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Festas e Rodeios

Vitor Ramil conjuga acertos ao ‘seguir erros’ e correr riscos no curso de ‘Avenida Angélica’

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Artista de Pelotas lança álbum ao vivo com registro de show com 16 músicas inéditas compostas a partir dos versos angustiados e femininos da conterrânea poeta gaúcha Angélica Freitas. Capa do álbum ‘Avenida Angélica’, de Vitor Ramil
Divulgação
Resenha de álbum
Título: Avenida Angélica
Artista: Vitor Ramil
Edição: Satolep Music
Cotação: * * * *
♪ No texto que escreveu para apresentar o álbum Avenida Angélica, Vitor Ramil menciona o conselho ouvido por Joni Mitchell de músico amigo após admitir que errava muito no toque do piano pela incompreensão do instrumento. “Siga o erro”, disse o músico à artista canadense. Mitchell seguiu o conselho, o erro e construiu obra referencial.
Cantor, compositor e músico gaúcho que pôs Pelotas (RS) no mapa do universo pop, Ramil vem conjugando acertos ao seguir erros desde que, revelado em 1980 na voz de Zizi Possi com a gravação da música Minas de prata, pavimentou caminho trilhado às margens do mercado a partir da criação da Estética do frio, mote de álbuns como A paixão de V segundo ele próprio (1984) e Tango (1987).
Décimo segundo título da discografia de Ramil, Avenida Angélica é mais um acerto do artista. Trata-se de álbum ao vivo que registra os 17 números de show apresentado e gravado em 7 e 8 de agosto de 2021, no canteiro de obras do Theatro Sete de Abril, palco de Satolep, cidade-anagrama de Pelotas (RJ) que marca o território ilimitado do universo particular de Ramil.
A diferença é que, desta vez, Ramil vê e expõe o mundo através dos olhos e dos versos da poeta conterrânea Angélica Freitas, de quem o compositor musicou poemas publicados nos dois primeiros livros da escritora, Rilke shake (2007) e Um útero é do tamanho de um punho (2012).
Basta ouvir músicas como Siobhan (tocante canção de amor em que o solista explora regiões agudas da voz), A mina de ouro de minha mãe e de minha tia, Treze de outubro e Família vende tudo para entender que Ramil se desviou da melodia certinha, seguindo por caminhos tortos, cheios de estranhezas, ainda que haja certo quadradismo na cadência e nos breques do samba Mulher de malandro.
Vitor Ramil na gravação do show ‘Avenida Angélica’ em teatro de Pelotas em agosto de 2021
Divulgação
Poeta que atualmente reside em Berlim, na Alemanha, após ter morado na Argentina, Angélica Freitas escreve versos pautados por finas ironias que parecem embutir sons dentro das palavras embebidas em inquietações.
É uma lírica que até poderia se afinar com a poesia da música pop, mas Ramil segue errando por caminho um pouco mais denso, como sinalizou a inspirada canção Rilke shake, apresentada em 24 de março como primeiro single do álbum lançado anteontem, 7 de abril.
Dentro dessa lírica angustiada, há espaço para certa leveza, percebida em R.C., canção inspirada na trilha sentimental radiofônica que gerou ídolos como Roberto Carlos, fonte de inspiração para o poema e a melodia errante. Das 17 músicas do disco, somente uma, Stradivarius (2017), já era conhecida, tendo sido lançada no último álbum de Ramil, Campos neutrais (2017).
Dentre as novidades, Cosmic Coswig Mississipi se diferencia na poética safra autoral por ser blues, gênero musical inexplorado por Ramil, compositor habituado às milongas dos Pampas gaúchos. O título do blues alude ao Recanto dos Coswig, pousada e parque bucólico situados no reduto da colônia alemã de Pelotas (RS).
Alocadas na segunda metade do disco, as músicas Mulher aranha, Mulher de rollers (poema que alude a versos escritos por Chico Buarque em 1971 e 1984 para as letras de Construção e Vai passar, respectivamente), Poema da mulher suja e Uma mulher insanamente bonita reforçam, já nos títulos, o caráter substancialmente feminino da poesia de Angélica Freitas.
No arremate do álbum, com ritmo bem marcado, a faixa Ringues polifônicos ratifica o alcance do voo e da aventura de Vitor Ramil ao longo de Avenida Angélica, mais um acerto errático, estranho, desse artista que vem correndo riscos na longa estrada musical que desde 1980 o conduz pelo universo sem perder Satolep de vista.

