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Number Teddie: conheça brasileiro que estreou single no principal programa da Apple Music

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Ele saiu de Manaus para SP em depressão, dormiu 6 meses em sofá de estúdio, virou compositor de Pabllo Vittar e já estreou como aposta de Zane Lowe em programa que é vitrine do novo pop mundial. Number Teddie
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John Mayer, Lorde, Charlie XCX e Weezer estrearam músicas recentes no programa de Zane Lowe na Apple Music. O apresentador neozelandês revelado na BBC é diretor criativo e estrela da programação do serviço de streaming, com entrevistas e lançamentos mundiais.
Zane Lowe apresentou no fim de maio o single de um cantor que ia “explodir no Brasil e ser grande nos EUA”, um “maluco” que canta como se transformasse em música a série “Euphoria”. O apresentador tentou falar o título original: “Eu deveria ter comido seus amigos”, de Number Teddie.
Quem é o ‘maluco’ que ganhou um ‘amei você’ de Zane Lowe?
Há seis meses, o ex-professor de inglês Geovane Aranha, 24 anos, o Number Teddie, viajou de Manaus para São Paulo após ter crises de ansiedade e depressão, sem dinheiro nem trabalho, e foi dormir no sofá do estúdio de um produtor musical que tinha conhecido pelo Instagram, Rodrigo Gorky.
Entre noites no sofá, ele terminou o álbum sobre crises de saúde mental, mágoa com ex-namorado, dramas familiares e a imaginação do próprio enterro na Disney (“ao lado do Mickey”). A base é de pop punk, mas as referências vão do country de Dolly Parton ao rock mirim nipônico do Babymetal.
Nesse meio tempo, ele tinha que acordar correndo quando Pabllo Vittar chegava para gravar no estúdio – Rodrigo Gorky é um dos produtores da cantora. Number Teddie acabou virando coautor de “Number One”, de Pabllo e outras faixas de Urias e Alice Caymmi. Ele assinou com a Sony Music.
Pequeno Teddie
Filho de um contador e uma bibliotecária que gostava de espetáculos musicais e o levava para assistir, Geovane diz que começou a cantar aos três anos de idade.
“Eu lembro que falava para o professor de matemática: ‘ai, eu não preciso estudar isso porque vou ser um cantor muito famoso’. Isso com seis anos de idade.” Mas Manaus não dava essa chance, mesmo que ele insistisse para a mãe pegar o Chevette dela e o levar a agências de talentos locais.
“Tinha uma agência de modelo do lado da minha escola. Com 9 anos eu saí da escola com minha mochila do Galinho Chicken Little, entrei lá e falei: ‘Posso cantar para vocês?’. O cara falou: ‘Não’. E eu falei: ‘Mas eu quero cantar’. E ele: ‘Vai embora, a gente está em horário de almoço’.” Não rolou.
Autodidata
Com essa cara de pau, ele começou a compor aos nove anos e mexer em programas de edição de som para produzir suas músicas no quarto quando adolescente. Em 2020, ele lançou um EP caseiro e mandou as músicas para todos mundo que conseguiu achar.
