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Festas e Rodeios

O cinema visceral de David Cronenberg retorna ao Festival de Cannes com ‘Crimes of the future’

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Diretor disputa a Palma de Ouro com filme ‘gore’ com Viggo Mortensen, Kristen Stewart e Léa Seydoux. Léa Seydoux, David Cronenberg, Viggo Mortensen e Kristen Stewart antes da projeção de ‘Crimes of the future’ no Festival de Cannes 2022
Christophe Simon/AFP
David Cronenberg se manteve fiel à sua reputação de mestre do “gore” com seu novo filme “Crimes of the future”, apresentado nesta segunda-feira (23) no Festival de Cannes 2022, com o qual manteve sua obsessão por corpos e vísceras.
Ambientado em um mundo em ruínas onde não existe a dor, o filme é protagonizado pelo ator fetiche do cineasta, Viggo Mortensen, na pele de um artista que exibe seus próprios órgãos ao vivo.
Léa Seydoux como uma especialista do bisturi, e Kristen Stewart, como agente da polícia, completam o elenco desta história macabra, cujo lema é “a cirurgia é o novo sexo”.
“Neste filme, tentei ver o que tinha dentro do corpo”, disse Cronenberg à AFP.
“Meu interesse não é chocar e meu objetivo não é que as pessoas saiam do cinema, mas pode acontecer”, admitiu o diretor de 79 anos.
Os primeiros minutos do filme já são tensos, com a cena de um menino que acaba de ser asfixiado.
‘À frente de seu tempo’
“Tem coisas que não gostaria de ver, mas são muito específicas. Não gosto da crueldade, sobretudo a crueldade com as crianças (…) Não vou dizer que me choca, mas não gosto de ver”, admite o cineasta, que tem três filhos e quatro netos.
Cronenberg conhece bem o gênero “gore”. A primeira vez que competiu ao prêmio máximo em 1996 com “Crash”, uma história de sexo e acidentes de carro, levou o Prêmio Especial do Júri.
Foi precisamente este filme polêmico que inspirou a diretora francesa Julia Ducournau, que ganhou a Palma de Ouro em 2021 com “Titane”, que mistura sexo e automóveis.
Com “Crimes of the future” é a sexta vez que este cineasta cult, autor de “A Mosca” e “eXistenZ”, disputa a Palma de Ouro.
Nesta segunda, no tapete vermelho, Cronenberg, com óculos escuro para se proteger dos flashes, esteve acompanhado de seus atores principais.
Ele tem uma relação especial com Mortensen. Trabalharam juntos em múltiplas ocasiões, entre elas “Um método perigoso” (2011) e “Marcas da Violência” (2005).
“Temos uma amizade com David e uma confiança que me permite me deixar tentar coisas inusitadas que não tentaria forçosamente com outros, sem saber se o pedem pelo valor de um plano ou por um espetáculo”, disse o ator à AFP.
Para ele, Cronenberg está “à frente de seu tempo” e seus filmes têm que ser vistos “quatro ou cinco vezes seguidas” para entendê-los.
Convidado inusitado
Nesta segunda também foi exibido “Heojil kyolshim”, de Park Chan-wook, outro na disputa pela Palma de Ouro.
O diretor sul-coreano, que ganhou fama com o ultraviolento “Oldboy” em 2003, apresentou agora um trilher complexo e sofisticado, com romance incluído entre o policial e a suspeita de um crime.
Metade dos 21 filmes em disputa pela Palma de Ouro já foi apresentada e alguns começam a se destacar.
Entre eles “Triangle of sadness”, uma sátira mordaz sobre o mundo atual do sueco Ruben Ostlund.
James Gray apresenta “Armageddon Time”, um retrato de Nova York dos anos 1980 pelos olhos de um menino e de seu colega de classe negro.
“Tchaikovksi wife”, de Kirill Serebrennikov, emocionou na estreia da competição, mas foi ofuscado pela polêmica presença de seu diretor russo, criticada por cineastas ucranianos.
O diretor iraniano Ali Abbasi surpreendeu com “Holy spider”, que descreve a violência contra as mulheres em seu país.
A surpresa da mostra competitiva ficou com “Eo”, do veterano cineasta polonês Jerzy Skolimowski, protagonizado por… um burro. Nesta ode à defesa dos animais e contra os maus tratos, o equino faz um périplo por vários locais insólitos para ele e descobre a violência humana.
Grandes nomes do cinema, já premiados anteriormente, ainda devem ser exibidos no festival. Entre eles estão “Tori and Lokita”, dos irmãos Dardenne, sobre a amizade de dois jovens africanos exilados na Bélgica e “Broker”, do japonês Hirokazu Kore-eda, laureado em 2018 por “Assunto de família”.
O júri, presidido pelo ator francês Vincent Lindon, revelará o vencedor em 28 de maio.

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Raoni Ventapane, neto de Martinho da Vila, assina o samba-enredo da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025

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♫ NOTÍCIA
♪ É inevitável recorrer ao clichê de que “na casa de Martinho da Vila, todo mundo é bamba” quando chega a notícia de que um dos netos do compositor fluminense integra o time campeão dos compositores que assinam o samba-enredo escolhido pela Unidos de Vila Isabel na madrugada deste sábado, 28 de setembro, para o desfile das escolas de sambas do Rio de Janeiro no Carnaval de 2025.
Integrante da Ala de Compositores da agremiação azul-e-branca que Martinho da Vila carrega no sobrenome artístico, Raoni Ventapane assina com Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva o samba criado a partir do enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Filho de Analimar Ventapane, Raoni é cantor, compositor e ritmista da Swingueira de Noel, nome do grupo de bateristas da Unidos de Vila Isabel.
O samba-enredo de Raoni Ventapane venceu outros dois sambas na disputa realizada na quadra da escola, que será a última a desfilar na segunda-feira de Carnaval.
Raoni Ventapane (ao centro) celebra a vitória do samba-enredo ‘Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece’ na disputa encerrada na madrugada de hoje
Divulgação / Unidos de Vila Isabel
♪ Eis a letra do samba-enredo campeão da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025:
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
(Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva)
“Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a multidão que vem lá do boulevard…
O breu e o susto em meio a floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?…
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem, curupira sai pra lá.
No clarão da lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê caboclo d’água
Da água que me assombra
A sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora viola, pra alma penada sambar
Nas redondezas credo em cruz ave maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio…
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar….
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha vila sempre foi bicho papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço dentro desse caldeirão
Solta o bicho minha vila dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
Quanto mais eu rezo, quanto mais eu faço prece
Mais assombração que aparece”

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‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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