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Festas e Rodeios

‘Bolsonaro começou a destruir o continente’: rapper Residente explica por que destacou presidente brasileiro em clipe

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O rapper porto-riquenho lançou uma nova música junto com um videoclipe que mostra os abusos no continente e denuncia o que ele identifica como uma intervenção do governo dos EUA. Em uma das cenas, um ator representa o presidente Jair Bolsonaro limpando a boca com a bandeira do Brasil. Residente em clipe de ‘This is not America’
Divulgação/Sony
“Estamos aqui, ei / Estamos aqui / Olhe para mim, estamos aqui”.
O novo single do porto-riquenho René Pérez, mais conhecido como Residente, pede que o mundo preste atenção aos abusos e sofrimentos que ele atribui aos Estados Unidos da América.
Mas, sobretudo, “This is Not America” mostra, segundo o artista, como os Estados Unidos se apropriaram do nome que pertence a toda uma região caracterizada pela diversidade de suas centenas de milhões de habitantes.
“Do ponto de vista dos Estados Unidos, tudo o que está presente no vídeo não é a América”, diz em entrevista à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.
Com isso em mente, o artista tentou retratar a América de ponta a ponta, para deixar claro que “é da Terra do Fogo ao Canadá”.
A produção, que veio a público na quinta-feira (17) e que já conta com milhões de visualizações no YouTube, une a voz de Residente à dupla Ibeyi, formada pelas irmãs de ascendência cubana Naomi Díaz e Lisa-Kaindé.
No clipe, ele encena protestos na Venezuela, Colômbia e Porto Rico; apresenta imagens de guerrilheiros, narcotraficantes e favelas; gangues que oram a um Cristo crucificado na praia e uma mulher que, separada de seu filho, o amamenta através de uma cerca; coloca pirâmides pré-colombianas no meio das cidades e substitui a Estátua da Liberdade por outra de uma pessoa de um povo originário. E também critica o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL).
Também mostra eventos históricos específicos de forma crua, como o assassinato do músico chileno Víctor Jara, que foi baleado na cabeça em 1973 pela ditadura militar de Augusto Pinochet, após ter sofrido tortura.
A BBC News Mundo conversou com o artista sobre o simbolismo por trás de sua nova música. Confira trechos da entrevista abaixo.
BBC – O vídeo e a letra da música estão cheios de simbolismos. O que é a América para você?
Residente – O vídeo começa com uma obra do artista chileno Alfredo Jaar, que fez a mesma afirmação há cerca de 30 anos: a América é todo o continente, e não apenas um país. Foi nisso que me inspirei para dar o nome à música.
Do ponto de vista dos Estados Unidos, as situações que apresento no vídeo não fazem parte da América.
Obviamente, é a América e todos nós sabemos disso. Mas é um segredo aberto que as pessoas ouvem e deixam passar.
Quando você o interioriza, dentro do seu corpo, do seu ser e do seu espírito, incomoda saber que os Estados Unidos carregam um nome que pertence a todo um continente.
Nesses tempos em que as palavras e seus usos estão sendo modificados, o que as palavras significam, (…) pode ser um bom momento para buscar alternativas para a palavra ‘América’, em inglês. Quando se referem ao seu país, não precisam dizer ‘América’, podem dizer Estados Unidos. Fácil.
BBC – No vídeo, você apresenta acontecimentos em sua maioria trágicos ou que remetem ao inconformismo nos diferentes países da América Latina. Por que você decidiu mostrar este lado do continente?
Residente – Porque a maioria das situações que apresento no vídeo estão ligadas a intervenções dos Estados Unidos.
Qual a melhor maneira de dizer: ‘irmão, você está levando o nome depois de ter feito a Operação Condor e ter matado meio milhão de pessoas, e ter causado indiretamente a morte de Víctor Jara durante a ditadura de Augusto Pinochet’.
Também é um bom momento para tocar em diferentes situações que ocorreram na Colômbia, na Venezuela e rever os importantes acontecimentos na América.
