Connect with us

Festas e Rodeios

Ashnikko fala sobre construção de personagem inspirada em HQs e fama repentina

Published

on

‘Perder o anonimato é sempre um pouco estranho, não é uma experiência humana muito normal’, diz ao g1. Americana canta sobre liberdade feminina com pop esquisito, mas bem recebido no Lollapalooza. Ashton Nicole Casey parece que saiu de uma história em quadrinhos nos clipes e nos palcos, mas também na vida real. A artista que usa o nome artístico Ashnikko parece inquieta na posição de estrela com o pop diferente do mainstream que faz.
Antes de se apresentar no Lollapalooza, ela fez uma série de entrevistas nas quais estava meticulosamente arrumada e até confere, através de fotos do stylist e da maquiadora, se está bem na luz usada pela reportagem.
Ashnikko começou a compor há 10 anos quando tinha 16, mas as coisas viraram mesmo em 2019 com o single viral “Stupid”, com Baby Tate.
A música foi super bem no Tiktok, mas a cantora da Carolina do Norte tem repulsa à ideia de criar pensando em viralizar uma música, mesmo quando acumula milhões de visualizações no aplicativo do momento para a juventude. Hoje, ela mora em Londres.
“A partir do momento que você faz música para viralizar, você se perdeu. Isso tira toda a graça de fazer música”, diz Ashnikko ao g1.
Ashnikko antes do Lollapalooza 2022
Fábio Tito/g1
Ela vai escrevendo notas com pensamentos, poemas, trechos de histórias em quadrinhos no dia-a-dia para usar no estúdio. Foi assim que surgiram hits como “Daisy”, “Cry”, “Slumber Party”, parceria com a rapper americana Princess Nokia.
Nesta última, ela fez uma parceria com uma marca de vibradores e apresentou o produto que combina até com a cor azul dos seus cabelos.
Ashnikko se define com gênero fluido (sem uma definição masculina ou feminina) e é pansexual. Ver artistas falando sobre sexualidade foi importante para ela na adolescência, por isso fica feliz em ser essa pessoa para os fãs novinhos que têm.
Ashnikko zoa skatistas que não conseguem achar o clitóris dela
“Eu diria que aprender sobre minha própria sexualidade veio dos meus artistas favoritos, do que eu estava assistindo na televisão, da representação queer”, explica.
“Tenho consciência de que minha música funciona dessa forma para algumas pessoas, então é importante”.
A grande variedade de gêneros do álbum de estreia “Demidevil” é atribuída às artistas que ouviu desde a adolescência, como MIA, Avril Lavigne, Paramore, Nicki Minaj e Björk.
Tanto que uma paródia do hit “Sk8r boi”, de Avril, está no repertório do show atual. Ela introduziu “L8r boi”, no Lolla 2022, explicando que fez a música sobre os skatistas que ela pegava quando mais jovem e não sabiam nem onde ficava o seu clitóris.
Show intenso no Lolla
Ashnikko durante show no palco Doritos do Lollapalooza 2022
Fábio Tito/g1
No Lollapalooza, Ashnikko parecia escondida no palco eletrônico. Muito mais por conta da disposição do palco, que só favorece DJs, do que pela sua performance.
O show de rap e pop é sensual e agressivo, com as canções sobre liberdade feminina da cantora de cabelo azul e visual de anime. Veja como foi a apresentação.
Uma pena já que a artista investe alto nas produções e adora o conceito de “wearable art”, termo do mundo da moda que se refere à “arte para se vestir”.
“É uma personagem que estou construindo. Me inspiro muito na fantasia, nos animes, nas histórias em quadrinhos e tento representar isso nos meus clipes, no palco e nas produções”, explica sobre seu estilo.
Fãs da cantora Ashnikko durante show no palco Doritos do Lollapalooza 2022
Fábio Tito/g1
Mas atrás das looks de milhões está uma mulher de 26 anos que sente o peso da fama repentina.
“Com certeza [a fama] me assusta. Perder o anonimato é sempre um pouco estranho, não é uma experiência humana muito normal.”
“Isso me causa muita ansiedade, mas são prós e contras que tenho trabalhado nisso todos os dias. Tento me acalmar, me concentrar para estar neste momento e curtir”.
Ashnikko durante show no palco Doritos do Lollapalooza 2022
Fábio Tito/g1
Ela diz que sente a grande pressão que existe na indústria da música, tanto que prefere não responder à pergunta se está feliz com a vida agitada de uma estrela. “Prefiro pular essa”, ela diz.
Apesar da correria, Ashnikko vai criando espaços na agenda para fazer coisas que considera importante, como passear com o cachorro ou abraçar árvores.
“Tento sair de casa, ficar em contato com a natureza, gosto de abraçar árvores, usar psicodélicos, me divertir com meus amigos, ser humano, tocar a grama, passear com meu cachorro.”
Ashnikko
Divulgação

