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Festas e Rodeios

Lauren Spencer-Smith faz sucesso com pop cru e diz que gosta de ser ‘nova Olivia Rodrigo’

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Cantora de 18 anos chegou ao top 50 do Spotify em mais de 20 países. Ao g1, ela fala que o pop atual é mais cru e honesto: ‘Às vezes, a música pop básica fica um pouco genérica’. Lauren Spencer-Smith, a ‘nova Olivia Rodrigo’
Em quinze minutos de entrevista, Lauren Spencer-Smith falou pelo menos cinco vezes que a vida dela, hoje, está “maluca”. A culpa é de “Fingers Crossed”, balada emotiva que chegou ao top 50 do Spotify em mais de 20 países.
A cantora de 18 anos vem do Canadá e já participou do “American Idol”, em 2020. Ficou no top 20, não foi tão bem, mas agora está indo bem demais, graças ao TikTok.
Foi lá que surgiu “Fingers Crossed”, bem confessional, como o resto do repertório (ouça trechos da música no vídeo acima). O arranjo é alternativo e arrastado, como das outras músicas que estarão no álbum de estreia, previsto para o segundo semestre.
No hit sobre um ex que sempre fazia tudo “cruzando os dedos”, Lauren diz que se arrependeu de ter se dedicado com intensidade a uma pessoa por tanto tempo, sem ter nada em troca. “Gostaria de ter de volta todas as lágrimas que chorei”, canta ela.
Ao g1, a cantora fala da repercussão da música, conta como ela foi composta e se diz tranquila quando é chamada de “nova Olivia Rodrigo”, em referência à ganhadora do Grammy de artista revelação neste ano.
Ela relembra o começo da carreira, quando subiu ao palco com Keith Urban aos 11 anos, e fala que o pop atual é mais cru e honesto. “Às vezes, a música pop básica fica um pouco genérica.”
Lauren Spencer-Smith
Divulgação/Universal
g1 – Como ‘Fingers crossed’ mudou sua vida?
Lauren Spencer-Smith – ‘Fingers crossed’ representa a música e o momento em que eu parei de ser só uma pessoa tentando casualmente fazer sucesso como artista e compositora e tudo mais. Eu percebi que poderia agora viver disso e ela me abriu tantas portas, me trouxe tantas oportunidades. Eu conheci tantas pessoas, desde que eu assinei com uma gravadora, e tem sido uma maluquice.
g1 – Você se lembra de quando percebeu que a música tinha virado um hit no tikTok, você lembra quando notou que ela tinha virado um hit?
Lauren Spencer-Smith – Sinceramente, acho que percebi que já estava meio que explodindo logo antes de ela ser oficialmente lançada. Mas eu sinto que realmente percebi isso no dia em que foi lançada ou no dia seguinte, porque eu fui do zero ao 100.
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Senti como se todos os lugares de notícias quisessem me entrevistar. Tudo estava ficando absolutamente louco. Teve uns 20 milhões de streams em dois ou três dias e eu fiquei tipo “oh meu Deus. Isso é uma loucura”. Minha vida ficou absolutamente louca. Falando de verdade quando ela foi para o número um e tudo mais eu só pensava: “oh meu Deus. Minha vida está mudando”.
g1 – Alguém te mandou alguma mensagem ou algo do tipo perguntando se a música era sobre ele? Muita gente deve ter ficado curiosa com isso, talvez preocupado que descobrissem quem era a pessoa da música…
Lauren Spencer-Smith – Na verdade, fiquei bem surpresa, mas ninguém ficou me perguntando, não. Assim, em entrevistas as pessoas perguntam, e tem gente do mercado que pergunta, mas eu nunca fui perguntada na minha vida pessoal. Ou eles sabem sobre quem é ou eles acham que não é sobre alguém que eles conheçam.
Lauren Spencer-Smith
Divulgação/Facebook da cantora
g1 – Como você escreveu a música, como foi o processo?
Lauren Spencer-Smith – Bem, eu escrevi uns meses depois que a situação aconteceu com essa pessoa. E eu conheci meu namorado que estou namorando agora e ele começou a me tratar como eu merecia ser tratada, como um anjo. Ele é um rei e isso começou a me fazer refletir sobre meu relacionamento passado e fiquei um pouco brava comigo mesma por ter deixado que me tratassem tão mal.
