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Festas e Rodeios

MC Tha acerta ao trazer Alcione para o terreiro, com batidas de funk, no EP ‘Meu santo é forte’

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Artista promove o disco, produzido por Mahal Pita, com vídeo em que apresenta o fictício programa de auditório ‘Clima quente show’, inspirado em atrações da TV nos anos 1970. MC Tha recria cinco músicas de Alcione no EP ‘Meu santo é forte’
Rodrigo de Carvalho com ilustração de Vitor Nunes
Resenha de EP
Título: Meu santo é forte
Artista: MC Tha
Edição: Elemess Music
Cotação: * * * * *
♪ “O tempo leva, o vento traz”, reflete MC Tha no canto de verso de Agolonã, tema afro dos compositores baianos Ederaldo Gentil (1944 – 2012) e Oscar da Penha (1924 – 1997), o Batatinha. Apresentado por Alcione no segundo álbum da Marrom, A morte de um poeta (1976), Agolonã ressurge 46 anos depois na voz de MC Tha, como um mantra potencializado pela força dos tambores, no EP Meu santo é forte.
Neste disco que será lançado amanhã, 22 de junho, a cantora e compositora paulistana Thais Dayane da Silva traz Alcione para o terreiro, evidenciando a parcela afro-brasileira do repertório da cantora maranhense em cinco azeitadas regravações feitas sob a direção musical de MC Tha e de Mahal Pita.
Pita é também o produtor musical deste EP que se afina com o espírito afro-brasileiro do primeiro e por ora único álbum da artista, Rito de passá (2019), lançado cinco anos após a MC ter despontado em 2014 com EP produzido por Jaloo.
Egressa da periferia paulistana, mas atualmente transitando por Salvador (BA), MC Tha insere a música de Alcione no som do século XXI – misturando o samba com batidas de funk (concentradas nos atabaques) com arranjos que fogem dos clichês de fusões do gênero – ao mesmo tempo em que viaja até a década de 1970.
Com criatividade, Tha fez o EP Meu santo é forte gerar produto audiovisual inusitado. Em vez de filmar os clipes das cinco faixas do EP editado via Elemess Music, MC Tha põe em rotação um vídeo com o fictício programa de auditório Clima quente show em que, na pele da apresentadora Daday Silva (alusão ao nome da batismo de Tha), a artista evoca Alcione no comando do musical Alerta geral (TV Globo, 1979 / 1981).
Ao longo dos 25 minutos do programa, criado por Vitor Nunes e roteirizado pela cantora, MC Tha é entrevistada pela fictícia Daday Silva enquanto apresenta as cinco músicas do EP gravado com os músicos Alana Gabriela (tambores e efeitos), Chibatinha (guitarras, cavaquinho e viola), Fabinho Scooby (teclados) e Pedro Guinu (teclados), além do produtor Mahal Pita (na programação e nos synths) e das vozes de cantores da Comunidade de Jongo Dito Ribeiro.
Mostrando de cara o acerto da seleção do repertório, que se desvia do óbvio, Agolonã abre o EP Meu santo é forte em gravação que evolui com efeito mântrico até ganhar corpo quando os toques dos tambores se intensificam a partir dos dois minutos e meio da faixa.
Na sequência, o samba São Jorge (Claudinho Azeredo e Paulo César Pinheiro, 1990) – pérola pescada no álbum Emoções reais (1990) – rodopia ao redor da África, entre o samba e o funk, enquanto MC Tha reconta a saga do santo guerreiro que virou orixá.
Samba de Nei Lopes e Reginaldo Bessa apresentado por Alcione há 50 anos, no single de 1972 que marcou a estreia da Marrom em disco, Figa de guiné cai no suingue, com o axé do Candomblé e da Bahia, enquanto reitera a profundidade do mergulho de MC Tha nas águas afro-brasileiras que banham a discografia de Alcione em músicas de menor alcance popular.
É também da Bahia que vem o ijexá Afreketê (Edil Pacheco e Paulo César Pinheiro, 1987), recriado por MC Tha com o baticum do funk sem tirar o tema do chão de Salvador (BA) na gravação feita com a adesão do paulista Mu540, produtor musical convidado da faixa.
Fechando o EP Meu santo é forte, o samba Corpo fechado (Roque Ferreira e Telma Tavares, 2005) concilia as vozes da Comunidade de Jongo Dito Ribeiro, a africanidade, o axé da Bahia preta e a pulsação do funk na gravação que confirma o total acerto de MC Tha nesta abordagem criativa de músicas menos ouvidas na discografia de Alcione no ano em que a cantora celebra 50 anos de carreira fonográfica.
Os atabaques gingam enquanto MC Tha gira no terreiro em que a Marrom é a grande entidade.

