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Jack White lança álbum de ‘punk metal’ ‘Fear of the dawn’, e diz não conhecer ‘Fear of the dark’ do Iron Maiden

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Ele fala ao podcast g1 ouviu sobre referências de heavy metal no seu álbum mais pesado até hoje. Ex-líder dos White Stripes também explica bateria ‘samba-jazz’ em nova música e exalta Mutantes. Jack White
Paige Sara / Divulgação
“Fear of the dawn” é a melhor oportunidade para fã de heavy metal curtir Jack White. O quarto e mais pesado álbum solo do ex-líder dos White Stripes é cheio de raiva e sentimentos intensos. “Talvez seja o resultado de dois anos preso em casa sem poder fazer shows”, ele diz ao g1.
O guitarrista define o álbum como “punk metal”, “garage rock metal”, ou “heavy metal” mesmo. Ele cita Deep Purple e Black Sabbath como referências. O título é “Fear of the dawn” (medo do amanhecer). Já que a seara é pesada, será um trocadilho com o “Fear of the dark” (medo do escuro) do Iron Maiden?
Ele diz que não. E ainda afirma que nem conhecia “Fear of the dark”, um clássico dos shows do Iron Maiden. A resposta é surpreendente, ainda mais no Brasil, o país que mais ouve Iron Maiden do mundo.
O álbum também é cheio de efeitos, edição eletrônica e muitos elementos além de metal – incluindo um pequeno toque de samba – e Jack White tem muito mais a falar ao podcast g1 ouviu. No campo brasileiro, ele exalta os Mutantes: “É como se Velvet Underground e Beatles fossem de férias ao Brasil”.
O guitarrista comemora a demanda renovada por rock, seja em meios analógicos ou digitais: dos vinis ao TikTok. Ouça o podcast e leia mais abaixo:
Quando chegou a pandemia, o maior guitar hero do século 21 foi para o estúdio em Nashville, no estado americano do Tenessee, e agora sai de lá com o pesado “Fear of the Down”. Sai também com um sucessor pronto: “Entering Heaven Alive”, com canções mais calminhas, previsto para 22 de julho.
O fato de “Fear of the dawn” ser o quarto álbum solo do músico de 46 anos pode dar uma impressão errada de sua alta produtividade. Nos últimos vinte anos, foram três álbuns com o Dead Weather, banda com a Allison Moshart e outros três com os Raconteurs, com Brendan Benson.
Mas foram os seis discos com os White Stripes, duo com a ex mulher, Meg White, que ajudaram a renovar o rock do início do século e os colocaram como o grande guitarrista dessa geração.
Jack White costuma ser um cara de poucas notas e poucas palavras. Ele é famoso e odeia o mundo das celebridades. Durante anos, deu entrevistas mentindo que era irmão da Meg White, só para não ter que falar sobre casamento.
Ele é dono da sua gravadora, a Third Man Records, e até da sua fábrica de vinil. Jack White também fabrica estofados – outro lado da sua personalidade excêntrica, de quem faz o que dá na telha.
‘Você ficou doido?’, ele pergunta para si mesmo
Jack White
David James Swanson
O plano de lançar dois discos em três meses deixaria qualquer executivo de gravadora indignado. “Mas eu tenho meu próprio selo e ninguém pode me impedir. Provavelmente alguém deveria dizer que essa não é uma boa ideia para os negócios”, ele admite.
“‘O que você está fazendo, Jack? Você ficou doido'”, ele imita o suposto executivo que deveria impedi-lo de lançar os dois discos em sequência. “Mas quando a gente tem a liberdade de ter sua gravadora e sua fábrica de discos, a gente pode ter essas ideias malucas”.
Em resumo, Jack White ficou milionário e comprou seu próprio passe. Ele virou um dos maiores defensores dos vinis na indústria fonográfica. Era mais por amor à música do que pelo dinheiro. Mas a aposta no vinil está paga.
No fim do ano passado, Ed Sheeran contou que quase não conseguiu lançar seu novo álbum em vinil porque Adele ia usar quase todas as fábricas disponíveis para fazer o seu disco “30”.
“Estou implorando às gravadoras para voltar a fazer fábricas de vinis, que eles não fazem desde os anos 70 ou 80. O vinil não é uma moda passageira. Tem uma demanda monstruosa. Além de ajudar a si mesmas e aos artistas, as gravadoras não gastariam muito e podem lucrar muito com isso”, defende Jack White.
Não confunda: ‘Fear of the down’ x ‘Fear of the dark’
Até o designer da capa de ‘Fear of the dawn’, de Jack White, parece ter dado um toque ao fundo com referência a ‘Fear of the dark’, do Iron Maiden. Mas o guitarrista diz que conhece pouco do Iron e que nem conhecia a música
Divulgação
