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Festas e Rodeios

MC Bin Laden diz que duetos com Gorillaz têm uma batida ‘de festa junina’ e outra ‘brisada e relax’

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Brasileiro narra encontro com o inglês Damon Albarn ao g1 ‘Ele me deixou à vontade para escrever o que eu quisesse. Aí falei: ‘’Vamo mil grau’ porque a galera tem que entender que ‘nóis’ é isso.’’ Damon Albarn e MC Bin Laden
Arquivo pessoal
“Eu falei que gosto de cantar mais agressivo, um flow mais acelerado. E aí na hora que ele me ouviu cantando falou: ‘É isso mesmo que eu quero!'” MC Bin Laden narrou ao g1 esses e outros momentos do encontro com Damon Albarn, do Gorillaz, na noite de quinta-feira (19) no Rio.
Veja 5 coisas que ele contou sobre a parceria:
Eles gravaram duas músicas. Uma “parecia festa junina”, com uma levada brasileira misturada a um “gravezão” gringo, ele descreve. A outra tem uma “vibe relax”, tipo Gorillaz mesmo.
A letra do MC para a primeira foi estilo “funk underground”, com letra ousada que inclui o verso “sua prima me mamou”. A outra é mais “brisada”, viajada.
Os dois ficarm cerca de 5 horas no estúdio que fica no Jardim Botânico e é de Dado Villa Lobos, ex-Legião Urbana. Mas Dado não estava lá.
Damon Albarn conheceu o som do MC Bin Laden através do rapper britânico Slowthai, que já cantou com o Gorillaz.
As músicas não têm nome, e o brasileiro não sabe quando devem sair. Ele só soube que Damon estava fazendo esses beats para o próximo álbum do Gorillaz.
MC Bin Laden estava animado na conversa. Ele entrou para a produtora GR6, a maior de São Paulo, e está cheio de projetos. Ele diz que também tem uma música com o DJ Skrillex pronta, e que chegou a ter contato com a equipe de Charli XCX, mas o encontro não rolou.
Leia a conversa completa abaixo:
g1 – Como foi esse contato?
MC Bin Laden- Eles deram uma entrevista falando que tinham tentado entrar em contato comigo (em novembro de 2021 Damon disse que queria trabalhar com MC Bin Laden para a edição em espanhol da revista “Rolling Stone”; depois ele disse a um fã brasileiro que tentou entrar em contato com o MC mas não tinha conseguido).
Mas a gente não viu nada, e eu acabei mandando mensagem para eles no Instagram. Aí a assessora dele respondeu, começamos a conversar e eu pus ela em contato com meu assessor também. Quando ela respondeu ele já estava aqui no Brasil, em Curitiba.
Eles falaram que iam estar no Rio de Janeiro, que eles topariam encontrar. E se rolasse, se batesse a energia, a ideia era a gente fazer um som junto. Aí eu fui para o Rio.
g1 – E como foi o encontro?
MC Bin Laden- Foi em um estúdio que tinha muita coisa da Legião Urbana. Eu não lembro o nome, mas era um estúdio muito ‘top’ (a assessoria do MC diz que era o estúdio RockIt, de Dado Villa Lobos, da Legião Urbana, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio. Dado não estava lá).
Eu viajei ontem, quinta-feira (19), de manhã, de carro. A gente foi para um hotel, ficou esperando lá, eles falaram que tinha atrasado um pouco o voo, mas quando chegaram foram direto para o estúdio, que era para a gente colar lá.
Eu cheguei lá e ele já estava produzindo. Eram umas 18h, e eu saí de lá umas 11 e pouco da noite.
Bin Laden
Divulgação
g1 – Como foi a conversa chegando lá?
MC Bin Laden- Tinha um tradutor lá, então a conversa ficou mais fácil. Mas eu preciso voltar para as minhas aulas de inglês.
Ele já estava lá estava fazendo o CD novo dele, que eles vão lançar. Ele tava criando um beat desse CD.
E aí a gente chegou, começou meio que a falar de música, falou dos shows, falamos da onde eu fiquei quando fui em Londres, uma ideia normal. Aí ele foi terminar de produzir os beats e deu um salve para eu colar.
g1 – Como eram esses beats?
MC Bin Laden- Ah, muito loucos, mano. Tem um que ele fez, mano, parecia que era festa junina. Era uma mistura assim, tipo muito grave, mas ele jogou uma parada que era bem junina mesmo, ficou foda.
g1 – Junina tipo forró? Uma coisa brasileira? Latina?
MC Bin Laden- Era bem brasileiro mesmo. É uma pegada brasileira, mas a levada é gringa, com um gravezão. Uma mistura que eu nunca tinha ouvido.
E o outro beat era bem estilo dele. Bem ‘vibezinha’ mesmo. Bem ‘good vibes’, bem relax. Eu gravei, em portugês, depois ele fez a parte dele em inglês.
g1 – Tinha outro brasileiro fazendo esse primeiro beat com ele lá?
MC Bin Laden- Não, era só ele.
g1 – Essas músicas têm nome? Sobre o que você cantou?
MC Bin Laden- Não tem nome ainda. Essa da vibe relax é sobre não saber onde a pessoa está. Tipo “onde eu estou? Onde a gente tá?”.
A outra eu só joguei o funk mesmo, o underground. É tipo uma mina que está com ciúmes porque a prima dela ficou comigo e quer dar para mim também.
Ele me deixou à vontade para escrever o que eu quisesse. Aí eu falei: ‘vamos mil grau porque a galera tem que entender que ‘nóis’ é isso.’
Ele só pediu para eu sentir a música, me sentir bem e entrar na energia
Eu falei que eu gosto de cantar mais agressivo, um flow mais acelerado. E aí na hora que ele me ouviu cantando falou: “É isso mesmo que eu quero, é isso mesmo!”
g1 – Alguma coisa que não podia ter na letra?
MC Bin Laden- Não, ele falou: é isso, ‘vamo brisar’, tá ligado?
g1 – Você pode me contar como são os seus versos?
MC Bin Laden- A primeira é tipo: “eu já fiquei sabendo que tu tava me querendo / as suas amigas se envolvendo / ela veio e me falou / que ela ficou sabendo (…) quer viver esse momento / que sua prima me mamou”
A outra é muito brisada. “Toma hit / de repente / faz o drink / brindar com a gente / porque os moleque tá vivendo uma vida consequente / viajando pro fundo do futuro subconsciente / Toma lá, toma cá / tenta vir para trocar / Se eu estiver sonhando não precisa me acordar /Tô vendo meu passado no presente / e o presente no futuro / e o futuro pisando no ar”
g1 – Elas vão estar no disco? Tem alguma data ou sabe de mais coisa?
MC Bin Laden- Ele não falou de data, a única coisa que falou é que esses beats ele estava produzindo para o disco que ele vai lançar agora, mas a gente não sabe nada mais. E ele só falou que ia ser muito foda, depois que lançasse o som, sentir a energia quando a gente se juntasse num show.
g1 – E o Damon te falou como conheceu seu som?
MC Bin Laden- Ele falou que foi outro artista britânico que apresentou meu som para ele, o Slowthai. Como a gente vai para Londres fazer show no mês que vem, vou tentar dar um salve nele. (Slowthai colaborou em 2020 com o Gorillaz, na faixa “Momentary Bliss”).
g1 – Além desse show em Londres, quais são seus planos agora?
MC Bin Laden- Anteontem eu gravei um som com o Jerry Smith. Tenho duas músicas com o DJ Wesley Gonzaga, acho que semana que vem gravo os clipes. Tenho um feat com o Dinho Alves, o Topre e o Pierre. Vou gravar um set com o Don Juan, Davi e Pedrinho. Estou voltando a trabalhar bastante. Estou na GR6 e a gente montou um projetão bem massa, grande.
E vou tentar reativar um contato, porque mais de uma vez a gente chegou a conversar com a Charli.
g1 – XCX?
MC Bin Laden- Isso, a gente ia organizar, mas o DJ que estava no Brasil e estava no projeto dela não deu tanta atenção. A gente vai tentar reativar o contato.
g1 – Você falou pelo Instagram? Com a Charli XCX mesmo?
MC Bin Laden- Foi com o produtor dela. Mas acho que ela estava ciente. Vamos tentar reativar. E tem uma música com o Skrillex, que já está produzida, vamos ver se ele solta.
g1 – Vai lá descansar (ele tinha acabado de chegar em casa em SP da viagem de madrugada de carro do Rio depois de gravar com o Gorillaz). Obrigado.
MC Bin Laden- Valeu, monstrão, tamo junto.

