Segundo o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade, reabertura da praia é dividida em três fases e começa em 28 de março, dois meses após criança de 8 anos ser mordida pelo animal no local. Reabertura da Praia do Sueste ocorre no final de março, segundo o ICMBio
Ana Clara Marinho/TV Globo
O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) anunciou que a Praia do Sueste, em Fernando de Noronha, vai ser reaberta para o público no dia 28 de março. O local estava fechado para banho e mergulho desde o dia 28 de janeiro, quando uma menina de 8 anos foi mordida por um tubarão e teve uma das pernas amputadas devido ao ataque.
Compartilhe esta notícia no WhatsApp
Compartilhe esta notícia no Telegram
Na noite de quarta-feira (16), o ICMBio realizou uma reunião com os condutores de visitantes que trabalham no Sueste. Antes, o instituto já havia promovido debates com pesquisadores e, com base nas informações colhidas, foram definidas as regras e o cronograma de reabertura da praia, dividido em três fases (saiba mais abaixo).
“Desde o incidente com o tubarão, realizamos várias reuniões como especialistas e condutores de visitantes. A partir desse apanhado de informações, nós fechamos um protocolo de reabertura”, declarou a chefe do ICMBio, Carla Guaitane.
A representante do ICMBio disse que o instituto inicia uma fase de testes no Sueste no dia 22 de março. Uma especialista em tubarão, indicada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), vai fazer mergulhos até o dia 27 de março para avaliar o local.
Os condutores de turistas que trabalham na área também podem acompanhar os mergulhos com a especialista para avaliar a praia.
“Tentamos fazer o máximo para minimizar os riscos, não podemos garantir 100% de segurança em nenhuma atividade em área natural ou urbana. O visitante vai ser orientado quanto aos riscos inerentes à atividade”, disse Carla Guaitane.
Primeira fase
A programação prevê que o Sueste vai ser liberado para o público, inicialmente, apenas para mergulho de apneia. A primeira fase abrange o período de 28 de março a 15 de maio.
As regras definidas para essa etapa são as seguintes:
Definição do local de medição e fechamento da praia em dias de água turva;
Quando o mangue abrir (água do mangue transbordar para o Sueste), a atividade de mergulho será suspensa;
Se houver indicativos ou avistamento de tubarão-tigre, a praia fecha (será avaliado);
Orientação obrigatória do monitor da Econoronha (empresa concessionária dos serviços turísticos do Parque Nacional Marinho);
Mergulho somente na área direita da boia, que poderá ser ampliada;
Grupo obrigatório de, no mínimo, quatro pessoas e, no máximo, seis pessoas;
Todo grupo deve rebocar uma boia atrás (fechando);
Acesso à praia somente aos que forem mergulhar;
Monitoramento diário para testes de medidas mitigadoras (todos os envolvidos).
Segunda fase
A chamada segunda fase começa no dia 15 de maio, com data final ainda a ser definida, de acordo com o ICMBio. Nessa etapa, além das outras determinações, vai ser liberado o acesso à faixa de areia. Confira as normas:
Implementação do vídeo de orientação na entrada do Sueste;
Acesso livre na faixa de areia;
Definição e fechamento em dias de água turva;
Se houver indicativos ou avistamento de tubarão-tigre, o atrativo fecha (serão definidos os condutores que farão varredura na área de mergulho);
Mergulho somente na área direita da boia, que pode ser ampliada;
Grupo obrigatório de, no mínimo, quatro pessoas e, no máximo, seis pessoas;
Todo grupo deve rebocar uma boia atrás (fechando);
Monitoramento diário para testes de medidas mitigadoras (todos os envolvidos);
Discussão dos resultados do monitoramento com o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit).
Última fase
Na terceira e última etapa, que ainda não tem período determinado, devem ser colocadas em prática medidas mitigadoras. Essa implantação depende dos resultados das fases anteriores, com análise de mergulhos e estudo da área. As normas são as seguintes:
Avaliação do monitoramento por uso de drone;
Avaliação de observador de praia;
Avaliação sobre uso de cercas de exclusão de área na praia do Sueste;
Avaliação de condições naturais (turbidez da água, swell, nuvens, período de reprodução de tubarões e tartarugas etc.);
Avaliações de comportamento (grupos para entrada na água) para subsidiar um protocolo de uso da praia.
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
Na terceira e última etapa, que ainda não tem período determinado, devem ser colocadas em práticas as chamadas medidas mitigadoras. Essa implantação depende dos resultados das fases anteriores, com análise de mergulhos e estudo da área. As normas são as se