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Festas e Rodeios

Em ‘Brilho eterno’ no teatro, Reynaldo Gianecchini atualiza questões do filme sobre amor e relacionamentos

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Em peça que entra em cartaz em São Paulo nesta sexta (25), ator e Tainá Müller interpretam casal apaixonado por personagens de Jim Carrey e Kate Winslet no filme de 2004. Em 2004, o mundo se apaixonou pelo casal que tentava a todo custo esquecer seu relacionamento em “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”. Quase 18 anos depois, o público é levado de volta à história por Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller na peça “Brilho eterno”, com protagonistas que são, eles mesmos, fãs do filme de Michel Gondry.
Na peça que entra em cartaz nesta sexta-feira (25) no teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, a dupla busca atualizar as questões sobre amor e relacionamentos da produção estrelada por Jim Carrey e Kate Winslet.
“Os personagens que a gente está vivendo não são exatamente o Joel e a Clementine, mas são dois que são apaixonados pelo filme que resolvem ter uma experiência parecida”, conta Gianecchini em entrevista ao g1.
“Eles têm umas questões parecidas de amor, e o tempo todo a gente então conversa com essas referências e com essa realidade de apagar da memória.”
Müller dá vida a Celine, que, apesar do cabelo azul inspirado pela Clementine de Winslet, é muito mais ativa na história. Já o ator interpreta Jesse, um homem que parou nos anos 2000.
“Devemos muito à Tainá, por ela chamar essa atenção para isso. Ela foi muito muito persistente nessa coisa da gente trazer para o para o dia de hoje as discussões. Então, a Celine é muito antenada com os tempos atuais”, diz ele.
“E o Jesse ainda está meio lá atrás, mas isso é muito legal, porque chama a atenção nisso. Ele ficou na época do filme. E a gente fala assim: ‘Hello. Vamos para outra questão. Não dá mais pra patinar neste lugar’.”
Renata Brás, Tainá Müller e Reynaldo Gianecchini em ‘Brilho eterno’
Priscila Prade/Divulgação
A versão brasileira da história era um projeto pessoal do diretor Jorge Farjalla, que inclusive abriu mão do desejo de protagonizar a peça para ter Gianecchini como o protagonista.
A parceria teve início em uma conversa da dupla há quatro anos, mas enfrentou problemas de agenda e uma pandemia até conseguir chegar, de fato, aos palcos.
“A gente começou a ensaiar online a princípio, depois viu que a pandemia durar mais do que a gente imaginava. A gente parou um tempão e falou: ‘bom, só quando der’. E só deu agora, né? Loucura. Quase dois anos depois.”
A temporada, prevista até 12 de junho, terá sessões às sextas (21h), sábados (17h e 21h) e domingos (18h).
Leia abaixo a entrevista completa:
G1 – Vocês insistem muito que a peça é livremente inspirada no filme. O que mudou então do filme para a montagem brasileira?
Reynaldo Gianecchini – Olha, eu quero dizer que eu também estou muito animado. Eu sou muito fã do filme, né? Eu e boa parte da minha geração. É muita gente que ama esse filme e eu estou muito feliz com esse projeto.
A gente não é o filme. É importante falar isso. A gente não está reproduzindo o filme. Não é exatamente a história, mas está muito lá a essência do filme. Inclusive eu acho que é mais legal.
O filme é genial, né? Como cinema. Eu acho que, no teatro, a gente se propôs a atualizar coisas. Tem novos elementos que são mais expressivos, e eu acho que a gente até facilita a compreensão, porque o filme é mais confuso, mais difícil de você sacar o quebra-cabeça todo.
Nossa peça também é um quebra-cabeça, mas eu acho que é mais fácil de juntar as peças. O filme é uma inspiração. É o ponto de partida.
Os personagens que a gente está vivendo não são exatamente o Joel e a Clementine, mas são dois que são apaixonados pelo filme e que resolvem ter uma experiência parecida. Eles têm umas questões parecidas de amor, e o tempo todo a gente então conversa com essas referências e com essa realidade de apagar da memória. O arrependimento e essas dores da relação.
Tom Karabachian, Fábio Ventura, Reynaldo Gianecchini e Wilson de Santos em ‘Brilho eterno’
Priscila Prade/Divulgação
Então a peça acabou ficando muito leve e muito divertida com as soluções. É muito sensorial. Ela provoca o tempo todo os seus sentidos.
Eu comecei a ensaiar e achando tudo muito leve, muito divertido. Nos últimos dias, agora que a peça está ficando pronta, eu estou me pegando em um grau, assim. Meu emocional está pegando muito, porque são questões que a gente se identifica demais.
Questões de relacionamento, questões de amor. Essa coisa da conexão, mas as dores e as dificuldades também. Mas é a beleza da gente se relacionar é isso, que os personagens vão chegar na conclusão. Apesar da dor, tem a beleza desse encontro.
G1 – Mas então, só para eu entender uma coisa. Não tem exatamente aquele aparelho de apagar a memória?
Reynaldo Gianecchini – Tem. Isso é o que faz o link com o filme, né? Os personagens são obcecados nessa ideia. Eles têm essa ideia na cabeça, por causa do filme, e vão atrás.
G1 – Eu vi que a Tainá disse que a Celine é um sujeito mais ativo do que a Clementine é no filme. Como como foi a preocupação com isso?