O conteúdo de “Fear of the dawn” remete, em parte, à época em que não faltava vinil no mercado: os anos 70 e 80. “Talvez seja heavy metal, ou punk metal, ou ‘garage rock metal’. É alguma coisa definitivamente pesada, intensa e que foi muito boa de fazer.”
“Tenho sorte de ter nascido nos anos 70 e ter irmãos mais velhos que escutavam muito rock e country. Então fui influenciado de Hank Williams a Deep Purple e Ramones”.
Quando ele fala das influências de rock pesado, vem a curiosidade sobre a possível referência ao título de “Fear of the dark” do Iron Maiden” em “Fear of the dawn”. Até as capas têm um fundo semelhante.
“Eu tenho que admitir minha ignorância sobre o Iron Maiden. Ouvi pouco. Dessas bandas de metal, quando era mais novo, gostava de Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Rainbow e Richie Blackmore. Não cheguei a coisas como Judas Priest, Iron Maiden e Megadeth. Ele até gostava de Metallica no colégio. Mas eu gosto sempre que ouço algo do Iron Maiden.”
O g1 insiste na pergunta, só para confirmar se não era uma referência ao nome de “Fear of the dark”. “Tenho que ouvir essa (música)”, responde Jack.
Mesmo sem a referência, o trocadilho “fear of the dawn” (medo do amanhecer, em vez de medo do escuro), faz muito sentido no disco. A experiência de sair da quarentena, trancado em casa, e ficar assustado com o exterior iluminado está na faixa-título e em “Eosophobia” (que significa medo da luz).
‘Experimental e perigoso’
Imagem de divulgação de ‘Fear of the dawn’, de Jack White
Divulgação
“Fear of the dawn” não é só metal. Há os toques de sempre de blues e country, algo de psicodélico, rap, jazz, reggae…. O que amarra tudo isso são os efeitos, principalmente de guitarra, com edição eletrônica – uma novidade em seu universo analógico.
Ele diz que não gostava deste tipo de efeito quando era mais novo. “Eu sabia exatamente o que queria tirar das minhas mãos.” Mas depois que envelheceu, começou a curtir mais coisas “experimentais e perigosas”.
“É como mexer com brinquedos, que antes eu não achava que iam dar bons resultados, mas agora acho interessantes e podem me levar para novas direções.”
Jack White parece ser um artista controlador, e a resposta anterior indica o sentimento de liberdade do disco. Ele parece passar por uma fase em que abraça o imprevisível – inclusive ao olhar sua carreira e seu principal sucesso em retrospecto.
“Já lancei coisas que achei que as pessoas iam amar e quando, tocava, não tinha reação nenhuma. Dava pra ouvir os grilos cantando”, ele brinca. “Nunca soube o que ia acontecer.”
“Não tinha ninguém no estúdio quando fizemos ‘Seven Nation Army’ dizendo: “Nossa, eu consigo ver essa música sendo tocada em estádios de futebol’. Ninguém tem uma bola de cristal. Você tem que ir sentindo a resposta das pessoas. A multidão decide.”
Os ‘corpos nus’ dos Mutantes
Jack White comanda show dos Raconteurs no Popload Festival 2019
Fábio Tito/G1
Por falar no imprevisível, no meio do disco novo há uma bateria com mistura de samba e jazz. O batuque está na faixa “Eosophobia (reprise)”. “A gente estava experimentando com a música, aí ficava um pouco reggae, depois um pouco samba, depois um pouco rock. Tivemos tantas ideias que achamos legal mostrar.”
E o que Jack gosta na música brasileira? “Claro que é Os Mutantes. Não passamos um mês nessa casa em que não ouvimos Os Mutantes”, ele elogia.
“Eles fazem uma coisa global. Não entendo português, mas amo o jeito que eles cantam. Parece que o Velvet Underground e os Beatles foram tirar férias no Brasil e gravaram vários discos juntos. É uma banda com um som lindo.”
Jack White canta um trecho da música “Ave Lúcifer”, dos Mutantes. Ele pergunta o que significam as palavras “corpos nus”, e morre de rir da resposta.
Desligado, mas antenado
O cantor Jack White fez um dos shows de encerramento do Lollapalooza 2012, em Chicago, neste domingo (5)
Sitthixay Ditthavong/Invision/AP
O guitarrista vive sem telefone celular, mas não está desligado do mundo. Jack diz que acompanha – e aprova totalmente – a descoberta do rock por fãs novinhos no TikTok.
“Acho ótimo, muito legal que as pessoas se liguem em música de qualquer jeito. Seja indo a uma biblioteca 50 anos atrás, ou com uma mensagem com um pedaço de uma música nesses apps tipo TikTok, YouTube, o que for. Sempre vai ser bom alguém se ligar em arte ou música de um jeito novo.”
Após implorar às gravadoras para investir em vinil, ele termina o papo com outro apelo: “Por favor, deixem os adolescentes se inspirarem a formar bandas, escrever álbuns, fazer músicas e gravar nas suas garagens ou seus quartos as canções que eles fizerem. Do jeito que for, sou sempre a favor”.