BBC – O vídeo é uma resposta ao clipe ‘This is America’, de Childish Gambino, que fazia uma crítica ácida ao racismo nos Estados Unidos?
Residente – Sou fã do Gambino. Meu vídeo mostra o que estava faltando em ‘This is America’. Estou completando-o, ajudando-o.
Eu canto com aborrecimento, porque eu faço rap do começo ao fim da música, e enquanto eu estou fazendo isso, é difícil parar e ser uma pessoa legal, como no final de uma piada.
Mas é por isso que digo ‘meu irmão’ na letra. Eu o considero um irmão como todos os afro-americanos. Tem que haver uma unidade entre afro-americanos e latinos também.
BBC – A música de Gambino é de 2018. Há alguma razão para você lançar ‘This is not America’ agora?
Residente – Esse é um tema que me ocorreu há muito tempo, desde antes da pandemia. A pandemia paralisou muitos lançamentos. A primeira parte do álbum foi a música René, que saiu há dois anos.
Parece que é uma resposta tardia, mas não, eu fiz a música rapidamente. Eu disse ‘deixe-me contribuir com a ideia para preencher o que está faltando’. E foi isso que fiz.
BBC – Onde você gravou o vídeo?
Residente – Gravei o clipe em Tijuana, no México. Eu odeio voar. Eu odeio voar em todos os tipos de aeronaves. Foi fácil chegar lá por terra porque eu estava em Los Angeles na época. Tijuana é bem colorida, tem uma equipe de produção super boa, porque eles produzem muita coisa para Hollywood.
Todos os países latino-americanos compartilham visualmente muitas coisas: a cor dos bairros, as pessoas, nossa aparência física.
O México tem isso, é como um funil latino-americano onde tudo que passa pela América Latina tem que passar por lá antes de chegar aos Estados Unidos, e um pouco de tudo fica lá.
BBC – Por que você decidiu começar o vídeo com a líder nacionalista porto-riquenha Lolita Lebrón? (Ela foi presa em 1954 junto com outras três pessoas por atirar no Congresso dos Estados Unidos).
Residente – Para que outras pessoas possam conhecê-la, e quando perguntarem, possam falar sobre ela e sobre a situação colonial de Porto Rico. É uma boa maneira de começar o vídeo, com aquele evento do ataque ao Congresso.
É forte, sou porto-riquenho e estamos próximos do governo dos Estados Unidos. Nosso presidente é Joe Biden.
Mas a ideia principal é contar a história para pessoas que não a conhecem.
BBC – Essa ideia de culpar o colonizador pelos eventos que ocorrem na América Latina e em outras partes do mundo se tornou muito difundida.
Residente – Eu disse isso na música: ‘Eu perdoo, mas nunca esqueço’. Eles (colonizadores) foram perdoados, mas não podemos esquecer a raiz de por que as coisas aconteceram.
É como dizer aos afro-americanos para esquecer todas as atrocidades cometidas contra eles. Você não pode esquecer isso. Você pode perdoar, viver em paz com isso, mas não esquecer.
Muitos brancos nos Estados Unidos também não esquecem disso e estão cientes, e têm o cuidado com os afro-americanos quando vão falar deles, mas é normal que haja essa coragem.
E não é contra os Estados Unidos, um país brutal. Eu tenho americanos na minha banda que amam ‘This Is Not America’. A música não é sobre criar uma ideia e um clichê de que nós odiamos os Estados Unidos.
Estamos apontando como o governo dos Estados Unidos doutrinou muitas pessoas a acreditar que eles são a América e como eles colonizaram todos os países e estiveram envolvidos na maioria das atrocidades que ocorreram na América Latina.
O mesmo vale para a Rússia e seus países adjacentes. O mesmo vale para a China. Países grandes sempre fazem isso.
Muitas pessoas se perguntam por que eu critico os Estados Unidos e ainda vivo no país.