“Ia nas gravadoras e empresários, mandava e-mail e ninguém me respondia”. Em julho de 2020, recebeu uma resposta no Instagram de Rodrigo Gorky, elogiando as músicas e dando dicas. “Começamos a trabalhar a distância num álbum”, ele lembra.
O trabalho ia bem e Number Teddie ia mal. “Tinha acabado de ser demitido, perdido gente da minha família, não sabia o que ia acontecer, estava com um quadro de depressão. Aí o Gorky me chamou para passar uns dias na casa dele”. Ele foi com passagem só de ida e os dias viraram 6 meses.
Confessional
Number Teddie
Divulgação
“Eu conseguia ver o sofrimento, a depressão, e como fazer as músicas ajudava a melhorar um pouco o que ele ia passando. Foi praticamente uma sessão de terapia”, diz Rodrigo. “Foi uma pessoa extremamente tímida no começo do processo e, no final, era um artista completo”, Gorky.
Junto com Zebu, produtor que também trabalha com Pabllo, Jão e outros nomes em alta do pop brasileiro, eles formatavam as canções confessionais. Uma delas é a que imagina a própria morte num parque da Disney. “Nessa música eu falo sobre a morte do meu pai, é uma coisa muito pesada”.
Enquanto isso, ele começou a ser chamado a compor para outros artistas. Essas faixas não são pessoais, mas mesmo assim ele sofreu. Primeiro, ajudou Urias (“eu vomitei de nervoso no dia”, ele lembra); depois, Pabllo (“tive uma crise nesse dia e tinha acabado de voltar do hospital”).
Pop punk pessoal
Mas é nas próprias músicas que ele expõe toda essa ansiedade. “O disco é um retrato de mim, não só nesse período de depressão, mas também crescendo e virando uma pessoa”.
“Ele escreve muito pessoalmente. O Rafael Fadul, que mixou o disco falou: ‘Parece que você está escutando um áudio de WhatsApp ou um amigo seu falando'”, comenta Zebu.
‘Pop ansioso’ de Selena, Ariana e Camila tem contraindicação? Psiquiatras avaliam letras
O caminho pelo pop punk e pela guitarra foi consciente. A justificativa de Number Teddie dá uma pista da razão de esse estilo estar voltando a ser popular entre os jovens. “A guitarra tem um som eufórico e desconfortável, com o qual eu falo da minha ansiedade e meu desconforto”.
Mordida na Apple
O álbum já está pronto, mas ainda não tem data de lançamento. Mas o single “Eu deveria ter comido seus amigos”, uma explosão de ressentimento contra um ex, a la Olivia Rodrigo, foi lançado às pressas depois que Gorky mostrou a faixa para um conhecido que trabalha na Apple no Brasil.
O conhecido gostou e a música foi passando de mão em mão na empresa até sair do Brasil ganhar as graças do principal diretor de música da Apple Music, Zane Lowe. “Ele falou que foi bom ver o clipe para conhecer o psicopata que está por trás dessa música”, comemora Number Teddie aos risos.
A moral lá fora ajudou a adiantar o lançamento da música no Brasil, pela Sony Music, que assinou com ele e agora aposta em Number Teddie.
“Ele está no começo de algo incrível”, disse o apresentador. Number Teddie mostra o vídeo da estreia no programa, revendo animado, e comemora também o novo espaço após os seis meses no sofá. “É uma kitnet de 25 metros quadrados aqui perto do estúdio”, mostra satisfeito.

