para trabalhos voltados para as crianças – retorna ao mercado fonográfico com o quarto álbum de estúdio. O próximo disco de Partimpim tem lançamento previsto para a primeira quinzena de outubro, a tempo de celebrar o Dia das crianças.
Para promover a ressurreição do heterônimo de Calcanhotto no mercado, foi criado até um perfil de Adriana Partimpim nas redes sociais, há uma semana.
Essa volta de Partimpim com o álbum O quarto é notícia que deve ser celebrada, pois todos os anteriores álbuns de estúdio da personagem – Adriana Partimpim (2004), Dois (2009) e o já mencionado Tlês (2012) – foram trabalhos que trataram o público infantil com inteligência.
Mas resta saber se essa volta, estrategicamente idealizada para celebrar os 20 anos do primeiro álbum, conseguirá bisar o sucesso desse disco inicial, que legou dois hits, Fico assim sem você (Cacá Morais e Abdullah, 2002) – recriação sagaz da música que havia sido lançada dois anos antes pela dupla Claudinho & Buchecha – e Oito anos (Paula Toller e Dunga, 1998), regravação da canção do primeiro álbum solo de Paula Toller.
Os álbuns posteriores, Dois e Tlês, foram feitos com o mesmo apuro, mas surtiram efeito menor, em especial Tlês. Tlês sequer gerou show e, consequentemente, tampouco originou registro audiovisual de show, como os dois discos que o antecederam.
Sim, a discografia de Adriana Partimpim também inclui os DVDs Adriana Partimpim – O show (2005) e Partimpim – Dois é show (2010).
Seja como for, o fato é que a personagem deixou saudade, inclusive (talvez até sobretudo) entre os admiradores de Adriana Calcanhotto. Que venha, pois, O quarto para matar essa saudade!

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