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Raoni Ventapane, neto de Martinho da Vila, assina o samba-enredo da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025

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♫ NOTÍCIA
♪ É inevitável recorrer ao clichê de que “na casa de Martinho da Vila, todo mundo é bamba” quando chega a notícia de que um dos netos do compositor fluminense integra o time campeão dos compositores que assinam o samba-enredo escolhido pela Unidos de Vila Isabel na madrugada deste sábado, 28 de setembro, para o desfile das escolas de sambas do Rio de Janeiro no Carnaval de 2025.
Integrante da Ala de Compositores da agremiação azul-e-branca que Martinho da Vila carrega no sobrenome artístico, Raoni Ventapane assina com Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva o samba criado a partir do enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Filho de Analimar Ventapane, Raoni é cantor, compositor e ritmista da Swingueira de Noel, nome do grupo de bateristas da Unidos de Vila Isabel.
O samba-enredo de Raoni Ventapane venceu outros dois sambas na disputa realizada na quadra da escola, que será a última a desfilar na segunda-feira de Carnaval.
Raoni Ventapane (ao centro) celebra a vitória do samba-enredo ‘Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece’ na disputa encerrada na madrugada de hoje
Divulgação / Unidos de Vila Isabel
♪ Eis a letra do samba-enredo campeão da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025:
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
(Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva)
“Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a multidão que vem lá do boulevard…
O breu e o susto em meio a floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?…
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem, curupira sai pra lá.
No clarão da lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê caboclo d’água
Da água que me assombra
A sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora viola, pra alma penada sambar
Nas redondezas credo em cruz ave maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio…
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar….
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha vila sempre foi bicho papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço dentro desse caldeirão
Solta o bicho minha vila dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
Quanto mais eu rezo, quanto mais eu faço prece
Mais assombração que aparece”

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‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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