Essa é uma pergunta bem boba. É como dizer a um venezuelano que se ele mora na Venezuela não pode criticar seu país.
BBC – Mas o que você responde quando alguém faz essa pergunta?
Residente – Há muitas maneiras de responder. Acredito na independência dos países, estou vivendo em um país independente, uma república. Mas eu não moro nos Estados Unidos integralmente, moro em Porto Rico. Essa é a coisa mais importante, o que acontece é que as pessoas inventam qualquer história. Eu trabalho nos Estados Unidos, às vezes por vários meses.
Mas se eu tenho uma casa em Porto Rico, isso não aparece. ‘Ele comprou uma casa em Los Angeles’… Bem, é assim que dão a notícia. Mas minha casa fica em Porto Rico, eu voto em Porto Rico, estive em Porto Rico durante a pandemia. O que acontece é que tenho uma equipe de trabalho em Los Angeles, me reúno com ela, fico um tempo e volto para Porto Rico.
BBC – Das cenas e símbolos que você apresenta no vídeo, há alguns que se destacam, como o assassinato de Víctor Jara. Quais são os mais significativos para você?
Residente – Sim, é uma das mortes mais fortes. Mataram um músico por tocar música. É como se tivessem matado Nina Simone… Mas acho que há muitas imagens poderosas. A Estátua da Liberdade com os latino-americanos, acho forte. Bolsonaro também, comendo e limpando a boca com a bandeira do Brasil.
BBC – Por que você escolhe Jair Bolsonaro e não dá destaque a outros líderes latino-americanos?
Residente – Poderíamos fazer um vídeo de todos os presidentes lavando a boca com a bandeira. O que acontece é que havia apenas um espaço, e para mim quem ganhou o prêmio este ano por tudo que fez foi Bolsonaro.
Embora existam muitos, Bolsonaro tem algo particular. Por mais que esses líderes tenham cometido atrocidades, alguém que eu imagino limpando a boca com bandeiras é Bolsonaro. É alguém que incendiou a Amazônia, entende? Começou a destruir o continente.
Além disso, o Brasil é sempre excluído quando as coisas latino-americanas acontecem. As pessoas se esquecem do Brasil porque a população não fala espanhol. Então foi bom representá-lo desse modo. Mas acho que Daniel Ortega (presidente da Nicarágua) também mereceu, assim como muitos outros presidentes… Nicolás Maduro. Há uma lista de presidentes que merecem ser destacados pelo que fazem em seus países.
BBC – Tem uma parte com alguns jovens baleados na cabeça…
Residente – Esse trecho representa muitos dos jovens latino-americanos, estudantes, que foram assassinados. Estudantes que se manifestaram na Venezuela, em Cali, na Colômbia. Na Argentina, em todos os lugares.

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O caminho singular de Gusttavo Lima da lavoura até Miami

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♫ OPINIÃO
♪ Gusttavo Lima tem a prisão decretada por suposto envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro. A notícia que domina as manchetes desde a tarde de ontem, 23 de setembro, é assustadora para quem acompanha o movimento cotidiano do universo pop, até porque entra na esfera criminal.
Artistas são seres humanos e, como tal, estão sujeitos a erros que podem pô-los na mira da Justiça. Ainda assim, o caso de Gusttavo Lima soa sui generis. Afinal, trata-se de um dos cantores mais populares do mercado sertanejo brasileiro. Um popstar cujos cachês geralmente estão acima dos R$ 700 mil, podendo chegar comumente à cifra do milhão de reais por show. Um astro que vive e ostenta vida de luxo.
Se a acusação da Justiça de Pernambuco for de alguma forma procedente, o que levaria um artista já milionário a se envolver em esquema criminoso de lavagem de dinheiro? Ambição desenfreada? Sede insaciável de poder e dinheiro? Se Gusttavo Lima for inocente, aí o caso é de injustiça.