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Pedro Madeira confirma a expectativa com bom álbum entre o samba e o soul

Published

on

By

Cantor e compositor carioca lança o coeso disco autoral ‘Semideus dos sonhos’ em 10 de outubro. Capa do álbum ‘Semideus dos sonhos’, de Pedro Madeira
Gabriel Malta / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Semideus dos sonhos
Artista: Pedro Madeira
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em 2018, Pedro Madeira era mais um na multidão de fãs de Iza, na primeira fila de show da cantora, quando ganhou o microfone da artista e, da plateia, fez breve participação no show. Ali, naquele momento, o carioca morador da comunidade de Pau Mineiro, no bairro de Santa Cruz, fã de Iza e de Beyoncé, se revelou cantor para ele mesmo.
Decorridos seis anos e três singles, Pedro Madeira já é cantor e compositor profissional e se prepara para lançar o primeiro álbum, Semideus dos sonhos, em 10 de outubro.
Exposto na capa do álbum em expressiva foto de Gabriel Malta, Madeira já lançou três singles – Chuva (2022), Pássaros (2023) e Bem que se quis (2023) – em que transitou pelo soul nacional da década de 1970 (sobretudo em Chuva) e pelo pop ítalo-brasileiro na (trivial) abordagem do sucesso de Marisa Monte.
No quarto single, Só mais um preto que já morreu, o cantor cai no samba em gravação que chega ao mundo amanhã, 27 de setembro, duas semanas antes do álbum.
Com letra que versa sobre o genocídio cotidiano do povo preto, o samba Só mais um preto que já morreu é composto por Pedro com Bruno Gouveia, parceiro nesta música (e em Pássaros) e produtor musical do álbum em função dividida com Raul Dias nas duas faixas (Raul assina sozinho a produção das outras dez faixas).
Fora do arco autoral em que gravita o disco, Pedro Madeira enaltece o ofício de cantor em Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) em arranjo que se desvia da cadência do samba, tangenciando clima transcendental na atraente gravação calcada na voz e nos teclados de Victor Moura.
O canto afinado de Pedro se eleva em Petições (Ozias Gomes e Pedro Madeira), canção que soa como oração de clamor por paz na Terra enquanto lamenta a situação do mundo atual. Arranjo, canto e composição se harmonizam em momento épico do disco.
Entre vinhetas autorais como O outro lado e Introdução ao amor (faixas com textos recitados), Pedro Madeira expõe a vocação para o canto e o som afro-brasileiro na música-título Semideus dos sonhos. Já o fluente ijexá Cheiro de flor exala o perfume do amor entranhado no repertório deste disco feito sem feats e modas.
Parceria de Pedro com o produtor Raul Dias, Perigo é pop black contemporâneo formatado com os músicos da banda-base do álbum Semideus dos sonhos, trio integrado por Jeff Jay (percussão), o próprio Raul Dias (guitarra e baixo) e Victor Moura (teclados). No fecho do disco, o pop soul Terra arrasada se joga na pista para tentar colar um coração partido.
Com este coeso primeiro álbum, Semideus dos sonhos, Pedro Madeira confirma a boa expectativa gerada quando o single Chuva caiu no mundo em novembro de 2022.
Iza teve faro quando deu o microfone para Pedro Madeira na plateia há seis anos.
Pedro Madeira regrava o samba ‘Minha missão’ entre as músicas autorais do primeiro álbum, ‘Semideus dos sonhos’
Gabriel Malta / Divulgação

Continue Reading

Festas e Rodeios

‘The Last of Us’: 2ª temporada ganha trailer; ASSISTA

Published

on

By

Prévia mostra Kaitlyn Dever como a antagonista Abby. Novos episódios da adaptação de games estreia em 2025. Assista ao trailer da 2ª temporada de ‘The Last of Us’
A segunda temporada de “The Last of Us” ganhou seu primeiro trailer completo nesta quinta-feira (26). Assista ao vídeo acima.
Os novos episódios devem adaptar o segundo game da franquia e estreiam em algum momento de 2025.
A prévia mostra o retorno de Pedro Pascal (“The Mandalorian”) como Joel e Bella Ramsey (“Game of thrones”) como Bella, dois sobreviventes que formam uma ligação imprevista em um mundo pós apocalíptico dominado por criaturas monstruosas.
Também apresenta as primeiras imagens de Kaitlyn Dever (“Fora de série”) como a grande antagonista da história, Abby.
A série da HBO estreou em 2023 e foi uma das mais indicadas ao Emmy daquele ano.