E daí eu pensei “f… esse cara”, eu não me arrependo mais disso. Eu estava com meu amigo e ele começou a dizer algo sobre cruzar os dedos, e que seria legal eu escrever uma música sobre essa sensação. No dia seguinte, eu tinha uma sessão para escrever músicas e eu contei essa ideia e disseram que eu tinha acertado em cheio na ideia. E o resto é história.
g1 – Você começou a cantar bem novinha. Como foi seu começo na música?
Lauren Spencer-Smith – Sim… Desde que eu tinha dois ou três anos, sempre fui muito atraída pela música. Eu dançando e cantando e eu sabia todas as letras das músicas quando eu tinha três anos. Meus pais pensavam tipo “mas que m… é essa? como assim?” É que eu realmente não venho de uma família musical e meus pais não gostam muito ouvir música ou tocar instrumentos ou qualquer coisa. Foi quando eu era bem nova que eu comecei a mostrar esse amor por instrumentos, sons e tudo assim. Fui pedindo que eles me comprassem guitarras, equipamentos, máquinas de karaokê… porque eles notaram que eu adorava e eu voltava sempre para casa com flyers para shows de talento e dizia que queria participar de concursos.
E aí fui crescendo e eles foram entendendo que era sério. Eu participei de competições na minha região e quando eu tinha 11 anos eu cantei com o Keith Urban, na frente de milhares de pessoas, em um festival de música country. Depois disso, meus pais pensaram “é, ela realmente pode cantar, acho que ela quer levar mesmo a sério, vamos ajudá-la”. Aí eu passei a postar vídeos cantando nas redes sociais e um vídeo viralizou no Facebook. E então eu fui para o American Idol e depois do programa comecei a compor.
Lauren Spencer-Smith no ‘American Idol’
Reprodução/ABC
g1 – Como o “American Idol” foi importante para você e como foi estar em um ambiente tão competitivo, sendo tão nova?
Lauren Spencer-Smith – Eu sou extremamente, extremamente competitivo. Eu odeio perder. Se alguém me diz que eu não posso fazer algo, eu vou além para provar que eles estão completamente errados. Então, estar no “American Idol” me deixou bem motivada, porque eu queria muito ganhar e eu quero sempre estar entre os melhores.
Isso significa que eu notei que precisava melhorar, vi o quanto os outros eram bons. Eu estou no nível deles, mas a coisa toda foi uma experiência tão louca. Eu tive muita sorte que minha temporada não tinha uma energia de competitividade. Todo mundo parecia estar em uma família, apoiando um ao outro. Você acaba quase que competindo consigo mesmo e não com todo mundo.
Mas eu sou tão grata por ter participado do programa, porque conheci meu empresário por coincidência lá, com quem eu ainda estou. Conheci também uma das minhas melhores amigas, que escreveu metade do meu primeiro álbum comigo. A gente ficou compondo muito no FaceTime, cantando juntas e depois nos vemos pessoalmente por vários meses.
g1 – Quais músicas você costuma ouvir? Quais artistas sempre estão nas suas playlists?
Lauren Spencer-Smith – Eu ouço mais coisas de estilos parecido com o meu. Gosto tipo de JP Saxe e Julia Michaels. Ouço quando estou na academia. Eu amo ouvir rap também. Gosto também de ouvir bedroom pop, como Olivia Rodrigo…
Lauren Spencer-Smith
Divulgação/Facebook da cantora
g1 – Falando nela, hoje quando querem apresentar uma nova cantora, costumam falar que ela é ‘a nova Olivia Rodrigo’. Isso tem acontecido com você. O que você pensa sobre isso?
Eu sou uma grande fã da Olivia e da música dela. Amo o álbum dela. Então, eu me sinto muito honrada quando dizem que temos o mesmo estilo. Obviamente, gosto de artistas diferentes e meus fãs sabem disso, mas parecer com Olivia para mim é um elogio, porque eu a amo e a acho excelente.
g1 – Falando desse rótulo que você mencionou, bedroom pop (pop de quarto). Como explicá-lo? Porque nem toda música que é gravada em um quarto é bedroom pop… para você, o que faz um bedroom pop ser bedroom pop?