Mineiro nascido na cidade de Presidente Olegário (MG) em 3 de setembro de 1989, com o nome de Nivaldo Batista Lima, Gusttavo é cantor, compositor e multi-instrumentista, tendo aprendido a tocar vários instrumentos de forma autodidata enquanto trabalhava na lavoura como apanhador de café e cortador de cana, entre outras atividades braçais. Batalhou pelo sucesso desde a pré-adolescência e, na caminhada rumo ao estrelato, chegou a passar fome e a ficar sem ter onde dormir. Mas perseverou, venceu e hoje tem a própria fazenda, entre outros bens.
A sorte sorriu para o artista a partir de 2009. De lá para cá, Gusttavo Lima se tornou um dos cantores mais populares do Brasil, rivalizando com Luan Santana no universo sertanejo.
Cantor Gusttavo lima é investigado por lavagem de dinheiro envolvendo jogos ilegais
Por isso mesmo, tudo soa inusitado nessa história. Ídolos da música já se envolveram em crimes passionais, em acidentes e em casos de agressão contra mulheres, entre outros delitos. Mas, até ontem, nenhum cantor brasileiro tinha tido o nome associado a um esquema criminoso de tamanho vulto.
Cabe à Justiça apurar se Gusttavo Lima é de fato culpado do que vem sendo acusado. Antes dessa suposta associação vir à tona, o cantor já tivera o nome envolvido em casos de cachês extremamente altos em shows contratados a preços exorbitantes por prefeituras de cidades geralmente interioranas. Esses cachês foram pagos ao artista por essas prefeituras com o dinheiro de verbas públicas, só que, nesses casos, o delito é do político contratante, não do artista contratado.
Agora a história é outra e pode ter um primeiro desenlace nas próximas horas. O nome de Nivaldo Batista Lima já entrou no sistema de alerta da Polícia Federal. Ou seja, Gusttavo Lima – que partiu para Miami (Flórida, EUA) na madrugada de segunda-feira, 23 de setembro, em voo particular – pode ser preso assim que desembarcar no Brasil, em caso sem precedentes no universo pop brasileiro.
Da lavoura a Miami, o caminho seguido por Gusttavo Lima é singular.

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Boate diz que Akon deu cano em ‘after’ do Rock in Rio e deixou público na mão

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Nas redes sociais, a Vitrinni afirmou que ‘o artista Akon sem aviso prévio cancelou sua participação na After Party Hosted By Akon e Friends’. O g1 apurou que os ingressos custavam a partir de R$ 300. Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Uma casa noturna na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do RJ, afirma que o rapper Akon, uma das atrações do Palco Mundo do último domingo (22), deu o cano e não participou de um after party que foi penejada após o final do festival.
Nas redes sociais, a Vitrinni afirmou que “o artista Akon sem aviso prévio cancelou sua participação na After Party Hosted By Akon e Friends”. O g1 apurou que os ingressos custavam a partir de R$ 300.
A participação do astro americano, de origem senegalesa, teria sido acordada e alinhada entre sua equipe e o empresário Anderson Cavalcanti Rodrigues, o Bambam, dono da casa de shows.
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
No entanto, o empresário afirmou que Akon não pisou no espaço. Mas, a família do americano apareceu e deu o ar da graça no evento. O filho do cantor teria feito um show para os frequentadores.
Nesta segunda-feira (23), a Vitrinni afirmou, por nota, que lamentava o ocorrido e que compartilhava o sentimento de frustação de todos aqueles que compraram os ingressos e aguardavam a presença do artista.
A reportagem tenta contato com os organizadores da festa para saber o valor da multa e com a assessoria de imprensa do rapper americano.
Nota esclarecimento de boate sobre cancelamento da apresentação do cantor Akon
Reprodução
Akon mistura funk e samba em show com gafes e propósito confuso
Akon se apresentou para uma multidão que se espremeu para assisti-lo no Palco Mundo. O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
Mas o cantor parecia estar mais interessado em oferecer uma experiência festiva do que um show voltado à sua própria carreira. Não que isso tenha sido um problema para o público, que parecia envolvido do começo ao fim.
