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Clonagem de pets: por que tem gente pagando até R$ 200 mil para ter um clone do seu bichinho?

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Empresa nos Estados Unidos diz ter feito cada vez mais clones de cachorros e gatos, ainda que o custo seja alto. No Brasil, o assunto tem ganhando evidência. Barbra Streisand com Miss Violet e Miss Scarlett
Reprodução/Instagram/Barbra Streisand
Em 2018, a cantora Barbra Streisand contou à revista americana “Variety” que suas duas cachorrinhas, Miss Violet e Miss Scarlett, eram clones de Samantha, sua coton de tulear que morreu em 2017 com 14 anos. As duas fazem companhia à Fanny, prima canina distante de Samantha.
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Na entrevista, ela contou que foram retiradas células da boca e do estômago da cachorrinha falecida. “Elas têm personalidades diferentes de Samantha”, disse a artista na época. “Estou esperando elas ficarem mais velhas e então vou poder ver se ficam com os olhos castanhos e sua seriedade.”
Scarlett, Violet e Fanny, as cachorrinhas de Barbra Streisand
Reprodução/Instagram/Barbra Streisand
A estilista Diane von Furstenberg e seu marido, o bilionário Barry Diller, também optaram pelo clone de seu jack russel terrier Shannon, em 2016. Na época, especulou-se que o casal havia desembolsado US$100 mil (cerca de R$ 467 mil) para ter Evita e Deena, clones feitos por uma empresa coreana.
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Diddly, Squidly e Freddie
Reprodução/Instagram/Simon Cowell
Já o produtor e apresentador Simon Cowell declarou as intenções de ver “cópias” de seus três yorksire terriers, Squiddly, Diddly e Freddy, por não suportar viver sem a companhia do trio, de acordo com uma entrevista ao “The Sun”, em 2018.
Assim como os famosos, cada vez mais pessoas estão em busca de clonar seus animais de estimação. É o que declarou Melania Rodriguez, gerente de atendimento ao cliente da ViaGen Pets and Equine, empresa norte-americana, aberta desde 2015, especializada em clonagem de cachorros, gatos, cavalos e até furões.
Em entrevista à BBC, em março, ela contou que a empresa já teria clonado algumas centenas de pets. “Tem filhotes nascendo toda semana. Não fazemos muita propaganda, muito vem do ‘boca a boca'”, disse.
Apesar da popularização do assunto, o custo é ainda alto. Segundo a BBC, a empresa cobra US$50 mil (cerca de R$ 233 mil) para clonar um cachorro, US$30 mil (R$ 140 mil) para clonar um gato e US$85 mil (R$ 397 mil) para um cavalo.
No Brasil, as regulamentações sobre a prática não abordam todas as possibilidades. Há empresas que oferecem o serviço de congelamento do material celular do pet, mas sem comercializar o processo de clonagem.
Em 2001, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, apresentou a bezerra Vitória, primeiro clone da América Latina. Ela morreu em 2011, pela idade avançada.
Em janeiro, foi aprovado, pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputado, um projeto de lei que busca regulamentar a pesquisa, a produção e a comercialização de animais domésticos clonados, considerados de interesse zootécnico, como bovinos, búfalos, cavalos, ovelhas, porcos e aves. Não estão incluídos os cachorros e gatos.
O projeto deve ainda passar pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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Como é feito
Existe uma série de técnicas de clonagem, mas, normalmente, o núcleo da célula do animal a ser clonado é retirado e injetado em um óvulo doado, que teve seu material genético retirado anteriormente.
Animal de estimação
Justin Veenema/Unsplash
Esse óvulo é então estimulado a crescer até se desenvolver em um embrião. Em seguida, é implantado em uma espécie de barriga de aluguel canina, ou felina, ou de acordo com o animal a ser clonado. Esta “mãe” dará a luz aos filhotes.
Caso o cliente não deseje fazer a clonagem imediatamente, é possível conservar o material genético do bichinho quase indefinidamente, com o uso da criopreservação, técnica de congelamento em temperaturas que chegam a -196°C.
Clones de pets