Lauren Spencer-Smith – Eu acho que eu meio que consegui inventar o meu próprio bedroom pop, um pouco. Hmmm. Mas eu diria que música pop para mim tipo o som da Camila Cabello, faixas pop animadas com muitos vocais dobrados, arranjos “pra cima”. E pop de quarto para mim é mais como Olivia Rodrigo, Julia Michaels… é quase como se fosse pop acústico, mas ainda fica longe do lado mais triste do som acústico. Então, nós meio que ficamos nesse estilo que é o bedroom pop.
Lauren Spencer-Smith
Divulgação/Facebook da cantora
g1 – É um pouco o som que passou a ser mais falado depois da Lorde e da Billie Eilish, um pop mais alternativo, com letras que não falam só de amor, mas de sofrimento, de saúde mental, de coisas mais pesadas. É um pouco mais depressivo: tanto a sonoridade, quanto as letras?
Lauren Spencer-Smith – Sim, 100% sim. Eu sinto que o pop de quarto realmente tem letras sobre como você está se sentindo. E eu acho que às vezes a música pop básica fica um pouco genérica, mas eu sinto como artistas deste bedroom pop realmente são minuciosos ao falar sobre esse sofrimento, de uma maneira crua.
g1 – Tudo o que você escreve ou pensa pode ir parar em uma letra de música, ou existe algum filtro?
Lauren Spencer-Smith – Tudo o que eu sinto, eu escrevo. Outro dia estava falando sobre como você fica dando desculpas durante uma relação e pensei: isso daria uma música. Anotei na hora e fui desenvolver essa ideia em uma gravação com o título “Excuses” (“Desculpas”). Tudo o que acontece na minha vida eu analiso na minha cabeça e escrevo no meu celular. Assim, um pensamento aleatório pode virar música.
g1 – Para terminar, tem alguma chance de shows no Brasil?
Lauren Spencer-Smith – Estamos definitivamente pensando nisso e vou fazer muitos shows neste ano. Estou indo para a Europa em breve e com certeza quero viajar por todo o mundo no próximo ano.
VÍDEOS: Quando eu hitei

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Caso Diddy: advogado explica quantidade de óleo de bebê encontrada na casa do rapper

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Em entrevista ao TMZ, Marc Agnifilo afirmou que não sabia o número exato de produtos e nem a finalidade. Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Além de toda polêmica envolvendo o caso de Sean “Diddy” Combs, um ponto chamou a atenção: teriam sido encontrados pela polícia cerca de mil frascos de óleo de bebê na residência do rapper. O artista foi preso no dia 16, alvo de uma série de processos por tráfico sexual e agressão. Em entrevista ao TMZ, Marc Agnifilo, advogado do rapper, tentou esclarecer a questão das garrafas do produto.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Agnifilo afirmou que não sabia a quantidade exata de garrafas, apenas explicou que eram muitas. “Não vamos dizer que eram mil frascos de óleo de bebê, vamos dizer que eram muitos deles”. Ele acrescentou: “Diddy tem uma grande casa. Ele compra a granel” .
Questionado pelo TMZ se o produto era usado como lubrificante em orgia, Agnifilo respondeu. “Não sei porque você precisaria de mil fracos de óleo de bebê (para uma orgia). Um ajudaria.”
Entenda
A prisão de Sean Diddy Combs em 16 de setembro movimentou a indústria da música, levantou teorias nas redes sociais e fez explodir as buscas pelo nome do rapper na internet.
Ele foi preso em Nova York, nos Estados Unidos, após meses de investigações. No meio disso, houve a divulgação de um vídeo que mostra Diddy arrastando e chutando, sua então namorada, no corredor de um hotel.
Imagem de vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper Sean ‘Diddy’ Combs agredindo a ex-namorada Cassie Ventura
Reprodução/CNN
Ponto a ponto: quem é Sean Diddy Combs e quais são as acusações que envolvem sua prisão
O caso
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de, segundo a Promotoria de Nova York:
tráfico sexual;
associação ilícita;
promoção da prostituição.
Durante “décadas”, Sean Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, segundo o documento da acusação, que afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
Ele se declarou inocente em tribunal. O pagamento de fiança foi negado e ele segue preso, aguardando julgamento. Segundo a imprensa internacional, caso seja julgado culpado das três acusações, Diddy pode ser condenado a prisão perpétua.