Reynaldo Gianecchini – Essa é uma questão muito legal também da gente atualizar essa essa versão da história, porque o filme foi feito em 2004. A gente andou muito de lá para cá. Principalmente nos últimos cinco anos com todas as questões de relacionamento, de quem é esse homem contemporâneo. Quem é essa mulher contemporânea.
E aí devemos muito à Tainá, por ela chamar essa atenção para isso. A Tainá foi muito muito persistente nessa coisa da gente trazer para o para o dia de hoje as discussões. Então, a Celine é muito antenada com os tempos atuais.
E o Jesse ainda está meio lá atrás, mas isso é muito legal, porque chama a atenção nisso. Ele ficou na época do filme. E a gente fala assim: ‘Hello. Vamos para outra questão. Não dá mais pra patinar neste lugar’.
Tainá Müller e Reynaldo Gianecchini em ‘Brilho eterno’
Priscila Prade/Divulgação
G1 – Uma coisa importante: a peça se passa no Brasil? Ou é um lugar que tanto faz? Qual seria a Montauk brasileira?
Reynaldo Gianecchini – A gente não localiza, não. A gente não quis localizar porque a gente acha uma história também tão universal. Podia ser em qualquer lugar, né? Mas ela ela se passa em um lugar frio. A gente quis manter essa atmosfera fria.
Mas é. Podia ser Brasil. Quer dizer, hoje em dia com esse tempo louco a gente até tem, né?
G1 – Um dos grandes trunfos do filme na época foi essa quebra de expectativa do Jim Carrey em relação ao Joel. Ele já tinha feito alguns trabalhos dramáticos. “O Show de Truman”. E até “O mundo de Andy”. Mas em “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” ele faz essa coisa mais romântica, mais apaixonada. Você acha que a sua participação numa peça desse tipo pode surpreender o público ou as pessoas já esperam um pouco mais esse tipo de personagem de você?
Reynaldo Gianecchini – Cara, eu acho que é num lugar bem diferente. Depois da pandemia e depois de todo um processo que eu tenho vivido. Assim, de amadurecimento. Muita coisa está mudando. Internamente e externamente.
Eu não tenho mais contato fixo com a Globo. Eu agora estou muito afim de ter mais controle sobre a minha carreira, no sentido de fazer minhas escolhas, e não por causa do contrato.
Eu estou em um momento de de produzir. Inclusive, eu sou produtor dessa peça e quero produzir coisas pra mim. Que sejam a minha cara. Produzir as histórias que eu quero contar. Estou num ponto de virada muito preciso. Eu tinha feito “Bom dia, Verônica”, e já foi muito diferente para mim.
Eu acho, sim, que as pessoas vão se surpreender. Eu considero que é um trabalho bem diferente de tudo que eu fiz. Até na aparência, eu acho. Isso é exatamente a coisa do meu personagem. Ele é bem diferente de mim assim fisicamente. A postura dele. Tudo mais. Ele tem até uma forte inspiração em Jerry Lewis.
Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller em ‘Brilho eterno’
Priscila Prade/Divulgação
G1 – Em relação ao personagem, você falou que não era o mesmo personagem, que era um apaixonado pelo filme. Mas ele pega muitas coisas do Joel, né?
Reynaldo Gianecchini – Ah, sim. São referências, né? No caso da peça, sim, os personagens do filme são referências pros nossos personagens. Eles são determinantes no jeito que eles conduzem suas vidas.
G1- Pelo pôster, pelo menos, dá pra ver que a Celine tem o cabelo azul da Clementine, por exemplo.
Reynaldo Gianecchini – Exatamente.
G1 – Esse projeto existe há quatro anos, mas aí tiveram problemas de agenda, depois a pandemia, obviamente. Como foi essa conversa com o Farjalla? Como ele falou contigo sobre essa ideia?
Reynaldo Gianecchini – Então, eu conheci o trabalho do Farjalla, e ele conheceu o meu, ambos assistindo a peças um do outro. E a gente falou “pô, vamos trabalhar junto um dia”.
Rolou uma identificação. Uma vontade de trabalhar junto. E a gente não achava nenhum texto que me tocasse, que eu quisesse mesmo. A gente fez várias leituras.
Aí um dia ele falou assim: “cara, eu tenho um projeto. Da minha vida” – Ele mesmo queria fazer, até como ator. – “Que é o ‘Brilho Eterno’. Você se interessaria?”. Na hora eu falei que sim. E aí ele me deu. “Para você, eu topo. Eu quero dirigir, então.”
Foi como tudo começou. No começo, seria ainda muito com base no filme. Depois foi virando uma outra coisa. Deu muitas voltas esse projeto.
No começo era um elenco. Depois, com a pandemia foi mudando. E assim a gente chegou em um time maravilhoso.
A gente começou a ensaiar um pouquinho na pandemia. A gente começou a ensaiar online a princípio, depois viu que a pandemia durar mais do que a gente imaginava. A gente parou um tempão e falou: “bom, só quando der”. E só deu agora, né? Loucura. Quase dois anos depois.
G1 – Você falou da sua geração, mas tem diversas gerações que cresceram marcadas por esse filme. Ele tem fãs muito intensos. Você está preparado para lidar com esses fãs, que podem até reagir de uma maneira às vezes negativa?
Reynaldo Gianecchini – Cara, eu estou preparado para tudo. Eu estou muito confiante no que a gente está querendo oferecer. A gente realmente acredita nessa história e a gente quer levar da forma mais lúdica, mais tocante para as pessoas.
É claro que a reação é de cada um e todo mundo é livre para para se expressar, né? A gente quer ouvir também o que todo mundo acha. E tudo bem opiniões divergentes também.
Mas eu acho que, para quem gosta do filme, é grande a chance de gostar da peça.