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21 kg de penas e esquisitice: você precisa conhecer Pesto, o bebê pinguim gigante

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Com apenas 9 meses, ave de 90 centímetros conquistou a internet com o seu jeito atrapalhado. Bebê pinguim de 9 meses e 21 kg é o novo ídolo da internet
O bebê pinguim Pesto é a prova que faltava para mostrar que estamos atravessando uma onda de fofura animalesca.
Assim como Moo Deng, a pequenina hipopótamo pigmeu que deixou a internet caída às suas patas, Pesto ganhou uma legião de adoradores na internet.
Levantamento do Google aponta que, na última semana, a busca pelo termo “Pesto Pinguim” superou em mais de 100% a procura pelo termo “Pesto Pasta”; o popular molho da culinária italiana foi a inspiração o nome do animalzinho.
O que chama atenção dos cuidadores e dos fãs é o grande tamanho da ave que, mesmo tendo apenas 9 meses de idade, possui 21 quilos e 90 centímetros de altura.
Além disso, Pesto conserva uma plumagem exuberante, própria de pinguins recém-nascidos e que o faz se destacar rapidamente entre os demais.
🐧 Muitos reconhecem os pinguins adultos por suas penas pretas e brancas, já os pinguins-rei nascem com plumagem marrom. Assim que aprendem a nadar, eles iniciam a troca dessas penas em um processo conhecido como muda.
Em suma, Pesto é um bebezão com um andar atabalhoado, e um grande apetite por peixes. Segundo suas cuidadoras, o pinguim-rei come nada menos do que 25 peixes por dia.
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Chá de revelação e aulas de mergulho
Mas todo esse sucesso não veio de imediato. A vida de celebridade digital começou no início de setembro, quando os cuidadores de Pesto fizeram uma chá de revelação de gênero. O animal está visível para o público do Sea Life Aquarium (Melbourne, Austrália) desde abril.
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Como não é possível aos humanos identificar o sexo dos pinguins ao olho nu, a identificação do gênero da pequena ave ocorreu com o auxílio de um teste sanguíneo.
O próximo grande passo para o pinguim é aprender a nadar, o que deve ocorrer muito em breve. Para isso, o bebê contará com o empurrãozinho dos pinguins mais velhos que o tutelam, Tango e Hudson.
Nesse momento, Pesto trocará sua plumagem marrom escuro para o preto e branco convencional — um rito de passagem para a vida adulta.
Assim como Pesto, a maioria dos 60 pinguins do Sea Life Aquarium possuem nomes relacionados a alimentos, como Pudim, Whopper e Lamingtons.
Pinguim Pesto, com 21kg aos 9 meses.
SEA LIFE Melbourne/Divulgação

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Caetano Veloso e Maria Bethânia afagam o público paraense com canto de hit de Joelma em show em Belém

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“Eu vou tomar um tacacá / Dançar, curtir, ficar de boa / Pois quando chego no Pará / Me sinto bem, o tempo voa”
♫ COMENTÁRIO
♩ Ninguém imaginou que os versos de Voando pro Pará (Chrystian Lima, Isac Maraial, Nilk Oliveira e Valter Serraria, 2015) – música lançada pela cantora paraense Joelma há nove anos e revitalizada em 2023 – um dia fossem cantados por Caetano Veloso e Maria Bethânia. Juntos. No Pará.
Pois o improvável aconteceu na noite de ontem, 28 de setembro. Na passagem do show da turnê Caetano & Bethânia por Belém (PA), em apresentação no estádio popularmente conhecido como Mangueirão, os irmãos afagaram o público paraense com o canto de Voando pro Pará, música que exalta o estado do norte do Brasil.
Foi a primeira surpresa na estrada de um roteiro que, até então, tinha permanecido imutável desde a estreia nacional da turnê em 3 de agosto na cidade do Rio de Janeiro (RJ). E, verdade seja dita, a homenagem aos paraenses resultou simpática, vibrante, a julgar por vídeo postado no Instagram pelo perfil Caetano Veloso é foda.
Resta saber se os irmãos vão seguir com a tradição de homenagear públicos locais quando o show da turnê Caetano & Bethânia chegar em cidades como Recife (PE), Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) – como fez Marisa Monte ao longo da turnê Portas (2022 / 2023) – ou se o canto de Voando pro Pará será somente um (oportuno) ponto fora da curva na rota da turnê.

