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Festas e Rodeios

Carla Zambelli é condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais a autor de ‘Milla’ por vídeo com Netinho

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Manno Góes processou deputada por vídeo em que Netinho canta música em ato pró-Bolsonaro. Ele diz que o uso faz ‘vinculação forçada’ da música dele à ideologia de Carla Zambelli. Ela vai recorrer. À esquerda, Manno Góes, que escreveu ‘Milla’, e à direita, Carla Zambelli e Netinho em ato pró-Bolsonaro na Paulista
Divulgação / Felipe Oliveira e Reprodução / Instagram
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada a pagar R$ 20 mil por danos morais a Manno Góes, autor da música “Milla”. Ela também foi condenada por danos patrimoniais à editora da música, Malu Edições, mas este valor desta indenização ainda será calculado pela Justiça.
Tudo começou um ano atrás, quando a deputada filmou Netinho cantando “Milla” em um ato pró-Bolsonaro, no dia 1º de maio de 2021 e publicou no YouTube. O coautor da música, Manno Góes, não autorizou o uso político da canção e notificou a deputada. Ela não retirou o video e ele a processou.
A assessoria de imprensa da deputada afirma que ela vai recorrer da sentença, dada pelo juiz Érico Rodrigues Vieira, da 3ª Vara Cível de Salvador (BA).
Como ‘Milla’ foi da Ilha do Sol à Justiça?
Manno Góes pediu à Justiça no dia 7 de maio de 2021:
Mais R$ 100 mil de indenização por danos morais por usar a música do compositor “com vinculação forçada à ideologia e figura política da ré (Carla Zambelli) sem que sequer fosse lhe dada a oportunidade de opinar ou negar a utilização de sua composição”.
R$ 100 mil à editora por danos materiais pelo uso da música sem autorização.
A retirada imediata do vídeo com a música do YouTube, sob pena de R$ 5 mil por dia.
Carla Zambelli só tirou o vídeo do ar no dia 11 de maio, após o juiz concordar em impor uma multa diária de R$ 5 mil caso ele continuasse no YouTube.
Qual foi a sentença?
O valor da indenização por danos morais foi reduzido. Mas o juiz discordou do argumento de Carla Zambelli de que o vídeo era apenas “informativo, de modo que a sua atuação se deu com a exclusiva finalidade de registrar e divulgar aos seus seguidores a ocorrência da manifestação.”
“Não há como se acolher o argumento de (…) que o vídeo possuía finalidade unicamente informativa, pois se trata de registro de evento voltado à manifestação de apoio à figura política, no caso, o atual Presidente da República, e à defesa de pautas como a adoção do voto impresso e a realização de intervenção militar”, diz a sentença.
“Reconhecido o inegável conteúdo político do vídeo produzido pela parlamentar, há de se respeitar a liberdade do autor de não querer ter a sua composição – e, consequentemente, a sua imagem – associada aos ideais nele defendidos, haja vista a manifesta divergência entre os mesmos e as suas convicções ideológicas”, diz o juiz.
Vendo estrelas caindo, pedindo intervenção militar
A manifestação começou de manhã, terminou só no início da noite e teve pedidos de intervenção militar. Em cima do trio, diante do público com faixas como “Nós te autorizamos, presidente”, Netinho entoou o refrão da música que ficou famosa na década de 1990 na voz dele:
“Ô Mila, mil e uma noites de amor com você / Na praia, no barco, no farol apagado… Lá em Hollywood, pra de tudo rolar / Vendo estrelas caindo, vendo a noite passar”.
Manno Góes não autorizou.
No dia seguinte, ele escreveu no Twitter: “Netinho ontem cantou Milla no ato em que pessoas brancas, na Paulista, gritavam ‘eu autorizo’, para Bolsonaro. Autorizam o quê? Golpe militar? Portanto, eu não autorizo esse débil mental de cantar minha música.”
No dia 2 de maio de 2021, Manno pediu para Carla Zambelli tire o vídeo do ar. “Eu não posso proibir ninguém de cantar uma música minha. O que o autor tem direito é de impedir de que essa música esteja vinculada com uma forma de divulgação que ele não concorde”, disse o compositor ao G1.