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Show de trap sofre com falhas técnicas e atraso na abertura do Dia Brasil do Rock in Rio

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Público, insistente, tentou curtir e fazer rodas punk, mas apresentação começou com mais de uma hora de atraso. Apresentação foi interrompida três vezes. Show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
A abertura do Dia Brasil do Rock in Rio 2024, que prometia ser um pancadão de trap no Palco Mundo, foi totalmente atrapalhada por uma sucessão de erros técnicos na aparelhagem de som neste sábado (21).
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
O problema começou antes mesmo do início da apresentação, que foi atrasada em 1h15. Veja nova programação.
Sete rappers iam fundir suas músicas, que são veneradas por jovens, mas chegaram até a deixar o palco por causa das falhas técnicas.
Matuê e Wiu no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
“Vamos deixar o palco e esperar eles se organizarem, valeu, pessoal?”, reclamou Matuê após a segunda música da tarde ser interrompida por mais um erro.
Como diz o ditado: “daí pra frente, só pra trás”. Foram dezenas de erros no som que impactaram a apresentação, e o MC Cabelinho chegou a bradar “falei que isso ia acontecer, na minha vez a Xuxa é preta”.
O show foi interrompido por completo três vezes. Mesmo assim, artistas tentaram manter o bom humor e brincar com a situação, ao contrário da plateia que vaiou a plenos pulmões.
Filipe Ret no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
Filipe Ret, na sua vez, bebeu no palco para esperar o equipamento ser ajustado para que ele cantasse. Em um momento, ele chamou a plateia para cantar à capela, mas a situação se resolveu.
O público até tentou ter paciência enquanto aguardava a situação ser normalizada antes do início do show, mas lá pelos 40 minutos a espera foi insustentável para os fãs, que começaram a gritar “vergonha” e chegaram até mesmo a vaiar Zé Ricardo, um dos organizadores do Rock in Rio.
Por fim, Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Wiu e Veight conseguiram botar a plateia para cantar, apesar dos pesares, e até mesmo para se bater em rodinhas punk, mas fãs e artistas queriam um show bem melhor para a estrutura.