O propósito, porém, parecia meio perdido. A segunda metade da apresentação soou como uma balada sem identidade, com hits desconexos que até envolvem, mas não têm unidade.
Akon também cometeu uma gafe ao falar “São Paulo”. Imediatamente, os fãs levantaram um coro dizendo: “Rio de Janeiro”. Mas isso não pareceu constrangê-lo.
Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio
O músico ficou mesmo com vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável que estourou com apenas alguns segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido, após se arremessar para a plateia de dentro da bolha.
A voz dele trouxe efeitos robóticos de autotune e nítido uso de bases de pré-gravadas — que poderiam ser playback, ou não, já que a dobra vocal é um recurso cada vez mais recorrente em shows.
Antes de ele entrar no palco, os telões foram preenchidos por imagens de Akon, trechos de telerreportagens e as palavras “famoso”, “artista” e “América”.
Com muitos berros vindos de seu microfone durante o show inteiro, o senegalês entrou no palco cantando “Beautiful Day”, da dupla francesa Trinix. Logo em seguida, deu play em seu repertório, fincado nos anos 2000, época em que viveu o auge de sua carreira.
Na romântica “Don’t Matter”, Akon inseriu batidas de samba — algumas das quais ele mesmo tocou num tambor.
O cantor também fez um remix em “Lonely”, que ganhou beats de funk, tocados pelo DJ brasileiro Hitmaker, que celebrou o fato do gênero estar no palco Mundo, o principal do festival.
Público solta a voz no hit “Lonely” durante apresentação de Akon no Rock in Rio
A música brasileira também ganhou espaço em um interlúdio conduzido pelo ator e DJ Benny-Demus. Mascarado, o artista tocou os hits “Ela só pensa em beijar”, “Só Love”, “Casca de Bala” e “Só Fé”.
Outros momentos que agitaram o público foram durante os hits “Smack that”, “Dangerous” e “I wanna love you”.
O músico saiu do palco praticamente por expulsão. Quis puxar mais músicas, mas já tinha estourado o limite do horário em cerca de 15 minutos. Então, tentou cantar, mas teve o microfone cortado. Isso depois que uma multidão já havia deixado o espaço em direção ao Palco Sunset, que tinha o início da apresentação de Mariah Carey.

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Além de Gusttavo Lima, relembre outros sertanejos que tiveram problemas com a Justiça

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Tribunal de Pernambuco decretou prisão do cantor, como parte de investigação de suposto esquema de lavagem de dinheiro. Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido
Gusttavo Lima não é o primeiro cantor sertanejo a ter problemas com a Justiça. Nesta segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça de Pernambuco decretou sua prisão por suspeita de usar avião para ajudar foragidos.
A defesa de Lima diz que ele é inocente e que a decisão é injusta.
Além dele, outros artistas do gênero já ficaram no alvo das cortes brasileiras, com acusações de dívidas, agressões e até com algumas condenações.
Relembre outros casos abaixo:
Renner (da dupla com Rick)
Rick & Renner
Divulgação / Caio Fernandes
O cantor foi condenado em 2007 a pagar indenização por danos morais e materiais à família de uma das vítimas fatais de um acidente de carro de 2001.
No acidente, o cantor perdeu o controle de seu veículo em uma rodovia em São Paulo, cruzou o canteiro central e bateu de frente com a moto em que estava Luís Antônio Nunes Aceto e Eveline Soares Rossi. Ambos morreram na hora.
Em 2014, ele foi levado a delegacia após dirigir embriagado e bater o carro em outros dois automóveis.
Rick (da dupla com Renner)
A outra metade também enfrentou problemas recentes. Em janeiro de 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a penhora dos bens de uma residência de Rick em Itu (SP), pelo não pagamento de uma dívida de quase R$ 640 mil.