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Pedro Madeira confirma a expectativa com bom álbum entre o samba e o soul

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Cantor e compositor carioca lança o coeso disco autoral ‘Semideus dos sonhos’ em 10 de outubro. Capa do álbum ‘Semideus dos sonhos’, de Pedro Madeira
Gabriel Malta / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Semideus dos sonhos
Artista: Pedro Madeira
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em 2018, Pedro Madeira era mais um na multidão de fãs de Iza, na primeira fila de show da cantora, quando ganhou o microfone da artista e, da plateia, fez breve participação no show. Ali, naquele momento, o carioca morador da comunidade de Pau Mineiro, no bairro de Santa Cruz, fã de Iza e de Beyoncé, se revelou cantor para ele mesmo.
Decorridos seis anos e três singles, Pedro Madeira já é cantor e compositor profissional e se prepara para lançar o primeiro álbum, Semideus dos sonhos, em 10 de outubro.
Exposto na capa do álbum em expressiva foto de Gabriel Malta, Madeira já lançou três singles – Chuva (2022), Pássaros (2023) e Bem que se quis (2023) – em que transitou pelo soul nacional da década de 1970 (sobretudo em Chuva) e pelo pop ítalo-brasileiro na (trivial) abordagem do sucesso de Marisa Monte.
No quarto single, Só mais um preto que já morreu, o cantor cai no samba em gravação que chega ao mundo amanhã, 27 de setembro, duas semanas antes do álbum.
Com letra que versa sobre o genocídio cotidiano do povo preto, o samba Só mais um preto que já morreu é composto por Pedro com Bruno Gouveia, parceiro nesta música (e em Pássaros) e produtor musical do álbum em função dividida com Raul Dias nas duas faixas (Raul assina sozinho a produção das outras dez faixas).
Fora do arco autoral em que gravita o disco, Pedro Madeira enaltece o ofício de cantor em Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) em arranjo que se desvia da cadência do samba, tangenciando clima transcendental na atraente gravação calcada na voz e nos teclados de Victor Moura.
O canto afinado de Pedro se eleva em Petições (Ozias Gomes e Pedro Madeira), canção que soa como oração de clamor por paz na Terra enquanto lamenta a situação do mundo atual. Arranjo, canto e composição se harmonizam em momento épico do disco.
Entre vinhetas autorais como O outro lado e Introdução ao amor (faixas com textos recitados), Pedro Madeira expõe a vocação para o canto e o som afro-brasileiro na música-título Semideus dos sonhos. Já o fluente ijexá Cheiro de flor exala o perfume do amor entranhado no repertório deste disco feito sem feats e modas.
Parceria de Pedro com o produtor Raul Dias, Perigo é pop black contemporâneo formatado com os músicos da banda-base do álbum Semideus dos sonhos, trio integrado por Jeff Jay (percussão), o próprio Raul Dias (guitarra e baixo) e Victor Moura (teclados). No fecho do disco, o pop soul Terra arrasada se joga na pista para tentar colar um coração partido.
Com este coeso primeiro álbum, Semideus dos sonhos, Pedro Madeira confirma a boa expectativa gerada quando o single Chuva caiu no mundo em novembro de 2022.
Iza teve faro quando deu o microfone para Pedro Madeira na plateia há seis anos.
Pedro Madeira regrava o samba ‘Minha missão’ entre as músicas autorais do primeiro álbum, ‘Semideus dos sonhos’
Gabriel Malta / Divulgação

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‘The Last of Us’: 2ª temporada ganha trailer; ASSISTA

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Prévia mostra Kaitlyn Dever como a antagonista Abby. Novos episódios da adaptação de games estreia em 2025. Assista ao trailer da 2ª temporada de ‘The Last of Us’
A segunda temporada de “The Last of Us” ganhou seu primeiro trailer completo nesta quinta-feira (26). Assista ao vídeo acima.
Os novos episódios devem adaptar o segundo game da franquia e estreiam em algum momento de 2025.
A prévia mostra o retorno de Pedro Pascal (“The Mandalorian”) como Joel e Bella Ramsey (“Game of thrones”) como Bella, dois sobreviventes que formam uma ligação imprevista em um mundo pós apocalíptico dominado por criaturas monstruosas.
Também apresenta as primeiras imagens de Kaitlyn Dever (“Fora de série”) como a grande antagonista da história, Abby.
A série da HBO estreou em 2023 e foi uma das mais indicadas ao Emmy daquele ano.

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A reação dos irmãos Menéndez, condenados à prisão perpétua por matar os pais, à nova série ‘Monstros’ da Netflix