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Show de trap sofre com falhas técnicas e atraso na abertura do Dia Brasil do Rock in Rio

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Público, insistente, tentou curtir e fazer rodas punk, mas apresentação começou com mais de uma hora de atraso. Apresentação foi interrompida três vezes. Show ‘Para Sempre Trap’ tem problemas técnicos e pausas
A abertura do Dia Brasil do Rock in Rio 2024, que prometia ser um pancadão de trap no Palco Mundo, foi totalmente atrapalhada por uma sucessão de erros técnicos na aparelhagem de som neste sábado (21).
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
O problema começou antes mesmo do início da apresentação, que foi atrasada em 1h15. Veja nova programação.
Sete rappers iam fundir suas músicas, que são veneradas por jovens, mas chegaram até a deixar o palco por causa das falhas técnicas.
Matuê e Wiu no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
“Vamos deixar o palco e esperar eles se organizarem, valeu, pessoal?”, reclamou Matuê após a segunda música da tarde ser interrompida por mais um erro.
Como diz o ditado: “daí pra frente, só pra trás”. Foram dezenas de erros no som que impactaram a apresentação, e o MC Cabelinho chegou a bradar “falei que isso ia acontecer, na minha vez a Xuxa é preta”.
O show foi interrompido por completo três vezes. Mesmo assim, artistas tentaram manter o bom humor e brincar com a situação, ao contrário da plateia que vaiou a plenos pulmões.
Filipe Ret no ‘Para Sempre Trap’ do Rock in Rio.
Miguel Folco/g1
Filipe Ret, na sua vez, bebeu no palco para esperar o equipamento ser ajustado para que ele cantasse. Em um momento, ele chamou a plateia para cantar à capela, mas a situação se resolveu.
O público até tentou ter paciência enquanto aguardava a situação ser normalizada antes do início do show, mas lá pelos 40 minutos a espera foi insustentável para os fãs, que começaram a gritar “vergonha” e chegaram até mesmo a vaiar Zé Ricardo, um dos organizadores do Rock in Rio.
Por fim, Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Wiu e Veight conseguiram botar a plateia para cantar, apesar dos pesares, e até mesmo para se bater em rodinhas punk, mas fãs e artistas queriam um show bem melhor para a estrutura.

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Programação do Dia Brasil do Rock in Rio tem atraso e último show do Palco Mundo deve começar 1h10

