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Álbum de Joyce Moreno com arranjos do maestro alemão Claus Ogerman ganha edição após 45 anos

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Gravado em 1977, em Nova York, o inédito disco sai no segundo semestre com o primeiro registro do samba ‘Feminina’. ♪ Quando a cantora, compositora e violonista Joyce Moreno retomou a carreira em 1975, após anos de dedicação exclusiva à criação das filhas Clara e Ana (nascidas em 1971 e em 1972, respectivamente), a artista carioca gravou nada menos do que três álbuns fora do Brasil entre 1975 e 1977.
O primeiro, Passarinho urbano, foi feito em Roma, Itália, em novembro de 1975, para a série Folk Internazionale da Fonit Cedra, gravadora que em 1976 lançou o álbum editado no Brasil em 1977.
O segundo, Visions of dawn, foi gravado na França em 1976 por Joyce com o percussionista Naná Vasconcelos (1944 – 2016) e com o músico Mauricio Maestro (baixo, violão e voz). Arquivado na época e dado como perdido por 33 anos, o álbum Visions of dawn foi lançado somente em 2009 pelo selo inglês Far Out Recording.
É esse selo britânico – habituado a editar discos de Joyce desde o álbum Hard bossa (1999) – que programa para o segundo semestre deste ano de 2022 o lançamento do ainda inédito terceiro álbum estrangeiro de Joyce Moreno, Natureza, gravado em Nova York (EUA), em 1977, com arranjos do maestro alemão Claus Ogerman (1930 – 2016), para o selo Horizon, mas arquivado por desentendimento contratual de Ogerman.
“Depois de 45 anos guardado, o álbum sai provavelmente no segundo semestre ou no verão europeu, entre junho e julho”, celebra Joyce Moreno.
Para quem não liga o nome ao som, Claus Ogerman é o arranjador de um dos discos mais celebrados de João Gilberto (1931 – 2019), Amoroso (1977), e tem o nome na ficha técnica de sete álbuns lançados entre 1963 e 1980 por Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994).
Ogerman sempre embarreirou as tentativas de edição do disco de Joyce, mas, como o maestro morreu há seis anos sem deixar herdeiros, a descoberta de fita com a gravação, por sobrinha do arranjador, viabilizou a edição pelo selo Far Out do disco gravado por Joyce Moreno (voz e violão) com mix de toques de músicos brasileiros com instrumentistas norte-americanos associados ao jazz, gerando ficha técnica com os nomes de Buster Williams (baixo), João Palma (bateria), Joe Farrell (flauta), Maurício Maestro (violão), Tutty Moreno (percussão) e Warren Bernhardt (teclados), entre outros.
Antes do álbum em si, a gravadora inglesa põe no mercado em abril um single que, no lado A, traz o samba Feminina na primeira gravação feita por Joyce da música que seria efetivamente lançada dois anos depois nas vozes do Quarteto em Cy em gravação do álbum Em 1.000 Kilohertz (1979), um ano antes da edição da gravação feita por Joyce para o álbum intitulado justamente Feminina (1980).
No lado A do single, a gravação original de Feminina totaliza 11 minutos e 50 segundos. O lado B traz entrevista com Joyce Moreno sobre o processo de criação e gravação de Natureza, álbum que já teve duas faixas lançadas em compilações.
O registro de fato original do samba Feminina veio à tona em 1999 na coletânea A trip to Brasil II, produzida por Arnaldo de Souteiro. Já a faixa Descompassadamente foi apresentada em caixa editada em 2002 com resumo da obra de Claus Ogerman.

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