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Programação do Dia Brasil do Rock in Rio tem atraso e último show do Palco Mundo deve começar 1h10

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‘Dia Brasil’ foi inspirado em ‘We are the world’, de 1985, ano de surgimento do festival e data que é celebração desta edição. Rock in Rio 2024: o melhor do dia 21
O Rock in Rio 2024 deste sábado (21) tem uma programação voltada exclusivamente à música nacional. É o Dia Brasil. Vão se apresentar artistas de sertanejo, samba, MPB, bossa nova, música clássica, rap, trap e pop.
É também neste sábado que acontece a estreia do sertanejo no festival. Pela primeira vez em 40 anos, o gênero tomará os palcos do Rock in Rio, com os artistas Chitãozinho e Xororó, Ana Castela, Luan Santana, Simone Mendes e Junior.
Os shows do Dia Brasil serão divididos por gênero musical, e cada um reunirá vários músicos.
21 de setembro (sábado)
Palco Mundo
16h30 – Para sempre Trap, com Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Ryan SP, Veigh
19h20 – Para sempre MPB, com Baianasystem, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Majur, Margareth Menezes, Ney Matogrosso e Gaby Amarantos
22h10 – Para sempre Sertanejo, com Chitãozinho e Xororó, Orquestra Heliópolis, Ana Castela, Júnior, Luan Santana e Simone Mendes
1h10 – Para sempre Rock, com Capital Inicial, Detonautas, NX Zero, Pitty, Rogério Flausino, Toni Garrido
Palco Sunset
17h55 – Para sempre Samba, com Zeca Pagodinho, Alcione, Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Maria Rita e Xande de Pilares
20h45 – Para sempre Pop, com Duda Beat, Gloria Groove, Jão, Ludmilla, Luísa Sonza, Lulu Santos
23h35 – Para sempre Rap, com Criolo, Djonga, Karol Conká, Marcelo D2, Rael
Palco New Dance Order
22h – Para sempre Eletrônica, com Mochakk, Beltran X Classmatic, Eli Iwasa X Ratier, Maz X Antdot
Palco Espaço Favela
15h – Para sempre favela é Terra Indígena, com Kaê Guajajara convida Totonete e o grupo Dance Maré
17h – Para sempre Música Clássica, com Nathan Amaral, Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem
18h40 – Para sempre Baile de Favela, com Buchecha, Cidinho e Doca, Funk Orquestra, MC Carol, MC Kevin o Chris, Tati Quebra Barraco
20h40 – Para sempre Funk, com Livinho, Mc Don Juan, MC Dricka, MC Hariel, MC IG, MC PH
Palco Global Village
15h – Para sempre Jazz, com Antônio Adolfo, Joabe Reis, Joantahn Ferr e Leo Gandelman
17h – Para sempre Soul, com banda Black Rio, Cláudio Zoli, Hyldon
18h40 – Para sempre Bossa Nova, com Bossacucanova e Cris Delanno, Leila Pinheiro, Roberto Menescal, Wanda Sá
20h40 – Para Sempre Futuro Ancestral, com Gang do Eletro e Suraras do Tapajós
Palco Supernova
14h30 – Autoramas
16h – Vanguart
18h – Chico Chico
20h – Jean Tassy

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‘Eu levantei uma bandeira sem saber que a bandeira existia’, diz Xuxa a Milton Cunha sobre fãs LGBTQIAP+

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Rainha dos Baixinhos participou do quadro ‘Rock in Milton — É babado!’. ‘Rock in Milton – É babado!’ entrevista Xuxa
O apresentador Milton Cunha entrevistou Xuxa instantes antes de ela subir no Palco Itaú para um pocket-show no Rock in Rio. Eles falaram sobre a relação dela com o povo LGBTQIAP+ e sobre diversidade. E Milton não perdeu tempo e arrumou uma peruca de Paquita.
“Aliás, essa palavra [diversidade], a gente não usava há 40 anos. A gente nem sabia o que era isso”, disse Xuxa.
“Sem querer eu incentivei de uma maneira muito suave. Eu levantei uma bandeira sem saber que a bandeira existia. E hoje eu me enrolo na bandeira, eu levanto a bandeira, eu me visto com essa bandeira, e eu fico muito feliz com isso”, prosseguiu.
A apresentadora falou que com frequência é abordada por fãs LGBTQIAP+ que agradecem o carinho e aceitação.
“Eu vejo muita gente falando: ‘Nossa, você deixava eu ser eu do teu lado. Dava espaço para a minha alegria, e eu não podia fazer isso em casa. Mas ali você dizia que eu podia ser eu, que eu devia ser feliz e tal’”, citou.
Milton também brincou com a fã Patrícia Veloso Martins, que fez sucesso nas redes sociais com a sua aparição no documentário “Pra Sempre Paquitas, do Globoplay”, falando “Que Xou da Xuxa é esse?”.
Patrícia repetiu o bordão ao abrir a apresentação da Rainha dos Baixinhos.
Milton Cunha de Paquita
Reprodução

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