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A nova temporada de Monstros conta a história real de dois irmãos que mataram seus pais no final dos anos 1980 em Beverly Hills. Cooper Koch (à esquerda) e Nicholas Chavez interpretam Erik e Lyle Menéndez, respectivamente
Divulgação/Netflix
Uma nova série da Netflix sobre dois irmãos que mataram os pais foi duramente criticada por um dos homens que inspirou a produção.
Monstros – Irmãos Menéndez: Assassinos dos Pais estreou na semana passada e rapidamente se tornou uma das mais assistidas na plataforma de streaming.
A série é protagonizada por Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez como os dois irmãos, e por Javier Bardem e Chloë Sevigny como seus pais.
Lyle e Erik Menéndez são dois irmãos que mataram seus pais milionários em 20 de agosto de 1989. José e Kitty Menéndez foram alvejados com vários disparos à queima-roupa em sua mansão em Beverly Hills.
Os irmãos, que tinham 21 e 18 anos na época, inicialmente disseram à polícia que encontraram os pais mortos ao chegarem em casa.
No entanto, foram julgados e condenados pelo parricídio.
Na época, os irmãos afirmaram que cometeram os assassinatos em legítima defesa, após anos de supostos abusos físicos, emocionais e sexuais.
O Ministério Público, por outro lado, argumentou que eles queriam matar os pais pela herança.
Eles foram sentenciados à prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
Uma “calúnia desalentadora”
Na prisão, e por meio de uma carta publicada no X (antigo Twitter) por sua esposa, Erik Menéndez questionou a produção no dia seguinte à sua estreia, afirmando que se trata de uma “calúnia desalentadora”.
“Eu achava que as mentiras e as representações tendenciosas que recriavam Lyle eram coisa do passado, que tinham criado uma caricatura de Lyle baseada em mentiras horríveis e descaradas e que agora voltam a abundar na série”, destacou.
“Só posso acreditar que fizeram isso de propósito. Com grande pesar, digo que acredito que Ryan Murphy [criador da série] não pode ser tão ingênuo e impreciso sobre os fatos de nossas vidas a ponto de fazer isso sem má intenção”, acrescentou o irmão mais novo.
“É triste para mim saber que a representação desonesta da Netflix das tragédias que cercam nosso crime fez com que as dolorosas verdades retrocedessem vários passos no tempo, para uma época em que a promotoria construiu uma narrativa baseada em um sistema de crenças segundo o qual homens não eram abusados sexualmente e que homens experienciavam o trauma da violação de maneira diferente das mulheres”, continuou.
“Essas mentiras horríveis foram desmentidas e expostas por inúmeras vítimas corajosas que superaram sua vergonha pessoal e falaram com coragem ao longo das últimas duas décadas”, disse Erik.
O drama da Netflix apresenta os assassinatos a partir de diferentes perspectivas e explora o que poderia ter levado os irmãos a matar os pais.
No entanto, a produção se esforça para mostrar as coisas do ponto de vista dos pais, algo que seus criadores afirmaram ter se baseado em uma pesquisa aprofundada.
O que diz o criador da série
Ganhador de um Oscar, Javier Bardem (à esquerda) interpreta o pai dos jovens na série da Netflix
Divulgação/Netflix
A série sobre a família Menéndez é uma continuação da controversa primeira temporada de Monstros sobre o serial killer americano Jeffrey Dahmer, que foi criticada em alguns setores por ser insensível.
Esses dramas foram idealizados por Ryan Murphy, diretor, roteirista e produtor por trás de séries como Glee, Pose, Vigilante, Feud, American Horror Story, Hollywood e Ratched, em parceria com Ian Brennan, com quem também criou Glee.
Em declarações à Entertainment Tonight, Murphy afirmou: “Acho interessante que tenham feito uma declaração sem ter assistido ao programa”.
“É realmente difícil, se se trata da sua vida, ver sua vida na tela”, reconheceu.
“O que me parece interessante, e que ele não menciona em sua declaração, é que, se você assistir ao programa, diria que 60-65% da nossa série se concentra no abuso e no que eles afirmam que aconteceu”, afirmou Murphy.
“Fazemos isso com muito cuidado e damos espaço para que eles contem sua versão, e falem abertamente sobre isso”, continuou.
No entanto, acrescentou Murphy, ele e sua equipe sentiram que era importante também mostrar as coisas do ponto de vista dos pais.
“Neste tempo em que as pessoas podem falar sobre abuso sexual, discutir e escrever sobre todos os pontos de vista pode ser controverso”, apontou.
“Houve quatro pessoas envolvidas, duas delas estão mortas. O que acontece com os pais? Como narradores, tínhamos a obrigação de tentar incluir sua perspectiva a partir da nossa pesquisa, e assim fizemos”, defendeu.
Com informações de Steven McIntosh, jornalista de entretenimento da BBC.
O caso dos irmãos que mataram os pais em Beverly Hills retratado em nova temporada da série ‘Monstros’ da Netflix
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