Reprodução/Instagram/ViaGen Pet and Equine
De acordo com Blake Russell, presidente da ViaGen, um pet clonado é como um irmão gêmeo do animal de estimação, separado por anos ou décadas. A empresa declara que atende a todas as regulamentações dos Estados Unidos e “está comprometida com a saúde e o bem-estar de todos os gatos com quem trabalhamos”, disse o presidente à BBC.
O outro lado
Uma das questões éticas que envolve a clonagem dos pets é que não há benefícios médicos para o animal de estimação ou para seu tutor, segundo Robert Klitzman, diretor acadêmico do programa de mestrado em bioética na Universidade de Columbia.
Ele diz que a taxa de sucesso dos processos de clonagem é de apenas 20% e que envolve riscos ao animal que passa por uma cirurgia como essa. Isso significa submeter às mães de aluguel a várias tentativas, muitas delas sem resultado.
“Estamos sujeitando os animais a danos enquanto o benefício não é essencial”, disse o especialista em 2018 em uma entrevista à revista ScienceWorld, publicação voltada ao público jovem.
Penny Hawkings, especialista da Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals, associação que promove e defende o bem-estar animal, concorda com Klirzman. Em entrevista à BBC, ela diz que pode ser doloroso e angustiante para as fêmeas terem seus óvulos retirados para doação e para aquelas que são preparadas para uma gravidez de aluguel.
Se para alguns ter um animalzinho idêntico àquele que se foi ainda é primordial, Klitzman e Hawkings ainda fazem o alerta: a chance maior é de que o clone não tenha a mesma personalidade nem os mesmos atributos físicos do “original”, já que isso pode também depender de fatores externos.
“Há muito mais em um animado do que seu DNA, e animais clonados inevitavelmente terão experiências de vida diferentes, o que resultará em personalidades diferentes”, diz Hawkings.
Comparação entre os pets ‘original’ e clonado
Reprodução/Instagram/ViaGen Pet and Equine
A própria ViaGen chegou a admitir que características dos pets podem ser diferentes. O embriologista Dennis Miltinoovich, gerente do laboratório de clonagem da ViaGen, disse em entrevista ao site Massive Science que estaria convencido de que 75% das características seriam genéticas e os outros 25% seriam da criação. “Isso é baseado na minha visão e experiência com os clones”, diz.
Seu colega de empresa, Shaw Walker, diretor de ciência da iniciativa, é mais comedido. “É a mesma composição genética, e a genética compõe todas as características do animal, mas não sabemos como isso afeta o comportamento. O que eu posso dizer é que fiquei extremamente surpreso com o quanto parece que o comportamento é controlado pela genética, com base no feedback dos clientes”, disse à Massive Science.
Abrigo
Para aqueles que ainda buscam a clonagem como saída, Penny dá outra sugestão: procure um abrigo para animais abandonados. “Recomendamos que qualquer pessoa que esteja procurando um novo animal de estimação para se tornar parte da sua família, adote um dos milhares de animais que procuram seu lar para sempre nos centros de resgates”, disse em entrevista à BBC.
Faz coro com Penny, Elisa Allen, diretora da organização não-governamental PETA (People for the Ethical Treatment of Animals). “Personalidades, peculiaridades e essência dos animais simplesmente não podem ser replicadas”, disse à BBC. “E quando você considera que milhões de cães e gatos maravilhosos e adotáveis estão definhando em abrigos, todos os anos, ou morrendo de maneiras aterrorizantes depois de serem abandonados, você percebe que a clonagem aumenta a crise de superpopulação de animais sem-teto.”
À BBC, o geneticista Andrew Hessel contrapõe esse argumento e diz que a clonagem dos animais de estimação não traz tantas preocupações éticas, se forem feitas com responsabilidade.
“Alguém pode dizer ‘por que clonar animais, quando existem todos esses outros animais para adoção?’”, afirmou à reportagem. “No entanto, você pode usar o mesmo argumento com crianças. Por que ter seu próprio filho quando há todas essas crianças disponíveis para adoção? E os animais também se tornam parte da família.”