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‘Dia Brasil’ foi inspirado em ‘We are the world’, de 1985, ano de surgimento do festival e data que é celebração desta edição. Rock in Rio 2024: o melhor do dia 21
O Rock in Rio 2024 deste sábado (21) tem uma programação voltada exclusivamente à música nacional. É o Dia Brasil. Vão se apresentar artistas de sertanejo, samba, MPB, bossa nova, música clássica, rap, trap e pop.
É também neste sábado que acontece a estreia do sertanejo no festival. Pela primeira vez em 40 anos, o gênero tomará os palcos do Rock in Rio, com os artistas Chitãozinho e Xororó, Ana Castela, Luan Santana, Simone Mendes e Junior.
Os shows do Dia Brasil serão divididos por gênero musical, e cada um reunirá vários músicos.
21 de setembro (sábado)
Palco Mundo
16h30 – Para sempre Trap, com Cabelinho, Filipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Ryan SP, Veigh
19h20 – Para sempre MPB, com Baianasystem, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Majur, Margareth Menezes, Ney Matogrosso e Gaby Amarantos
22h10 – Para sempre Sertanejo, com Chitãozinho e Xororó, Orquestra Heliópolis, Ana Castela, Júnior, Luan Santana e Simone Mendes
1h10 – Para sempre Rock, com Capital Inicial, Detonautas, NX Zero, Pitty, Rogério Flausino, Toni Garrido
Palco Sunset
17h55 – Para sempre Samba, com Zeca Pagodinho, Alcione, Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Maria Rita e Xande de Pilares
20h45 – Para sempre Pop, com Duda Beat, Gloria Groove, Jão, Ludmilla, Luísa Sonza, Lulu Santos
23h35 – Para sempre Rap, com Criolo, Djonga, Karol Conká, Marcelo D2, Rael
Palco New Dance Order
22h – Para sempre Eletrônica, com Mochakk, Beltran X Classmatic, Eli Iwasa X Ratier, Maz X Antdot
Palco Espaço Favela
15h – Para sempre favela é Terra Indígena, com Kaê Guajajara convida Totonete e o grupo Dance Maré
17h – Para sempre Música Clássica, com Nathan Amaral, Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem
18h40 – Para sempre Baile de Favela, com Buchecha, Cidinho e Doca, Funk Orquestra, MC Carol, MC Kevin o Chris, Tati Quebra Barraco
20h40 – Para sempre Funk, com Livinho, Mc Don Juan, MC Dricka, MC Hariel, MC IG, MC PH
Palco Global Village
15h – Para sempre Jazz, com Antônio Adolfo, Joabe Reis, Joantahn Ferr e Leo Gandelman
17h – Para sempre Soul, com banda Black Rio, Cláudio Zoli, Hyldon
18h40 – Para sempre Bossa Nova, com Bossacucanova e Cris Delanno, Leila Pinheiro, Roberto Menescal, Wanda Sá
20h40 – Para Sempre Futuro Ancestral, com Gang do Eletro e Suraras do Tapajós
Palco Supernova
14h30 – Autoramas
16h – Vanguart
18h – Chico Chico
20h – Jean Tassy

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‘Eu levantei uma bandeira sem saber que a bandeira existia’, diz Xuxa a Milton Cunha sobre fãs LGBTQIAP+

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Rainha dos Baixinhos participou do quadro ‘Rock in Milton — É babado!’. ‘Rock in Milton – É babado!’ entrevista Xuxa
O apresentador Milton Cunha entrevistou Xuxa instantes antes de ela subir no Palco Itaú para um pocket-show no Rock in Rio. Eles falaram sobre a relação dela com o povo LGBTQIAP+ e sobre diversidade. E Milton não perdeu tempo e arrumou uma peruca de Paquita.
“Aliás, essa palavra [diversidade], a gente não usava há 40 anos. A gente nem sabia o que era isso”, disse Xuxa.
“Sem querer eu incentivei de uma maneira muito suave. Eu levantei uma bandeira sem saber que a bandeira existia. E hoje eu me enrolo na bandeira, eu levanto a bandeira, eu me visto com essa bandeira, e eu fico muito feliz com isso”, prosseguiu.
A apresentadora falou que com frequência é abordada por fãs LGBTQIAP+ que agradecem o carinho e aceitação.
“Eu vejo muita gente falando: ‘Nossa, você deixava eu ser eu do teu lado. Dava espaço para a minha alegria, e eu não podia fazer isso em casa. Mas ali você dizia que eu podia ser eu, que eu devia ser feliz e tal’”, citou.
Milton também brincou com a fã Patrícia Veloso Martins, que fez sucesso nas redes sociais com a sua aparição no documentário “Pra Sempre Paquitas, do Globoplay”, falando “Que Xou da Xuxa é esse?”.
Patrícia repetiu o bordão ao abrir a apresentação da Rainha dos Baixinhos.
Milton Cunha de Paquita
Reprodução

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