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Festival Global Citizen e Coldplay são confirmados para 2025 em Belém

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Festival foi confirmado por Helder Barbalho (MDB), e o show do Coldplay pelo ministro do turismo Celso Sabino, que disse que a banda se apresentará no estádio Mangueirão, o maior da capital paraense. Coldplay é confirmado em Belém.
Celso Tavares / G1
Belém deve receber em 2025 um show do Coldplay, ano que a cidade vai receber a 30ª Conferência das Partes (COP). A confirmação ocorreu neste final de semana em que o governador Helder Barbalho (MDB) está no festival beneficente Global Citizen, que, neste ano, ocorre em Nova York.
Segundo Helder, também em 2025, o próprio Global Citizen será realizado na capital paraense. O comunicado sobre o festival foi compartilhado pelo governador em seu perfil nas redes sociais.
“Ano que vem o festival será em Belém, destacando a nossa Amazônia para o mundo”, disse.
Também nas redes sociais, o ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que haverá show do Coldplay e que ele ocorrerá no estádio Mangueirão, o maior de Belém.
Ministro do turismo, Celso Sabino, confirma Coldplay em Belém e diz que show vai ocorrer no estádio Mangueirão.
Reprodução / Redes sociais
Largada para COP-30: show gratuito de Alok em Belém já tem data marcada e com direito a megaestrutura; confira
Governador Helder Barbalho e o DJ Alok, durante o festival Global Citizen. Alok fará um show gratuito em Belém, em novembro, marcando o início dos eventos da COP-30.
Reprodução/Redes sociais
Na noite desta sexta (27), o governador postou em suas redes sociais um vídeo no Central Park, onde ocorrem as apresentações, com a trilha de um dos hits do Coldplay.
“Escuta quem tá tocando aqui. Ano que vem será na Amazônia”, disse Helder Barbalho. No entanto, o governo do Pará não confirmou o show de Coldplay durante o festival em Nova York.
Em 2023, Helder também esteve presente no palco do evento, ao lado da secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, e da ministra Sônia Guajajara.
Festival Amazônia para Sempre
Em uma cerimônia realizada no último sábado (21), durante o Rock In Rio, Roberta Medina anunciou a criação do Festival Amazônia Para Sempre, em Belém.
O festival será realizado em setembro de 2025, em parceria com o Rock In Rio e o The Town. Na ocasião, foi dito que o evento teria uma atração internacional, mas nenhum nome foi confirmado.
Rock in Rio anuncia ação em prol da Amazônia
Segundo a organização, a apresentação acontecerá em palco flutuante, em formato de vitória-régia, com cenografia e iluminação criadas para promover um encontro entre a música e a natureza.
De acordo com os organizadores, a festa será transmitida para todo o país, com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo e a música local.
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Convite de Janja
Em visita ao Pará em junho de 2023, na presença do presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva usou as redes sociais para convidar a banda Coldplay para a COP. Até a publicação de Celso Sabino, nenhuma outra autoridade tinha confirmado a vinda da banda a Belém.
“Hi, Chris, tudo bem? Você lembra que a gente teve junto com o presidente Lula lá no Rio de Janeiro e você disse que se a COP-30 fosse confirmada no Brasil, iria estar conosco”, disse.
Lula se encontra com Chris Martin, vocalista do Coldplay
Twitter/Reprodução
Em agosto daquele mesmo ano, uma equipe do Global Citzen visitou o estádio Mangueirão, em Belém. No estádio, a equipe do Global Citzen conheceu várias áreas do Mangueirão.
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