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Maggie Smith morre aos 89 anos; veja FOTOS da carreira da atriz

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Atriz de “Harry Potter” e “Downton Abbey” morreu ‘pacificamente no hospital’ e a causa não foi informada. Ela ganhou dois Oscars, quatro Emmys, três Globos de Ouro, um Tony e sete Baftas. Maggie Smith
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Maggie Smith com Rupert Grint durante o tapete vermelho do lançamento de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”
REUTERS/Luke MacGregor/Arquivo
Maggie Smith com Penelope Wilton em “Downton Abbey II: Uma Nova Era”
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Maggie Smith e Michelle Dockery em ‘Downton Abbey’
Divulgação
Maggie Smith nos bastidores de ‘Hot Millions’, de 1968
AP Photo/Bob Dear, File
Maggie Smith ganhou o Oscar na categoria melhor atriz coadjuvante por “California Suite”, em 1979
AP Photo/Reed Saxon, File
Maggie Smith em “Harry Potter e a Pedra Filosofal”
Divulgação
Maggie Smith recebe o BAFTA por sua atuação em ‘Tea with Mussolini’, em 2000
Reuters/File Photo
Maggie Smith durante a premiere de ‘O Exótico Hotel Marigold 2’, em Londres, em 2015.
REUTERS/Peter Nicholls/File Photo
Maggie Smith no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP
Maggie Smith com Dustin Hoffman no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP

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Pit Passarell, baixista e fundador da Viper, também reinou nos anos 1990 como cantor da banda de heavy metal

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Morto hoje, aos 56 anos, artista foi o vocalista de álbuns do grupo como ‘Evolution’ e ‘Coma rage’. ♫ OBITUÁRIO
♪ Na certidão de nascimento, expedida em Buenos Aires, constava o nome de Pedro Sérgio Murad Passarell (11 de abril de 1968 – 27 de setembro de 2024). Mas é como Pit Passarell que o baixista, cantor e compositor argentino fica imortalizado na cena brasileira de heavy metal.
Baixista e vocalista da banda paulistana Viper, Pit Passarell morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 56 anos, em decorrência de câncer no pâncreas. A morte foi anunciada hoje no perfil oficial do grupo paulistano no Instagram. Pit estava internado em hospital de São Paulo (SP), cidade onde o corpo do artista será velado e enterrado no início da tarde.
Um dos fundadores da banda Viper, surgida em 1985, Pit acumulou as funções de baixista e vocalista quando o cantor André Mattos (1971 – 2019) deixou o grupo em 1990. Álbuns como Evolution (1992), Coma rage (1995) e Tem pra todo mundo (1996) foram gravados em estúdio pela Viper com Pit Passarell como baixista e vocalista principal da banda.
Como vocalista, o reinado do artista foi de 1991 a 2004. Já o posto de baixista foi de Pit Passarell da criação da banda até a precoce saída de cena nesta sexta-feira, 27 de setembro.
Irmão de Yves Passarell, guitarrista da banda Capital Inicial, Pit compôs e pôs voz em músicas como Coma rage (1995), Blast! (1995) e Somebody told me you’re dead (1995).
Como solista, o artista lançou somente um álbum, Praticamente nada, editado em 2000, mas gravado muito antes, entre 2008 e 2009.

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Maggie Smith, atriz de ‘Harry Potter’ e ‘Downton Abbey’, morre aos 89 anos