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Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace; vídeo

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Cantora ainda caprichou no ketchup ao servir as fatias, como todo carioca faz. Antes, postou segurando embalagens de Bis. Katy Perry distribui pizza para fãs na porta do Copacabana Palace
Atração principal desta sexta-feira (20) no Rock in Rio, Katy Perry surpreendeu os fãs durante a madrugada e distribuiu pizza na porta do Copacabana Palace, onde está hospedada.
A americana foi até a calçada acompanhada de integrantes do staff que seguravam pilhas de caixas de pizzas

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Recordista de shows no Rock in Rio, Ivete Sangalo cantou com Shakira e anunciou sexo das gêmeas no festival; relembre curiosidades

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Cantora se apresenta duas vezes na edição de 2024: na sexta (20), ela faz um show solo no Palco Mundo e, no sábado (21), participa do espetáculo “Para Sempre Pop”, no Palco Sunset. Ivete Sangalo no Rock in Rio 2022
Stephanie Rodrigues/g1
Atração confirmada no Rock in Rio 2024, Ivete Sangalo mantém, desde 2008, o título de artista que mais se apresentou no festival carioca. Neste ano, ela abre a programação do Palco Mundo na sexta-feira (19), cuja programação foi batizada como “Dia Delas”, e se apresenta no Palco Sunset, no sábado (20), em meio à grade do “Dia Brasil”.
Intitulado “Para Sempre Pop”, esse segundo show contará ainda com Duda Beat, Gloria Groove, Jão, Luísa Sonza e Lulu Santos.
Filho de Ivete Sangalo curte primeiro dia do Rock in Rio e tieta artistas nos bastidores: ‘Amigos que a música me deu’
Ivete Sangalo erra nome de fã e brinca com dificuldade para entender pronúncia em show
O Kanalha leva pagode baiano para o Rock in Rio 2024 e promete deixar a plateia ‘fraquinha’
O g1, então, relembra as antigas passagens da cantora pelo evento. Ao longo de suas 19 apresentações — incluindo também as versões do festival em Portugal, Espanha e Estados Unidos —, a baiana já levou tombo e até anunciou o sexo de suas filhas gêmeas no palco. Ela também fez um dueto com Shakira durante uma performance da colombiana na edição de 2011.
Relembre esses e outros momentos:
👩🏻‍🤝‍👩🏼 Dueto com Shakira
Em 2011, Ivete se apresentava pela primeira vez na versão brasileira do Rock in Rio. Na noite em questão, Shakira foi a atração principal e convidou a baiana para um dueto. Juntas, as duas cantaram “País Tropical”, sucesso de Jorge Ben Jor que foi regravado por Ivete.
👉 Tombo no palco
Nem só de glamour se mantém o histórico da cantora. Em 2015, durante o show no Rock in Rio USA, em Las Vegas, Ivete levou um tombo no palco. Mas a queda não impactou o show e ela encarou o momento com o bom humor de sempre.
👧🏻 São meninas!
Grávida de gêmeas durante o RiR de 2017, Ivete aproveitou a grande audiência para revelar o sexo das crianças.
“Dedico esse show a minha família, a Marcelo Sangalo, as duas irmãzinhas que ele espera, ao meu marido e a toda minha família de fãs”, agradeceu, deixando todos saberem que viriam duas meninas — Marina e Helena atualmente têm 6 anos.
⚡ Look inspirado em Bowie
Para a performance do Rock in Rio 2019, Ivete usou um figurino especial. O macacão assinado pela estilista Michelly X foi inspirado no músico inglês David Bowie. Na ocasião, ela revelou que o look surgiu após um sonho que teve. A roupa tinha mais de 50 mil cristais e foi confeccionada em 15 dias.
😍 Mãe-coruja com estreia de Marcelinho no festival
No Rock in Rio 2022, Ivete dividiu os holofotes de sua apresentação com o primogênito Marcelo. O menino, que já tocava nos shows da mãe, foi um dos percussionistas da banda durante a performance.
Ele também tocou piano — pela primeira vez, publicamente — durante a romântica “Quando a Chuva Passar”. Momentos antes, Ivete havia exibido uma homenagem ao filho no telão.
🫂 Gratidão da “família Rock in Rio”
Ivete não é queridinha na grade do evento à toa. Em 2022, a então diretora artística nacional do Palco Mundo, Marisa Menezes, lembrou ao jornal O Globo que Ivete salvou a produção do evento substituindo Ariana Grande na edição de 2016 do Rock in Rio Lisboa.
“[Ivete] Usou sua popularidade em Portugal e todo o seu carisma e habilidade para entreter um público que, originalmente, não tinha ido lá para vê-la. Ela é da família para sempre”, declarou Marisa à época.
Naquele ano, a americana cancelou a participação horas antes do show. Nas redes sociais, Ariana explicou que a decisão foi motivada por uma infecção na garganta.
🎤 O que esperar de Ivete no RiR 2024
A cantora não revelou a lista de músicas preparada para o show, mas o público pode esperar toda a energia do axé music, com repertório que costuma fazer a plateia vibrar. Na sexta (20), ela abre os trabalhos para Cindy Lauper, Karol G e Katy Perry, representando o Brasil no Palco Mundo. O Dia Delas é composto apenas por atrações femininas na grade do evento.
Já no sábado (21), ela volta a se apresentar em meio à celebração dos 40 anos de festival. A data foi batizada como “Dia Brasil” por ter apenas atrações nacionais na lista. Serão diversas performances em conjunto, com representantes de vários estilos, como samba, rap, rock e pop — categoria na qual Ivete foi integrada.
Rock in Rio 2019: após se apresentar em 15 edições, Ivete Sangalo disse que já é sócia do festival
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.
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Kiss in Rio: solteiros aproveitam shows do Rock in Rio para paquera olho no olho; ‘Beijei 6 em 2 dias’