Victor (da dupla com Léo)
O músico e compositor Victor Chaves retomou a carreira com o irmão Léo
Érico Andrade/g1
No fim de 2019, o cantor Victor Chaves foi condenado em primeira instância por ter agredido a mulher, em Belo Horizonte.
Ele se tornou réu em 2017, depois de ser indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais por vias de fato. Na época da agressão, Poliana Bagatini Chaves estava grávida do segundo filho do casal.
Segundo o boletim de ocorrência, ela disse que foi agredida pelo marido por motivos fúteis. Poliana afirmou que foi jogada no chão e recebeu vários chutes.
Em 2023, ele foi condenado a pagar indenização a um ambulante que trabalhava em uma apresentação da dupla em Belo Horizonte (MG). O vendedor disse que foi xingado e humilhado por Victor e obrigado por seguranças a se retirar do espaço.
Hudson (da dupla com Edson)
Hudson foi preso duas vezes no mesmo dia em 2013 por posse de arma. Na primeira, em flagrante, foi pego com uma pistola 380 e um revólver calibre 38, ambos municiados, dentro do seu carro.
As armas estavam regularizadas, mas o cantor não tinha permissão para carregá-las em vias públicas, segundo a Polícia Civil. Ele pagou R$ 6 mil de fiança e foi solto. Na ocasião, disse que era colecionador e que havia esquecido que as armas estavam no veículo.
Já na noite do mesmo dia, o cantor foi preso novamente depois que PMs encontraram na casa dele uma carabina, munições de uso restrito e maconha.
O sertanejo teve liberdade provisória concedida pela Justiça e poderia deixar a cela da delegacia de Limeira se pagasse uma segunda fiança de R$ 12 mil, mas a prisão preventiva foi decretada e Hudson ficou um dia na penitenciária de Tremembé até receber o direito de responder ao processo em liberdade.
Eduardo Costa
Eduardo Costa em imagem de divulgação
Divulgação
O cantor foi condenado em primeira instância a pagar uma indenização de R$ 70 mil à apresentadora Fernanda Lima por danos morais, em 2023.
Em novembro de 2018, após a exibição do programa “Amor e Sexo” – apresentado por Fernanda -, ele ofendeu Fernanda em suas redes sociais dizendo que ela era “imbecil”, e ela só fazia programa para “maconheiro, bandido, esquerdista derrotado, e para projetos de artista como ela”.
Eduardo também foi condenado ao pagamento das custas e honorários do processo que foram arbitrados em 20% do valor da condenação, ou seja, mais R$ 14 mil.
Léo Magalhães
Cantor sertanejo é obrigado a pagar Ferrari que comprou e não pagou em Goiânia
A Justiça obrigou em 2023 o cantor sertanejo Léo Magalhães a pagar por uma Ferrari comprada em Goiânia. Conforme os documentos do processo, o veículo custou R$ 511 mil, mas o valor não foi pago mesmo após cobranças por parte da loja.
A assessoria do artista disse que ele não quitou os pagamentos porque descobriu que o carro tinha sido envolvido em um acidente. O dono da concessionária diz que o cantor sabia.
Thiago (da dupla com Thaeme)
O cantor Thiago Servo chegou a ser preso em 2016 por uma dívida de R$ 500 mil em pensão alimentícia. Na época, ele já não estava mais na dupla com Thaeme.
Em 2023, no entanto, a Justiça determinou que a criança não era filha de Thiago. Por isso, o cantor entrou com um processo pedindo mais de R$ 1 milhão pago em pensão ao longo dos anos.
No mesmo ano, a Justiça do Mato Grosso do Sul determinou a penhora do prêmio de R$ 1 milhão que o artista ganhou no programa “A grande conquista”, da TV Record. Ele tinha uma dívida de mais de R$ 1,3 milhão com Jamil Name Filho, chefe de uma milícia ligada ao jogo do bicho no estado.

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