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Eric Clapton faz show no Rio com repertório baseado no blues

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Às vésperas de lançar álbum, guitarrista desfilou clássicos do gênero em apresentação que prioriza música e performance. Apresentação ainda teve aceno solidário à Palestina. Eric Clapton faz show no Rio em setembro de 2024
Henrique Porto/g1
Um palco simples. Não há cenário, telões gigantescos ou efeitos mirabolantes. Figurinos e iluminação são discretos. Nenhum conceito é proposto. E há pouquíssima interação com o público. Só a música importa. É mais ou menos essa a descrição da turnê que o cantor, compositor e guitarrista britânico Eric Clapton traz ao Brasil neste mês de setembro. A escala nesta quinta-feira (26) foi na Farmasi Arena, no Rio. Foram, ao todo, 100 minutos diante de uma superbanda.
Às vésperas de lançar seu álbum “Meanwhile”, em 4 de novembro, ele ainda se mostra relevante como um pioneiro da guitarra aos quase 80 anos.
O que Eric Clapton nos oferece nesta quarta passagem pelo país (também tocou por aqui em 1991, 2001 e 2011) basicamente é um show de blues. E o “basicamente” aqui não tem nada de pejorativo. Muito pelo contrário. Foi o gênero que ele “abraçou” e se apoiou ainda menino, período em que percebeu que a vida em família era uma farsa.
Além de nunca ter conhecido o pai, foi abandonado pela mãe logo que nasceu. Seus parentes esconderam a verdade pelos primeiros nove anos de sua vida. Passou todo esse tempo achando que a avó era sua mãe; e a mulher que pensava ser sua irmã, essa sim era sua mãe biológica.
Deprimido com as mentiras, encontrou na música um jeito de aplacar a raiva e a dor. Virou um aficionado não só pelo blues, mas também pela guitarra. E aprendeu praticamente tudo o que sabe tocando junto com os álbuns de Robert Johnson, Freddy King, John Lee Hooker, Albert King, B.B. King e Muddy Waters, entre outros.
Em uma fase intérprete
Ao vivo, Eric Clapton, hoje, é mais um intérprete do que um músico autoral. Quase nada das canções que costuma tocar nos shows é assinada por ele. No Rio, por exemplo, apenas “Sunshine of your love”, “Badge” (dois clássicos do Cream, trio britânico do qual Clapton fez parte, ao lado de Jack Bruce e Ginger Baker, entre 1966 e 1968), “Old love” e “Got to get better in a little while” (esta, do Derek & The Dominos, banda que liderou em 1970) têm seu nome nos créditos.
Apesar da extensa obra fonográfica, o próprio Clapton já confessou não ser muito chegado aos próprios álbuns, sobretudo aqueles gravados nas décadas de 1980 e 1990. Consequência do vício em cocaína, heroína e, principalmente, do alcoolismo. No documentário “Life in 12 bars”, assume essa realidade com uma sinceridade assustadora: “Quando ouço aqueles discos hoje, consigo perceber o quanto estava bêbado.” Pode ser que não justifique, mas talvez ajude a explicar a escolha das canções na hora de subir ao palco.
Momento acústico
Depois do início acelerado, com as já citadas “Sunshine of your love”, “Badge” e os blues “Key to the highway” e “I’m your hoochie coochie man”, Clapton tira o pé com um bloco de canções acústicas — em recentes entrevistas, revelou o prazer que voltou a sentir ao tocar violão ao vivo. Pois assim tem sido desde os anos 1990, durante shows solo e apresentações no Festival Crossroads, que promove de tempos em tempos para arrecadar dinheiro para seu centro de reabilitação na ilha de Antígua.
O blues “Kind hearted woman”, “Change the world” (canção que fez parte da trilha sonora do filme “Fenômeno”, com John Travolta, de 1996) e “Nobody knows you when you’re down and out” foram os destaques, além, é claro, de “Tears in Heaven”, canção que compôs em homenagem ao filho Conor, morto em 1991 depois de cair do 53º andar do edifício Galleria, em Nova York. Aqui, Clapton se confunde e erra a letra de seu maior sucesso, mas recebe os aplausos de uma plateia compreensiva e emocionada.
No palco, ele é acompanhado pro Nathan East (baixo), Doyle Bramhall II (guitarra e vocais), Sonny Emory (bateria), Chris Stainton (teclados) e Tim Carmon (órgão e teclados), além de Sharon White e Katie Kissoon (vocais). Sabendo do potencial dos músicos que tem a seu lado, é generoso, abrindo espaço para improvisos da banda em vários momentos do show.