Continue Reading

Festas e Rodeios

A reação dos irmãos Menéndez, condenados à prisão perpétua por matar os pais, à nova série ‘Monstros’ da Netflix

Published

on

By

A nova temporada de Monstros conta a história real de dois irmãos que mataram seus pais no final dos anos 1980 em Beverly Hills. Cooper Koch (à esquerda) e Nicholas Chavez interpretam Erik e Lyle Menéndez, respectivamente
Divulgação/Netflix
Uma nova série da Netflix sobre dois irmãos que mataram os pais foi duramente criticada por um dos homens que inspirou a produção.
Monstros – Irmãos Menéndez: Assassinos dos Pais estreou na semana passada e rapidamente se tornou uma das mais assistidas na plataforma de streaming.
A série é protagonizada por Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez como os dois irmãos, e por Javier Bardem e Chloë Sevigny como seus pais.
Lyle e Erik Menéndez são dois irmãos que mataram seus pais milionários em 20 de agosto de 1989. José e Kitty Menéndez foram alvejados com vários disparos à queima-roupa em sua mansão em Beverly Hills.
Os irmãos, que tinham 21 e 18 anos na época, inicialmente disseram à polícia que encontraram os pais mortos ao chegarem em casa.
No entanto, foram julgados e condenados pelo parricídio.
Na época, os irmãos afirmaram que cometeram os assassinatos em legítima defesa, após anos de supostos abusos físicos, emocionais e sexuais.
O Ministério Público, por outro lado, argumentou que eles queriam matar os pais pela herança.
Eles foram sentenciados à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
Uma “calúnia desalentadora”
Na prisão, e por meio de uma carta publicada no X (antigo Twitter) por sua esposa, Erik Menéndez questionou a produção no dia seguinte à sua estreia, afirmando que se trata de uma “calúnia desalentadora”.
“Eu achava que as mentiras e as representações tendenciosas que recriavam Lyle eram coisa do passado, que tinham criado uma caricatura de Lyle baseada em mentiras horríveis e descaradas e que agora voltam a abundar na série”, destacou.
“Só posso acreditar que fizeram isso de propósito. Com grande pesar, digo que acredito que Ryan Murphy [criador da série] não pode ser tão ingênuo e impreciso sobre os fatos de nossas vidas a ponto de fazer isso sem má intenção”, acrescentou o irmão mais novo.
“É triste para mim saber que a representação desonesta da Netflix das tragédias que cercam nosso crime fez com que as dolorosas verdades retrocedessem vários passos no tempo, para uma época em que a promotoria construiu uma narrativa baseada em um sistema de crenças segundo o qual homens não eram abusados sexualmente e que homens experienciavam o trauma da violação de maneira diferente das mulheres”, continuou.
“Essas mentiras horríveis foram desmentidas e expostas por inúmeras vítimas corajosas que superaram sua vergonha pessoal e falaram com coragem ao longo das últimas duas décadas”, disse Erik.
O drama da Netflix apresenta os assassinatos a partir de diferentes perspectivas e explora o que poderia ter levado os irmãos a matar os pais.
No entanto, a produção se esforça para mostrar as coisas do ponto de vista dos pais, algo que seus criadores afirmaram ter se baseado em uma pesquisa aprofundada.
O que diz o criador da série
Ganhador de um Oscar, Javier Bardem (à esquerda) interpreta o pai dos jovens na série da Netflix
Divulgação/Netflix
A série sobre a família Menéndez é uma continuação da controversa primeira temporada de Monstros sobre o serial killer americano Jeffrey Dahmer, que foi criticada em alguns setores por ser insensível.
Esses dramas foram idealizados por Ryan Murphy, diretor, roteirista e produtor por trás de séries como Glee, Pose, Vigilante, Feud, American Horror Story, Hollywood e Ratched, em parceria com Ian Brennan, com quem também criou Glee.
Em declarações à Entertainment Tonight, Murphy afirmou: “Acho interessante que tenham feito uma declaração sem ter assistido ao programa”.
“É realmente difícil, se se trata da sua vida, ver sua vida na tela”, reconheceu.
“O que me parece interessante, e que ele não menciona em sua declaração, é que, se você assistir ao programa, diria que 60-65% da nossa série se concentra no abuso e no que eles afirmam que aconteceu”, afirmou Murphy.
“Fazemos isso com muito cuidado e damos espaço para que eles contem sua versão, e falem abertamente sobre isso”, continuou.
No entanto, acrescentou Murphy, ele e sua equipe sentiram que era importante também mostrar as coisas do ponto de vista dos pais.
“Neste tempo em que as pessoas podem falar sobre abuso sexual, discutir e escrever sobre todos os pontos de vista pode ser controverso”, apontou.
“Houve quatro pessoas envolvidas, duas delas estão mortas. O que acontece com os pais? Como narradores, tínhamos a obrigação de tentar incluir sua perspectiva a partir da nossa pesquisa, e assim fizemos”, defendeu.
Com informações de Steven McIntosh, jornalista de entretenimento da BBC.
O caso dos irmãos que mataram os pais em Beverly Hills retratado em nova temporada da série ‘Monstros’ da Netflix
Orgias, violência e drogas: a série de acusações que levou rapper Diddy à prisão
Por que a mensagem da série ‘Friends’ continua atual 30 anos depois

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.