A deputada disse ao g1 no dia 3 de maio que estava analisando a notificação com seus advogados e “pensando” no caso por causa do post que ela classifica como “deselegante” no Twitter. “Eu estou pensando duas vezes em tirar esse vídeo e pensando sinceramente, em, entre aspas, ‘ir para o pau’. Porque a forma como ele tratou o Netinho me incomodou muitíssimo”, disse a deputada ao g1. Netinho não quis comentar o caso.
Antes da ação, Manno Góes notificou extrajudicialmente a deputada, pedindo a retirada do vídeo. Ela reclamou de o autor ter chamado Netinho de “débil mental” no Twitter e disse ao g1: “talvez eu não atenda o pedido dele e espere ele me acionar na Justiça”. Ele acionou e teve decisão favorável.
“A deputada cumpriu a ordem judicial ao retirar o vídeo do seu canal oficial do YouTube. Todavia, a grave violação autoral ocorreu. Os danos morais e patrimoniais existiram e deverão ser ressarcidos”, disse Manno Góes ao g1 no dia 12 de maio.
Veterano do axé
Manno Góes já fez parte da banda Jammil e é autor de diversos sucessos do axé, como “Praieiro”, “Acabou” e “Milla”, composta em parceria com Tuca Fernandes e gravada por Netinho em 1996. Ele diz que não quer barrar Netinho de cantar a música em sua carreira.
O g1 entrou em contato com Tuca Fernandes para saber a posição do coautor sobre o uso da música, e não teve resposta.
“Não é censura. (Netinho) não está impedindo de fazer shows e tocar música para seus fãs. O que não pode é utilizar uma obra com finalidade política. Para isso há uma necessidade de autorização”, diz o advogado de Manno, Rodrigo Moraes, professor de Direito Autoral da Faculdade de Direito da UFBA.
“O que a deputada Carla Zambelli faz é lastimável: uma pessoa que, mesmo que notificada, continua com o vídeo. Uma parlamentar que é a primeira a rasgar a lei de direitos autorais”, diz o advogado.
Carla Zambelli disse no dia 3 de maio que pensava em manter o vídeo no ar, e criticou o uso do termo “débil mental”. “Não se trata ninguém dessa forma. Eu não trato nem meus inimigos dessa forma. Então talvez eu não atenda o pedido dele e espere ele me acionar na Justiça. Aí a gente vê como a gente resolve”, diz a deputada.
Karol Conká questiona coautoria e volta a pôr em xeque ‘beatmakers’ como compositores no pop
Antes de Zambelli comentar o caso, Manno Góes escreveu no Twitter: “Compreendo e peço desculpas a todos por ter usado ‘débil mental’ para me referir ao cantor golpista. Agradeço a todos que me chamaram atenção, mesmo apoiando meu desabafo. Estamos aqui para aprender e melhorarmos como pessoa. É o que quero pra mim: aprender, evoluir, consertar”.
Veja abaixo um vídeo de arquivo em que Manno Góes explicou ao Fantástico a composição de Milla:
Compositor de ‘Milla’ revela se a personagem da música realmente existiu ou não

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‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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Lana Del Rey se casa com guia turístico em cerimônia reservada

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Em seu perfil no Facebook, Jeremy Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019. Mesmo assim, o namoro dos dois nunca foi anunciado. Jeremy Dufrene e Lana Del Rey
Reprodução/Facebook
Lana Del Rey se casou nesta quinta-feira (26) em Luisiana, nos Estados Unidos, segundo o site americano “People”. A cantora selou os laços com Jeremy Dufrene, guia turístico com quem ela já tinha sido vista, apesar de nunca terem assumido o namoro.
Fotos e vídeos publicados pelo site “Daily Mail” mostram Lana trajada com um vestido branco e de mãos dadas com Dufrene.
O casal registrou sua certidão de casamento na segunda (23). A cerimônia foi reservada a famílias e amigos.
Dufrene é capitão de uma empresa de aerobarco, a Arthur’s Airboat Tours, que oferece passeios por pântanos repletos de jacarés e pássaros. Em seu perfil no Facebook, Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019.
A última vez que a cantora esteve no Brasil foi em junho de 2023, quando ela se apresentou no festival Mita.

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