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Clima de azaração não se restringe à idade: idoso de 80 anos diz que também está no jogo. Solteiros aproveitam shows do Rock in Rio para paquerar olho a olho
Em tempos de aplicativos de relacionamento, o Rock in Rio é um bom palco para quem é old school. Na Cidade do Rock, o flerte e a paquera são à moda antiga: olho no olho, papo no pé do ouvido, um beijo e troca de contatos.
Em um giro na Cidade do Rock, o g1 conversou com solteiros, que juram que o terreno é fértil para quem estiver livre e interessado e tiver “talento” (veja no vídeo acima).
“Eu acho que está mais preso aos casais. A pegação tá mais isolada. Mas, para pegar alguém, necessita de talento”, brinca um jovem.
Aliás, até a definição de “livre” é relativa. Um casal de militares contou que, ainda que comprometido há 4 anos, ambos são bem resolvidos e não rola ciúme se um ou outro se interessar por alguém na festa.
“No Rock in Rio sempre dá pra beijar na boca. Só não beija quem não quer”, explica um dos pares.
Enquanto isso, para provar que o amor (ou a solteirice) não tem idade, um senhor de 80 anos brinca que as décadas de experiência não paralisam ninguém, só trazem mais sabedoria.
“O Rock in Rio é para pegação, né? Com 80 anos, ainda estou com disposição”, brinca o homem.
Um jovem faz uma leve crítica aos aplicativos de relacionamento.
“Eu sou um pouco mais arcaico. Essa galera do aplicativo aí é complicada. Eu sou mais da piscada, da chegada. Não uso muito o aplicativo, não. Mas a gente vai se virando aqui”, explica.
“A gente tem até três horas da manhã para conseguir salvar o negócio”, completa.
Um jovem que já está curtindo o festival desde a semana passada relata que em dois dias de evento beijou seis pessoas diferentes – mas que nesta quinta (19), ainda não fez seu gol.
“Eu beijei seis em dois dias de Rock in Rio. E hoje é um novo dia, eu quero beijar mais”, declara.

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