Sem um dos maiores hits
A grande ausência da noite foi “Layla”, fruto da paixão arrebatadora do guitarrista por Pattie Boyd, esposa do amigo e ex-beatle George Harrison, no fim dos anos 1960. Na pista, era possível ouvir suspiros e lamentos de boa parte do público após o show.
Aliás, não só “Layla”, mas outras canções também dedicadas a Pattie, como “Wonderful tonight”, “Bell bottom blues” e “Have you ever loved a woman”, já não constam mais das apresentações do guitarrista. Lembranças que Clapton parece querer deixar registradas apenas em disco (Eric e Pattie chegaram a ser casados por anos, mas Clapton confessou em sua autobiografia que nunca chegou a ser plenamente feliz ao lado dela).
Quase um octogenário (faz aniversário em março do ano que vem), Clapton virou um guitarrista mais econômico. Seus solos são mais contidos, mas também mais expressivos.
Muito diferente do músico virtuoso e agressivo que o fez ser admirado por Jimi Hendrix na época do Cream. Ou de quando saiu em turnê para promover o álbum “From the cradle”, de 1994, 100% dedicado ao blues. Agora, parece escolher melhor as notas em fraseados mais curtos, ao mesmo tempo que ainda mantém sua assinatura ao instrumento. Está mais “slowhand” do que nunca (apelido que recebeu ainda nos Yardbirds, sua primeira grande banda, por demorar demais a afinar as cordas de sua guitarra antes dos shows).
Falando nela, Clapton retornou ao palco com uma guitarra pintada com as cores da bandeira palestina. Uma silenciosa manifestação de solidariedade que pareceu bem aceita pela plateia. Um alívio, a julgar pelo histórico de equívocos de Clapton fora da música. Como na década de 1970, quando apoiou o ex-ministro da Saúde britânico Enoch Powell, do Partido Conservador, que promoveu o racismo e a xenofobia depois de uma série de discursos contra a imigração na Grã-Bretanha (Rod Stewart e David Bowie também caíram na lábia de Powell). Ou mais recentemente, quando se declarou contra a vacina em plena pandemia de Covid-19.
De volta à música e ao bis, o cantor, compositor e guitarrista americano Gary Clark Jr. — que abre os shows de Clapton já há alguns anos — se juntou ao veterano inglês para um duelo de guitarras em “Before you accuse me”, de Bo Diddley, regravada por Clapton no álbum “Journeyman”, de 1989. Um encerramento simbólico, que sugere a passagem de bastão entre gerações de discípulos do blues e a perpetuação do gênero. Bom sinal.
Cartela resenha crítica g1
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‘Harlequin’, de Lady Gaga, é álbum recheado de ‘produções originais interessantes’

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Cantora explicou que prepara outro álbum de inéditas e que disco tem canções de ‘Coringa: Delírio a Dois’, que ela protagoniza com Joaquin Phoenix, e outras inspiradas pelo filme. Lady Gaga anuncia ‘Harlequin’, disco que acompanha ‘Coringa: Delírio a Dois’.
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Lady Gaga disse que seu álbum surpresa que acompanha a sequência de “Coringa: Delírio a Dois” apresenta novas músicas que ela escreveu para o filme e para o disco. Ela anunciou o álbum de 13 faixas “Harlequin” na terça-feira, poucos dias antes de seu lançamento nesta sexta-feira.
“São todas essas produções originais realmente interessantes”, disse Lady Gaga no tapete vermelho da première de “Coringa: Delírio a Dois”, em Londres.
“São muitas das músicas que estão em ‘Coringa’, assim como algumas peças originais que escrevi para o filme e uma que é apenas para o álbum, que se chama ‘Happy Mistake’.”
Assista ao trailer de “Coringa: Delírio a Dois”
A cantora de 38 anos tem trabalhado simultaneamente em seu próximo álbum de estúdio, batizado de “LG7”. “Meu álbum de estúdio será lançado em fevereiro e meu primeiro single será lançado muito em breve, então estou animada com isso também”, disse ela.
Em seu último papel nas telas, a atriz de “Nasce uma estrela” e “Casa Gucci” interpreta o interesse amoroso do Coringa, Harleen Quinzel, também conhecida como Harley Quinn. “Coringa: Delírio a Dois” tem lançamento mundial nos cinemas em 1º de outubro.
Lady Gaga em foto do álbum ‘Harlequin’
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