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Informação foi confirmada pelos filhos da atriz. Em comunicado, eles informaram que a atriz morreu ‘pacificamente em um hospital na manhã desta sexta-feira’. Causa não foi informada. Maggie Smith
AP Photo/Kirsty Wigglesworth, File
Maggie Smith, atriz de “Harry Potter” e “Downton Abbey”, morreu aos 89 anos. Informação foi confirmada pelos filhos da atriz, Toby Stephens e Chris Larkin. “É com grande tristeza que informamos a morte de Maggie Smith”, informou o comunicado. A causa da morte não foi informada.
“Ela morreu pacificamente, no hospital, na manhã desta sexta-feira (27). Uma pessoa intensamente reservada, esteve com seus familiares e amigos até o fim. Ela deixa dois filhos e cinco amados netos que estão devastados com a enorme perda de sua extraordinária mãe e avó.”
A família ainda agradeceu a toda a equipe médica que cuidou da atriz e as mensagens carinhosas e ainda pediu privacidade neste momento.
Nascida em 28 de dezembro de 1934 em Ilford, Essex (sudeste da Inglaterra), Margaret Smith debutou nos palcos da Oxford Playhouse no início dos anos 1950. Em seguida, ingressou na trupe teatral londrina de Old Vic, depois na do Royal National Theatre, onde teve muito sucesso ao lado de seu marido, o ator Robert Stephens.
Sua carreira no cinema decolou na década de 1960 e ela ganhou, em 1969, o Oscar de melhor atriz por “Primavera de uma Solteirona”.
A atriz é vencedora de dois prêmios Oscar, quatro Emmys, três Globos de Ouro, um Tony e sete Baftas.
Ícone do teatro e do cinema britânicos, Maggie Smith conquistou o carinho de um vasto público internacional no papel da rabugenta, mas terrivelmente cativante condessa Lady Violet na série de televisão “Downton Abbey”.
Durante sua longa carreira, “Dame Maggie” assumiu papéis diversos, de madre superiora ao lado de Whoopi Goldberg em “Mudança de Hábito” (1992), de professora de “transfiguração” nos filmes da saga “Harry Potter”, acompanhante neurótica em “Uma Janela para o Amor” (1986) ou velha sem-teto em “A Senhora da Van” (2015).
Maggie Smith no BAFTA em Londres em 2016
REUTERS/Toby Melville/File Photo
Mas é o personagem da condessa de Grantham, Lady Violet, com seus comentários ácidos e mimetismo hilariante que a tornaram uma celebridade ainda mais global.
“Eu vivia uma vida perfeitamente normal antes de Downton Abbey”, série vendida em mais de 150 países, reconheceu a atriz em abril de 2017 no British Film Institute (BFI). “Ia ao teatro, galerias de arte, coisas assim, sozinha. Agora já não posso mais”, lamentou.
A atriz interpretou a exigente aristocrata por seis temporadas da série de televisão (2010-2015).
Depois de inicialmente se recusar a participar da adaptação da série para o cinema, finalmente concordou em encarnar novamente a aristocrata inglesa.
Richard Gere e Maggie Smith em cena de ‘O exótico Hotel Marigold 2’
Divulgação
Vida pessoal
No plano pessoal, seu casamento com Robert Stephens, alcoólatra, infiel e depressivo, afundou em 1973.
Com ele, ela teve dois filhos, Chris Larkin e Toby Stephens.
Maggie e Stephens se divorciaram em 1975 e se casou pouco depois com o dramaturgo Beverley Cross, com quem partiu para viver e trabalhar no Canadá.
Uma das artistas britânicas mais famosas e célebres, Maggie Smith foi nomeada Comandante da Ordem do Império Britânico em 1990 e Companheira de Honra em 2014, uma recompensa pelos serviços prestados ao país no campo das artes.
Maggie Smith no Standard British Film Awards em Londres, em 2016
REUTERS/Neil Hall/File Photo
Preocupação com a perfeição
A atriz era bastante conhecida por seu humor e sua preocupação com a perfeição.
“É verdade que eu não tolero imbecis e, portanto, eles não me toleram. Por isso eu me irrito. Talvez seja por isso que sou boa o suficiente para interpretar velhas tolas”, confessou ao jornal The Guardian em 2014.
Histórico de câncer
Maggie Smith sobreviveu ao diagnóstico de câncer de mama em 2007 e participou das filmagens de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe” (2009) enquanto estava no meio da quimioterapia. “Eu estava careca como um ovo”, disse ao Times a atriz, que precisou usar peruca.
Ela também sofre da doença de Graves, uma doença autoimune da tireoide que causa o movimento do olho para fora de sua órbita.
Maggie Smith ganhou o Oscar na categoria melhor atriz coadjuvante por “California Suite”, em 1979
AP Photo/Reed Saxon, File

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