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Entenda o que é a síndrome vasovagal, condição sofrida por Giulia Be

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Síndrome vasovagal é consequência de um problema circulatório que ocorre quando o aumento da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos não são devidamente controlados pelo sistema nervoso. A síncope vasovagal é o desmaio que ocorre quando o corpo ‘desliga’ para proteger o organismo. Em vídeo, Giulia Be fala sobre trauma cranioencefálico após desmaiar em casa
A cantora Giulia Be sofreu um episódio de síncope vasovagal na última sexta-feira (5), quando desmaiou em casa e bateu a cabeça. Ela passou o final de semana internada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e recebeu alta nesta segunda-feira (8).
“A gente descobriu que tenho algo chamado síndrome vasovagal, que meu corpo às vezes não manda sangue pro cérebro e pode causar desmaios ou perda súbita de consciência, como aconteceu, então estou tomando extra cuidado. Mas é isso. Estou com muito sono o tempo todo”, explicou a cantora em suas redes sociais.
A síndrome vasovagal é consequência de um problema circulatório que ocorre quando o aumento da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos não são devidamente controlados pelo sistema nervoso. O nome tem relação com a ação do nervo vago, localizado na região da nuca.
A síncope vasovagal é o desmaio que ocorre quando o corpo “desliga” para proteger o organismo.
“É causado pela demora na chegada de sangue ao coração e ao cérebro. Os primeiros sinais são: fraqueza, transpiração, palidez, calor, náusea, tontura, borramento visual, dor de cabeça ou palpitações”, aponta a Biblioteca Virtual de Saúde mantida pelo Ministério da Saúde.
Ambientes fechados ou aglomerados, ficar em jejum, horas em pé, sentir muito calor ou ficar muito ansioso podem se determinantes para desencadear o problema. (veja mais abaixo)
Ao bater a cabeça após o desmaio, a cantora sofreu um trauma cranioencefálico, mas, segundo ela, passa bem.
“Foi um susto, não vou mentir. Eu estava em casa e desmaiei. Graças a Deus, minha amiga ouviu, me ajudou. Eu fraturei uma parte do meu crânio aqui atrás, está com galo. Tive que ficar internada porque houve um sangramento no cérebro e você precisa de 72 horas em observação para não correr o risco de inchar mais ou piorar”, contou Giullia.
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Giulia Be
Reprodução/Instagram/GiuliaBe
Sintomas e situações
Esse problema no sistema circulatório também causa outros sintomas, muitas vezes confundidos com epilepsia, labirintite, hipoglecemia e até doença do pânico. Pode acontecer numa queda brusca de pressão, em um momento de fortes emoções – como casamentos e enterros – ou ao ficar muito tempo em pé em filas e shows.
A síncope pode ocorrer também com em situações que exigem grande esforço do corpo, como doar sangue, sentir muito calor, fazer exercícios pesados, ficar desidratados ou sem comer, ou ainda ao passar por exames, tratamentos e pequenas cirurgias.
Além da perda de consciência, a pessoa sente tontura, mal-estar, calor, enjoo, palpitação, suor frio, palidez, pressão baixa, pulsação lenta e escurecimento da visão.
Síndrome x síncope
Saiba o que fazer quando desmaiar por causa da síndrome do vasovagal
De acordo com entrevista dos cardiologistas Roberto Kalil e Denise Hachul ao Bem Estar em 2012, o desmaio é uma defesa do organismo, que, assim como um gerador sobrecarregado, desliga-se repentinamente.
Todas as pessoas em situação de extremo estresse físico ou emocional podem desmaiar, mas isso não significa que elas tenham a síndrome vasovagal, que é um conjunto de sinais, enquanto a síncope é apenas o desmaio.
Geralmente, quem tem a doença desmaia repetitivamente, em situações habituais do dia a dia. Quando o corpo cai no chão, o sangue se redistribui naturalmente e a consciência é recuperada.
Isso ocorre de forma semelhante a uma garrafa de água quase cheia. Quando o recipiente está deitado, o líquido se espalha facilmente. Mas, quando fica em pé, a água desce para o fundo, por causa da gravidade.
Ao levantarmos, essa força desloca cerca de 30% do volume de sangue para os membros inferiores. Nessa situação, o corpo precisa da ação do sistema nervoso autônomo para bombear o sangue de volta para o cérebro. No caso de quem é diagnosticado com a síndrome vasovagal, a contração dos vasos sanguíneos, que é fundamental para esse bombeamento, não é eficiente.
A quantidade de sangue diminui nas carótidas e no coração. As artérias do peito e do pescoço têm sensores que detectam se a pressão está maior ou menor. Quando os vasos estão vazios, os sensores automaticamente mandam um estímulo para o cérebro. Com a adrenalina, o coração bate mais rápido, a circulação aumenta e aparecem os sintomas.
Sistema nervoso autônomo e nervo vago
O sistema nervoso autônomo controla o funcionamento automático do corpo, como respiração, batimentos cardíacos, temperatura e digestão. É dividido em simpático e parassimpático, que são opostos e trabalham em conjunto para equilibrar as necessidades do organismo.
Por exemplo: um acelera os batimentos cardíacos, enquanto o outro desacelera; um dilata os vasos, e o outro contrai.
Dentro desse sistema, há o nervo vago, que inerva o coração, esôfago, estômago, intestino, bexiga, pulmões, vasos sanguíneos, pupilas, glândulas sudoríparas e salivares. Suas células se comunicam também com o sistema nervoso central, por isso emoções intensas podem provocar síncopes vasovagais.
Em pessoas que não têm a síndrome, o aumento da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos são compensados naturalmente. Já quem tem a doença não consegue fazer isso.
Nesse caso, os vasos sanguíneos apresentam um defeito na contração, e o fluxo de sangue e a oxigenação do cérebro não atingem níveis satisfatórios. Subitamente, a frequência cardíaca e da pressão caem, e a pessoa desmaia.
Dicas
Se você tem a síndrome vasovagal, tire sangue deitado. Faça movimentos com as mãos, abrindo e fechando os dedos. Isso melhora o bombeamento e a circulação, e evita o desmaio.
Evite ficar em pé por um tempo prolongado, principalmente em ambientes quentes e fechados. Movimente-se, principalmente as pernas e panturrilhas.
Se for desmaiar, deite-se ou aproxime-se do chão para não se machucar na queda. Se não for possível deitar, sente-se, abaixe o tronco e contraia as mãos e os braços. Não lute contra o desmaio.
Caso uma pessoa ao seu lado desmaie, não a levante, pois o corpo dela vai demorar mais tempo para se recuperar. Deixe-a deitada e com os pés elevados, até que se restabeleça. Se a vítima tiver náuseas, mantenha o corpo levemente inclinado para o lado, para evitar aspiração de vômito.
Beba bastante líquido, pelo menos 2 litros por dia. Estudos mostram que a ingestão de 500 ml de água é capaz de aumentar a pressão arterial e prolongar a capacidade de ficar em pé por um longo período.
Se você não tem pressão alta nem insuficiência cardíaca, coloque mais sal na comida. Pesquisas revelam que o sal melhora a tolerância em pé porque aumenta o volume sanguíneo total e ajuda na contração dos vasos sanguíneos, inclusive no cérebro.

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