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Para alertar sobre risco de extinção de raposas-do-campo, biólogos do Zoológico de SP contam a visitantes curiosidades sobre espécie

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Chamadas de Simone e Simaria, elas foram resgatadas no interior do estado há dois anos. Para quem quiser conhecer a dupla, neste carnaval o Zoo vai abrir todos os dias, das 9h às 17h. Zoo faz ação com visitantes sobre raposa ameaçada de extinção
Uma dupla de raposas-do-campo é uma das principais atrações do Zoológico de São Paulo. Chamadas de Simone e Simaria, elas foram resgatadas na cidade de Botucatu, no interior de São Paulo, há dois anos.
Os animaizinhos da família dos cães e dos lobos, que não pesam mais que 3,5 kg, são endêmicos do Brasil ou seja, só existem aqui no país, na área que compreende tanto o cerrado quanto as áreas de transição para os outros biomas brasileiros, e estão ameaçados de extinção.
Os biólogos do zoológico da capital têm reunido os visitantes em frente ao espaço das raposas para contar curiosidades sobre elas que muita gente desconhece.
“O prato predileto das raposinhas é cupim! Cupim! Aqui ó, trouxe uns itens alimentares para ilustrar que, além de inseto, esse bicho gosta de comer frutas. Vocês gostam de comer fruto? Gostam? Gosta de comer banana?”, brinca o biólogo.
A incompreensão sobre os hábitos e o estilo de vida da raposa-do-campo tem justamente levado a espécie ao risco de extinção, segundo os estudiosos.
Frederico Lemos é pesquisador da Universidade Federal de Catalão, em Goiás, e estuda canídeos ameaçados – como a raposa-do-campo – há 14 anos.
Ele diz que quase a metade dos indivíduos monitorados nesse período acabou morrendo por causa do desmatamento do cerrado e de ações do próprio homem, em fazendas e comunidades rurais.
“Outros riscos também têm papel fundamental, como a perda de indivíduos, na sua maioria pra atropelamentos – que são números alarmantes – e a perda de indivíduos não só pra conflitos com cães domésticos, que geralmente na zona rural não têm controle algum. E também para conflitos com pessoas, que podem eventualmente envenenar esses animais, dar tiro, etc. Então, são essas ameaças que nos preocupam hoje como especialistas nessa espécie”, afirmou Frederico Lemos.
“Quando calculamos isso em alguns modelos com o quanto de individuo são perdidos todo dia, isso acende alerta de que é uma espécie que precisa de atenção por parte do governo federal, estadual, municipal e sociedade como um todo”, completou.
Já os funcionários do zoológico fazem o que podem para que as raposinhas se sintam em casa. Entre um prato de cupim e outro, servem cascas de ovo de avestruz com feno e insetos, além de espalhar água com essência de pequi – fruto típico do cerrado.
Os bichos se deliciam, e os visitantes aprendem.
“É bem legal e surpreso mesmo que gente fica, né? Porque o animal teoricamente é comum, como um cachorro. E tem tantas particularidades, as pessoas ainda não os conhecem e poder passar isso e ver a reação das pessoas é muito gratificante. Principalmente para as crianças. Porque a gente sabe que, atingindo as crianças, elas vão falar pros pais, amigos na escola e vão crescendo com esse conhecimento de preservação da fauna”, diz o chefe do setor de mamíferos do Zoo de São Paulo, o biólogo Luan Henrique Moraes.
Neste carnaval, o Zoológico de São Paulo vai abrir todos os dias, das 9h às 17h.
Os ingressos podem ser comprados na hora. Para evitar filas, também é possível comprar antes, pelo site do Zoo.
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